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1 | P á g i n a Emergências odontológicas 1. Hemorragia: é a perda de sangue do sistema circulatório (rompimento de vasos sanguíneos). Pode ser classificada em: hemorragia externa e hemorragia interna. Sinais e sintomas Pulso fraco e rápido; Pele fria e úmida (pegajosa); Pupilas dilatadas com reação lenta à luz; Queda da pressão arterial; Paciente ansioso, inquieto e com sede; Náusea e vômito; Respiração rápida e profunda; Perda de consciência e parada respiratória; Choque Métodos de controle da hemorragia externa a) Pressão direta: na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a formação de coágulo. Após controlar um sangramento de extremidade, certifique-se de que existe pulso distal; em caso negativo, reajuste a pressão da bandagem para restabelecer a circulação. Pressão direta é o método mais rápido e eficiente para o controle da hemorragia externa. b) Elevação da área traumatizada: acima do nível do coração, a gravidade ajuda a diminuir o fluxo de sangue. Aplicar este método simultaneamente ao da pressão direta. Não o utilizar, porém, em casos de fraturas, luxações ou de objetos empalados na extremidade. c) Pressão digital sobre o ponto de pulso: quando os dois métodos anteriores falharem ou não tiver acesso ao local do sangramento (esmagamento, extremidades presas em ferragens). É a pressão aplicada com os dedos sobre os pontos de pulso de uma artéria contra uma superfície óssea. Principais pontos: artéria braquial (para sangramento de membros superiores), artéria femoral (para sangramento de membros inferiores), artéria temporal (para sangramento de couro cabeludo) e artéria radial (sangramento da mão). d) Aplicação de gelo: diminui o sangramento interno ou mesmo interrompe. Nas contusões, a aplicação de gelo previne a equimose (mancha arroxeada). Deve-se observar o tempo de uso, evitando-se uso demasiadamente prolongados. e) Torniquete: o último recurso (praticamente em desuso), o torniquete só será utilizado se todos os outros métodos falharem, devendo ser considerado apenas nos casos de destruição completa ou amputação de extremidades, com sangramento severo. O membro abaixo do torniquete deve tornar-se pálido, e o pulso arterial, abaixo do torniquete, desaparecer. Métodos de controle da hemorragia interna Conhecer o mecanismo de lesão. Os traumas contusos são as principais causas de hemorragias internas (acidentes de trânsito, quedas, chutes e explosões). 2 | P á g i n a Alguns sinais de alerta para suspeitar de hemorragia interna: Fratura da pelve ou ossos longos (braços ou coxa); Rigidez abdominal; Área de equimose em tórax e abdômen; Ferida penetrante em crânio, tórax ou abdômen. O tratamento de hemorragia interna é cirúrgico. Outras situações hemorrágicas Epistaxe é um sangramento nasal, com origem diversa: pico hipertensivo, traumatismo, tumores, influência hormonal e outras. Hemoptise é uma hemorragia pulmonar e pode ser sinal de trauma torácico ou edema agudo pulmonar (EAP), dentre outras patologias. Hematêmese é a perda de sangue no vômito. Melena é a perda de sangue nas fezes. 2. Choque anafilático: um tipo de reação alérgica potencialmente fatal. Resulta de uma reação de sensibilidade a algo a que o paciente é extremamente alérgico. Ocorre em questão de segundos ou minutos após o contato com a substância. Sinais e exames Um exame da pele pode indicar urticária e angioedema (edema dos olhos ou do rosto). A pele pode estar cianótica (azulada) por falta de oxigênio, ou pode estar pálida por causa do choque. O angioedema na garganta pode ser tão grave que bloqueia as vias respiratórias. Ouvir o pulmão com um estetoscópio (auscultação) revela roncos e sibilos e pode indicar a presença de líquidos (edema pulmonar). O pulso é rápido e a pressão sanguínea pode estar baixa. Fraqueza, a pele pálida, arritmias cardíacas, a confusão mental, e outros sintomas, podem indicar choque. O exame para detectar o alérgeno específico que produziu a anafilaxia (se a causa não for óbvia) deve ser postergado até o fim do tratamento. Tratamento É possível que se necessite de uma RCP e de outras medidas para salvar a vida do paciente. Pode ser necessário colocar um tubo, pelo nariz ou pela boca, nas vias respiratórias (intubação endotraqueal) ou realizar uma cirurgia de emergência para colocar o tubo diretamente na traqueia (traqueostomia). A epinefrina é administrada por meio de uma injeção e/ou inalação. Esse procedimento abre as vias respiratórias e aumenta a pressão sanguínea pela vasoconstrição. O tratamento para o choque inclui líquidos intravenosos e medicamentos que deem suporte ao coração e ao sistema circulatório. Podem ser administrados anti-histamínicos, como a difenidramina, para reduzir ainda mais os sintomas (após as medidas de salvamento e a administração de epinefrina). 3. Parada cardiorrespiratória: ausência de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou respiração agônica, ofegante. 3 | P á g i n a O atendimento da PCR é descrito na literatura como Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), que compreende uma sequência de manobras e procedimentos destinados a manter a circulação cerebral e cardíaca, e garantir a sobrevida do paciente. Parada respiratória: evolui em alguns minutos para uma parada cardiopulmonar e apesar de ser a menor causa de paradas, possui resultados positivos quando aplicado RCP logo no início da parada, principalmente em obstrução de vias aéreas ou afogamento. Parada cardíaca: As doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo e em cerca de 60% destas mortes ocorre uma Parada Cardíaca Súbita (PCS). A parada cardíaca súbita corresponde a 80% das paradas cardiopulmonares. Estas paradas cardíacas súbitas têm como principal causa o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e durante o infarto a grande maioria das vítimas apresenta algum tipo de fibrilação ventricular (FV, um tipo de arritmia cardíaca) durante a parada. 3 sinais que demonstram que uma vítima está em parada cardiopulmonar Inconsciência sem resposta a estímulo; Ausência de movimentos respiratórios; Ausência de Pulso. Atendimento de Emergência no Pré-hospitalar Vias Aéreas: manter as vias aéreas permeáveis para a passagem do ar; Respiração: ventilar os pulmões da vítima para garantir um mínimo de troca de ar; Circulação: comprimir o tórax de forma a realizar uma pressão intratorácica que faça o coração bombear sangue para os órgãos vitais; Desfibrilação: aplicação de um choque no coração para normalizar os batimentos cardíacos que entram em movimentos descompassados como a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular. 4. Hipoglicemia: nível de glicose no sangue está muito baixo. Rapidamente o açúcar circulante entra nas células e não existe glicose suficiente para manter o suprimento constante das células cerebrais. Sobrevém a inconsciência em questão de minutos. Sinais e Sintomas É de início rápido (minutos), com tontura, cefaleia, confusão mental e evoluindo para convulsão e coma. Atendimento de emergência Obter informações da história clínica da vítima. Vítimas conscientes: administrar açúcar (suco ou água com açúcar). Vítimas com alteração da consciência ou inconscientes: não fornecer nada via oral. o Administrar oxigênio. o Decúbito lateral no caso de vômito. o Transporte imediato para o hospital. 5. Hipotensão ortostática ou postural: quadro semelhante ao da lipotímia e ou síncope, que pode levar a perda da consciência. Refere-se à queda brusca da pressão arterial pela mudança do decúbito. Não provém de uma reação vaso-vagal. Deve-se retornar a cadeira, principalmente, em procedimentos invasivos, devagar. 4 | P á g i n a Ansiolíticos e sedativos potencializam a hipotensão.Pode ocorre a deficiência do controle da pressão arterial, retorno venoso deficiente, gravidez (útero gravídico pressiona a veia cava inferior). Sinais e Sintomas O paciente pode apresentar-se pálido, frio, com respiração suspirosa; após alguns minutos, ocorre tontura, visão embaraçada e súbita perda de consciência. 6. Reações alérgicas: estado de hipersensibilidade do organismo frente a exposição primária a algum antígeno, cujo contato posterior pode produzir reação alérgica. Sinais e sintomas reações leves Vermelhidão da pele Urticária Prurido Rush cutâneo Reações moderadas à severa Bronco-espasmo Edema de glote Hipotensão arterial Rush cutâneo Prurido Protocolo de atendimento reação leve: Administrar anti-histamínico por via oral e oxigênio a 100% Prometazina (fenergan® 25mg) Protocolo de atendimento reações moderadas à severa: Socorro médico Oxigênio 100% 1 ampola de anti-histamínico (fenergan® 50mg) intramuscular (deltóide) 0,3 a 0,5 ml de adrenalina 1:1.000 (ampola de 1 ml) subcutânea. Se não houver melhora, repetir adrenalina a cada 5 min no max 3 vezes. A aplicação da adrenalina deve ser feita na parte de trás do braço ou 1 cm abaixo do umbigo com a agulha inclina 45°.
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