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Desafios de um prefeito

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Curso Superior de Tecnologia em gestão pública
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
Desafios de um prefeito: buscando uma gestão municipal efetiva em um contexto preocupante
Cidade - SP
2021
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
Desafios de um prefeito: buscando uma gestão municipal efetiva em um contexto preocupante
Produção Textual para o curso de Tecnologia Gestão Pública, apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas de Finanças Públicas; Gestão de Custos no Setor Público; Contabilidade Pública; Auditoria e Controle no Setor Público; Administração Pública.
Orientadores:
Regis Garcia;
Paulo Alexandre da Silva Pires;
Eric Ferreira do Santos;
Eric Ferreira dos Santos;
Jaqueline dos Santos Ferrarezi
Tutor(a) à Distância: Nome do(a) Tutor(a)
Cidade - UF
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	FINANÇAS PÚBLICAS	4
2.2	GESTÃO DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO	7
2.3	CONTABILIDADE PÚBLICA	8
2.4	AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO	10
2.5	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA	11
3.	CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
	
	
	
INTRODUÇÃO
O questionamento sobre a implantação das políticas públicas que são apresentadas pelos administradores públicos quando estão no comando da gestão pública é nítida. Questionamentos esses que alertam para a implantação de políticas públicas mal planejadas e que no final não atendem à demanda e os anseios da população. Existe até hoje uma dificuldade por parte dos agentes públicos em adquirir esse conceito de planejamento para com as ações públicas.  
Planejar as ações governamentais é obrigatório e necessário, pois o planejamento pode se tornar muito mais que uma mera recomendação. Trata-se de uma exigência das normas constitucionais e legais, e, que está levando os órgãos de fiscalização, como os Tribunais de Contas, a exigirem uma maior responsabilidade por parte dos gestores públicos.
 A análise das normas que regulam a atividade pública cria uma nítida necessidade de se planejar ações, sob pena de ser impossível dar cumprimento às regras. Implantar a cultura de planejamento é uma atitude assaz ousada, mais ainda, se o quadro técnico considerar o planejamento como uma exigência formal. O trabalho do auditor assegura ao cidadão o direito de uma boa gestão dos recursos públicos. A auditoria cumpre esta função de prover de informações o gestor público para que esteja preparado a atender as principais demandas da sociedade com eficiência.
DESENVOLVIMENTO
FINANÇAS PÚBLICAS
O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Os instrumentos de planejamento financeiro de um município em termos de curto, médio e longo prazo compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias e III - os orçamentos anuais.
Por ser conduzido ao cargo por eleição popular, o Prefeito torna-se o porta-voz natural dos interesses municipais perante a Câmara Municipal, demais esferas de Governo e outros setores que possam contribuir para o bem-estar da população e o progresso do Município. Em seu primeiro não de mandato o prefeito precisa trabalhar com base no planejamento efetuado na gestão anterior.
Dentro de todo este contexto, tem-se o planejamento financeiro na gestão pública que esclarece, através da legislação, formas de controle, de descentralização entre outras alternativas de mesma relevância. A descentralização administrativa, em conjunto com novos parâmetros de financiamento dos órgãos públicos, apresenta uma possibilidade de alteração significativa no processo orçamentário. A minimização do controle centralizado na execução do Orçamento Público e o acréscimo de novos dados de hierarquização de recursos, advindos dos Contratos de Gestão, trarão mudanças nas formas de controle. Essas mudanças referem-se ao papel que o Orçamento poderá ser minimizado enquanto instrumento de barganha política; a apresentação de novos dados associados ao Orçamento poderá exigir a reorganização administrativa com a criação ou alteração dos órgãos de controle interno e externo do Estado; há um potencial de recuperação dos atributos técnicos relacionados à integração entre planejamento e Orçamento, perseguidos há décadas desde as primeiras tentativas de introdução do Orçamento-Programa. 
Considerando que um dos problemas do município em questão é financeiro, os mecanismos básicos de busca do equilíbrio financeiro por meio do orçamento público refletem que o planejamento de orçamento permite a formulação da previsão das receitas, despesas e investimentos de uma organização para determinado período ou para determinado projeto. Entretanto, mais importante do que isto, ele permite posteriormente acompanhar se o que foi planejado está sendo realizado satisfatoriamente ou não.
Neste caso, o PREFEITO deverá independente da origem, para uma gestão eficiente dos recursos financeiros planejar tanto as operações cotidianas (pagamento de salários, de materiais, de serviços básicos) quanto os investimentos (aquisição de imóveis, equipamentos, veículos, móveis…) necessários para o alcance das finalidades sociais previstas nos estatutos. Para obter sucesso nesse planejamento, recomenda-se a elaboração de orçamentos relativos às atividades permanentes, e principalmente aos projetos temporários executados pela entidade. Ao final, todos esses orçamentos devem ser consolidados para que seja possível identificar o volume total de recursos necessários, bem como as possíveis fontes de captação.
Faz-se esclarecer que austeridade fiscal é uma medida adotada pelo Estado para manter um equilíbrio entre seus gastos e sua arrecadação. Existem quatro maneiras de austeridade fiscal: aumentar impostos e cortar gastos, aumentar impostos e manter o mesmo número de gastos, manter impostos inalterados e cortar gastos, reduzir impostos e cortar gastos em uma proporção maior que a redução de impostos (cortar mais gastos que impostos).
Na modalidade de aumento de impostos e corte de gastos, as atividades econômicas que se sustentam graças ao apoio do governo enfraquecerão, como empreiteiras que possuem lucros por causa das grandes obras que fazem para o governo. Por outro lado, aumento de impostos confisca mais capital da sociedade, especialmente do setor produtivo, que seria quem absorveria a mão-de-obra das empresas que quebraram pelo corte de gastos do governo. Há, então, aumento do desemprego, porque o setor privado fica com menos capital para contratar, assim como menor poder de compra para os consumidores. Tal tipo de austeridade gera uma grande recessão.
Aumentar impostos e manter o mesmo número de gastos é pior, pois aumenta o confisco de capital da sociedade e do setor produtivo privado enquanto o governo continua sustentado atividades de empresas ineficientes (que têm o governo como principal ou único cliente). 
Embora a recessão seja menos intensa, os desequilíbrios econômicos de longo prazo não são corrigidos, porque o setor privado gera riqueza de acordo com a demanda do mercado, enquanto o governo só pode gastar. Uma economia com o confisco de bens do setor produtivo indo para aqueles que só gastam (o governo e suas empresas fornecedoras) é desequilibrada. Manter impostos inalterados e cortar gastos é uma austeridade fiscal mais eficiente que as formas anteriores. Embora o governo continue confiscando a mesma quantidade de bens do setor produtivo da economia, ele liberou recursos que estavam indo para empresas que só sobreviviam às suas custas. A recessão nesta austeridade é mais branda que a primeira, parecida com a segunda.
A austeridade fiscal que reduz tantos gastos como impostos, mas corta mais gastos que impostos é mais equilibrada. A redução de gastos do governo faz com que as empresasque o tinham como prioridade ou único cliente sejam enxugadas ou quebrem, liberando mão-de-obra para empresas e iniciativas econômicas realmente demandadas pelos cidadãos. As empresas que produzem de acordo com a demanda de mercado terão mais capacidade para contratar novos funcionários, porque a redução de impostos lhe garante mais capital e mais poder de compra para os consumidores. O setor privado se torna maior que o setor público.
A quarta forma de austeridade fiscal reduz em dobro o desperdício de capital, e permite maior acumulação de capital, que implica em mais abundancia de bens e melhora da qualidade de vida em longo prazo. Não haveria uma recessão profunda; exceto se o governo impuser medidas que retardem a realocação empregatícia de um setor para outro, por exemplo, aumentando o seguro-desemprego, o salário mínimo ou impondo encargos sociais que encareçam a demissão e contratação.
As áreas de gasto do governo municipal estão descritas na Constituição exige que os municípios apliquem ao menos 25% de sua receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da Educação. A lei é a mesma para os estados e, no caso da União o percentual mínimo era de 18% até 2017. A Emenda Constitucional 95, conhecida como lei do teto, estipulou que a partir de 2018 a União investirá o mesmo valor de 2017 mais o acréscimo da inflação do ano anterior medida pelo IPCA. Isso significa que o investimento em educação não vai acompanhar o crescimento do PIB.
GESTÃO DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO
Antes de realizar cortes de custos ou realocações de recursos, uma importante etapa que deve ser cumprida consiste em conhecer quanto cada unidade administrava está consumindo em suas atividades.
	Custos Indiretos
	Custo
	Valor
	Aluguel do edifício
	33.000,00
	Salário dos empregados de copa e cozinha 
	18.000,00
	Salário dos empregados de limpeza 
	5.900,00
	Consumo de material de escritório 
	4.500,00
	Energia elétrica 
	11.500,00
		Considerando estudos realizados com base em observações in loco e laudos técnicos, a apropriação dos custos indiretos em cada uma das secretarias deverá ser realizada considerando os seguintes percentuais de apropriação:
	Custos Indiretos - Critérios de apropriação
	Custo
	Secretaria de
Saúde
	Secretaria de
Educação
	Secretaria de
Segurança
	Aluguel do edifício 
	26%
	49%
	25%
	Salário dos empregados de copa e cozinha 
	35%
	35%
	30%
	Salário dos empregados de limpeza 
	30%
	45%
	25%
	Consumo de material de escritório 
	50%
	30%
	20%
	Energia elétrica 
	20%
	50%
	30%
	Em relação aos custos diretos, considerando a classificação adotada, existe apenas os gastos relacionados à Mão de Obra Direta de cada secretaria. Conforme os valores apresentados a seguir:
	Custo Direto - Mão de Obra Direta
	Secretaria 
	Valor
	Sec. De Saúde 
	68.840,00
	Sec. De Educação 
	85.320,00
	Sec. De Segurança 
	120.550,00
	Desta forma; apresenta-se aqui os totais de custos indiretos de cada secretaria:
	Custo
	Valor
	Secretaria de 
Saúde
	Secretaria de 
Educação
	Secretaria de Segurança
	Aluguel do edifício
	R$33.000,00
	R$8.580,00
	R$16.170,00
	R$8,250,00
	Salário dos empregados de copa e cozinha
	
R$18.000,00
	
R$6,300,00
	
R$6.300,00
	
R$5.400,00
	Salário dos empregados de limpeza
	R$5.900,00
	R$1.770,00
	R$2.655,00
	R$1.475,00
	Consumo de material de escritório
	R$4.500,00
	R$2.250,00
	R$1.350,00
	R$900,00
	Energia elétrica
	R$11.500,00
	R$2.300,00
	R$5.750,00
	R$3.450,00
	
Total
	
R$72.900,00
	
R$21.200,00
	
R$32.225,00
	
R$19.475,00
Calcula-se os Custos totais (Diretos + indiretos) de cada secretaria:
	Secretaria
	Custo Direto
	Custo Indireto
	Custo Total
	Secretaria de Saúde
	R$68.840,00
	R$21.200,00
	R$90.040,00
	Secretaria de Educação
	R$85.320,00
	R$32.225,00
	R$117.545,00
	Secretaria de Segurança
	R$120.550,00
	R$19.475,00
	R$32.025,00
	Analisando os cálculos realizados o prefeito deve tomar ações em verificar analiticamente o que compõe os custos diretos de cada secretaria com o objetivo de minimizá-los. Observa-se inclusive discrepância	na ordem destes custos em relação aos custos indiretos e de funcionalismo.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Uma das principais funções da LDO é estabelecer parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos contemplados no PPA. É papel da LDO ajustar as ações de governo, previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa do Tesouro Nacional e selecionar dentre os programas incluídos no PPA aqueles que terão prioridade na execução do orçamento subsequente.
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.”
Observe-se que prioridade pode ser entendida como o grau de precedência ou de preferência de uma ação ou situação sobre as demais opções. Em geral, é definida em razão da gravidade da situação ou da importância de certa providência para a eliminação de pontos de estrangulamento. Também se considera a relevância do empreendimento para a realização de objetivos estratégicos de política econômica e social.
A lei orçamentária da União estima receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos. Reza o § 5º do artigo 165 da Constituição de 1988:
“§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”
O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Cabe à LDO, anualmente, enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. Já a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio-prazo do governo, e a LOA, que é o instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício a que se refere.
De acordo com a Constituição Federal, o exercício da função do planejamento é um dever do Estado, tendo caráter determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
O Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Assim, o planejamento expresso no Plano Plurianual assume a forma de grande moldura legal e institucional para a ação nacional, bem como para a formulação dos planos regionais e setoriais. Infere-se que o Plano Plurianual (PPA) de uma prefeitura pode ser equiparado com um planejamento estratégico de uma empresa privada, pois em ambos os casos as situações financeiras devem ter sua aplicabilidade de forma correta e de acordo com a legislação. Em ambos os casos se confere mais legitimidade e responsabilização coletiva sobre seus resultados, como ajuda a evitar desvios de recursos e fiscalizar a execução dos serviços públicos.
AUDITORIAE CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
	O patrimônio público é propriedade coletiva que deve ser vigiado por todos, além disso, a sociedade brasileira vem exigindo cada vez mais a transparência na aplicação dos recursos públicos. Os órgãos públicos alcançam mais facilmente esta transparência quando têm o auxílio da auditoria, pois, suas atividades servem como um meio de identificação de que todos os procedimentos internos, políticas definidas e a própria legislação estão sendo devidamente seguidos, e também para constatação de que todos os dados registrados merecem a verdadeira confiança; então, pode-se dizer que a importância da auditoria interna se torna indispensável.
A auditoria interna no setor público é indispensável, sendo uma ferramenta de controle social formada por um conjunto de procedimentos e técnicas, que tem por objetivo examinar a adequação, a eficácia e legitimidade dos controles internos, dos atos e das informações contábeis, financeiras, operacionais e físicas das unidades públicas. O controle interno é o principal instrumento da auditoria interna, juntamente com a contabilidade contribuem diretamente para a realização de um bom trabalho de auditoria interna.
A auditoria interna presta avaliação ao examinar e reportar sobre a eficácia dos processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controle desenvolvidos para ajudar a organização a alcançar seus objetivos estratégicos, operacionais, financeiros e de conformidade. A auditoria interna pode contribuir na atuação e gestão dos profissionais, pois ela pode atuar de muitas maneiras dentro de uma empresa, tanto como ferramenta de apoio à gestão medindo a eficácia e eficiência dos procedimentos, quanto na prevenção e detecção de fraudes e erros, além de averiguar se as normas e políticas necessárias estão sendo obedecidas.
As formas de controles internos estão mais sofisticadas e a cada momento são mais importantes para a gestão empresarial, propõem mudanças nos processos, na estrutura e nas estratégias de negócios. A auditoria interna presta avaliação ao examinar e reportar sobre a eficácia dos processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controle desenvolvidos para ajudar a organização a alcançar seus objetivos estratégicos, operacionais, financeiros e de conformidade.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer nos Municípios, contraria os princípios da impessoalidade, moralidade e igualdade, previstos inclusive na Constituição Federal
Em regra, os cargos ou empregos públicos são ocupados por pessoas aprovadas em concursos públicos de provas ou provas e títulos (art. 37, II, da CF). Assim, para ocupar um cargo ou emprego público a pessoa tem de demonstrar sua capacidade profissional e intelectual por meio de uma prova, onde concorrerá com milhares de outras pessoas, que também terão as mesmas chances de mostrar suas aptidões, sendo aprovado aquele candidato que apresentar as melhores qualificações técnicas para o preenchimento da vaga disputada.
É de conhecimento que alguns cargos, empregos ou funções públicas exigem que sejam ocupados por pessoas de confiança do superior hierárquico, para que possa haver harmonia e melhor desempenho das atividades exercidas nesse setor. Como exemplo, podemos citar a Presidência da República, que além do Chefe do Executivo, também é composta pelos Ministros de Estado. Impossível seria o exercício de suas funções, se o Presidente da República não pudesse escolher livremente seus ministros segundo critério de confiança. Pensando em situações desse tipo, foi que o legislador constituinte criou a ressalva do art. 37, II, da Constituição Federal:
“...II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.”
Também chamado de Princípio da Finalidade, é o resultado pela busca dos interesses da sociedade, regulamentado pela Lei 9.784/99, que trata dos processos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal. 
Com o nome de interesse público, a Lei 9.784/99 coloca-o como um dos princípios de observância obrigatória pela Administração Pública, correspondendo ao atendimento a fins de interesse gerais vedados a renúncia total ou parcial de poderes ou competência, salvo autorização em lei. Assim, este princípio é o dispositivo que trata dos interesses da coletividade. Visa contribuir com a maioria dos indivíduos da sociedade, e o Estado tem papel relevante nisto, uma vez que foi criado para garantir uma organização e cumprir os interesses gerais da sociedade com o bem-estar da coletividade. 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral de direito inerente a qualquer sociedade. E a própria condição de sua existência. Assim, não se radica, em seu dispositivo específico algum da Constituição, ainda que inúmeros aludam ou impliquem manifestações concretas dele, como por exemplo, os princípios da função social da propriedade, da defesa do consumidor ou do meio ambiente (art. 170, incisos III, V, VI) ou em tantos outros. Afinal, o princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio social.
 Relaciona-se aqui o Art. 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. Os princípios constitucionais controladores da atuação da Administração Pública estão previstos no caput do artigo 37 da Constituição Federal, sendo eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência Estes princípios devem ser seguidos à risca pelos agentes públicos, não podendo se desviar destes princípios sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar civil ou criminal dependendo do caso.
3. CONCLUSÃO
Para alcançar o objetivo de desburocratizar os serviços prestados aos cidadãos, o gestor precisa buscar soluções constantemente. Por fim, cabe a sociedade o exercício do controle social sobre os atos praticados pela Administração Pública e exigir a observância em todos os atos praticados, utilizando-se de meios legais para denunciar a corrupção e abusos por parte dos agentes públicos.
A auditoria interna fortalece a governança corporativa por meio de auditorias baseadas em riscos que prestam avaliação e oferecem conhecimentos sobre os processos e as estruturas que levam a organização ao sucesso. À medida que os riscos crescem e se tornam mais complexos, o papel da auditoria interna provavelmente se expandirá em áreas como governança de riscos, cultura e comportamento, sustentabilidade e outros tipos de reporte não financeiro. 
Conforme as organizações lidam com a crescente variedade de riscos criados pelas novas tecnologias, geopolítica, cibe segurança e inovação destrutiva, uma função vibrante e ágil de auditoria interna pode ser um recurso indispensável em apoio à boa governança corporativa. A proposta de uma gestão pública, se baseia na excelência de valores e de resultados, pois o ganho social é de extrema importância e alcança o topo em uma pirâmide de prioridade, pois cria valor público para o cidadão.
Observou-se que a gestão pública é focada em resultados e orientada para o cidadão e a melhoria da qualidade ofertada pelos serviços público também é de responsabilidade da gestão pública que deve sempre estar elencada para uma “devida contribuição à competitividade do país.
REFERÊNCIAS
KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2016. PISCITELLI, Roberto Bocaccio. 
JUSTIÇA. Ministérioda Justiça e Segurança Pública: Governo Federal. O Plano Plurianual. Disponível em: https://www.justica.gov.br/Acesso/governanca/PPA. Acesso em 03 mar 2021 
LOURENÇO, N. V. Administração Pública: modelos, conceitos, reformas e avanços para uma nova gestão. Curitiba: InterSaberes, 2016.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 11. Ed. – São Paulo: Atlas, 2018. 
NETO, O. A. P. et al. Publicidade e transparência das contas públicas: obrigatoriedade e abrangência desses princípios na administração pública brasileira. Contabilidade Vista & Revista, v. 18, n. 1, p. 75-94, 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1970/197014728005.pdf. Acesso em 03 mar. 2021
PETER, Maria da Glória Arrais. MACHADO, Marcus Vinicius Veras. Manual de auditoria governamental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
PORTAL DA TRANSPARÊNCIA. Controladoria-Geral da União. Orçamento Público. Disponível em: http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/orcamento-publico. Acesso em 04 mar 2021
ROSO, Ana. OS PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA E DA EFICÁCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. J²-Jornal Jurídico, v. 3, n. 1, 2020. Disponível em: https://www.revistas.ponteditora.org/index.php/j2/article/view/268. Acesso em 04 mar 2021
SANTOS, Joel José. Manual de contabilidade e análise de custos. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
SLOMSKI, Valmor. Manual de contabilidade pública: de acordo com as normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público (IPSASB/ IFAC/CFC). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
TIMBÓ, Maria Zulene Farias. Contabilidade pública: uma abordagem da administração financeira pública. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

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