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Compilado de Estudos - Fun do Atletismo - Dereck A Lima

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Dereck Assunção Lima
DRE: 120031828
Fundamentos do Atletismo
1º PERÍODO - EFC119
Professor : Rafael Jesus Antolin Barberena.
Fundamentos do Atletismo
Compilado dos Estudos 1 ao 5
___
Estudos 1
Fontes de energia, Fibras musculares e Somatotipos
2
Introdução vias energéticas
Todo nosso sistema muscular necessita de energia para trabalhar, o que implica
diretamente em nossa capacidade de esforço, fadiga e o esforço máximo que podemos
exercer. Esta energia encontra-se armazenada no próprio músculo e em outros tecidos
orgânicos, associada a algumas substâncias químicas produzidas ou absorvidas pelo
nosso corpo durante a alimentação principalmente, são elas:
Adenosina Trifosfato (ATP)
Fosfocreatina ou Creatina Fosfato (CP)
Hidratos de carbono (gerador de glicose), gordura e proteínas
No entanto, a única fonte de energia química que o organismo consegue
processar para a contração muscular vem do ATP, sendo as restantes, utilizadas como
fonte de energia na síntese de ATP, ou seja, toda energia utilizada durante um exercício,
atividade diária, ou qualquer tipo de atividade que envolva movimento vem da
conversão da adenosina trifosfato (ATP).
Nós temos um total limitado a aproximadamente 80 a 100g de ATP no
organismo, então precisamos sintetizar constantemente o composto através de reações
variadas, quando essas reações ocorrem sem oxigênio damos o nome de reações
anaeróbias, já quando ocorrem com oxigênio, nos referimos a elas como reações
aeróbias. Desde de o início de um exercício até o fim, esses dois metabolismos,
anaeróbio e aeróbio trabalham em conjunto para que nossas necessidades energéticas
sejam supridas.
No nosso corpo temos 3 vias energéticas, capazes de fornecer, reciclar e criar o
ATP, sendo elas:
1. Sistema do ATP-CP ou Fosfogênico / Via Anaeróbia Aláctica;
2. Sistema Glicolítico/ Via Anaeróbia Láctica;
3. Sistema da Fosforilação Oxidativa/ Via Aeróbia
Diversas enzimas começam a se degradar a cada passo do consumo, então nosso
corpo passa a praticar a ressíntese de ATP, o que muda de uma fonte para a outra é a
velocidade que essa ressíntese é feita e a capacidade de sustentação desse ciclo.
3
Sistema ATP-CP ou Fosfogênico / Via Anaeróbia alática
Devida a baixa quantidade de moléculas de ATP-CP, quando fazemos a quebra de
ATP para obtenção de energia com a enzima ATPase ( adenosina trifosfatase ), ficamos
com uma molécula de ADP (adenosina difosfato), então uma enzima chamada de CPK
ou creatina quinase/creatinofosfoquinase entra em ação, quebrando a molécula de CP,
fornecendo assim um grupo de fosfato à molécula de ADP, fazenda a chamada
ressíntese de ATP para que ela possa ser quebrada novamente, dando continuidade ao
ciclo. Esta representa uma forma de obtenção de energia imediata, para exercícios de
breve duração (aproximadamente 15 a 40 seg) e alta intensidade como: corrida de 100m
rasos, saltos a distância, chutes, sprints, etc.
Sistema Glicolítico / Via Anaeróbia lática
A glicose sendo obtida por meio de alimentos que contém carboidratos (pão,
batata, arroz,
feijão) é convertida pela glicólise, que age quebrando a molécula de glicose em
dois piruvatos. Uma das características dessa conversão é o uso de 2 moléculas de ATP,
que no final da quebra dão como resultado 4 da mesma, porém, temos também a
obtenção de Hidrogênio que diminui o Ph da célula o que causa a fadiga. Então o NAD
(Dinucleotídeo de nicotinamida e adenina) se junta com o piruvato e forma o lactato,
conseguindo assim tirar da célula esse hidrogênio e reduzir os níveis de ph. indo para a
corrente sanguínea. Essa forma de reação é usada quando praticamos um exercício de
4
média duração (de 45 a 90 seg), ou seja, de custo intermediário de energia (mais que o
fosfogênico, menos que oxidativo). O ponto incomum entre as atividades que usam o
meio glicolítico é a sustentação do esforço de alta intensidade sem ultrapassar os dois
minutos, como provas de 400 – 800m, natação de 100 – 200m e grandes piques de alta
intensidade, tanto no futebol, como basquete e outros exercícios.
Sistema Oxidativo / Via Aeróbia
Assim como a via anaeróbica lática, o sistema oxidativo faz uso da quebra da
glicose ou de outros substratos energéticos (ácidos graxos e aminoácidos) para
obtenção de energia. Um dos diferenciais é a presença de oxigênio, que permite aos
músculos quebrarem esses outros tipos de substratos além da glicose. Esse sistema
requer grande quantidade de O2 para converter o glicogênio e ácidos graxos em ATP (39
moléculas e 130, respectivamente). Após serem quebrados e preparados para o ciclo de
Krebs como resultado do processo, é obtido além da energia, CO2 e H2O. CO2 por meio
da corrente sanguínea é levado até o pulmão onde é eliminado e H2O sendo eliminado
na forma de transpiração e radiação e a energia é usada para sintetizar o ATP. As
atividades que usam desse meio de energia são caracterizadas por serem longas e de
baixa a moderada intensidade, como dormir, caminhar, dançar, corridas de grandes
distâncias (mais longas que 5000m), triatlo. No geral, atividades constantes por mais de
5 minutos podem ser consideradas aeróbicas.
5
Introdução a fibras musculares
Células musculares conhecidas como fibras musculares ou miócitos. Formam o
tecido muscular que compõem o nosso corpo, se dividindo em 3 tipos: muscular
estriado cardíaco, muscular estriado esquelético e muscular liso. Cada grupo contém
sua própria especificidade e exercem funções diferentes no corpo. Muscular estriado
cardíaco é encontrado apenas nas células musculares do coração.
As fibras musculares lisas são encontradas em órgãos ocos do corpo, como:
estômago, veias, vasos sanguíneos, útero, bexiga, etc. E as fibras musculares estriadas
esqueléticas são encontradas em músculos que estão colados aos ossos, agindo
diretamente nos movimentos do corpo. Dentro deste grupo, encontramos 3 tipos de
outros grupos, fibras musculares predominantes T1, T2A e T2B. Dos 3 tipos de
músculos, esse é o único que age de forma voluntária, ou seja, depende da vontade do
indivíduo.
6
1. Fibras T1
As fibras do tipo 1, se caracterizam por serem menores e terem uma
coloração vermelha escura, devido à sua alta concentração de mioglobina. Elas
têm a contração muscular lenta, produzindo uma quantidade menor de força
quando contraída, em contrapartida, tem uma alta resistência a fadiga,por isso,
são apropriadas a exercícios de longa duração por usarem o O2 para a obtenção
de energia via ciclo de krebs (sistema energético oxidativo).
2. Fibras T2A
As fibras do tipo 2A, com uma coloração vermelha semelhante a fibras do
tipo 1, porém maiores em tamanho, usam do meio energético glicolítico para
obtenção de energia, permitindo uma contração mais forte do que as fibras do
tipo 1, porém com uma resistência menor a fadiga, são usadas em atividades
normalmente anaeróbicas como: corridas, provas de natação e ciclismo mais
intensas e de duração moderada a baixa.
3. Fibras T2B
De coloração esbranquiçada e disparadamente maiores, as fibras do tipo
2B, usam do meio fosfogênico (ATP-CP) para obtenção de energia, para
atividades de curta duração (15- 35 seg) e alta intensidade, porém com uma baixa
resistência à fadiga. São usadas em atividades como musculação, tiros de curta
duração, saltos a distância, corridas de 100m, etc.
Escala de Sheldon
Na década de 40, o fisiologista William Herbert Sheldon classificou os tipos
físicos basicamente em 3 grupos, endomorfo, ectomorfo e mesomorfo, nomeando os de
somatotipos. Não há é possível um indivíduo possuir uma única classificação, mas, sim
uma variação entre as 3, em maior ou menor acentuação.
Desta forma, Sheldon elaborou uma escala que varia de 1 (menor presença do
componente) a 7 (maior presença do componente). Então para definir melhor as
características, ele ordenou às escalas em uma sequência numérica 1-1-1 onde o
primeiro componente refere-se à endomorfia ou gordura relativa, o segundo à
mesomorfia ou desenvolvimento muscular e o terceiro, ao componente de ectomorfia
7
ou linearidade específica. Sendo escalonados ematé 7 níveis cada uma das
características supracitadas.
Posteriormente, Heath & Carter (1975) desenvolveram um modelo para avaliação de
homens e mulheres que compreendia valores entre ½ e 12. A ordem de classificação
segue sempre com o primeiro valor referente a endomorfia, o segundo à mesomorfia e o
último valor, referente a ectomorfia.
1. Endomorfo
Sendo o primeiro do grupo, é caracterizado por braços e pernas curtos e
grande quantidade de massa no corpo, ao contrário dos ectomorfos tem
facilidade em acumular massa e dificuldade em perdê-la, de metabolismo lento e
difícil controle da absorção de calorias.
2. Mesomorfo
Sendo o segundo do grupo, supera naturalmente os outros tipos físicos em
força, agilidade e velocidade. Com características dos 2 tipos, tem uma força
natural maior, facilidade em ganhar peso ou perder, apresenta um tipo físico de
atleta e com o treino e alimentação certa, pode atingir características de ambos
os grupos supracitados.
3. Ectomorfo
Com uma estrutura corporal mais alta e magra, pouca massa e músculo,
tem dificuldade em obter massa mesmo consumindo alta quantidade de calorias
e facilidade em perder músculo, com um metabolismo acelerado o que facilita a
queima de calorias.
8
Escala em números
1. Central – Os três componentes são iguais entre si e não diferem em mais de uma
unidade. Exemplo: 4-4-4
2. Endo-ectomórfico – O endomorfismo é dominante e o ectomorfismo é maior
mesomorfismo. Exemplo: 5-1-4
3. Endomorfismo balanceado - O endomorfismo é dominante e o mesomorfismo
e o ectomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5. Exemplo: 6-3-3
4. Endo-mesomorfo- O endomorfismo é dominante e o mesomorfismo é maior
que o ectomorfismo. Exemplo: 7-3-1
5. Endomorfo-mesomorfo – O endomorfismo e o mesomorfismo são iguais ou não
diferem mais que 0,5 e o ectomorfismo é menor. Exemplo: 5-5-1
6. Meso-endomórfico – O mesomorfismo é dominante e o endomorfismo é maior
que o ectomorfismo. Exemplo: 4-5-1 Somatotipo - Classificação
7. Mesomorfismo balanceado – O mesomorfismo é dominante e o endomorfismo
e ectomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5. Exemplo: 3-5-3
8. Meso-ectomórfico – O mesomorfismo é dominante e o ectomorfismo é maior
que o endomorfismo. Exemplo: 1-5-3
9. Ecto-mesomorfo – O ectomorfismo e o mesomorfismo são iguais ou não
diferem mais que 0,5 e o endomorfismo é menor. Exemplo: 1-4-4
10.Ecto-mesomórfico – O ectomorfismo é dominante e o mesomorfismo é maior
que o endomorfismo. Exemplo: 2-4-5
9
11.Ectomorfismo balanceado – O ectomorfismo é dominante e o mesomorfismo e
o endomorfismo são iguais e não diferem mais que 0,5. Exemplo: 2-2-5
12.Ecto-endomórfico – O ectomorfismo é dominante e o endomorfismo é maior
que o mesomorfismo. Exemplo: 4-3-5
Podemos ver nesse gráfico a seguir um exemplo do uso da escala e cada possibilidade
dentro dos parâmetros usados por Sheldon e Heath e Carter.
10
Estudos 2
Provas de velocidade (100, 200 e 400m). Gráfico de cada prova, análise detalhada
das 6 fases da corrida, ênfase no tema: saída do bloco, aceleração e vetores de força.
11
Corridas de 100m, 200m e 400m
Os 3 tipos de corrida são modalidades olímpicas e são todas aplicadas na mesma
pista, com diferença somente na distância percorrida. A prova consiste em uma largada,
que é chamada de saída do bloco logo após o sinal de partida, onde devem correr na raia
demarcada a corrida toda, sendo considerado campeão aquele que passar o torso
primeiro na linha de chegada, braços e pernas são desconsiderados, podendo ser usada
uma tecnologia chamada photo finish, que seria uma fotografia da linha de chegada
sendo cruzada quando não se pode determinar a olho nu o vencedor. É usado um tipo
especial de sapatilha com travas que não podem passar de 8,4mm e com a sola de no
máximo 13mm.
Curvas e raias nas provas de 200 e 400m raso, vantagens e
desvantagens
Diferente dos 100m rasos, as provas de 200 e 400 em certos momentos da sua
duração os atletas passam por curvas. O início da prova de 200m rasos se passa em uma
curva, nesse momento que entra a força centrípeta, força essa que puxa o atleta para o
centro da trajetória, momento esse que o atleta não pode inclinar o corpo demais, pois
assim perderia o sincronismo e consequentemente a velocidade. Sendo a primeira parte
da prova normalmente mais lenta e com os atletas alcançando sua velocidade máxima
somente nos 100m finais.
Da raia 1 a raia 8, podemos notar uma certa característica, o achatamento da
curva e a abertura da mesma, por esse motivo, os atletas tentam correr nas raias
centrais, evitando as bordas internas e externas por causa da força centrípeta e o
12
esforço que o atleta precisa para aumentar a amplitude da passada na perna externa
para conseguir acompanhar a curva.
Além disso os atletas são posicionais de forma escalonada para que a distância
percorrida entre todos seja a mesma.
Gráficos das provas de 100, 200 e 400m
13
14
Cálculo das raias.
15
As 6 Fases da Corrida:
1. Velocidade de reação - Se dá do tempo que o atleta ouve o tiro de partida até a
resposta do corpo, um atleta de bom nível leva em média 0.1s a 0.2s
2. Aceleração - É quando o atleta vai a frente fazendo uma força para trás, com o
uso da musculatura do quadril, coxa e joelho ele se impulsiona a frente e vai aos
poucos levantando o corpo.
3. Transição - Se dá entre os 20 e 30 metros, que é quando o atleta já levantou a
cabeça, então ele passa a correr com passadas maiores e com maiores repetições
por segundo para assim chegar a velocidade máxima
4. Sustentação - Então dos 40m até os 80m é quando o atleta atinge o pico de
velocidade da corrida e precisa sustentar essa velocidade o máximo, usando mais
a musculatura da panturrilha, dos glúteos e movimentos precisos do tornozelo
5. Desaceleração - Ao chegar à penúltima fase da corrida, a desaceleração, que é
quando ele atinge em média os 80m e deve sustentar o máximo de velocidade
possível em virtude da queda, pois é inevitável a desaceleração, então ele
aumenta o comprimento das passadas e sustenta ao máximo a frequência das
passadas
6. Chegada - Então ele entra na última fase da corrida, a chegada, que é quando o
corredor deve passar pela linha de chegada. Existem até 3 formas de chegar, a
normal com o tronco reto e alinhado ao centro de massa, com o ombro à frente
do centro de massa e com o tronco à frente do centro de massa.
O vencedor será aquele cujo o torno cruzar primeiro a linha de chegada, pernas e braços
não são considerados.
16
Saída do Bloco de partida
Ao comando do juiz de partida ‘’ao seus lugares’’, o atleta se move para frente e
adota uma posição em que suas mãos se colocam paradas na mesma distância existente
entre os ombros e logo atrás da linha de saída, seus pés em contato tanto com o chão e
com os blocos de saída, o joelho de sua perna que está para trás apoiada no chão. Ao
comando de ‘’pronto’’, ele eleva do chão o joelho de sua perna que está atrás, com isso
elevando seu quadril e deslocando centro de gravidade para frente. Finalmente quando
o revólver é disparado ele eleva suas mãos da pista e balança seus braços vigorosamente
(um para frente e outro para trás) e com uma extensão potente de ambas as pernas e
principalmente a da frente, leva seu corpo a frente e diagonalmente acima. Ganhando
distância dos blocos e dando início as passadas.
17
Aceleração
Assim que o atleta inicia sua corrida, sua perna que está atrás vai a frente, de
forma a iniciar as passadas, então sair do bloco, sua cabeça está virada para baixo e seu
corpo levemente inclinado na diagonal, de forma que ao decorrer da corrida ele vai
erguendo , então ao chegar por volta dos 20 a 30m, com o torso já vertical, ele dá início
ao processo de alongar suas passadas e aumentar o ritmo da mesma.
Nesta fase, um corredor chega em média a 41 Km/H, o que são aproximadamente
11 m/s, considerando um atleta com uma passada de 2m de distância, ele chega a dar
em média, 5 a 6 passadas por segundo, então até os 80 m o atleta deve sustentar ao
máximo esseritmo, para entrar na fase de desaceleração o mais tardio possível.
18
Vetores de força
Durante a corrida, podemos observar a execução das 3 leis de newton, porém,
dando evidência as mais pertinente durante a corrida, vemos principalmente a terceira
lei de newton que diz:
‘’Para toda força que é exercida por um corpo sobre o outro existe uma força
igual e oposta exercida pelo segundo corpo sobre o primeiro.’’
Essa frase reflete muito bem um dos fatores principais da corrida, a passada.
Quando um corredor pisa no chão, a força que ele exerce para baixo e para trás é
aplicada de volta a ele mesmo, dessa forma o impulsionando para frente e acima. Por
esse motivo, uma passada correta é mais que essencial para um atleta de alto nível ou
um simples corredor que pretende melhorar seu desempenho na corrida
19
Estudos 3
Estudo detalhado sobre revezamento 4x100m e 4x400, escalonamento de pista com
os cálculos, diferenciando, pelo menos, uma raia qualquer com a raia 01 (tanto 4x100,
quanto 4x400)
20
Prova de Revezamento 4x100
Assim como a maioria dos esportes olímpicos, a corrida de revezamento remete
aos tempos antigos, precisamente aos gregos. Embora este seja um esporte hoje em dia,
sua história nos leva direto aos ‘’carteiros’’ da época, quando uma mensagem precisava
ser enviada de uma cidade a outra, eram convocados corredores e para não exigir ao
extremo apenas um corredor, eles eram distribuídos ao longo do percurso e assim a
mensagem era passada entre eles, até a chegada no ponto determinado.
Característica da prova e da pista
Diferente das outras provas relacionadas a corrida, essa se passa em equipe,
quatro velocistas são posicionados na mesma raia, porém, cada um deve correr apenas
100M, de forma que ao fim do percurso de cada um o outro inicia o seu. Uma
característica muito forte da prova é o famoso bastão, esse que deve ser passado até o
último corredor da fila. Essa passagem deve ser feita dentro de 20m que são marcados
no chão, 10 metros antes e 10 m depois da linha de partida de cada ‘’perna’’,
geralmente o corredor da frente inicia sua corrida com o braço esticado para trás
facilitando assim o recebimento do bastão. A entrega fora dessa área demarcada resulta
em desclassificação da equipe e caso ocorra a queda do bastão, se essa não gerar
prejuízo a outras equipes, é permitido que quem derrubou o bastão possa pegá-lo do
chão.
21
A pista
Por ser uma pista multifuncional, a pista de atletismo é usada também na prova
de revezamento, porém sua demarcação é diferente. A principal característica é a zona
de transferência, onde a passagem do bastão é permitida, porém antes desta zona existe
um coringa chamado ‘’handicap’’ ou ‘’zona de aceleração’’ que são 10m adicionais, que
antecedem o início da zona de passagem, muitas equipes utilizam desse espaço para
ganharem velocidade para quando o seu parceiro chegar na zona de passagem, a
passagem do bastão seja precisa e eficaz, tanto em questão de espaço, quanto
velocidade.
22
Tipos de passagem
Uma característica interessante da passagem de bastão nessa prova é que o atleta
não olha para trás, somente estica o braço para receber o mesmo, pois ao olhar essa
curvatura do tronco poderia causar o desequilíbrio do mesmo o que poderia resultar em
sua queda, então é usado o método de passagem não visual. Outro fator é que o bastão
nunca é passado pela mesma mão, de forma que ao receber com a esquerda, o próximo
receberá pela mão direita e assim sucessivamente.
São utilizados 3 tipos de passagem, Alemã/ascendente, Francesa/descendente e
‘’brasileira’’
1. Passagem Alemã ou Ascendente:
Nesse método o corredor coloca seu braço semi flexionado para trás, com a
palma da mão voltada para o companheiro, os dedos unidos e o polegar apontando para
baixo, desta forma o corredor que vem atrás coloca o bastão em sua mão de baixo para
cima. É menos usada por ter algumas desvantagens frente às outras passagens pois
necessita de uma aproximação das mãos de ambos os atletas maior, o que diminui a
área de contato no bastão para o próximo, então necessita de mais treino para ser
utilizada.
2. Passagem Francesa ou Descendente:
O corredor que vai receber o bastão deve esticar o braço para trás e estender a
palma da mão com o dedão separado e voltado para cima e os outros dedos juntos,
então o corredor de trás deve conduzir a extremidade livre do bastão de cima para baixo
até a mão do corredor da frente. A vantagem dessa passada é que da forma que o bastão
é colocado, o espaço livre dele é maior que as outras, o que facilita a próxima passagem.
3. Passagem ‘’Brasileira’’
Passagem que foi utilizada pelos brasileiros na última olimpíada, dessa forma o
braço é esticado totalmente para trás e a mão espalmada fica a altura do rosto do atleta
23
de trás, então o bastão é passado, de forma que ele é colocado na horizontal na mão do
atleta da frente.
Gráfico da prova de revezamento 4x100
Gráfico baseado numa velocidade dada em Km/h, com a média de velocidade
máxima dos atletas de 40km/h ou ~11m/s, uma das características dessa prova é a
sincronização dos atletas para que a passagem do bastão seja precisa, então com o uso
24
do ‘’handicap’’, o atleta da frente passa a acelerar para poder ‘’encontrar’’ com o atleta
de trás próximo do meio da zona de passagem, já que se torna arriscado passar da
metade, pois a margem de erro é mínima. Podemos ver a queda da velocidade do atleta
chegando próximo do fim de sua parte na corrida, o que combina muito bem com a
aceleração crescente do próximo.
Prova de 4x400
Sendo uma prova muito parecida com a de 4x100, em poucos fatores além da
duração elas se diferenciam. Podemos pontuar a primeira diferença, a parte da
passagem do bastão, por ser uma prova com uma passagem mais ‘’suave’’ devido a baixa
velocidade do corredor que está a passar o bastão, sua zona de passagem é 50% menor
que a da corrida de 4x100, então os atletas costumam passar o bastão por volta dos 3m.
Outro detalhe muito interessante é o fato de que nessa passagem, sem o perigo da
queda devido a torção do tronco ao olhar para trás, os atletas costumam olhar ao
receber o bastão.
Outra diferença que podemos notar é a demarcação da pista, já que a partir dos
200m da segunda parte da corrida (600m dos 1600m), os atletas têm total liberdade
para ocupar qualquer raia da pista, então todos buscam correr nas primeiras raias, já
que elas tem uma leve vantagem sobre as outras.
25
Estudos 4
Biomecânica da corrida e da marcha atlética.
Biomecânica do pé
Um dos principais pontos que pode ser abordado na questão da biomecânica da
corrida, é o pé e quão influente ele pode ser para uma corrida eficiente, tanto para os
atletas como não atletas. Podemos citar dois pontos essenciais pro entendimento da
biomecânica do pé na corrida, a posição que o pé toma ao pisar no chão, que são as
26
pisadas, pronada, supinada e neutra. E a posição que o pé aterrissa, podendo ser com o
calcanhar (retropé), médio pé e ponta do pé.
Tipos de pisada
A pisada pronada, está relacionada ao movimento de pronação, que ocorre
quando o é se desloca em exagero para dentro. Devido ao alinhamento do tornozelo ser
muito próximo do subtalar, então a articulação sofre um leve desvio para dentro. Esse
tipo de pisada estimula o rebaixamento do arco plantar. Problema é que essa estrutura é
a principal responsável pelo amortecimento da pisada, o que acaba sobrecarregando as
articulações do pé, gerando lesões futuras.
A pisada supinada se caracteriza pela supinação no momento em que o pé chega
ao chão, fazendo um movimento exagerado para fora. O tornozelo também acaba
desviando para o mesmo lado, pelo mesmo motivo da pisada pronada, a proximidade da
articulação subtalar. Então o peso do corpo acaba sendo descarregado principalmente
na lateral do pé. O que prejudica o amortecimento durante a corrida, criando lesões
onde essa sobrecarga é aplicada.
A pisada neutra pode ser considerada o movimento ideal do pé, já quepor ser
neutra, ela não incorre em nenhum dos problemas supracitados. No momento da
recepção da carga, a articulação subtalar realiza leves inclinações para dentro e para
fora antes do peso chegar ao calcanhar, movimentos chamados de pronação e
supinação, que são necessários para a biomecânica do pé, porém, quando ocorrem em
exagero como nos casos supracitados, acabam gerando lesões e incômodos durante a
corrida.
27
Tipos de entradas do pé no solo
Uma das entradas mais comuns é a com o retropé, que é quando encostamos
primeiro com o calcanhar e depois com o resto do pé, esse tipo de pisada é muito
comum em corredores iniciantes, veteranos e até mesmo em alguns atletas
profissionais. Esse tipo de pisada não é totalmente errado ou certo, porém um fato é,
ela por estar desalinhada ao centro de massa acaba gerando um maior custo energético
ao correr e mais chances de lesões futuras. Devido ao pé encostar primeiro com o
calcanhar e normalmente esse contato ser a frente do centro de massa do corpo, isso
acaba gerando uma forma de ‘’freio’’ o que é conhecido como ‘’pisar freando’’, pois, ao
pisar no solo exercermos uma força contra ele e ele por sua vez gera uma força em
resposta (terceira lei de Newton), devido a isso, o ângulo que a perna faz ao pisar a
frente, acaba fazendo com que essa força gerada pelo solo seja ‘’negativa’’, nos
empurrando para trás. Esse tipo de movimento acaba sobrecarregando a região do
tendão calcâneo, da canela, do joelho, etc. Uma observação interessante é que, pisar
com calcanhar não é errado e sim pisar a frente do centro de massa, o que gera a força
contrária e as lesões.
28
Por ser parecido com a entrada do calcanhar, a pisada com a ponta do pé incorre
no mesmo pensamento, não sendo totalmente errada e sim o fato de pisar muito a
frente que é o maior gerador de risco ao atleta, só que as lesões são mais concentradas
na parte do metatarso.
Baseado nisso, é sempre recomendado correr praticando a entrada do médio pé,
já que ao pisar dessa forma, a posição do pé normalmente é a mais próxima do centro
de massa, fazendo dessa forma que o corpo absorva melhor o impacto do pé no chão
devido a ativação da musculatura correta e a leve curvatura do joelho. Da mesma forma
que as outras, esse tipo de aterrissagem só irá gerar lesões se for mal aplicada, com o pé
sendo colocado muito a frente do centro de massa.
Comprimento e frequência das Passadas
Um dos fatores essenciais, que determinam a qualidade da corrida e do corredor
é a passada, considerando que uma passada correta evita lesões e otimiza a corrida.
Veterano ou não, ao correr devemos atentar a passada, segundo James G. Hay no livro
Biomecânica das Técnicas Desportivas, o número de passadas dadas em uma relação de
tempo e distância da passada, determina a frequência da passada do corredor, como
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exemplo, um corredor de 1,80m que realiza 3 passadas por segundo corre com uma
velocidade de 5,40m/seg. Portanto, se esse corredor puder aumentar em mais 1 passada
por segundo, ele chegaria a fazer 7,20m/seg.
O que pode ser impossível em alguns casos, então o atleta deve se atentar que, se
ele reduzir o comprimento da passada e aumentar a frequência, ele pode achar a
quantidade perfeita de passadas para o tipo de corrida que ele pratica, considerando
essa ideia, Hay exemplifica dizendo que: Se o corredor reduzir sua passada a 1,35m e
aumentar a 4 passadas por segundo, ele chega ao mesmo número anterior, 5,40m/Seg.
Então se um atleta reduz o comprimento de sua passada sem afetar em equivalência à
frequência ou vice-versa, por exemplo: com uma passada de 1,50m e uma frequência de
4 seg, ele chegará a 6,0m/seg. Dessa forma ele encontrou uma velocidade maior e com
uma frequência maior, somente reduzindo o comprimento. Portanto, um atleta que
busca otimizar sua corrida deve se atentar ao comprimento de sua passada e a
frequência, para que ele tire melhor proveito da biomecânica do corpo.
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Pontos técnicos da marcha atlética
Na marcha atlética se executa uma progressão de passos, similar a caminhada de
maneira que o atleta sempre mantenha contacto com o solo com, pelo menos, um dos
pés. A perna que avança tem que estar reta, (ou seja, não flexionada) desde o momento
do primeiro contato com o solo até que se encontre em posição vertical.
As provas são aplicadas em distâncias totais de 20km na modalidade feminina e
20 e 50 km na masculina, normalmente aplicadas em circuitos de rua de 1 a 2,5km.
Devido às especificidades do movimento, ao longo da prova existem juízes que
avaliam e sinalizam os atletas que não estiverem executando a marcha atlética
corretamente, avisando-os de sua infração por meio de placas e símbolos referentes às
infrações cometidas, ao ser avisado, o atleta recebe um cartão vermelho, que é colocado
em um quadro geral, ao receber 3 infrações de diferentes juízes, o juiz chefe então o
elimina da prova.
A técnica é única para todos os atletas, pois por mecânica humana, os
movimentos que geram as forças positivas da marcha têm que ser iguais, variando
somente as formas peculiares que cada pessoa tem de realizar os gestos de acordo com
sua morfologia e qualidades físicas e mentais, o que constitui o estilo de cada um.
Devida a exigência de ter sempre uma perna em contato com o solo, todos os
toques do pé se iniciam a partir do calcanhar, até o momento que o pé é retirado do
solo, que é quando a perna se encontra na vertical com relação ao eixo do atleta.
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Como vemos na imagem anterior, a perna reta em contato com o solo, com perna
esticada, há uma maior amplitude no movimento, que junto do movimento do pé
facilitam a tração, que se inicia quando o calcanhar tem o primeiro contato com o solo e
termina quando o corpo está na vertical, sobre o pé de apoio. Quanto à impulsão, se dá
a partir do momento que o centro de gravidade passa do pé de apoio e dura até o
momento que a outra perna inicie sua passagem adiante.
Movimento dos braços
Por sua vez, os braços têm a função de equilibrar e coordenar as forças da inércia
geradas pelo quadril e pernas. Por mais que não ajudem na projeção do corpo, a ação do
braço ajuda a contrabalancear o corpo, dando equilíbrio ao atleta. Com um movimento
de torção em sentido contrário ao movimento do quadril, com o tronco ligeiramente
inclinado à frente para assim, auxiliar e compensar o avanço do quadril.
Auxiliando também na ritmação da marcha, os braços ditam a velocidade dos
movimentos inferiores e vice-versa. Os ombros por sua vez, se movem para trás de
forma a compensar os movimentos das pernas, enquanto os braços se movem junto ao
ombro auxiliando o ritmo.
Para o uso correto dos braços, eles devem estar flexionados e relaxados em um
ângulo próximo ao de 90º. De forma que, a melhor maneira de movimentá-los, é um
balanço natural e pendular até a altura do meio do tórax. O atleta deve evitar encolher
os ombros, pois, assim ocorrerá um deslocamento do centro de gravidade, o que pode
ocasionar perda de contato com o solo.
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Movimento do tronco e cabeça
Para boa execução da técnica, o atleta deve se atentar tanto a parte inferior,
como também a parte superior, o tronco deve se manter de maneira vertical e
ligeiramente inclinado à frente, considerando que, a inclinação exacerbada do tronco
para frente pode causar o início de uma corrida e para trás a perda de contato com o
solo. Devido a isso, o tronco não deve ser tão angulado a frente, nem atrás e sim se
manter na medida do possível dentro da técnica, neutro.
A cabeça por se a parte mais pesada do corpo separadamente, sua má inclinação
além de lesões a longo prazo, podem gerar o desequilíbrio do atleta e uma ocasional
fadiga. Ao inclinar a cabeça a frente, o atleta faz com que seu corpo siga essa tendência
e vá a frente também, da mesma forma que atrás ocorrerá o mesmo efeito, então o
atleta deve manter sua cabeça centralizada com o tronco.
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Estudo 5
Salto triplo, em distância, em altura e arremesso de peso
Salto triplo,pontos técnicos
O início do salto triplo se dá com uma corrida de aceleração e após isso, o atleta
dá 3 saltos sucessivos que terminam com a aterrissagem o mais distantes possível numa
caixa de areia.
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Se inicia a sucessão de saltos, com um salto com a perna de impulsão, após esse
salto, o atleta faz um movimento (movimento de tesoura), similar a um semicírculo no
ar com a perna de balanço e aterrissa com a perna de impulsão.
A fase inicial do segundo salto, se inicia com o toque no solo da perna de
impulsão, que neste momento sofre a pressão de até 6x o peso do atleta e é também
quando ocorre a maior absorção de impacto, com uma leve flexão da perna de impulsão
o atleta aumenta assim a tensão elástica e a usa para iniciar o terceiro salto,
terminando o segundo salto.
Então na fase de chamada onde ocorre o terceiro salto, o atleta faz o movimento
de patada, onde ele faz um movimento brusco da perna, para trás e acima, dessa forma,
reduzindo a perda de velocidade. Corrigindo o equilíbrio na fase de voo através da
rotação horizontal dos braços, realocando o centro de massa.
Fase de aproximação
É quando o atleta corre até a fase de chamada ( onde se iniciam os saltos ), onde
o atleta deve controlar sua velocidade para não acelerar em demasia e acabar se
desequilibrando durante a execução dos saltos.
HOP, primeiro salto
Nessa fase o atleta visa manter a velocidade, executar o primeiro salto e não
perder o equilíbrio e se preparar para o segundo salto, com um ângulo de saída variando
de 14º a 16º, e com o pé a frente do centro de massa
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STEP, segundo salto
Sendo o mais curto dos 3 saltos e o mais complexo em questão de condição, tanto
da aterrissagem do atleta com a perna de impulsão, equilíbrio, esforço e outros fatores
técnicos e fisiológicos. Nesse momento o atleta deve se equilibrar na perna de
impulsão, flexionar levemente seu joelho para que assim faça uso da tensão elástica
para gerar força de impulsão ao saltar a frente ( terceira lei de Newton ). Se caracteriza
entre os 3 saltos também por ter um maior tempo de contato com o solo.
JUMP, terceiro salto
Nesta fase o atleta aterrissa com a perna de balanço, é a fase onde ocorre maior
perda de velocidade horizontal. Se inicia com um forte movimento da perna de apoio
para baixo e para trás, então após o salto, o atleta faz um forte movimento para cima e
para frente com a perna de balanço que se encontra num ângulo de 90º.
Ângulos
Por ter 3 saltos, o triplo usa de angulações diferentes para a conservação de
velocidade horizontal e uso do espaço até a tábua da melhor forma possível. Seu
primeiro e segundo salto tem uma angulação média de 14º a 16º. Variação devido a
diferença de escolas de saltos, principalmente a Russa, que visa o uso da força e tem
uma parábola maior, enquanto a polonesa visando uma maior conservação da
velocidade horizontal, tem uma parábola menor. Já no último salto, o ângulo de saída
pode ser de 26º a 28º, variando conforme a técnica, o atleta e outras características.
Tábua de impulsão
A tábua e a linha limite do salto ficam no mínimo a 13m da caixa de areia, é onde
o atleta deve saltar para a caixa de areia.
Velocidade do vento
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Uma das características da maioria dos esportes com práticas horizontais que
encontramos também nos saltos, é que nenhum recorde é computado quando o vento
se encontra a mais de 2 m/s a favor do atleta, pois caracteriza uma vantagem para o
mesmo.
Velocidade de aproximação
No salto triplo, por mais que o objetivo seja alcançar a maior distância possível,
pelo fato de o atleta precisar saltar três vezes, uma alta velocidade causaria o
desequilíbrio do atleta e até a sua queda, então em média, esses atletas correm de 9 a 10
m/s, aproximadamente.
Trajetória do centro de massa
Segundo Hay (1981) Seja qual for o movimento do atleta no ar, não haverá
nenhuma alteração no caminho seguido por seu centro de gravidade, portanto, essa
trajetória só pode ser alterada até o momento de impulsão, exceto em casos de força
externa, como o vento, por exemplo.
Diferença dos voos
Assim que o atleta se encontra no ar, seu único objetivo é encontrar a melhor
posição para a queda, de forma que ele possa cair o mais distante possível, então ele
tenta ao máximo corrigir a rotação a frente que ele gerou ao dar impulso. Essa rotação
tende a levar os pés para baixo, o que acaba dificultando o movimento do atleta.
Encontramos então 3 tipos de vôos que os atletas tendem a usar, o voo com
passada no ar, que é quando o atleta faz o movimento similar a “andar” no ar.
No de arco, o atleta se lança a frente com sua perna dianteira e faz um rápido
movimento para baixo e para trás até que esteja com ambas as pernas juntas um pouco
além da linha do seu corpo.
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E o agrupado, que é quando o atleta leva suas duas pernas a frente logo após a
impulsão e continua assim o restante do vôo.
Segue abaixo os 3 tipos de voos respectivamente, passada, arco e agrupado:
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Queda canivete e estendida
Se caracterizam pela posição superior do corpo em relação às pernas, na queda
canivete, o atleta deve manter seus braços esticados paralelos as pernas, enquanto que
na estendida o corpo do atleta se encontra em posição de “L”. Sendo a canivete mais
usada por iniciantes e a estendida por profissionais e atletas experientes.
Corrida de aproximação no salto em distância
Por se tratar de um salto único, no salto em distância o atleta deve correr o mais
rápido possível, se atentando é claro ao desequilíbrio gerado, chegando a velocidade
média de 11 m/s aproximadamente.
Passada de ajuste no salto em distância
Por imprimir uma alta velocidade na corrida de aproximação, os atletas nas suas
3 ou 4 últimas passadas antes do salto, normalmente baixam seu centro de gravidade e
trazem seu tronco próximo a vertical, o que acaba por aumentar da segunda para última
passada e encurtar a última.
Corrida de aproximação e velocidade no salto em altura
Sua corrida de aproximação se dá ao nível de sua habilidade em controlar sua
velocidade adquirida na corrida e usá-la a seu favor no momento de impulsão, portanto
com uma corrida maior e um atleta com menor força muscular e menos habilidade, ele
não irá tirar proveito de sua corrida e acabará com uma impulsão menor do que uma
impulsão com uma velocidade de aproximação menor.
Por necessitar mais de velocidade vertical do que horizontal, tem a menor
velocidade de aproximação dos 3 saltos, chegando próximo de 7 m/s.
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Centro de gravidade no salto em altura
A altura que o atleta supera pode ser vista como a junção de 3 alturas diferentes,
a altura do centro de massa, a altura que ele eleva seu centro de gravidade e a diferença
entre a altura máxima alcançada pelo seu centro de gravidade e a altura do sarrafo.
Como atletas com pernas mais longas tem um centro de gravidade mais alto, eles
têm uma vantagem natural sobre pessoas mais baixas.
A altura que o centro de gravidade pode alcançar é ditada por sua velocidade
vertical após a impulsão. Que por sua vez é regido pela velocidade vertical no instante
em que seu pé de impulso toca o solo e pelo impulso vertical, transmitido do seu pé ao
restante do corpo.
Rolo ventral e tesoura
No estilo tesoura, que é amplamente usado pelos iniciantes e o mais antigo de
todos, o atleta se impulsiona com o pé que está mais afastado do sarrafo e se eleva para
cruzá-lo com seu tronco vertical e suas pernas em posição próxima à horizontal,
podendo alcançar de 25,40 a 30,48 cm.
No estilo ventral, o atleta se impulsiona com o pé mais próximo do sarrafo e se
eleva a uma posição de passagem em que ele “deita” de rosto para baixo e ao longo do
comprimento do sarrafo. O que pode deixar seu centro de gravidade por volta de 10 cm
aproximadamente do sarrafo.
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Técnicas no arremesso de peso
Desde o advento do arremesso de peso como esporte, diversas técnicas foram
desenvolvidas, parada, ortodoxa (deslocamento lateral), a de deslocamento, linear, de
costas (Parry O’Brien) e amais moderna e atualmente bastante utilizada, a técnica de
deslocamento em rotação, Baryshnikov.
Empunhaduras
Existem dois principais modos de empunhadura, sendo um deles, consistindo de
segurar o peso um pouco acima da palma, preferencialmente na base dos dedos (calos)
e então o polegar e o mínimo servem de apoio lateral.
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Desta forma, o peso é levado na cavidade do pescoço, abaixo do maxilar inferior.
A palma da mão, está sob o implemento, flexionada no punho, com o cotovelo
ligeiramente levantado e puxado para adiante. O braço aponta para a frente e para
baixo, enquanto que a cabeça é conservada na sua posição normal. Com o cotovelo e
antebraço exatamente abaixo do peso, esta posição se manterá desde a inclinação do
atleta para adiante, até o final do deslizamento.
A segunda forma de se segurar é similar à primeira, porém o polegar e o mínimo
não servirão de apoio.
Técnica Baryshnikov
Na técnica desenvolvida por Baryshnikov, similar ao arremesso de disco, consiste
num giro dentro do círculo para que assim seja somado impulso ao lançamento. O
atleta deverá se deslocar em rotação, partindo da posição inicial, executando uma
rotação a fim de lançar o peso no momento certo, seguindo as condicionantes da
técnica de lançamento de disco, terminando o movimento em posição similar a técnica
de deslocamento de costas.
Posição de partida: O atleta se encontra de costas na área de impulsão, com o
corpo erguido e relaxado, pés paralelos e distantes a uma altura confortável pro atleta.
Com a parte anterior do pé podendo estar em contato com o aro metálico do círculo ou
a 25cm do círculo.
Início do movimento: Sem perder a verticalidade o atleta faz um movimento de
translação sobre ambos os pés, então sobre o pé esquerdo o atleta faz uma rotação do
corpo com os eixos do quadril e costas paralelos entre si, em seguida continuando o
mesmo movimento para a direita, desloca o peso do corpo para o pé direito, ao longo
desses movimentos o atleta deve afastar seu braço esquerdo.
Então o atleta faz uma flexão de pernas e uma leve inclinação do tronco para
frente transferindo quase exclusivamente o peso para a perna direita, caso seja o braço
direito de impulsão
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Fase de apoio sobre o pé esquerdo: Dá-se uma maior flexão do joelho esquerdo
e um movimento para o mesmo lado, conduzindo uma rotação com o pé esquerdo que
acaba deixando o solo, o atleta deve se atentar ao excesso no giro do tronco o que pode
levar a um desequilíbrio.
Mediante um impulso ativo da perna direita antes de deixar o contato com o
solo, inicia-se o movimento giratório A torção que se origina é o início da fase de
aceleração inicial do peso, perante esse movimento, se contrapõe uma força centrífuga
e o cotovelo do que segura o peso se eleva altura do ombro, apoiando o peso no
pescoço, ao mesmo tempo que o braço se afasta do corpo, semi-fletido , o que contribui
para o equilíbrio do atleta. O pé esquerdo se mantém rodando até chegar a um
deslocamento de 180º.
Lançamento: No momento final, o atleta deve girar mais a cabeça, mantendo
essa posição até que o peso tenha deixado a mão, assegurando desta forma a
participação dos músculos mais potentes na impulsão. Coincidindo com o momento
que o peso sai da mão, os dois pés devem deixar o solo e os joelhos encontram-se na sua
extensão completa e o cotovelo do braço que faz a impulsão deve estar afastado do
corpo.
Recuperação: Ao executar a recuperação, o atleta deve efetuar um movimento
com a cabeça para trás e preparado para voltar a um só apoio, tendo o contato com o pé
direito virado a 90º para a direção do lançamento, se atentando ao calcanhar, para se
manter próximo do chão, porém não deve encostar no chão e nem ficar muito na ponta
dos pés, para que não ocorra um desequilíbrio e ajude na desaceleração
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