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Prática 1 - Gasolina e efeito salting-out QOE

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Prática 1 – Química Orgânica Experimental 
Gasolina e efeito salting-out 
 
• Gasolina 
- Procedimento experimental: 
 1. Com o auxílio de pipetas coloque 5 mL de gasolina comum em uma proveta de 
10 mL e complete o volume da proveta com solução saturada de NaCl (uma mistura 
constituída pela dissolução da quantidade máxima de soluto pelo solvente em uma 
determinada temperatura). 
2. Feche a proveta, segurando firmemente para evitar vazamentos e misture os 
líquidos invertendo a proveta por várias vezes. 
3. Mantenha a proveta em repouso até a separação das duas fases. 
4. Leia o volume de ambas as fases e anote. 
5. Calcule a porcentagem de álcool na gasolina. 
 
- Discussão da prática: 
 A gasolina é caracterizada por ser um hidrocarboneto e por possuir uma porção 
alcóolica, é justamente essa porção alcóolica que interage com a solução salina 
misturada à gasolina, isto porque a porção correspondente ao hidrocarboneto não 
possui afinidade ou apresenta quaisquer reações quando em contato com água ou 
íons. Já no caso da porção alcóolica, como se percebe a presença de uma hidroxila 
na região terminal da estrutura, esta pode interagir com a solução salina por meio 
de ligações de hidrogênio entre a hidroxila e as moléculas de água, além disso, 
também pode interagir com a porção iônica que compõe a solução salina, 
principalmente porque o álcool possui regiões polarizadas, interagindo assim com os 
íons dispostos na solução salina por meio das forças de London, ou interações do 
tipo íon-dipolo. 
É justamente por isso que se torna possível a determinação do teor de álcool na 
gasolina, porque à medida que esta entra em contato com a solução salina, o álcool 
tende a interagir mais fortemente com a solução do que com a porção de 
hidrocarbonetos da gasolina. Assim é esperado que se visualize uma diminuição no 
volume da gasolina. 
É importante salientar que a disposição da gasolina e da água na proveta é justificada 
pelas suas diferentes densidades, sendo a gasolina de menor densidade, com cerca 
de 775 kg/L, enquanto a água possui densidade por volta de 997 kg/L. Portanto, ao 
ser adicionada a solução salina, a gasolina permanece na porção superior da proveta 
e a solução salina se direciona para a porção inferior, tendo um acréscimo de seu 
volume devido à inclusão do álcool gerada pelas interações íon-dipolo e dipolo-dipolo. 
• Efeito Salting out 
A solubilidade relativa das espécies pode ser utilizada como um meio de comparar a 
intensidade das forças intermoleculares que se formam nas soluções. Um exemplo 
desta solubilidade relativa é o salting out (expulsão), ou seja, se evidencia a expulsão 
de não eletrólitos de soluções aquosas mediante a adição de eletrólitos. Nesta prática, 
o álcool isopropílico um não eletrólito, torna-se imiscível em água depois da adição 
de sulfato de amônio, caracterizado como um forte eletrólito. 
- Procedimento experimental: 
1. Meça 15mL de água destilada em uma proveta de 50mL. 
2. Adicione uma gota de corante a esta proveta e tampe-a. 
3. Misture o conteúdo por inversão. 
4. Depois de misturado, adicione 15 mL de álcool isopropílico 70% (O álcool líquido 
70° possui 70% de álcool puro + 30% de água) em seguida, tampe a proveta e 
misture o conteúdo por inversão. 
5. Adicione 7 g de sulfato de amônio finamente dividido, misturando o conteúdo da 
proveta agitando durante 10 segundos. Duas camadas distintas formar-se-ão após 20 
segundos de repouso. 
 
- Discussão da prática: 
O chamado efeito salting out, ou seja, a expulsão de não eletrólitos acontece somente 
porque quando o sulfato de amônio (NH4)2SO4, entra em contato com a solução, a 
água destilada, adicionada na proveta inicia um processo de solvatação do sal definido 
como sulfato de amônio e então o álcool é expulso da solução (constituindo a porção 
da solução sem coloração), isto porque as ligações de hidrogênio formadas entre as 
moléculas de álcool e de água são muito mais fracas do que as ligações estabelecidas 
entre a água e os íons do sulfato de amônio, que são do tipo íon-dipolo. 
 
Então é possível perceber a formação de duas fases, uma superior constituída pelo 
álcool associado ao corante, isto devido à sua menor densidade em relação à água. 
Vale destacar também que o corante permanece associado ao álcool devido á sua 
maior afinidade por estruturas polares e como no caso a água está ocupada 
solvatando o sal sulfato de amônio, o corante acaba ficando associado ao álcool. 
Já a água que se encontra como solvente dos íons formados a partir da dissolução 
do sal, se encontra na porção inferior da proveta.

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