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UC1 - Roteiro 3

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Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 1 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
Anatomia Cardiovascular 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 2 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 3 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 4 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 5 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 6 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 7 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 8 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
y 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 9 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 10 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 11 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 12 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 13 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 14 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
Circulações sistêmica e pulmonar 
Na circulação pós-natal, o coração bombeia o sangue em dois circuitos fechados a cada contração – circulação sistê-
mica e circulação pulmonar. Os dois circuitos estão dispostos em série: a saída de um torna-se a entrada do outro. 
O lado esquerdo do coração é a bomba para a circulação sistêmica, ele recebe sangue oxigenado (rico em oxigênio) 
vermelho brilhante dos pulmões. O ventrículo esquerdo ejeta sangue para a aorta. A partir da aorta, o sangue se divide 
em correntes separadas, entrando progressivamente em artérias sistêmicas menores que o transportam a todos os ór-
gãos do corpo – com exceção dos alvéolos dos pulmões, os quais são irrigados pela circulação pulmonar. Nos tecidos 
sistêmicos, as artérias dão origem a arteríolas de menor diâmetro, que por fim levam a extensos leitos de capilares 
sistêmicos. A troca de nutrientes e gases ocorre através das finas paredes capilares. O sangue libera O2 (oxigênio) e 
capta CO2 (dióxido de carbono). Na maior parte dos casos, o sangue flui por meio de um único capilar e então entra em 
uma vênula sistêmica. As vênulas transportam o sangue desoxigenado dos tecidos e se fundem para formar veias sistê-
micas maiores. Por fim, o sangue reflui para o átrio direito. 
O lado direito do coração é a bomba para a circulação pulmonar, ele recebe todo o sangue desoxigenado – vermelho 
escuro – que retorna da circulação sistêmica. O sangue ejetado do ventrículo direito flui para o tronco pulmonar, que 
se divide em artérias pulmonares que levam o sangue para os pulmões direito e esquerdo. Nos capilares pulmonares, o 
sangue descarrega o CO2, que é expirado, e capta o O2 do ar inalado. O sangue recentemente oxigenado então flui para 
as veias pulmonares e retorna ao átrio esquerdo. 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 15 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
Sistema circulatório do feto e do RN 
Circulação fetal antes do nascimento, o sangue proveniente da placenta, com cerca de 80% de saturação de 
oxigênio, retorna para o feto pela veia umbilical, chegando ao fígado a maior parte desse sangue flui pelo ducto venoso 
diretamente para a veia cava inferior, sem passar pelo fígado. Um volume menor de sangue entra nos sinusoides hepá-
ticos e se mistura com o sangue da circulação porta. O mecanismo de esfínc-
ter no ducto venoso fecha a entrada da veia umbilical e regula o fluxo san-
guíneo umbilical pelos sinusoides hepáticos. Esse esfíncter se fecha quando 
a contração uterina faz com que o retorno venoso seja muito alto, evitando 
uma sobrecarga repentina para o coração. 
Após um pequeno percurso na veia cava inferior, onde o sangue placentário 
se mistura com o sangue não oxigenado que retorna dos membros inferio-
res, ele entra no átrio direito. Ali, ele é levado para o forame oval pela veia 
cava inferior, de modo que um volume maior do sangue passa diretamente 
para o átrio esquerdo. Um pequeno volume de sangue não consegue fazer 
isso por causa da extremidade inferior do septo secundário, a crista dividens, 
e permanece no átrio direito. Ali, ele se mistura com o sangue dessaturado 
que retorna da cabeça e dos braços através da veia cava superior. 
Do átrio esquerdo, onde ele se mistura com um pequeno volume de sangue 
dessaturado que retorna dos pulmões, o sangue entra no ventrículo es-
querdo e na aorta ascendente. Uma vez que as artérias coronárias e carótida 
são as primeiras ramificações da aorta ascendente, a musculatura cardíaca e 
o cérebro são abastecidos com sangue bem oxigenado. O sangue dessatu-
rado da veia cava superior flui através do ventrículo direito para o tronco 
pulmonar. Durante a vida fetal, a resistência nos vasos pulmonares é alta, de 
modo que boa parte desse sangue passa diretamente pelo ducto arteri-
oso para a aorta descendente, onde se mistura com o sangue da aorta proximal. Após sua passagem pela aorta descen-
dente, o sangue flui para a placenta pelas duas artérias umbilicais. A saturação de oxigênio nas artérias umbilicais é de 
aproximadamente 58%. 
Ao longo de seu percurso desde a placenta até os órgãos do feto, o sangue na 
veia umbilical perde gradualmente seu alto teor de oxigênio à medida que se 
mistura com o sangue dessaturado. Teoricamente, a mistura ocorre nos se-
guintes locais: 
▪ Fígado, pela mistura com um pequeno volume de sangue que retorna 
do sistema porta 
▪ Veia cava inferior, que carrega sangue desoxigenado que retorna dos 
membros inferiores, da pelve e dos rins 
▪ Átrio direito, pela mistura com o sangue da cabeça e dos membros 
superiores 
▪ Átrio esquerdo, pela mistura com o sangue que retorna dos pulmões 
▪ Entrada do ducto arterioso na aorta descendente. 
Circulação ao nascimento a respiração pulmonar e a ligadura da 
secção do cordão umbilical acarretam importantes alterações no sistema cir-
culatório do recém-nascido com consequentes e marcantes repercussões na 
sua hemodinâmica. 
Com as primeiras inspirações, expandem-se os pulmões e sua trama vascular. 
O sangue, diminuindo a resistência vascular pulmonar, passa a fluir mais facil-
mente pelas artérias pulmonares, em detrimento do fluxo que se fazia intensamente pelo ducto arterioso. A queda de 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 16 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
pressão nas artérias pulmonares colabora para o fechamento funcional do ducto arterioso e a consequente interrupção 
da passagem do sangue entre ventrículo direito, via tronco pulmonar e aorta. 
As modificações produzem uma redução na pressão sanguínea da metade direita do coração, fato que atua como fator 
coadjuvante no fechamento funcional da comunicação interatrial. Outro fator desse fechamento esta no aumento da 
pressão sanguínea na aorta tendo em vista a ligadura das duas artérias umbilicais e a consequente interrupção do fluxo 
sanguíneo ao vasto lago placentário. 
Com o aumento da pressão na aorta, aumentam retrogradamente as pressões nos ventrículos e átrio esquerdos. 
Quando a pressão no átrio esquerdo torna-se maior do que a do direito, o septo primitivo funcionando como válvula do 
forame oval, é deslocado de encontro ao septo secundário. 
Função de estruturas 
Forame oval antes do nascimento possibilita que a maior parte do sangue que entra no átrio direito passe para o 
átrioesquerdo, ou seja, é um orifício entre os dois septos. Após o nascimento, ele normalmente se fecha, de modo que 
o septo interatrial é uma partição completa. O remanescente do forame oval é a fossa oval. 
O fechamento do forame oval é causado pelo aumento de pressão no átrio esquerdo combinado com diminuição da 
pressão do lado direito. A primeira respiração pressiona o septo primário contra o septo secundário. Entretanto, durante 
os primeiros dias de vida, esse fechamento é reversível. O choro do recém-nascido cria um desvio (shunt) da direita para 
a esquerda, que é responsável por episódios cianóticos dos recém-nascidos. A aposição constante leva gradualmente à 
fusão dos dois septos em cerca de 1 ano. 
Ducto venoso hepático (Arantius) é um vaso sanguíneo fetal. Ele é a continuação da veia umbilical com a veia cava 
inferior. Posteriormente ao nascimento, oblitera-se, formando o ligamento venoso. Por meio dele, o sangue rico em 
oxigênio, proveniente da veia umbilical, chega ao átrio direito. 
A obliteração se faz no sentido do ramo portal esquerdo, de onde ele se origina, para a veia cava inferior ou veia hepática 
esquerda, onde se finda, estando seu lume completamente ocluído por volta do terceiro mês de vida. 
Ducto arterioso une o tronco pulmonar com o segmento da aorta imediatamente situado após a emergência da 
artéria subclávia esquerda. Originado do sexto arco aórtico esquerdo, é praticamente a continuação do tronco após sua 
bifurcação em artérias pulmonares direita e esquerda. É totalmente extrapericárdico 
O fechamento do ducto arterioso (canal arterial) pela contração de sua parede muscular ocorre quase imediatamente 
após o nascimento; é mediado pela bradicinina, uma substância liberada pelos pulmões durante a insuflação inicial. 
Acredita-se que a obliteração anatômica completa pela proliferação da íntima leve entre 1 e 3 meses. No adulto, 
o ducto arterioso obliterado forma o ligamento arterioso. Ocorre entre o 2º e 3º mês de vida. 
Veias e Artérias umbilicais um cordão umbilical geralmente apresenta duas artérias e uma veia, sendo 
esses vasos circundados pela geleia de Wharton, que é formada por tecido mucoso rico em proteoglicanos. A função da 
geleia de Wharton é garantir proteção aos vasos umbilicais, evitando, por exemplo, uma compressão. As artérias do 
cordão umbilical apresentam como função levar sangue rico em gás carbônico do feto para a placenta, e a veia umbilical 
garante que sangue rico em oxigênio seja levado para o feto. 
O fechamento da veia umbilical ocorre logo após o fechamento das artérias umbilicais. Assim, o sangue da placenta 
pode entrar no recém-nascido por algum tempo após o nascimento. Após a obliteração, a veia umbilical forma o liga-
mento redondo hepático na margem inferior do ligamento falciforme. 
O fechamento das artérias umbilicais, acompanhado pela contração da musculatura lisa em suas paredes, é provavel-
mente causado por estímulos térmico e mecânico e pela variação na tensão de oxigênio. Funcionalmente, as artérias se 
fecham alguns minutos após o nascimento, embora a obliteração final do lúmen por proliferação fibrosa leve entre 2 e 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 17 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
3 meses. As partes distais das artérias umbilicais formam os ligamentos umbilicais médios, e as partes proximais perma-
necem abertas, assim como as artérias vesicais superiores. 
Alterações circulatórias ao nascimento após a primeira inspiração do recém-nascido, o sistema circu-
latório precisa fazer vários ajustes. O fechamento do forame oval entre os átrios do coração fetal, que ocorre no mo-
mento do nascimento, desvia o sangue oxigenado para os pulmões pela primeira vez. O forame oval é fechado por dois 
retalhos de tecido cardíaco septal que se dobram e se fundem permanentemente. O remanescente do forame oval é a 
fossa oval. 
Quando os pulmões come-
çam a funcionar, o canal arte-
rial é fechado em decorrên-
cia das contrações do mús-
culo liso em sua parede, e se 
torna o ligamento arterial. A 
contração muscular é, prova-
velmente, mediada pelo poli-
peptídio bradicinina, liberado 
pelos pulmões durante a sua 
insuflação inicial. O canal ar-
terial geralmente não se fe-
cha completamente até 
cerca de 3 meses após o nas-
cimento. 
Depois que o cordão umbili-
cal é clampeado e seccio-
nado e o sangue não flui pe-
las artérias umbilicais, estas 
se enchem de tecido conjun-
tivo, e suas partes distais se 
tornam os ligamentos umbili-
cais mediais. A veia umbilical 
então se torna o ligamento 
redondo do fígado. 
No feto, o ducto venoso liga 
a veia umbilical diretamente 
à veia cava inferior, possibili-
tando que o sangue da pla-
centa contorne o fígado fetal. Quando o cordão umbilical é seccionado, o ducto venoso colaba, e o sangue venoso das 
vísceras do feto flui para a veia porta no fígado e então pela veia hepática até a veia cava inferior. O remanescente do 
ducto venoso se torna o ligamento venoso. 
A frequência cardíaca de um recém-nascido varia de 120 a 160 bpm (bpm) e pode chegar a 180 bpm quando ele está 
agitado. Após o nascimento, o uso de oxigênio aumenta, o que estimula aumento da produção de hemácias e hemoglo-
bina. A contagem de leucócitos ao nascimento é muito alta, às vezes alcançando até 45 mil /μℓ, mas essa contagem 
diminui rapidamente até o sétimo dia. Lembre-se de que a contagem de leucócitos de um adulto é de 5 mil a 10 mil /μℓ. 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 18 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
Histologia 
 
Logo após a mórula ter alcançado o útero (cerca de 4 dias após a fecundação), surge no interior da mórula um espaço 
preenchido por líquido, a cavidade blastocística. O líquido passa da cavidade uterina através da zona pelúcida para for-
mar esse espaço. Conforme o líquido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes: 
▪ Uma delgada camada celular externa, o trofoblasto (nutrição), que formará a parte embrionária da placenta. 
▪ Um grupo de blastômeros localizados centralmente, o embrioblasto (massa celular interna), que formará o em-
brião. 
Aproximadamente 6 dias após a fecundação (dia 20 de um ciclo menstrual de 28 dias), o blastocisto adere ao epitélio 
endometrial, normalmente adjacente ao polo embrionário. Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o tro-
foblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas: 
▪ Uma camada interna, o citotrofoblasto. 
▪ Uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada na qual 
nenhum limite celular pode ser observado. 
Uma cavidade se forma na mórula, convertendo-a em blastocisto, que é formado pelo embrioblasto, pela cavidade 
blastocística e pelo trofoblasto. O trofoblasto encapsula o embrioblasto e a cavidade blastocística e depois irá formar 
estruturas extraembrionárias e a porção embrionária da placenta. 
Quatro a 5 dias após a fecundação, a zona pelúcida desaparece e o trofoblasto adjacente ao embrioblasto se adere ao 
epitélio endometrial. 
 O trofoblasto do polo embrionário 
se diferencia em duas camadas, uma 
externa, o sinciciotrofoblasto e outra 
interna, o citotrofoblasto. O sincicio-
trofoblasto invade o epitélio endo-
metrial e o tecido conjuntivo adja-
cente. Concomitantemente, forma-
se uma camada cuboidal de hi-
poblasto na superfície inferior do 
embrioblasto. Ao final da primeira 
semana, o blastocisto está superfici-
almente implantado no endométrio. 
O desenvolvimento inicial é caracte-
rizado pela rápida proliferação do 
trofoblasto e pelo desenvolvimento 
do saco coriônico e das vilosidades 
coriônicas. Os genes homeobox (HLX 
e DLX3) expressos no trofoblasto e 
nos seus vasos sanguíneos regulam o 
desenvolvimento placentário. Ao fi-
nal da terceira semana, os arranjos 
anatômicos necessários às trocas fisi-
ológicas entre a mãe e o em-
brião/feto são estabelecidos.Uma 
complexa rede vascular é estabele-
cida na placenta ao final da quarta 
semana, o que facilita as trocas ma-
terno-embrionárias de gases, 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 19 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
nutrientes e produtos metabólicos residuais. 
As vilosidades coriônicas cobrem o saco coriônico inteiro até o início da oitava semana. Com o crescimento do saco 
coriônico, as vilosidades associadas à decídua capsular tornam-se comprimidas, então, o seu suprimento sanguíneo é 
reduzido; logo, elas se degenerarão. Isso produz uma área relativamente avascular, o córion liso. Quando as vilosidades 
desaparecem, aquelas associadas à decídua basal rapidamente aumentam em número, ramificam-se e aumentam em 
tamanho, formando a área espessa do saco coriônico, o córion viloso (córion frondoso). 
O útero, o saco coriônico e a placenta aumentam de tamanho conforme o embrião/feto cresce. O crescimento no ta-
manho e na espessura da placenta continua rapidamente até o feto ter aproximadamente 18 semanas de idade. A 
placenta completamente desenvolvida cobre 15% a 30% da decídua do endométrio do útero e pesa aproximadamente 
um sexto do peso do feto. 
 
▪ A parte fetal é formada pelo córion viloso. As vilosida-
des coriônicas que surgem do córion se projetam para o 
espaço interviloso que contém sangue materno. 
▪ A parte materna é formada pela decídua basal, a parte 
da decídua relacionada ao componente fetal da placenta. 
Ao final do quarto mês, a decídua basal está quase total-
mente substituída pela parte fetal da placenta. 
A parte fetal está ligada à parte materna da placenta pela 
capa citotrofoblástica, a camada externa de células trofo-
blásticas na superfície maternal da placenta. As vilosida-
des coriônicas ligam-se firmemente à decídua basal atra-
vés da capa citotrofoblástica, que ancora o saco coriônico 
à decídua basal. As artérias e veias endometriais passam 
livremente por fendas na capa citotrofoblástica e entram 
no espaço interviloso. 
 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 20 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
 
Tecidos que compõem a parede dos vasos sanguíneos 
A maioria dos vasos tem características estruturais em comum e mostra um plano geral de construção. Entretanto, o 
mesmo tipo de vaso apresenta variações estruturais ao longo de seu percurso. Dessa maneira, a distinção entre os tipos 
diferentes de vasos nem sempre é muito clara, uma vez que a transição de um tipo para outro se faz gradualmente. 
Os vasos sanguíneos são normalmente compostos das seguintes camadas ou túnicas: túnica íntima, túnica média e 
túnica adventícia 
►Túnica íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada sobre uma lâmina basal. Em torno dessa lâmina 
há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter, ocasionalmente, células mus-
culares lisas. Em artérias, a túnica íntima está separada da túnica média por uma lâmina elástica interna, a qual é o 
componente mais externo da íntima. Essa lâmina, composta principalmente de elastina, contém aberturas (fenestras) 
que possibilitam a difusão de substâncias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso. Como 
resultado da ausência de pressão sanguínea e da contração do vaso por ocasião da morte, a lâmina elástica interna das 
artérias geralmente apresenta um aspecto ondulado nos cortes histológicos. 
►Túnica média consiste principalmente em camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas helicoidal-
mente. Interpostas entre as células musculares lisas existem quan-
tidades variáveis de matriz extracelular composta de fibras e lame-
las elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo III), proteoglicanos 
e glicoproteínas. As células musculares lisas são as responsáveis 
pela produção dessas moléculas da matriz extracelular. Nas artérias 
do tipo elástico, a maior parte da túnica média é ocupada por lâmi-
nas de material elástico. Em artérias musculares menos calibrosas, 
a túnica média contém apenas uma lâmina elástica externa no li-
mite com a túnica adventícia. 
►Túnica adventícia consiste principalmente em colágeno do tipo I 
e fibras elásticas. A camada adventícia torna-se gradualmente con-
tínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo 
está passando. 
 
 
 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 21 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
 
Radiografia de Tórax 
 
A avaliação de cinco fatores técnicos o ajudará a deter-
minar se uma radiografia de tórax está adequada para 
interpretação ou se podem ter sido produzidos certos 
artefatos que podem confundi-lo: 
▪ Penetração 
▪ Inspiração 
▪ Rotação 
▪ Magnificação 
▪ Angulação 
Penetração para determinar se uma radiografia de 
tórax em PA está adequadamente penetrada, você deve 
ser capaz de ver a coluna torácica através da sombra 
cardíaca. 
Pode-ser dizer se uma radiografia de tórax em PA está 
subpenetrada (muito clara) quando você não consegue 
ver a coluna torácica através da sombra cardíaca. Se o 
exame estiver hiperpenetrado (muito escuro), a trama 
pulmonar pode parecer diminuída ou ausente. Você 
pode pensar erroneamente que o paciente tem enfi-
sema ou pneumotórax, ou, se o grau de hiperpenetra-
ção for acentuado, pode produzir achado como um nó-
dulo pulmonar quase invisível. 
Diferenciando costelas 
As costelas posteriores são imediatamente evidencia-
das nas radiografias frontais de tórax,. são mais ou me-
nos orientadas horizontalmente. Cada par de costelas 
posteriores se articula com um corpo vertebral torácico. 
As costelas anteriores são visíveis, porém mais difíceis 
de serem vistas na radiografia frontal do tórax, são ori-
entadas para baixo, em direção aos pés. As costelas an-
teriores se articulam com o esterno ou uma com a outra 
pela cartilagem, que não é visível até mais tarde, 
quando a cartilagem pode calcificar. 
Inspiração uma inspiração completa garante uma 
imagem radiográfica para comparação de um tempo 
para o próximo tempo e elimina artefatos que podem 
ser confundidos com ou obscurecer doenças. O grau de 
inspiração pode ser avaliado contando-se o número de 
costelas posteriores visíveis acima do diafragma na ra-
diografia de tórax em PA. 
▪ Quando são visíveis 10 costelas posteriores, é 
uma excelente inspiração 
 
Rotação uma rotação significativa (o paci-
ente vira o corpo para um lado ou para o ou-
tro) pode alterar os contornos esperados do 
coração e grandes vasos, dos hilos e do hemi-
diafragma. 
A maneira mais fácil de avaliar se o paciente 
está rodado para a direita ou esquerda é estu-
dando a posição das extremidades mediais de 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 
22 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3 
cada clavícula em relação aos processos espinhosos do 
corpo vertebral torácico situado entre as clavículas. 
As extremidades mediais das clavículas são estruturas 
anteriores. O processo espinhoso é uma estrutura pos-
terior. 
▪ Se o processo espinhoso parece estar equidis-
tante das extremidades lateral e medial da cla-
vícula na radiografia do tórax em PA, não há ro-
tação. 
Se o processo espinhoso parece mais próximo da extre-
midade medial da clavícula esquerda, o paciente está 
rodado para o seu lado direito. Se o processo espinhoso 
parece mais próximo da extremidade medial da claví-
cula direita, o paciente está rodado para seu lado es-
querdo. 
 
 
Magnificação geralmente não é um problema na 
avaliação da anatomia pulmonar normal, mas, depen-
dendo da posição do paciente em relação ao cassete, a 
magnificação pode ter seu papel na avaliação do tama-
nho do coração. 
Quanto mais perto um objeto estiver da superfície que 
está sendo examinada, mais próxima do seu tamanho 
verdadeiro a imagem resultante estará. Como já deter-
minado, quanto mais longe um objeto estiver da super-
fície em que está sendo feita a imagem,mais magnifi-
cado ele vai aparecer. 
Na radiografia-padrão em PA do tórax (obtida na inci-
dência posteroanterior), o coração, sendo uma estru-
tura anterior, está mais perto da superfície de exame e 
por isso seu tamanho é mais próximo do seu tamanho 
real. Em um exame em PA, o raio X entra por “P” (pos-
terior) e sai por “A” (anterior). A radiografia de tórax 
frontal usual é em PA. 
Em uma imagem em AP (obtida na incidência antero-
posterior) o coração está mais distante do cassete de 
imagem e fica, portanto, levemente ampliado. Em um 
estudo em AP, o feixe de raios X entra em “A” (anterior) 
e sai em “P” (posterior). As radiografias realizadas no 
leito são quase sempre em AP. 
▪ Dessa forma, o coração aparecerá levemente 
maior em uma imagem em AP do que o mesmo 
coração em uma imagem em PA. 
 
Angulação normalmente, o feixe de raios X 
passa horizontalmente (paralelo ao chão) em um es-
tudo do tórax em ortostática e nesta posição o plano do 
tórax é perpendicular ao feixe de raios X. 
Pacientes hospitalizados em particular podem não ser 
capazes de sentar na cama em posição completamente 
ortostática de forma que o feixe de raios X possa en-
trar no tórax com a cabeça do paciente e o tórax incli-
nados para trás. Isso tem o mesmo efeito que angular 
o feixe de raios X em direção à cabeça do paciente e 
a imagem obtida é assim chamada uma incidência do 
tórax em ápico-lordótica. 
Nas incidências ápico-lordóticas, estruturas anteriores 
do tórax (como as clavículas) são projetadas mais al-
tas na imagem radiográfica resultante do que as estru-
turas posteriores no tórax, que são projetadas mais bai-
xas 
 
Fator O que se deve fazer 
Penetração Deve ser capaz de ver a coluna através 
do coração; 
Inspiração Deve ver pelo menos oito a nove cos-
telas posteriores; 
Rotação O processo espinhoso deve estar equi-
distante entre as extremidades medi-
ais das clavículas; 
Magnificação Filmes anteroposteriores (principal-
mente raios X de tórax no leito) magni-
ficam levemente o coração; 
Angulação A clavícula normalmente tem um for-
mato de S e a extremidade medial se 
superpõe na 3ª ou 4ª costela 
Ana Luiza Andrade Zeferino – 3ª fase 
23 Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento – Roteiro 3

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