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Ação de Divórcio Litigioso com Partilha de Bens, Guarda e Alimento

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE TRÊS PASSOS
JOÃO FRANCISCO DE ASSIS, brasileiro, casado, maior, capaz, aposentado, portador do documento de identidade RG Nº 00000000-00 SSP-BA, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, tendo como endereço eletrônico joao.francisco@hotmail.com, residente e domiciliado à Rua João Paulo, nº 30, na cidade de Três Passos/RS, CEP 00.000-000, por meio de sua advogada que esta subscreve (procuração anexa), com endereço profissional à Rua Jaime Leite Cairo, nº 28, São Vicente, na cidade Três Passos-RS, CEP 45.435-000, nesta Comarca, onde recebe intimações, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 226,§ 6, da Constituição Federal propor a presente:
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO COM PARTILHA DE BENS, GUARDA E ALIMENTO
Em face de MARIA DO CARMO ROCHA, brasileira, casada, maior, capaz, aposentada, portadora do documento de identidade RG Nº 00000000-00 SSP-BA, inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliada na cidade de Três Passos/RS, CEP 00.000-000 pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I - DOS FATOS
O requerente João Francisco de Assis casou-se com a requerida Maria do Carmo Rocha em 00/00/2004, sob o regime da comunhão parcial de bens, conforme cópia autenticada da certidão de casamento (Doc. 03). Desta União, foram concebidos dois filhos, Mariana Rocha de Assis e Jonas Rocha de Assis, atualmente menores impúberes, com 8 e 10 anos respectivamente. 
Vale atentar que a requerida saiu de casa há cerca de 4 meses sem motivo algum e foi morar com outra pessoa, deixando assim a morada do casal.
Ainda na constância do casamento, o casal divorciando adquiriu 1 (uma) casa na cidade de Três Passos avaliada em R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais); 1 (um) apartamento localizado na cidade de Florianópolis avaliado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); e 1 (um) automóvel avaliado em R$ 8.000,00 (oito mil reais).
II - DO DIREITO
2.1- DIVÓRCIO 
Em conformidade a Constituição Federal em seu art. art. 226, § 6, em vigor:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(...)
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. 
Ademais, a Lei 5.515/77, assevera:
Art. 2º - A Sociedade Conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
A questão em tela, não comporta maiores divagações, vez que a Emenda Complementar de 66/2010, tornou o casamento potestativo. Observa-se ainda que antigos requisitos como lapso temporal, prévia separação e culpa, deixaram de ser exigidos, de modo que atualmente para que haja o divórcio, necessita-se de um casamento válido e a vontade de uma das partes em dissolver a sociedade conjugal.
Portanto, nos Moldes da Lei 5.515/77, bem como do art. art. 226, § 6, da Carta Magna, cuja redação da Emenda 66 de 2010 dispõe sobre dissolução da sociedade conjugal sem necessidade de comprovação de lapso temporal da separação, o cônjuge requerente pretende dissolver o casamento através do divórcio litigioso, uma vez que este tornou-se potestativo, condicionando-se tão-somente a vontade de uma das partes, manifestada pelo requerente, não havendo assim o que dificulte o exercício do direito potestativo do autor.
2.2 - PARTILHA DE BENS 
Conforme mencionado anteriormente, o casal adquiriu bens onerosamente na constância do casamento. Pelo fato de José e Maria estarem casados sobre o regime da comunhão parcial de bens preceitua o Artigo 1.658 do Código Civil: “No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes”
Partindo desse entendimento e dos fatos expostos, observa-se que os cônjuges são meeiros e por isso 50 % (cinquenta por cento) de cada bem adquirido pertence a Maria e 50% (cinquenta por cento) a José. Por conseguinte, é pleiteado que seja observado o direito a meação.
Nesta medida, seguem os bens pertencentes ao casal e os seus respectivos valores:
1 (uma) casa na cidade de Três Passos avaliada em R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais); 
1 (um) apartamento localizado na cidade de Florianópolis avaliado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); 
1 (um) automóvel avaliado em R$ 8.000,00 (oito mil reais).
2.3 - DA GUARDA
Em relação aos filhos do casal, ambos menores impúberes, com base no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente e tendo em vista que na guarda o interesse do menor deve ser a prioridade, entende-se que a guarda compartilhada descrita no Art.1.583 do Código Civil é a melhor opção que atende ao caso em tela.
Frise-se que após a separação de fato, os menores permaneceram sob a guarda fática do genitor, fato este que indica que esta relação melhor atende as suas necessidades, visto que continuarão na mesma residência, num ambiente que já estão acostumados.
Por fim, importante destacar que embora não seja errado que a mãe visite os filhos por ser um direito dela, há de ressaltar que muito maior que o direito a visita é a direito de as crianças conviverem harmoniosamente com a mãe. Assim, com objetivo de atender as necessidades dos filhos, durante a semana permanecerão sob a guarda do pai, já os finais de semana ficam reservados a mãe, podendo esta escolher outro dia, desde que seja acordado com o requerente.
Com base no Art. 1.584, I do código Civil, requer o autor que os filhos, do até então casal, fiquem sob a guarda compartilhada, podendo a genitora manter convívio com os menores.
2.4 - DOS ALIMENTOS
A titularidade dos alimentos que ora se pleiteia, se destina aos filhos do casal. E, a fim de atender os princípios processuais da economia e da celeridade, se cumula esse pedido ao de divórcio, embora ambos tenham rito especial diverso, todavia baseando-se no Art. 327, § 2º do Código de Processo Civil, tal fato se torna possível, visto que permitida a cumulação de pedidos, mesmo que adotem procedimentos diferentes.
Destarte, a obrigação de alimentar da requerida decorre do fato dela ser mãe de dois menores, que atualmente se encontram sob a guarda fática do requerente, estando essa obrigação expressa no artigo 229 da CF, sendo um dever dos pais alimentarem os filhos, bem como no Art. 1.696 do CC.
Nesse sentido, reconhecida a obrigação de alimentar, resta determinar o quantum a ser pago. E aqui nos deparamos com os dois pontos importantes: necessidade do alimentado e possibilidades do alimentando.
De acordo com esse binômio apresentado não há dúvidas da obrigação de pagar, nem de que é possível pagar, visto que a requerida é aposentada e ganha 05 (cinco) salários mínimos. Por isso, é plenamente razoável a fixação do valor de R$ 1200,00 (mil e duzentos reias) mensais obrigando Maria a depositar a importância até o dia 10 de cada mês na conta corrente da requerente, a saber: Agência 3560, conta 12261-6, Caixa Econômica Federal.
3 – DO PEDIDO
Ante todo o exposto requer a Vossa Excelência:
a) A citação do requerido para, caso queira, apresentar resposta dentro do prazo legal;
b) Extinção do vínculo conjugal entre requerente e requerido, mediante divórcio, expedido competente ofício para averbação junto ao Cartório de Registro Civil onde foi firmado o matrimônio;
c) Regulamentação da guarda dos menores, Mariana Rocha de Assis e Jonas Rocha de Assis, permanecendo estes morando com o requerente, e estabelecendo-se a guarda compartilhada, mediante ao que foi apresentado no subtópico 2.3; 
d) Condenação da requerida a pagar pensão alimentícia aos seus filhos, no valor de R$ 1200,00 (mil e duzentos reias) até o dia 10 (dez) de cada mês, mediante depósito na conta corrente do requerente descrita no subtópico 2.4; 
e) Determinação da meação na proporção de 50% (cinquenta por cento) referentes aos bens conquistados durante a vida marital, expedindo mandado de averbação da partilha junto ao Cartório de Registro de Imóveis;
c) A condenação da requerida nas custas processuais e honoráriosadvocatícios;
d) Intimação do Ministério Público, para intervir nos atos do processo com base ao Art. 178, II do Novo Código de Processo Civil.
 Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, que ficam desde já solicitados.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Três Passos, 11 de agosto de 2019
NATALINE FEREIRA BATISTA
OAB

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