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direito civil - direito das coisas

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1 
 
DIREITOS REAIS 
 
Unidade 1- Noções introdutórias 
 
1- Introdução 
 
Direito Subjetivo X Direitos Objetivo 
 
Direito subjetivo- faculdade de agir, fazer valer seu direito. Se subdivide em 2: 
D.subjetivo patrimonial (TER) Obrigacional - créditos Real - coisas 
 
D.subjetivo personalidade (SER) 
 
Direito Objetivo (LEI) 
Conjunto de normas existentes em um ordenamento jurídico 
 
Coisa X Bem 
 
Bem - tudo aquilo que possui uma utilidade. 
Coisa - tudo aquilo que tem uma utilidade e é apropriável. 
 
Apropriável - pode ser apropriado pelo homem para ser objeto de uma relação 
jurídica 
 
Nas relações de direitos reais o titular do direito exerce poder direito e imediato 
sobre uma coisa diante da coletividade. 
(Relação de pessoa para coisa). 
 
Direitos reais leva em consideração a natureza jurídica da relação direito das 
coisas leva em consideração o objeto da relação jurídica 
 
2- Reais x Obrigacionais 
 
Objeto: 
2 
 
D. Real - coisa 
D. Obrigacional – prestação 
 
D.real - direitos absolutos “erga omnes” Direito exercido contra toda a coletividade 
 
D. Obrigacional - direitos relativos “inter partes” Direito exercido relativamente 
contra o devedor. 
 
D. Real - imediato 
 
D. Obrigacional - só se satisfaz o direito com a atuação de terceiro 
 
D. Real - “numerus clausus” Taxativo - fechado 
Numerados expressamente pela lei Art. 1225 CC 
 
D. Obrigacional - “numerus apertus” 
Depende totalmente da autonomia da vontade, impossibilidade de taxar todas as 
possibilidades em lei. 
 
3- Características fundamentais dos Direitos Reais 
Absolutos: Oponibilidade “erga omnes” 
Toda a coletividade fica obrigada a respeitar a aquele direito. 
 
Direito de sequela ( Direito de seguir) 
Seu direito de seguir a coisa onde quer que ela esteja (para todos os direitos reais) 
Perseguir e reivindicar a coisa onde quer que ela esteja. 
 
Taxatividade - “Numerus clausus” 
Aquilo que esta tipificado na lei como direito real. 
 
4- Obrigações “propter rem” 
Também chamado de obrigação mista e obrigação ambulatória 
 
É uma obrigação que recai sobre uma pessoa por força de determinado direito real. 
3 
 
( O simples fato de ser titular de um direito real gera um direito obrigacional). 
UNIDADE II- Posse 
 
1- Introdução 
O poder que alguém exerce sobre a coisa permitindo a utilização. 
1º Relação: O proprietário usa da posse para exercer o seu poder. Posse + 
Propriedade. Nem sempre o proprietário possui a posse. 
Circunstancias: 
- “Jus Possidendi”: O direito de posse é fundado na propriedade = Posse + 
Propriedade na mesma pessoa; 
- “Jus Possessioni”: O possuidor tem a posse mas não tem a propriedade. Ex.: 
Locatário. 
 
2- Teorias Conceituais da Posse 
 
2.1- Subjetiva – Savigny 
 
Poder físico direto com a coisa. É a intenção de possuir a coisa como se É o 
contato com a coisa. Proprietário fosse. 
O elemento chamado subjetivo é o Animus, quando não tem Animus não vai existir 
Posse= Tem toda a proteção jurídica. Existirá a Detenção: Não há tutela jurídica. 
Essa teoria foi muito criticada pois em casos de: Furto, Aluguel. Entretanto foi um 
marco, pois conseguiu Posse e Proprietário. 
 
2.2- Objetiva – Ihering 
Corpus: O contato, poder físico com a coisa como se Dono fosse. Art. 1196 CC > 
Adotou a teoria objetiva. 
 
3- Conceito de Posse do CC 
Art. 1196 C.C: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, 
pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Deixa bem claro a adoção da Teoria Objetiva, pois não exige a intenção de possuir 
a coisa como se dono fosse. 
Corpus + Animus 
4 
 
Exceto: No usucapião, é o único caso que o legislador adotou a Teoria Subjetiva 
exigindo o Animus Dominis. 
 
4- Detenção 
Savigny: Corpus – Animus: Não tem proteção jurídica; 
Ihering: Haverá detenção quando o legislador por uma opção legislativa entender 
que mesmo possuindo o poder fático sobre a coisa não merecerá a tutela 
possessória. 
Posse desqualificada pelo ordenamento jurídico; 
 Detenção é uma posse degradada/desqualificada pelo ordenamento jurídico; 
 
Casos de Detenção 
 
A) Servidores da Posse (Fórmulas da Posse) 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de 
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento 
de ordens ou instruções suas. 
Ex.1: Caseiro 
Parece que exerce o poder sobre a coisa, entretanto está obedecendo ordens, está 
subordinado. Exerce posse em nome alheio. 
Para a relação de subordinação não, precisa ser formal, de: 
Carteira Assinada; etc 
Mas pode ter 
Se tem subordinação não tem posse. 
Contrato feito com data retroativa é fraude, logo é NULO. 
Prescrição: Perder o Prazo; 
Usucapião: Ganhar pelo Prazo; 
Ex. 2: Manobrista de estacionamento. Subordinado ao Dono do estabelecimento, 
portanto servidor da posse. 
Dono do Estabelecimento: Possui a Posse. Dono do Carro: Possui a Propriedade 
 
B) Permissão e Tolerância 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim 
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão 
5 
 
depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
Por uma relação de Amizade/Parentesco ou Vizinhança alguém coloca alguma 
coisa a disposição de outra. 
Permissão: Expressa 
Tolerância: Tácita 
Qual a relação com a cadeira? Detenção através da Tolerância. 
Vaga de Garagem: Vizinho usa sua garagem por sua permissão mas quando você 
mandar ele terá que sair. 
Ele para e você vai deixando é Tolerância. 
Para a consequência jurídica é a mesma coisa, não faz diferença. Art. 1208. 
 
C) Atos de Violência e Clandestinidade Art. 1208: Segunda parte. 
Violência: Uso da força, quando você pega à força. MST; 
Clandestinidade: Às escuras sub-repticiamente. 
Poder sobre a coisa conseguida de forma oculta: A princípio é Detenção. 
 
D) Bem Público de Uso Comum e Especial 
- Bens Públicos de Uso Comum: São aqueles bens de uso de toda a coletividade; 
Bens Público de Uso Especial: Está afetado à prestação de um serviço público; 
Bens Dominicais: São aqueles bens que não estão sendo utilizados para nada. 
Ex.: Lote não está sendo sado para nenhuma finalidade. 
 
5- Natureza Jurídica da Posse: Fato ou Direito 
-A posse é um Direito interesse jurídico protegido, com várias consequências 
jurídicas. 
-A posse é um Fato, pois basta ter o poder físico sobre a coisa. 
-A posse é Mista Eclética, porque é considerada em si mesma a posse é um fato. 
É considerada em seus efeitos é um direito, pois agem com consequência 
jurídicas. 
# O possuidor, atua imediatamente sobra a coisa sem a necessidade de 3º, a posse 
tem 
eficácia erga omens. 
# A posse não tem sequência, consequente é direito obrigacional. Estrutura 
Tridimensional da Posse 
6 
 
1º) Propriedade: A posse é decorrência, propriedade. 
2º) Proprietário: Indireta, Posse Direta. A posse é atribuída, através da relação 
jurídica obrigacional com o proprietário. Ex.: Contrato de Locação. 
3º) Propriedade ≠ Posse: A posse material, que não tem nenhuma relação jurídica, 
com o proprietário. Ex.: Usucapião. 
 
Posse é um direito real ou obrigacional? 
 
Real – o objeto da posse é uma coisa e não uma obrigação, portanto direito real, 
efeito erga omnis, para satisfazer o direito de posse temos a imediatividade pois 
ele não precisa da colaboração de terceiros para satisfazer o seu direito. 
 
Obrigacional- não está no rol taxativo do art.1225 cc, portanto não se trata de 
direito real mas obrigacional. 
7 
 
Efeitos erga omnes em propriedades só poderá ser registrado em cartório, por esta 
razão, a posse não pode ser registrado em cartório então trata-se de direito 
obrigacional e não direito real. 
 
Se perde a posse para terceiro de boa-fé não existirá o direito de sequela. 
 
6- Objeto da Posse 
Partindo da premissa de que posse é contato físico, não é difícil perceber que o 
Objeto da possesempre será um bem corpóreo. Bem Material. 
 
Partindo dessa premissa, duas. Conclusões são imprescindíveis. 
A primeira é a de que os bens incorpóreos, por serem insuscetíveis de posse 
Não podem ser defendidos por meio dos interditos possessórios 
(Ações possessórias). Logo, serão defendidos por meio de ação indenizatória ou 
tutela específica, a depender do interesse da parte. Ex.: direitos autorais. 
STJ Súmula nº 228 - Interdito Proibitório - Proteção do Direito Autoral - É 
inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. 
A segunda é a impossibilidade de usucapião de bens incorpóreos, já que um dos 
requisitos do usucapião é a posse. 
Há apenas uma exceção à possibilidade de usucapião de bens incorpóreos, qual 
seja o usucapião de linha telefônica, conforme súmula 193, STJ: 
STJ Súmula nº 193 - 25/06/1997 - DJ 06.08.1997 - Linha Telefônica – Usucapião -
 O direito de uso de linha telefônica pode ser adquirido por usucapião. 
 
7- Classificação da Posse 
 
7.1) Posse Direta e Indireta 
Direta: Também chamada de imediata. Subordinada, derivada, condicionada, pois 
está completamente limitada pelo proprietário. 
Indireta: Também chamada de mediata. 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, 
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de 
quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra 
o indireto. 
8 
 
* Proprietário: Mesmo que não esteja com a coisa não deixa de ser Dono. É o 
fenômeno pelo qual o proprietário efetivando uma relação jurídica com um terceiro 
transfere-lhe o poder de fato sobre a coisa. O proprietário se mantém com a posse 
indireta e o terceiro com a direta. 
OBS. 1: Diferença entre Posse Direta e Detenção, Art. 1197. P.D: Na posse direta 
não tem a subordinação. 
Detenção: O detentor exerce poder de fato sobre a coisa, porém em nome alheio 
e não próprio, subordinadamente. 
OBS. 2: Se tem desdobramento da posse tanto o direto como o indireto, podem 
defender a posse independentemente do outro entre eles, automaticamente. Ex.: 
Ação Possessória. 
OBS. 3: Um contra o Outro? 
O possuidor direto pode defender a sua posse mesmo contra o possuidor indireto 
e vice versa. 
Ex.: Locação de 1 Ano. Proprietário cisma de tirar o locatário. Locatário entra com 
uma possessória. 
Em alguns casos a posse sobressai sobre a propriedade. 
OBS. 4: Desdobramento sucessivos da Posse. Pode ter vários graus, mas tem que 
ter autorização no contrato do proprietário. Ex.: A aluga para B que aluga para C. 
O que desdobra é a Posse Indireta, a Posse Direta só tem 1, pois é aquele que 
tem o poder físico sobre a coisa. 
# O possuidor indireto será sempre o proprietário? FALSO. 
 
7.2) Composse 
Pensar na Copropriedade. Ex.: A compra um cavalo com B. Não dá para dividir o 
cavalo ao meio. 
A composse é como se fosse um condomínio, onde duas ou mais pessoas tem a 
posse da mesma coisa ao mesmo tempo em estado de indivisão. 
Comunhão 
 Condomínio: Propriedade mútua; 
 Composse: Posse mútua; 
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma 
exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros 
compossuidores. 
9 
 
Quando a coisa deixa de ser indivisa e passa a ser divisível, deixa de composse e 
torna- se posse. 
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, 
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar 
passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. 
Em casos que o terreno não tiver saída ou passagem, o dono do outro terreno terá 
que ceder passagem. 
Posse Pro Indiviso 
É a posse de partes ideias da coisa objeto de composse, ou seja, 2 ou mais sujeitos 
exercem os mesmo poderes sobre a coisa única e indivisível. 
Posse Pro Diviso 
Cada um exerce posso sobre partes determinadas. Ex.: República. 
 
7.3) Posse “Ad Interdictae” e “Ad usucapionem” 
O fato de posse significa ter proteção jurídica. 
Ad Interdictae: Posse que não tem possibilidade de chegar a usucapião. Ex.: 
Locatário; Caseiro, pois não tem posse e detenção. 
Ad Usucapionem Art. 1230 a 1244: Posse que tem possibilidade de virá 
propriedade através da Usucapião. 
Ao fim de um período de dez anos, aliado a outros requisitos, como o ânimo de 
dono, o exercício contínuo e de forma mansa e pacífica, além do justo título e boa-
fé, dá origem à usucapião ordinária (CC, art. 1.242). Quando a posse, com essas 
características, prolongasse por quinze anos, a lei defere a aquisição do domínio 
pela usucapião extraordinária, independentemente de título e boa-fé (CC, art. 
1.238). 
O que vai ser detenção ou posse? A Lei. 
 
7.4) Posse Justa e Injusta 
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
Justa: Posse que não tem vícios que foi adquirida sem vícios. 
Injusta: Posse que tem vícios que foi adquirida com vícios, aqui se analisa apenas 
com um critério objetivo, ou seja, a forma que foi adquirida independentemente da 
intenção: 
 
10 
 
A- Violência: É o contrário da posse pacífica. Esta violência pode ser pelo uso da 
Força: Vis Absoluta e Ameaça: Vis Compulsiva. Para caracterizar a posse violenta 
essa tem que ser contra a pessoa “Proprietário, Possuidor e Detentor” e não contra 
a coisa. Não tem posse violenta o imóvel abandonado. Vício Originário. 
 
B- Clandestinidade: É aquela adquirida às escuras, sub repticiamente, na calada 
da noite. É a tomada da posse sem a que a pessoa “proprietário ou possuidor” 
saiba que sua posse está sendo tomada. Vai ser clandestina se comprovar que a 
pessoa “proprietário ou possuidor” que tinha que conhecer não conhece e também 
não tinha como conhecer. O que determina a fim da clandestinidade quando o 
proprietário tem conhecimento ou tinha como tomar conhecimento. 
 
C- Precariedade: Chamada de vício posterior: Pois no início é uma posse lícita. É 
aquela adquirida com abuso de confiança é uma espécie de abuso de direito. Ela 
começa com uma posse justa, pois existia uma relação jurídica entre as partes. 
Mas no momento em que ela tem que ser devolvida ela se nega a restituir. Ex.: A 
empresta a casa para B, findado o prazo ele se nega a sair ele passa a ter a posse 
possessória. A tem direito a ações possessória, caso não faça nada, tem um prazo 
e começa a correr a usucapião. 
Ação de Força Nova: Menos de 1 ano e dia “Cabe Liminar”. 
Ação de Força Velha: Mais de 1 ano e dia. 
Detenção “Em nome de Terceiro” x Posse “Em nome próprio”: Ambas tratam da 
posse física do bem entretanto a 1ª não há proteção jurídica. 
 
7.5- Posse de Boa-Fè e Má-Fé 
 
(Art. 1.202) só deixa de ser boa-fé e se torna má-fé em uma citação de ação. 
Obs.: Convalescimento da Posse ou Interversão: Ato violento não induz posse 
salvo se cessar a violência ou ato clandestino. Passando assim a ter proteção 
jurídica. 
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter 
com que foi adquirida. 
 
OBS: Convalescimento da posse: 
11 
 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim 
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão 
depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
Posse justa de má-fé: Não é clandestina, não é violenta, porém é ilegal. 
 
8- Aquisição da Posse: 
 
Código civil adotou a teoria objetiva de Henrin 
 
Modo Originário: Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna 
possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à 
propriedade. 
Não há relação de causalidade entre a posse atual e a posse anterior. Não existe 
uma relação jurídica entre o possuidor anterior e o atual. A posse nova vem 
desvinculada da antiga, caso a posse antiga tiver vício a posse nova não os 
conterá, ou seja, os vícios antigos não transmite a nova posse. Ex.: Esbulho “leva 
a perdada posse”. 
 
Modo Derivado: Existe uma relação jurídica entra as partes, um negócio jurídico. 
A posse pode ser negociada. 
 
Aquisição da propriedade através da TRADIÇÃO: 
-Real: Entrega efetiva ou material da coisa, como ocorre na entrega do veículo pela 
concessionária em uma compra e venda. 
-Simbólica: há um ato representativo da transferência da coisa como, por exemplo, 
a entrega das chaves de um apartamento. 
-Tradição ficta: É aquela que se dá por presunção, como ocorre na traditio 
brevimanu, em que o possuidor possuía em nome alheio e agora passa a possuir 
em nome próprio (o exemplo típico é o do locatário que compra o imóvel, passando 
a ser o proprietário). 
 
Constituto possessório: Aquele que possuía em nome próprio passa a possuiu 
em nome alheio remanescendo com o poder material sobre a coisa. 
“Tradição “Brevi Manu”: Aquele que possuía em nome alheio passa a possuiu em 
12 
 
nome próprio remanescendo com o poder material sobre a coisa. 
 
8.1- Legitimidade para Aquisição da Posse: 
 
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida: I - pela própria pessoa que a 
pretende ou por seu representante “de filhos ou procurador”; II - por terceiro sem 
mandato, dependendo de ratificação. 
 
8.2- Aquisição dos Acessórios: 
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis 
que nele estiverem. 
Presunção relativa: Até que prove ao contrário ao adquirir a posse do imóveis tome 
posse do acessórios. 
 
 
9- Transmissão da Posse: 
 
A) Causa Mortis: Sucessão legal. União de posses. Sucessio Possessiones: Art. 
1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os 
mesmos caracteres. Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse 
do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do 
antecessor, para os efeitos legais. Os herdeiros continuam a posse do de cujus, 
seja no tempo, seja nos vícios. Os herdeiros não podem mudar a natureza jurídica. 
 
B) Inter Vivos: Transmissão em vida. Acessio Possessionis: Caberá a parte que 
está adquirindo a posse, optar a posse anterior ou começar uma posse nova. 
 
10- Perda da Posse 
 
Art. 1.223: Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, 
o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196. Art. 1.196. Considera-se 
possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos 
poderes inerentes à propriedade. 
Situações de perda da posse: 
13 
 
Abandono: Desinteresse voluntário o possuidor pela coisa. 
Tradição: Entrega da coisa podendo ser real, simbólica ou ficta. 
Perda do Bem: Quando o bem desaparece. 
Destruição do Bem: O objeto perece. 
Posse de Outrem: Perda a posse por outro adquirir. 
 
11- Efeitos da Posse 
 
11.1- Direito aos Frutos: 
Fruto: São utilidades que a coisa periodicamente produz sem a alteração ou perda 
de sua substância. Ex.: Frutas; Leite de Vaca. 
Produto: A extração do produto determina a diminuição da coisa principal. 
 
Quanto a Origem: 
Naturais: Vem da natureza; Ex.: Frutas. 
Industriais: Vem da atuação humana; Ex.: Produção de pincel 
Civis: São as rendas produzidas pela coisa. Ex.: Aluguel recebido que a coisa gera. 
14 
 
 
Quanto ao Estado 
Pendentes: São aqueles que ainda estão unidos à coisa. 
Percebidos: Aqueles que já foram separados da coisa. 
Estantes: Estão separados da coisa mas estão armazenados para venda. 
Percipiendos: Deveriam ter sido colhidos mas não foram. 
Consumidos: Foram utilizados e não existem mais. 
A regra é o acessório segue o principal logo o possuidor do principal é possuidor 
do acessório. No entanto a boa-fé ou a má-fé do possuidor podem alterar essa 
regra. 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; 
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. 
 
Possuidor de Boa-Fé: 
Frutos Percebidos: Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela 
durar, aos frutos percebidos. Enquanto durar a boa-fé os frutos são do possuidor 
até durar sua boa-fé. 
Frutos Pendentes: Art. 124 Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que 
cessar a boa- fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da 
produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com 
antecipação. 
Os frutos passam a ser do proprietário, porém com direito de receber os custos 
investidos. Se ele colher com antecipação o possuidor deve devolver. 
A mudança de boa-fé para má-fé só é dada na citação, antes disso não será, seja 
por e-mail, telefone ou algum outro meio. 
Frutos Civis: Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e 
percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. 
Enquanto o possuidor estiver de boa-fé a renda daquele dia é dele. 
 
Possuidor de Ma-Fé: 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e 
percebidos, bem como pelos que, 
por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-
fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 
15 
 
A lei o possuidor de má-fé ele não tem direito nenhum, mas se ele comprovar 
despesas de produção ele faz jus de recebe-las, pois se não seria enriquecimento 
ilícito. 
 
11.2- Prejuízos: É a análise da possibilidade de responsabilidade civil do possuidor 
pela perda ou deterioração da coisa. 
- Possuidor de Boa-Fé: Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda 
ou deterioração da coisa, a que não der causa. Ou seja, que ele não tenha tido 
culpa. Responsabilidade Civil subjetiva, se a perda ou deterioração ocorreu sem 
sua culpa ele não responde. 
- Possuidor de Má-Fé: Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou 
deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se 
teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. 
 
11.3- Benfeitorias: Obras ou despesas efetuadas na coisa para fins de 
conservação, melhoria ou embelezamento. Adere a coisa principal, a ponto que se 
for retirada a coisa principal não será mais a mesma. 
 
Benfeitorias – São os bens acessórios introduzidos em um bem móvel ou imóvel, 
visando a sua conservação ou melhora da sua utilidade. Enquanto os frutos e 
produtos decorrem do bem principal, as benfeitorias são nele introduzidas. É 
interessante aqui relembrar a antiga classificação das benfeitorias, que remonta ao 
Direito Romano e que consta do art. 96 do CC: 
Benfeitorias necessárias – Sendo essenciais ao bem principal, são as que têm por 
fim conservar ou evitar que o bem se deteriore. Exemplo: a reforma do telhado de 
uma casa. 
Benfeitorias úteis – São as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, tornando-a 
mais útil Exemplo: instalação de uma grade na janela de uma casa. 
Benfeitorias voluptuárias – São as de mero deleite, de mero luxo, que não facilitam 
a utilidade da coisa, mas apenas tornam mais agradável o uso da coisa. Exemplo: 
construção de uma piscina em uma casa. 
 
Pertença: Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, 
se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de 
16 
 
outro. Não adere a coisa principal, ou seja pode ser retirada que a coisa principal 
não irá alterar. 
 
A) Indenização e Retenção Meio de defesa do credor da benfeitoria podendo 
continuar na coisa ou com a coisa até que ocorra o pagamento: 
 
Possuidor de Boa-Fé: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização 
das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe 
forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá 
exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
Benfeitorias Necessária e Úteis: Tem direito de ser indenizado e poderá exercer o 
direito de retenção pelo valor das benfeitorias. 
Benfeitorias Voluptuária: Se não lhe forem pagas, pode pegar e levá-las desde que 
essas benfeitoriasnão estejam aderidas na coisa. 
 
Possuidor de Má-Fé: Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente 
as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância 
destas, nem o de levantar as voluptuárias. Não tem direito de retenção de forma 
alguma. 
Benfeitorias Necessária: Mesmo com má-fé ele tem direito a indenização. 
Benfeitorias Voluptuária Úteis: Não tem direito. 
 
B) Valor da Indenização das Benfeitorias: Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a 
indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu 
valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual. 
 
C) Compensação das Benfeitorias e Danos: Art. 1.221. As benfeitorias 
compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da 
evicção ainda existirem. 
 
11.4- Usucapião 
 
11.5- Defesa da Posse 
Significa que o possuidor tem meios, instrumentos, mecanismos para proteger a 
17 
 
sua posse da intervenção de terceiros. Até mesmo do proprietário. O possuidor 
pode fazer de 2 formas: 
 
Legítima Defesa da Posse: 
Ações possessórias: 
 
12- Ações Possessórias 
Defesa da Posse: 
 
12.1- Legítima Defesa da Posse ou Autotutela ou Autoexecutoriedade da Posse: 
Autorização dada pela lei para que o possuidor TURBADO Manutenção de Posse 
ou ESBULHO Reintegração de Posse defenda sua posse com suas próprias mãos 
sem necessidade de atuação do Estado. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de 
ser molestado. 
 
Ameaça: Nada aconteceu mas estar prestes a ocorrer. Aqui não cabe Legitima 
Defesa haja visto não tiver ocorrido nenhuma agressão ainda. 
Turbado: Aquele que está incomodado em sua posse. 
Esbulhado: Aquele que perdeu sua posse. 
 
Obs.: 
1º- O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua 
própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não 
podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 
Não cabe legitima defesa da posse no caso de simples ameaça, tem que ter 
turbação ou esbulho. 
2º- Por sua própria não é restritiva, nesse caso o possuidor pode ter ajuda de 
terceiros existentes. 
3º- A reação tem que imediata, a primeira oportunidade possível pelo possuidor, 
pois tem que levar em consideração a distância, tempo de reação. Se tiver tempo 
para chamar o Estado já não se pode alegar legitima defesa. 
4º- Pode ser realizada pelo possuidor Direto, Indireto e pelo Detentor. 
18 
 
5º- A Legitima Defesa tem que ser proporcional, razoável para afastar a turbação 
ou esbulho. Caso contrário será excesso e consequentemente Ato Ilícito 
 
Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou 
de outro direito sobre a coisa. 
 
12.2- Ações Possessórias/Interditos Possessório “Gênero”: Espécies: 
Manutenção de Posse; 
19 
 
Reintegração de Posse; 
Interdito Proibitório: Diferente de Interdito Possessório. 
 
A) Juízo Possessório: Tutela a Posse, Ex.: Dono da casa se sente incomodada 
pelo inquilino; 
Juízo Petitório: Tutela a propriedade. 
Você pode deferir a manutenção ou reintegração de posse mesmo que outra 
pessoa seja proprietário, pois a propriedade não vai impedir que uma pessoa tenha 
sua posse protegida. § 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a 
alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. 
 
B) Atos Ofensivos a Posse: 
Violência Iminente: É a ameaça. Vai usar o Interdito Proibitório. Ex.: Se o MST 
acampar em frente à sua casa você pode ingressar com o interdito proibitório. Se 
caso a ameaça evoluir para turbação ou esbulho, o processo extinguirá “em regra”, 
pois o objeto se perdeu. 
Turbação: É um incomodo. Vai ser usado a Manutenção de Posse. 
Esbulho: É uma perda. Vai usar a Reintegração de Posse. I.P; M.P; R.P: São 
Espécies e Interditos Proibitórios. 
 
C) Fungibilidade: Só cabe fungibilidade se houver disposição legal expressa, pois 
é a exceção. É a permissão legal para que o juiz receba uma ação possessória 
como se fosse outra uma vez que os atos ofensivos à posse podem se alterar 
rapidamente, evitando ofensa a celeridade e economia processuais. É somente 
nas possessórias não cabe nas Petitórias, ou seja não discute-se propriedade. 
Ex.: Se o MST acampar em frente à sua casa você pode ingressar com o interdito 
proibitório. Se caso a ameaça evoluir para turbação ou esbulho, o processo 
extinguirá “em regra”, pois o objeto se perdeu. Entretanto o legislador para proteger 
a economia processual e manter a celeridade processual. 
 
D) Natureza Dúplice: Para fins de economia processual, o réu pode fazer pedidos 
também, ou seja não se limitando somente a rebater os pedidos do Autor. O Réu 
fica autorizado alegar na contestação que o direito é dele e não do Autor. Ela se 
justifica pelo princípio da celeridade e economia processual. 
20 
 
 
E) Procedimento: Prazo legal 1 ano e 1dia 
Ação de Força Nova: Aquela ação é proposta dentro do prazo de 1 ano e 1 dia. 
Caberá pedido liminar de Reintegração de Posse “inaudita altera parte “sem ouvir 
a parte contrária” – poderá ser deferido sem ouvir parte contrária”. 
 
Ação de Força Velha: Aquela ação é proposta após o prazo de 1 ano e 1 dia. 
 
 
 
 
 
 
Unidade III- PROPRIEDADE 
Conceito Art. 1228: Poder jurídico atribuído a alguém de usar, gozar, dispor e 
reivindicar a coisa. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o 
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
Poderes: 
Usar: Poder de ter a coisa a seu serviço, sem alterar-lhe a substancia. Não precisa 
necessariamente estar usando a coisa, basta estar a seu serviço, para ter o poder 
de usar. 
Gozar ou Fruir: É o poder de perceber/receber os seus frutos e explorar os seus 
produtos 
Dispor: É o poder de consumir a coisa, altarar-lhe a substância ou alienara. O poder 
proprietário por excelência, pois o único que pode dispor da coisa é o proprietário. 
Reivindicar ou Reaver: É o poder de buscar a coisa onde quer ou com quem quer 
que ela esteja. O proprietário para reaver a coisa usa a Ação Reivindicatória: 
Discute propriedade. Não é ação de Reintegração de Posse: Discute posse. 
Atributos da Propriedade Art. 1231: Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e 
exclusiva, até prova em contrário. 
2.1) Atributos: 
Exclusividade: A mesma coisa não pode pertencer simultaneamente há duas ou 
mais pessoas em idêntico lapso temporal. Duas pessoas podem ser proprietários 
21 
 
da mesma coisa não nunca da mesma parte da coisa. Ou seja eles tem a fração 
ideal da mesma coisa, e nunca a coisa sendo de ambos, cada um tendo uma parte 
exclusiva, sendo chamado de “Condomínio”. 
Perpetuidade: Não se perde a propriedade pelo não uso. 
Extensão da Propriedade: O proprietário é dono da extensão aérea ou subsolo da 
proprietário desde que útil a seu exercício. 
22 
 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo 
correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o 
proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura 
ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. Art. 
1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos 
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e 
outros bens referidos por leis especiais. 
Função Social da Propriedade: Na função social os interesses individuais devem 
se harmonizar com os sociais, devendo respeitar o meio ambiente os recursos 
naturais, a flora a fauna e etc. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o 
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
§ 1o O direito de propriedadedeve ser exercido em consonância com as suas 
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de 
conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas 
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como 
evitada a poluição do ar e das águas. 
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou 
utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. 
Descoberta Art. 1233 a 1237: É o fato jurídico pelo qual alguém encontra coisa 
alheia que perdida. 
Achádego: A recompensa que o descobridor faz jus chama, e a indenização não 
pode ser nunca inferior a 5% do valor da coisa. 
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, 
terá direito a uma recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à 
indenização pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte da 
coisa, se o dono não preferir abandoná-la. 
Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o 
esforço desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo 
possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação 
econômica de ambos. 
Aquisição da Propriedade IMÓVEL: 
Modo Originário: Não existe relação jurídica entre o proprietário anterior e o 
posterior, não existe transmissão de propriedade de uma pessoa para outra. Logo 
23 
 
não se transfere os vícios, logo se há vícios na propriedade ao vícios não só 
retransmitidos. Ex.: Usucapião. 
Modo Derivado: Existe relação jurídica entre o proprietário anterior e posterior. Ex.: 
Compra e Venda, Herança “intervivos ou causamortis. Logo se transfere os vícios, 
logo se há vícios na propriedade ao vícios só retransmitidos. 
23.09.2019 
Registro Público: 
Só se adquire a propriedade No Brasil não se adquire propriedade imóvel com 
apenas o contrato ou a escritura pública, sendo imprescindível o registro no cartório 
de registro de imóveis. 
Aquisição da Propriedade IMÓVEL: 
Registro: Se não há registro não há transferência de propriedade. O contrato de 
imóvel de compra e venda de imóvel cria apenas relação obrigacional e não um 
direito real. A ponto de quem vender e emitir apenas o contrato de compra e venda 
se agir de má 
24 
 
fé poderá vender a outro e o comprador além de perder a coisa perdera também a 
coisa. Podendo pleitear apenas ressarcimento juntamente com perdas e danos. 
Ou seja, no direito brasileiro quem não registra não é dono. A pessoa compra uma 
posse e não a propriedade. 
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos 
entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos 
referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título 
translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido 
como dono do imóvel. 
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de 
invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser 
havido como dono do imóvel. 
Presume-se que o dono seja aquela que o registro esteja o nome. É uma 
presunção de propriedade de registro é relativa, pois o parágrafo 2º admite-se sua 
invalidação. 
Lei 6.015 – Lei de registro 
Princípios Aplicados ao Registro: 
Constitutividade ou Inscrição: O que constitui propriedade é o Registro, somente é 
efetivada a propriedade quando ocorre o registro. Art. 1245, parágrafo 1º. 
Prioridade ou Preferência: Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que 
se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo. É dono 
quem registra primeiro. 
Força Probante ou a Fé Pública: O que está no registro presume-se ser verdadeiro, 
ou seja a verdade dos fatos, essa presunção é relativa, pois admite-se prova ao 
contrário. Art. 1247 Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o 
interessado reclamar que se retifique ou anule. A ação anulatória de registro, é a 
ação para cancelar esse registro. 
Continuidade: É preciso que exista uma sequência perfeita de atos através da 
conexão entre o registro anterior e o posterior, em um encadeamento perfeito. O 
objetivo do legislador é evitar a ilegalidade, caso quebre essa cadeia e não ache o 
dono, é preciso aguardar a usucapião, pois é modo originário de transmissão de 
propriedade não se exigindo a continuidade dos registros. Dessa forma encerrará 
25 
 
todos os vícios e ele retomara a propriedade de forma limpa e sem vícios. 
Publicidade: Tudo que está no registro é público, direitos reais oponíveis erga 
omnes, logo o registro tem caráter público. 
Legalidade: Incumbe ao oficial do cartório, por dever de ofício, examinar a 
legalidade e a validade dos títulos que lhe são apresentados para registro, nos 
seus aspectos intrínsecos e extrínsecos. Não lhe cabe, entretanto, segundo 
respeitável corrente de opinião, arguir vícios do consentimento, destituídos de 
interesse público e somente invocáveis pelos interessados, devendo limitar-se à 
verificação de sua natureza, se registrável ou não. O oficial do cartório ao efetuar 
o registro fiscaliza previamente a legalidade do título a ser registrado, sob pena de 
remessa ao juízo competente. 
Especialidade ou Individualização do Imóvel: O imóvel precisa ser precisamente, 
minuciosamente individualizado (metragem, lote, localização, fundo, frente). 
26 
 
Territorialidade: O registro deve ser feito na circunscrição imobiliária do imóvel. 
Quando houver mais de um cartório de imóvel é preciso olhar as normas de 
organização imobiliária, sendo o TJ responsável por essa determinação. 
Obs.: Não confundir: 
- Matricula: É a primeira inscrição de propriedade, como se fosse a certidão de 
nascimento, não transfere a propriedade. 
- Registro: Ato subsequente da matricula que transfere a propriedade. 
- Averbação: São alterações secundárias que alteram características do imóvel. 
Tudo que modifica o imóvel tem que averbar. 
30.09.2019 
Acessão 
Usucapião 21.10.2019 
Acessão 
Naturais 
Artificiais 
Art. 1258: Mini desapropri no interesse privado. 5x. Se é mini a indenização é o 
valor da área perdida e a desvalorização da área restante. 
Art. 1259: Maxi desapropri no interesse privado. 10x. Se é maxi a indenização é o 
valor da área perdida, a desvalorização da área restante e mais o tanto que ele 
ganhou na sua construção por ter feito sua construção. Se de boa fé. 
Usucapião, Prescrição Aquisitiva 
Modo originário de aquisição, pois não existe relação jurídica entre o proprietário 
atual e o anterior. É o modo originário de aquisição de propriedade pela posse 
prolongada da coisa conjugada com outros requisitos legais. É transformar Posse 
em Propriedade, ou seja, transforma um poder de fato em poder de direito, traz 
segurança jurídica. 
9.1) Espécies Obs.: Requisitos 
Tempo; Posse mansa, pacifica e continua: Aquela posse que não sofreu oposição 
judicial, Não é a oposição do proprietário, mesmo sendo oposição feita em cartório; 
Admite a soma de posses pela assessio ou sucessio possessione; Animus Domini. 
Na Usucapião adota a teoria subjetiva, ou seja, o possuidor tem que demonstrar 
animus domini a intenção de ser dono, “Savynig”. 
Em regra o cc não adotou a teoria subjetiva, mas como exceção adotou essa teoria 
na usucapião. 
27 
 
Extraordinária: Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem 
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, 
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o 
declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro 
de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o 
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradiahabitual, ou nele realizado 
obras ou serviços de caráter produtivo. 
Ordinária: Exige justo título: Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por 
si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente 
não admite esta presunção. Justo Título ou situação que se não houvesse um vício 
seria perfeito para transferir a propriedade, mas tem um vício que não o legitima, 
traz uma presunção de boa fé. 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel 
houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do 
respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele 
tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social 
e econômico = Função Social. 
Se A vendeu para B propriedade, porém se A falsificar os documentos e B for 
registrar no cartório C como dono verdadeiro pode anular esse registro. Mas se B 
estabelecer moradia e cumprir sua função social em 5 Anos consegue a 
Usucapião. 
Especial: 
Rural ou Prolabore: Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural 
ou urbano, possua como sua “Animus Dominis”, por cinco anos ininterruptos, sem 
oposição “Posse mansa, pacifica e continua”, área de terra em zona rural não 
superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua 
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. < = 50 HECTAR 
CF Art. 191 
Requisitos: A pessoa não pode ser proprietário de nenhum imóvel seja urbano ou 
rural; Tem que ser imóvel rural; Metragem não superior a 50 hectare e Pessoa tem 
que trabalhar e morar. 
28 
 
Caso a metragem seja maior não cabe a usucapião rural mas cabe as demais. 
Urbana ou Promoradia: Não exige que a pessoa trabalhe, pois a metragem do 
imóvel de certa forma não permite. 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta 
metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a 
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja 
proprietário de outro imóvel urbano ou rural. < = 250 M 
Caso a metragem seja maior não cabe a usucapião urbana mas cabe as demais. 
CF Art. 183 
29 
 
Familiar ou de Usucapião por abandono do lar: Art. 1.240-A. Aquele que exercer, 
por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros 
quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que 
abandonou o lar, utilizando- o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o 
domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
Abandono de Lar: Conceito jurídico indeterminado. 
Administrativa ou Extrajudicial: É levar diretamente ao cartório para tentar a 
usucapião sem que seja levado ao poder judiciário. Mas precisa de advogado. É 
uma faculdade e não uma obrigatoriedade. 
CPC Art. 1.071. O Capítulo III do Título V da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 
1973 (Lei de Registros Públicos), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 216-
A: (Vigência) “Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de 
reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente 
perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o 
imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, 
instruído com: 
28.10.2019 
Aquisição da Propriedade Móvel Art. 1260 e SS 
Usucapião: Todos os requisitos básicos de usucapião se aplicam aqui 1260: 
Usucapião Ordinária – 3 Anos > Pois, exige justo título e boa fé 1261: Usucapião 
Extraordinária – 5 Anos 
Ocupação: Modo de aquisição de propriedade pelo qual alguém se apropria de 
uma coisa sem dono. Modo Originário. A coisa tem que ser sem dono ou 
abandonada ou coisa que nunca teve dono 
Art. 1263: Assenhorar é se tornar senhor 
Defesa em Lei: Proibida em Lei 
Achado de Tesouro Art. 1264 a 1266 
Quando o CC fala prédio significa imóvel casualmente: Achou sem querer então é 
metade dela metade do dono 
Art. 1265: O dono pediu para procurar ou terceiro mexeu onde não devia. É do 
dono. 
Art. 1266: Desconsiderar, pois não tem aplicabilidade no código passado mas o 
CPC extinguiu. 
30 
 
Tradição 
Entrega da coisa do alienante ao adquirente. 
31 
 
Tipos: 
Real: Entrega da Própria Coisa; Simbólica: Um ato que representa a entrega; Ficta: 
Através do constituto possessório e o brevemanu. 
O que transfere propriedade do imóvel? O Registro E do Móvel? É a 
entrega/tradição. 
Contrato não transfere propriedade 
Art. 1267 – Não se transfere antes da tradição 
PU: Constituto Possessório 
Art. 1268 – Venda a non Domino 
- Se ocorrer em hasta pública “leilão”, isto não existe, pois aplica-se a teoria da 
aparência. 
Negócio Jurídico Nulo não transfere propriedade efeito Ex. Tunc. 
Especificação 1269 a 1271: É a transformação da matéria prima em uma espécie 
nova, por meio do trabalho do especificador. 
Transfoma um marmora bruto, meu, em obra de arte quem é dono? Art. 1271: 
Sendo dos 2 peço a minha parte 
Paragarfo 1º: Havendo má fé: Eu sou Dono 
Paragráfo 2º: Execeder consideravelmente quem pegou passa a ser dono mas tem 
que ressacir o dono anterior. 
Confusão, Comissão é erro de grafia correto é Comistão e Adjunção: Coisas 
pertencentes a donos diversos se misturam. 
Confusão: Mistura de líquidos. 
Comistão: Misturas de coisas secas ou sólidas. 
Adjunção: Sobreposição de uma coisa sólida a outra sem ter como separar. 
Quando a mistura se dá sem a vontade das partes quem é o dono? 
§ 1o Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, 
subsiste indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao 
valor da coisa com que entrou para a mistura ou agregado. Formará um 
condomínio mas a qualidade e quantidade mediante pericia determinará quem 
será dono de uma fração ideal. 
§ 2o Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, 
indenizando os outros. Caso a relação seja acessório e principal, o dono do 
principal irá ser dono do tudo e irá indenizar a outra parte. 
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte 
32 
 
caberá escolher entre adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, 
abatida a indenização que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso 
em que será indenizado. Se a mistura ocorrer de má fé a parte lesada pode 
escolher ficar com o todo ou abrir mão, independente de um ou outro ela terá 
indenização. 
33 
 
Perda da Propriedade: Alienação; Renuncia; Perecimento; Abandono; 
Desapropriação 
Há outras formas de perda da propriedade em leis especificas. 
Alienação: Transferência voluntária de um proprietário para um terceiro. Ex. 
Contrato de compra e venda. 
Contrato não transfere propriedade, ou seja, cria obrigação relacional e não real. 
Quem transfere propriedade de bem imóvel: e móvel: tradição. 
Renúncia: Ato unilateral pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a coisa 
de forma expressa. Não existe renúncia Tácita. 
Abandono: Ato unilateral pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a coisa 
mas não precisa ser expressa, bastando a intenção de não mais ter a coisa. 
Obs.: Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de 
não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de 
outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à 
propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas 
circunscrições. 
§ 1º O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, 
poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedadeda União, onde quer que ele se localize. 
§ 2º Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, 
quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus 
fiscais. 
Fere o contraditório, pois a pessoa pode deixar de pagar o imposto por motivo de 
saúde, ou desemprego e etc. 
A maioria da doutrina interpreta esse artigo como inconstitucional. 11.4) 
Perecimento: Desaparecimento da coisa. 
11.5) Desapropriação: Poder público tomar para si uma coisa privada. 
Modalidade: 
Necessidade Pública: Precisa-se daquela bem quando há uma urgência. 
Utilidade Pública: Não é urgência e sim conveniência. Ex. Montar uma escola. 
Interesse Social: Para fins de reforma agrária. 
Defesa da Propriedade: Defesa de Posse autotutela da posse ou não cabendo as 
ações possessórias, manutenção de posse reintegração de posse e interdito 
proibitório. 
34 
 
A defesa da propriedade Ação Reivindicatória: se trata-se do juízo petitório sendo 
a ação do proprietário que tenham título mas não tem posse. 
35 
 
Obs.: 
Titular Ativa: O proprietário é o titular ativo na ação, ou seja parte legitima. Logo o 
possuidor não tem ação reivindicatória; 
Se o proprietário for casado: Ou ele precisa da presença do cônjuge ou sua 
anuência. 
Rito da Ação: Ordinário, ou seja não tem rito especial é o rito do processo civil. 
Além de discutir propriedade frutos, benfeitorias, perdas e danos. 
Em defesa numa ação reivindicatória o réu pode alegar usucapião. 
Alegação de usucapião em ação reivindicatória não serve para transferir a 
propriedade, isto será feito através da ação de usucapião pois esta tem rito 
especial 
Pode alegar o usucapião na defesa mas não serve para transferir a propriedade 
devendo ser proposta a ação de usucapião. 
04.11.2019 
13 Propriedade Resolúvel 
Em regra a propriedade é perpétua, pois o proprietário mantém seu uso 
indefinidamente 
Exceções à perpetuidade da propriedade: 
Propriedade Resolúvel: Se refere a possibilidade da propriedade conter uma 
condição ou termo que farão com que o direito de propriedade se acabe. 
Propriedade Resolúvel Propriamente dita: Art. 1.359 
A propriedade já nasce com a perspectiva de durabilidade subordinada a um termo 
ou condição. 
Para que tenha efeitos é preciso que tenha registro. O efeito é ex-tunc retroage até 
a data do registro. 
Você doa a propriedade mediante uma condição. Ex.: A da sua para B até ele se 
formar na faculdade. 
Se B for vender a casa para C, C tem que olhar a condição/termo para venda ou 
seja data de formatura de B. 
Termo: Evento futuro e certo; 
Condição: Evento futuro e incerto; 
Propriedade “ad tempus”. Art. 1.360 
O efeito é Ex.nunc, não retroage, pois o que resolve a propriedade não é uma 
condição ou termo e sim um evento superveniente, desconhecido pelas partes. 
36 
 
Ex.: A da sua para B, B tenta matar A, A encerra a doação por ingratidão. Se A da 
sua para B, B tenta matar A, porém B vendeu a casa para C, logo revoga a doação, 
porém não pega de volta à casa de C, Logo B tem que indenizar. 
37 
 
 
14 Propriedade Fiduciária Art. 1.361 – 1.368 
A propriedade da coisa é transferida ao credor em garantia do pagamento da 
dívida, permanecendo o devedor com a posse direta da coisa “Constituo 
Possessório”. 
Pode ter alienação fiduciária para bens imóveis mas não com base no CC mas sim 
Lei 9514/97 Lei do Sistema Financeiro Imobiliário. 
Para veículo será preciso ter os dois registros: Registro de Títulos e Documento e 
Órgão Competente “Detran”. 
§ 3º Com o pagamento da última parcela o pagador se torna proprietário de fato 
da coisa. 
Pacto Comissório: É nulo. É o credor ficar com a coisa. A justificava é que se ele 
pagou um valor muito o valor da coisa e se o credor ficar com a coisa e com o valor 
que recebeu pode se caracterizar enriquecimento ilícito. 
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a 
coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Inadimplemento: Se o devedor deixa de pagar a parcela. 1º coisa o credor deve 
notificar o devedor, notificar para constituir mora. Constituída a mora o credor pode 
entrar com a ação para retomar o bem, ou seja busca e apreensão. Ou ele acha a 
coisa ou não acha a coisa. Na hora que ela não consegue realizar a busca e 
apreensão da coisa o processo se transforma em deposito. Dessa forma se ele 
virá depositário e não devolve a coisa torna- se depositário infiel e antigamente era 
permitida a prisão. Devido o Pacto San Jose da Costa Rica e Brasil como signatário 
excluiu a prisão de depositário infiel, 
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode 
usar a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário: I 
- a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por 
sua natureza; II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento. 
 
 
Unidade IV – Direitos de Vizinhança Art. 1277 a 1313 
Introdução: O fato da pessoa ser proprietária de uma coisa não quer dizer que ele 
possa fazer o que quiser com a coisa. O proprietário ao usar e gozar da coisa tem 
o seu direito limitado a fim de se ter uma convivência social tranquila e harmoniosa 
38 
 
com base na boa- fé. 
Propter Rem: Ou seja a obrigação se vincula a coisa e não a pessoa, dessa forma 
quem estiver na coisa estará obrigado a respeitar o direito de vizinhança. 
Prédios Confinantes: Sendo prédio é o imóvel e não no sentido de edifício, 
confinante é aquele que faz limite. 
Prédio Contíguos: Prédio que faz parte da vizinhança e não necessariamente 
fazendo limite. 
39 
 
 
Uso Anormal da Propriedade Art. 1227 “O proprietário ou o possuidor de um prédio 
tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego 
e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha”. 
A interpretação é restritiva. 
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da 
utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as 
edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da 
vizinhança. Nesse parágrafo, leve em consideração o limite do tolerável, na hora 
que o juiz avaliar o uso da propriedade, ele tem que avaliar o caso em concreto. 
 Solução para a composição dos conflitos 
Uso normal com incomodo normal: Está incomodando, mas se o uso está sendo 
normal, não há nada que se fazer, logo o incomodado deve si retirar. “Nada pode 
fazer”. 
Deve ser levado em consideração o Homem Médio. 
Uso normal, com incomodo anormal, mas socialmente aceito: Art. 1.278. O direito 
a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem 
justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, 
causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal. Ex.: Uma indústria instalada, 
emitindo gases poluentes, incomoda as pessoas, mas é função social, pois é 
geradora de emprego. Nesse caso não ai caber acabar com o incomodo, ou seja 
o juiz não poderá acabar com a indústria, haverá sim indenização. Art. 1.279. Ainda 
que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho 
exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis. 
Uso anormal, com incomodo anormais, sem interesse social: Ex.: Boate instalada 
em zona hospitalar. 
Soluções: 
Pode pedir indenização quando o dano já ocorreu: Só pode pedir se o dano for de 
fato efetivado. 
Ação Cominatória: Se o Dano ainda não ocorreu, ou seja fazer cessar o uso nocivo; 
objetivo é cessar o dano nocivo à propriedade, mediante uma obrigação de fazer 
ou não fazer com fixação de Atreint. Multa Astreint: multa diária pelo 
descumprimento de uma obrigação de fazer ou não fazer. 
Ação de Dano Infecto: Ação proposta perante a possibilidade de uma dano 
40 
 
iminente. Quando tem um danoiminente daí entra com essa ação como 
prevenção, você pede uma caução, caso o dano ocorra já está resguardado. Art. 
1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho 
a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que
 lhe preste caução pelo dano iminente. Art. 1.281. O proprietário 
ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, 
no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o 
prejuízo eventual. 
41 
 
 Árvores Limítrofes 
São árvores que estão nos limites da propriedade. 
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer 
em comum aos donos dos prédios confinantes. 
Presunção de condomínio, sendo essa relativa, pois admite-se prova em contrário. 
Independentemente do tamanho que tem em cada lado ambos são donos. Não 
pode nesses casos tirar o tronco que esteja em seu lado, pois assim ela morrerá. 
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, 
poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno 
invadido. 
Tronco está no terreno só, a lei autoriza que o vizinho que está com invadindo sua 
propriedade ele tem o direito de cortar, mas entendimento doutrinário, caso tal 
corte possa prejudicar a arvore, ele deve pedir autorização ao vizinho dono do 
árvores, princípio da boa-fé. 
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do 
solo onde caíram, se este for de propriedade particular. 
Se cair naturalmente o fruto é do dono do terreno. Se derrubar o fruto é do dono 
da árvore. Isso se o terreno for particular. 
Se for de propriedade pública as frutas que caírem são do dono do terreno da 
árvore. 
 Passagem Forçada 
Art. 1285 O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, 
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar 
passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. 
Imóveis Encravado: Aqueles que não tem saída para via pública. 
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se 
prestar à passagem. 
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o 
acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a 
passagem. 
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da 
alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário 
deste constrangido, depois, a dar uma outra. 
Unidade VI – Direitos Reais Sobre Coisas Alheios 
42 
 
1) Introdução: No proprietário tem 4 poderes, usar, fluir, dispor e reaver. O exercício 
do direito real pelo titular se estabelece em uma coisa alheia, de tal forma que duas 
sou mais pessoas dividirão entre si os poderes inerentes à propriedade. 
Três Grupos 
 Direitos Reais de Fruição: Usufruto; Usuhabitação; Superfície e Servidão 
 Superfície: Art. 1369 – 1377. Aqui temos duas propriedades diferentes. A é o dono 
do solo e B é dono da casa. É a faculdade que o proprietário possui de conceder 
a um terceiro a propriedade das construções e plantações que este efetue sobre o 
solo alheio. 
Superficiário proprietário da asserção. 
43 
 
Proprietário dono só solo. 
Obs.: 
O direito de superfície é uma exceção à regra, na qual o acessório segue o 
principal, nesse caso o acessório não segue o principal. Passa a ter duas 
propriedades. 
Deve ser feito por escritura pública registrada no Cartório de Imóveis. 
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for 
inerente ao objeto da concessão. 
Não cabe obra no subsolo, SALVO o inerente à construção ou plantação. 
Só existe direito de superfície por tempo determinado. 
Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do 
superficiário, aos seus herdeiros. 
Pode o superficiário transferir a superfície, seja inter vivos ou causa mortis. 
Pode ser Gratuito ou Oneroso: Solaruim é o pagamento por uma superfície 
onerosa. 
Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, 
estipularão as partes se o pagamento será feito de uma só vez, ou 
parceladamente. 
O superficiário já começa uma propriedade sabendo que vai acabar, ou seja é 
resolúvel. Sendo as acessões transferidas ao proprietário no termino da relação 
Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena 
sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se 
as partes não houverem estipulado o contrário. 
Tanto o proprietário do solo ou da acessão podem vender, porém eles tem que 
exercer o direito de preferência. 
Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o 
superficiário ou o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de 
condições. 
Causas Extintivas. 1º Advento do Tempo: Vencimento do prazo, chega o prazo 
final extingue; 2º Inadimplemento da obrigação; 3º Destinação diversa dada ao 
terreno Art. 1374; 4º Desapropriação Art. 1376. Advento do termo; * 
Inadimplemento da obrigação; * Dar uma destinação diversa. 1374; * 1376 
Desapropriação 
Direitos Reais de Garantia: Penhor, Hipoteca e Anticrese 
44 
 
Direito Real à Aquisição: Promessa de Compra e Venda 
Usufruto: É o direito de usar uma coisa pertencente a outrem e fruir (aproveitar os 
frutos). Direito de Usar e Fluir “Tirar frutos, usar”, Gozar, uma coisa pertencente a 
outrem desde que não alterada a sua substância. Cabe em bem móvel, cabe em 
bem imóvel. 
Usufrutuário: Pode usar livremente desde que não altera a substancia. Não poder 
de reaver através de Ação Reivindicatória. 
Nu Proprietário: É quem tem o poder de dispor. Somente esse tem direito de Ação 
Reivindicatória. 
45 
 
Ocorrerá um desdobramento da posse ficando o usufrutuário na posse direta e o 
nuproprietário na posse indireta. Não tem direito aos frutos percebidos. 
Caracteristícas: Direito real, logo tem direito de sequela, pois tem eficácia 
ergaomnes. 
A tem a fazenda e pode vender para B, pois é proprietária. Pode vender para todos 
o mundo que quiser mas quem adquirir tem que respeitar o usufruto de B. 
Ex.: A Faz usufruto com B por 10 anos. Em 5 anos A vende para C, C so pode 
pegar depois de 5 anos. 
- Direito Temporário: Ou ele tem o tempo pré estabelecido ou pode ser fixado pelo 
tempo de vida do usufrutuário sendo usufruto vitalício. 
Intransmissível: Não se transmite em herança uma vez que tem caráter 
Personalíssimo. 
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício 
pode ceder-se por título gratuito ou oneroso. A LEI NÃO PERMITE A 
TRANSMISSÃO DO USUFRUTO MAS SIM O EXERCÍCIO DO USUFRUTO. OU 
SEJA PODE-SE ARRENDAR O EXERCÍCIO DO USUFRUTO. 
Impenhorável: Pois é intransmissível. 
Objeto de Usufruto: Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis 
ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou 
em parte, os frutos e utilidades. PRATICAMENTE TUDO PODE RECAIR EM 
USUFRUTO O CAMPO DE SUA INCIDENCIA É AMPLO, TODOS OS BENS SÃO 
PASSIVEIS DE USUFRUTO. 
Usufruto Simultâneo x Sucessivo: Sucessivo é proibido: deixaria em usufruto de B 
em vitalício para depois que B morrer passar para o C depois que o C morrer 
passar para D depois que D morrer passar para E e assim sucessivamente. Não 
tem como, pois com a morte do usufrutuário extingue o usufruto logo não se passa 
Simultâneo é permitido: É permitido pois é duas ou mais pessoas ao mesmo 
tempo. 
A Proprietário: B; C e D Usufrutuário so acaba quando morrer. Se B morrer a sua 
parte volta ao A; Morreu C Volta para o A. Ou seja com a morte do usufrutuário 
volta para A, SALVO O DIREITO DE ACRESCER: Art. 1.411. Constituído o 
usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a 
cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulaçãoexpressa, o quinhão desses 
couber ao sobrevivente. OU SEJA A MORTE DE CADA UM DOS 
46 
 
USUFRUTUARIO FOR PERMITIDO DIVIDIR ENTRE 
CADA USUFRUTUARIO. Exemplo: A proprietário: B; C; D Usufrutuário > Se tiver 
direito de acrescer, B morrer sua parte divide entre C e D; Se morrer C fica tudo 
com D; Só volta a propriedade para A quando todos os Usufrutuário morrerem. 
Tem que estar expressa. 
Nossa lei admite usufruto simultâneo que é aquele constituído em favor de duas 
ou mais pessoas ao mesmo tempo. Pela regra o usufruto de cada uma vai se 
extinguindo com a morte voltando o direito para o proprietário, SALVO, estipulação 
expressa do direito de acrescer pelo qual o quinhão do usufrutuário falecido passa 
para o sobrevivente. 
Duração: 
47 
 
Temporário: Tem prazo de vigência 
Vitalício: Dura até a morte do usufrutuário. 
Pessoa Jurídica: pode ser usufrutuário, mas não há que se falar em Vitalício. O 
prazo será aquele pelo prazo estabelecido ou por prazo máximo 30 Anos. Art. 
1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de 
Imóveis: III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi 
constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se 
começou a exercer. 
Uso/Usufruto em Miniatura: Ele é chamado assim, pois o usufrutuário pode usar e 
fruir da coisa. No USO terá um limite de fruição limitando assim as necessidade do 
usufrutuário e de sua família, pois não pode haver finalidade econômica e sim de 
subsistência. Tem Nu proprietário e Usuário. Art. 1.412. O usuário usará da coisa 
e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua 
família. Cabe em bem móvel, cabe em bem imóvel. 
 
 
Habitação/Uso em Miniatura: O proprietário dá o direito de Usar e Habitar. Não 
pode ter finalidade econômica e não de existência. Diferença da Locação e 
Habitação: Direito de habitação é direito real, oponível ergaomnes, direito de 
sequela e locação é direito obrigacional, gerando assim garantia jurídica. 
Habitação: Direito de usar para fins de habitação não admitindo nenhum tipo de 
fruição. 
Não cabe em bem móvel, somente cabe em bem imóvel. 
Servidão: Temos dois prédio, ou seja imóvel. Um chamado prédio serviente: Estar 
servindo e o segundo chamado dominante: Estar se beneficiando. Tem se então 
um prédio servindo de alguma coisa para outro prédio. Servidão: direito real pelo 
qual um prédio serviente proporciona uma utilidade a outro prédio chamado 
dominante. Decorre da vontade das partes. Não precisa estar encravado. Pode ser 
onerosa ou gratuita depende do acordo de vontade das partes. 
EXEMPLO: servidão de passagem. Não é prédio encravado não há que se falar 
em passagem forçada: decorre da Lei, precisa estar encravado - e sim uma 
melhoria para o acesso. Logo pode fazer um contrato com outro para fazer uma 
passagem, podendo cobrar e estabelecer como será a passagem. Pode cobrar 
pode ter indenização. 
48 
 
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o 
prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração 
expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório 
de Registro de Imóveis. 
NÃO EXISTE DIREITO REAL QUE NÃO SEJA REGISTRADO. 
Promessa de Compra e Venda: É o contrato pelo qual o promitente vendedor 
obriga- se a vender ao promitente comprador determinado imóvel, outorgando-lhe 
a escritura definitiva quando houver o adimplemento da obrigação. Exemplo: 
Imóvel na planta. 
49 
 
Se tem uma promessa de compra e vem da e não está registrada em cartório, tem-
se uma relação obrigacional não tem direito de sequela, ergaomnes não pode ir 
onde quer que seja. 
Dessa forma se a construtora quiser da cano em todo mundo que não tenha 
registrado ela consegue, pois é mero direito obrigacional. 
Ação de Adjudicação: O Juiz pode emitir o registro. Se a pessoa registra o contrato 
no cartório a construtora tem que passa a escritura caso se negar ou vender a 
outrem na maldade, o juiz dará a escritura. 
 
 
 
 
 
 
Direitos do Proprietário: Usar; Fruir; Gozar; Dispor. 
- Quem estiver usando e fruindo, não pode alterar a substância, pois estaria 
dispondo. 
- Pessoas envolvidas: Usufrutuário e proprietário “Nu-Proprietário” 
- Características: 
 Direito real: tem poder de sequela 
1410. Tem caráter temporário. Tempo máximo (tempo que as partes 
estabelecerem ou o tempo de vida do usufrutuário) 
Intransmissível pois tem caráter personalíssimo. Não se transmite com herança. A 
morte do usufrutuário significa a extinção do usufruto. 
1393 Não é acessão a venda do usufruto, mas sim o exercício do usufruto. 
- Objetos do usufruto: 1390 quase tudo pode ser. Usufrutuário Vitalício: Até a morte 
- Direito de acrescer: 1411 O usufruto se transmite aos usufrutuários sobreviventes 
somente retornando a propriedade plena ao Nu-proprietário quando o último 
usufrutuário falecer. 
Exceto: Se o tiver o direito de acrescer neste caso morrendo um usufrutuário invés 
de retornar ao proprietário subdivide-se entre os outros usufrutuários. 
Só volta a transmitir ao proprietário caso o ultimo usufrutuário morra. 
Extinção: 1410 prazo de 30 anos para extinguir o usufruto caso seja pessoa jurídica 
se não houvesse prazo estabelecido 
50 
 
Uso (Usufruto em miniatura): 1412 Sendo a fruição limitada de acordo com a 
subsistência, necessidade individual. 
Habitação: 1414 Pessoa pode usar/habitar a coisa, e não admite nenhum tipo de 
fruição.

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