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MARKETING DIGITAL M Ó D U LO 4 CAPACITAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS ESTRATÉGIAS DE CULTURA E ARTE PARA O FUTURO 12 ESSA P UBLICA ÇÃO NÃO P ODE S ER COME RCIALI ZADA GRATU ITA 178 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste 1 CONTEXTO HISTÓRICO Dos primórdios da comunicação aos dias de hoje D esde os primórdios, o homem tem na comunicação um grande desafio. Precisa informar que há inimigos no ter-ritório, avisar outras comunidades que o inimigo foi ven-cido, dizer que a colheita chegou e que está disposto a tro- car por peles. Enfim, comunicar feitos, realizações e oportunidades. Informar, comunicar, vender são ações realizadas de forma re- gular e intuitiva desde que o homem se colocou de pé. Ao longo do desenvolvimento humano várias foram as ferramentas usadas para se comunicar. Desde os tambores tribais até os dias atuais tentamos fazer com a a nossa mensagem chegue a alguém e que esse alguém nos entenda de forma clara e objetiva. Entender a evolução dessa comunicação e como chegamos às ferramentas que temos hoje é importante para podermos escolher as melhores plataformas que, de fato, se aplicam ao nosso empreendimento. A comunicação no mundo passou por transformações principalmente em dois grandes momentos antes da chega- da da Internet no século passado. a) Com a prensa de Gutenberg (1455): Johannes Gens- fleish, mais conhecido como Gutenberg, criou a máquina que seria a inovação da comunicação naqueles anos da Idade Mé- dia (1455). A Prensa de Gutenberg permitiu que os livros dei- xassem de ser escritos à mão e pudessem ser reproduzidos e compartilhados com um número ilimitado de pessoas. Foi ele o responsável pela criação dos tipos móveis em metal. Eram mais resistentes, podiam ser reutilizados em vários trabalhos 179 MARKETING DIGITAL impressos, uma verdadeira revolução na Europa. Dessa forma, os livros deixa- riam, aos poucos, de ser exclusividade de uma elite e passariam a ser acessíveis a quem os quisesse. Em 1489, já havia prensas como a de Gutenberg na Itália, França, Espanha, Holanda, Inglaterra e Dinamarca. Quando da chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500, milhões de livros já haviam sido impressos. Esta foi sem dúvida a primei- ra grande revolução na comunicação da humanidade. Ter um documento im- presso no formato de livro compartilhan- do conhecimento, ao invés de contarmos as histórias oralmente, foi sem dúvida um marco para esse desenvolvimento. b) O telefone de Graham Bell (1876): Alexander Graham Bell patenteou e de- senvolveu o primeiro dispositivo prático capaz de transportar o som da voz hu- mana por meio de impulsos elétricos. A máquina que ficou conhecida como tele- fone foi uma sensação imediata e tornou o seu criador famoso e rico. Apesar disso, seu inventor achava que toda a atenção despertada pelo aparelho causava danos à sua reputação por ofuscar o resto do seu trabalho que envolvia pesquisas e es- tudos sobre a voz humana. Telefone no Brasil: A primeira linha telefônica instalada no Brasil foi concreti- zada por ordem do imperador dom Pedro II em 1877 (um ano depois de Bell o ter pa- tenteado). A linha interligava o Palácio da Quinta da Boa Vista às casas ministeriais, atendendo assim, com exclusividade, as necessidades do imperador e de seu staff. Aparelhos celulares: Desde en- tão, o telefone (telecomunicação) so- fria aperfeiçoamentos e inovações. Em 1978 (quase 100 anos depois da inven- ção do telefone), no Japão, foi ativada a telefonia móvel de celular. No Brasil, 20 anos depois, em 1998, houve a ativação dos primeiros celulares em São Paulo. Hoje em dia, os telefones móveis são ob- jetos indispensáveis em nossa vida. 180 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste A Internet no Mundo Acredito que a maior invenção do século passado tenha sido a Internet. Com ela, vie- ram muitos desenvolvimentos tecnológicos impensados para a nossa comunicação. Imaginemos que, até os anos 1970, o principal meio de comunicação ainda era o telefone. Mesmo assim, no Brasil, ele não era acessível a todos. A maioria das famílias investiam em compras de linhas telefôni- cas, que não eram baratas. Muitos compra- vam essas linhas, inclusive, como investi- mento para futura venda ou aluguel. Também naquela época os computa- dores eram somente grandes máquinas de processamento e armazenamento de informações para realizar cálculos com- plicados para cientistas e governos. A In- ternet nasceu principalmente por neces- sidade de americanos protegerem suas informações e comunicações no momen- to da “Guerra Fria”, uma disputa ferrenha nos campos ideológico, econômico, po- lítico, militar e, claro, também tecnológi- co, que acontecia entre a União Soviética (U.R.S.S.) e os Estados Unidos. De lá para cá já descobrimos várias possibilidades de aplicação para a internet. Boas e más apli- cações continuam acontecendo. Comunicação em 2020 A evolução nos traz sempre novida- des com as quais precisamos interagir. Algumas pessoas sentem dificuldade com tanta novidade, mas é preciso irmos nos adaptando. Estar aberto a essas “novi- dades” que facilitam nossas vidas pode ser a diferença entre ter ou não sucesso em nossas atividades. O aparelho telefônico fixo está em extinção e quase não existe mais nas re- sidências. Ainda podem ser encontrados nas empresas e nas repartições públicas e, praticamente, não encontramos mais aparelhos telefônicos públicos, os “ore- lhões”, nas ruas das grandes cidades. No interior do país ou em algumas pe- riferias ainda podemos encontrar centrais telefônicas atendendo comunidades. Hoje, é o celular, que está no seu bolso, que você usa para se comunicar de manei- ra fácil e rápida com quem você quiser ou precisar. Ele não faz só a comunicação de voz, como o telefone do século passado. Ele transmite dados, acessa a internet, e com ele você compra e vende produtos, faz reuniões com uma, duas ou até uma dúzia de pesso- as, acessa aplicativos, e até faz pagamentos e transferências de dinheiro no seu banco. E muito mais. Isso tudo para lhe dizer que o mundo continua em evolução e hoje estamos passando por mais um momento histórico nessa comunicação. A era digital e a velo- cidade com que tudo acontece faz com que precisemos nos adaptar a toda essa tecno- logia para não ficar para trás. E não adianta dizer que você não quer ou não precisa. É nes- te contexto que você precisa empreender nos dias de hoje e realizar as suas atividades sem perder a continuidade delas. Como a pandemia da COVID-19 impactou a transformação social e digital? Por conta dela, a velocidade dessa transformação para o mundo digital au- mentou, e muito, a ponto de fazer com que os criativos começassem a pensar em alternativas para colocar os seus pro- dutos e serviços no mercado. Quem já vinha se adaptando aos poucos e lenta- mente, de repente precisou acelerar as mudanças. E quem ainda sequer havia pensado no mundo digital precisou (ou ainda está precisando) aprender rápido. E nesse mundo, com tanta tecnolo- gia envolvida, como começar a mudan- ça? Por onde começar? É tanta platafor- ma, tanto aplicativo, tanta informação que faz com que a gente se assuste num primeiro momento. Em seguida, porém, ficamos maravilhados e depois nos questionamos: “Por que não pensamos nisso antes?” 181 MARKETING DIGITAL 2 MARKETING DIGITAL P odemos resumir que o Marketing Digital é o conjunto de todas as ações de comunicação que você vai preparar, utilizando ferramentas e plataformas digitais, para atingir um objetivo. Usando como ferramentas todas as pla- taformas/mídias que existem, você pode planejar o seu Marketing Digital. Mídias Disponíveis Quais as ferramentas/mídias dis- poníveis hoje para você começar a trabalhar o seu Marketing Digital? Se você usa somente o seu celular e se comunica com o seu público através de grupos de WhatsApp, você está fazen- do Marketing Digital. Se você vende sua obra de arte ou se promove por meiodo Facebook, está usando o Marketing Digital. O que você precisa pensar é em ações coordenadas ou uma estratégia de comunicação para ser mais efetivo e ter sucesso ampliando o seu alcance para poder vender mais ou simplesmen- te alcançar mais gente. Quando você pensa em constituir uma empresa, precisa realizar um Plano de Negócios. Da mesma forma quando pen- samos em ações de Marketing (digitais ou não), é preciso um planejamento es- tratégico. Assim, as ações de Marketing começam a fazer mais sentido e podem trazer mais resultados. Estabelecer qual a melhor plataforma para o seu empreendimento pode ser difí- cil num primeiro momento. E você precisa, antes de mais nada, conhecer as platafor- mas, saber como funcionam e para que servem. Assim, você define qual a mais adequada para atingir os seus objetivos. Você pode, por exemplo, continuar a sua divulgação boca a boca ou por telefone, mas pode ir mais além. Pode ir sozinho, inclusive, se for um pequeno empreen- dimento, mas à medida que você vai crescendo é possível que vá precisar de mais gente para ajudar. Por isso mesmo o planejamento é fundamental. Muitas das plataformas hoje utilizadas são gratuitas. Isso quer dizer que, na ver- dade, alguém está pagando para poder- mos usá-las gratuitamente. Quem paga essa conta são anunciantes que querem nos conhecer e da mesma forma vender os seus produtos/serviços. Em alguma medida também somos o pú- blico-alvo das plataformas e dos anunciantes que estão por lá, e apenas por isso podemos utilizá-las “gratuitamente”. Vamos aprender a nos valer delas, entender cada uma delas, ou pelo menos as mais conhecidas. A maioria delas tem em torno de 20 anos. Parece pou- co tempo, mas a velocidade com que tudo acontece é cada vez maior. 2.1. Facebook Foco/ Relevância das Interações É uma rede social lançada em 2004. O Facebook foi fundado por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin, Andrew McCollum, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, estudantes da Universidade de Harvard. Este termo é com- posto por face (que significa “rosto” em por- tuguês) e book (que significa “livro”), o que 182 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste indica que a tradução literal de Facebook pode ser “livro de rostos” ou de “caras”. Atualmente, é a rede social com mais acessos no mundo. No ranking mundial, o Facebook é listado em terceiro lugar entre os sites mais acessados da Internet. Devi- do à sua alta adesão e sucesso, é conside- rado uma rede influente em diversos âm- bitos. Seu impacto engloba diretamente a cultura, a política e a opinião pessoal dos seus usuários. Através dele, é possível ao usuário criar fanpages e perfis pessoais. E, por intermédio dessas criações, os per- fis cadastrados interagem com os outros usuários conectados na mesma mídia. A interação pode se dar por meio de com- partilhamento de conteúdo, mensagem instantânea e a tal “curtida” nas postagens. Após a democratização da rede, o Face- book passou a alcançar números imensu- ráveis. Em 2011, o site se tornou o maior servidor de fotos do mundo. Já no final do mesmo ano, o número de usuários que acessavam o Facebook pelo celular, já ultrapassava a marca dos 350 milhões. Hoje esse número mais que dobrou, assim como seu indiscutível sucesso e os usuá- rios cadastrados na rede já chegaram à marca de 2 bilhões. A plataforma deixou de ser usada somente como um meio para se conectar com outras pessoas, tornan- do-se uma ferramenta de trabalho, divul- gação e marketing. Curtir e compartilhar páginas e pos- tagens são algumas das ações mais sim- ples que você pode executar no Facebook. A diferença entre fanpages (páginas) e perfis pessoais no Facebook Dentro da plataforma, você pode criar tanto um perfil pessoal quanto uma fanpage. O perfil pessoal vai conter seus dados e foto para identificar quem é você. Nesse perfil, pode ainda atrair seus amigos e outras pesso- as que estejam dentro da mesma plataforma. Na fanpage, você cria uma “página”. O recur- so da fanpage pode ser utilizado de acordo com sua estratégia de marketing e com a identidade visual de sua marca. Esta pági- na pode substituir um site quando você está iniciando o seu empreendimento e poderá ser a vitrine do seu empreendimento, até que você sinta a necessidade de expandir para um site próprio. Chat Essa é forma mais rápida de se co- municar com os seus amigos dentro do Facebook e também de divulgar as suas atividades de forma direta. Claro que o “amigo” também precisa estar acompa- nhando e ter habilitado a forma de rece- ber suas mensagens. Anúncios É possível criar anúncios pagos para atingir públicos específicos, fazendo com que eles sejam mais interessantes para as pessoas. Você pode também preparar os anúncios de acordo com suas necessida- des, além da possibilidade de impulsio- nar as vendas de sua empresa. As cam- panhas não possuem um valor máximo e podem ser reajustadas de acordo com os resultados e demandas que vão apare- cendo ao longo do tempo. Criação de Eventos e Grupos Hoje, tornou-se quase que obrigatória a criação de eventos no Facebook para anunciar e convidar quem você deseja que vá até sua festa, encontro ou reunião. Este 183 MARKETING DIGITAL recurso facilita a troca de informações so- bre o evento e também ajuda no controle de quem irá comparecer. No Facebook é possível criar grupos para as mais diversas finalidades, que vão desde reunir pessoas com o mesmo gosto musical, por exemplo, a agrupar pessoas de uma mesma sala de aula, para que possam discutir sobre as matérias e atividades passadas. 2.2. Instagram Foco/Horário da publicação é impor- tante. Foco no visual (fotos e vídeos curtos) Foi criado por Kevin Systrom e Mike Krie- ger e lançado em outubro de 2010. A plataforma logo ganhou populari- dade, com mais de 100 milhões de usu- ários ativos em abril de 2012. É um dos aplicativos mais queridos e populares do Brasil e do mundo. Para os usuários, essa mídia é o local favorito para curtir e compartilhar fotos e vídeos. Já para as empresas ela representa uma oportu- nidade para se aproximar do público. São mais de 1 bilhão de usuários ati- vos com números impressionantes de engajamento: 15 vezes mais do que em outras plataformas. A média de tempo de cada usuário na plataforma é de 3h/ dia. O Brasil é o país que ocupa a segun- da posição no ranking de usuários. São mais de 50 milhões de brasileiros (2017) cadastrados na ferramenta. E conforme o próprio Instagram, há mais de 25 mi- lhões de perfis corporativos. Nesse cená- rio, 8 a cada 10 usuários seguem empre- sas pelo aplicativo. O Instagram é uma rede social na qual o usuário rola o feed de notícias para ver fotos e vídeos das pessoas ou empresas a quem segue. O usuário pode comparti- lhar suas fotos e contar com seguidores, que são aquelas pessoas que decidem receber as suas atualizações. Entre as ações permitidas pelo Instagram, desta- cam-se as curtidas, comentários e mar- cações. Elas são as principais respon- sáveis por guiar o algoritmo e trazer conteúdo útil ao usuário. Apesar da ideia originalmente con- sistir na entrega rápida de imagens, a aplicação passou por muitas mudanças. Hoje, o Instagram acumula diversas fun- cionalidades, entre elas, os stories (o que é ali publicado fica disponível por apenas 24h), diferente do que acontece quando você publica no feed. Por isso é impor- tante saber a relevância do que publicar no stories. Se você souber usar bem, suas publicações diárias podem conseguir um engajamento interessante. O IGTV é um produtor de vídeos dentro do Instagram. Da mesma forma, essa pro- dução precisa ter uma certa regularidade para produzir engajamento. Ainda tem uma nova ferramenta cha- mada de Reels. Para essa ferramenta, você pode produzir vídeos (curtas) de até 15 segundos. E ainda vai poder usar as Lives. Nas Lives, você fala com o seu público com- partilhando conhecimento, seu show, uma entrevista e até uma visita monitoradaà sua exposição, por exemplo. Todas essas funcionalidades, juntas ou separadas podem alavancar o seu empreendimento. 2.3. Linkedin Foco/ Engajamento/ Profissional e colocação no mercado de trabalho É uma rede social de negócios funda- da em dezembro de 2002 por Reid Hoff- man e lançada em 5 de maio de 2003. Seu CEO hoje é Jeff Weiner. É principalmente utilizada por profis- sionais com o intuito de apresentar suas aptidões, de uma forma que outros pro- fissionais da mesma empresa possam endossar, dando credibilidade ao conte- údo. É uma rede social voltada para rela- cionamentos profissionais que pode ser usada para encontrar emprego, anunciar vagas, fazer parcerias e networking. Atualmente, com mais de 500 mi- lhões de usuários, ele é considerado a maior rede social profissional que exis- te. Assim como outras mídias sociais, o LinkedIn possibilita a interação entre os membros, e o acesso é, em grande parte, gratuito e bastante intuitivo. A grande diferença é que essas intera- ções têm relação direta com a sua carreira e com o sucesso da sua empresa. Não que nas outras redes sociais você não possa manter contatos profissionais, mas o LinkedIn é vol- tado especificamente para esse fim. A plataforma conta com mais de 300 milhões de usuários ativos no Brasil, que é um dos países que mais troca ex- periências profissionais através do site. No LinkedIn, a disputa pela atenção dos usuários é menor do que em outras re- des, já que as empresas não precisam competir com publicações pessoais, de familiares e amigos. O seu forte é conec- tar profissionais e empresas. 2.4. Portfólio on-line Foco/Currículo público É muito comum a gente ir construindo a nossa história profissional de agente cultural (artista, criativo, gestor, produ- tor) e juntarmos fotos, recortes de publi- cações, cartazes e até ingressos dos espe- táculos em que trabalhamos. Sem preocuparmos em organizar nada, acumulamos em uma pasta/caixa todo esse material. E sempre prometemos que vamos colocar alguma ordem nisso quando somos chamados para apresentar o portfólio para um edital ou para uma lei de incentivo. Quanto mais tempo adiarmos essa organização (classificação), mais mate- rial juntamos de forma desorganizada. E quanto mais material tivermos, mais difí- cil será de organizá-lo. Sem dispensar essa organização, você pode também ter um Portfólio On- -Line. Num formato de site, construído em qualquer plataforma gratuita (Word- press/Wix), você pode organizar a a apre- sentação de “quem é você”. Uma breve apresentação. Simples. Sem rodeios. Di- reto ao ponto do que você quer que as pessoas saibam. Uma boa foto de fundo e já pode impactar. A cada nova solici- tação de um portfólio você pode indicar 184 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste diretamente esse endereço on-line que terá todo o material necessário sobre você, o que você faz e o que você tem competência para assumir. Claro que você pode ter esse portfólio no LinkedIn, mas pode ter um site só seu com todo o seu material e da forma como achar mais interessante. 2.5. Site Foco/ A amplitude das informações da empresa/instituição/projeto A palavra site, em inglês, tem exata- mente o mesmo significado de “sítio”, em português, pois ambas derivam do latim situs (lugar demarcado, local, po- sição), e, primariamente, designa qual- quer lugar ou local delimitado (sítio arquitetônico, sítio paisagístico, sítio histórico, entre outros). Os sites nascem com a Internet. Po- demos definir domínio como sendo o nome de um site. Também conhecido como endereço eletrônico ou URL, o domínio é o endereço do seu site na in- ternet. É o que as pessoas vão digitar nos seus navegadores depois do “www” para encontrar o seu site. A sua empresa, ou mesmo o seu pro- jeto, pode precisar de um site persona- lizado. Eles são plataformas que podem trazer todas as informações mais impor- tantes sobre o seu empreendimento. No site você pode ter abas onde conta a história da empresa, divulga as ações (pro- jetos, espetáculos, feiras, exposições) com as quais estiver envolvido. Dentro dele, você pode ter uma plataforma para a ven- da de seus produtos e serviços ou ser so- mente uma vitrine deles para o seu público. Dentro do site da empresa, você pode ainda ter relatórios regulares que apre- sentam um resumo periódico (trimes- tral, semestral, anual etc.) de tudo o que a empresa está executando. O site pode ainda manter estrategicamen- te links com todas as suas mídias sociais. Elas podem estar integradas ao site e com um único click o seu visitante pode ir para as suas outras mídias sociais. 2.6. Twitter Foco/A hora é agora!/Instantâneo! O Twitter foi criado em março de 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams, Biz Sto- ne e Noah Glass e foi lançado em julho de 2006 nos EUA. A ideia inicial dos fundadores era que o Twitter fosse uma espécie de “SMS da inter- net”, com a limitação de caracteres de uma mensagem de celular. O nome da rede social, em inglês, significa gorjear (piar). A ideia é a de que o usuário da rede social está “piando” pela internet (daí o símbolo do passarinho). Desde sua criação, o Twitter ganhou ex- tensa notabilidade e popularidade por todo mundo. Tem sido usado como uma plata- forma para mobilização de comunidades. Convites para eventos públicos, manifesta- ções políticas, encontros, baladas etc. Com textos curtos (280 caracteres), mas com hashtags e links, você pode se comunicar instantaneamente com a sua comunidade. Contudo, é preciso antes construir essa co- munidade (rede), tendo uma certa relevân- cia para que, além dos amigos, outras pes- soas interessadas no que você faz passem a segui-lo(a) na plataforma. Acompanhar, seguir e “twittar” são ações que qualquer proprietário de um perfil na ferramenta pode executar. Grandes empresas têm usado o Twitter para a divulgação de suas marcas, sempre ligando, por meio de um link, o “consumi- dor” a uma página na qual possa encon- trar mais informações sobre o serviço ou o produto oferecido. É ainda é uma ferra- menta que precisa ser melhor explorada para o Marketing Digital. 2.7. Youtube Foco/Relevância do conteúdo O YouTube é o segundo site mais vi- sitado do mundo. Há quase 2 bilhões de usuários ativos mensalmente, de acor- do com números de julho de 2018. Isso equivale a cerca de um terço de todos os usuários da internet. Vale a pena ficar atento a essas estatísticas do YouTube! O YouTube é também a rede social mais usada pelos brasileiros. Segundo dados do Global Digital 2019, um relatório anual da WeAre Social, 95% dos usuários de inter- net brasileiros assistem a seus vídeos. Isso equivale a 133 milhões de pessoas. E como fazer o seu conteúdo se desta- car nesse universo imenso? Para começar a usar o YouTube, você precisa criar um canal na platafor- ma. Criar o canal significa assinar, criar uma conta. Com a conta você pode cur- tir vídeos e outros canais, deixar seus comentários em vídeos já publicados, se inscrever em canais e habilitar as notificações no “sininho” para receber sempre de forma atualizada os con- teúdos dos canais que você assinou. Só pelo fato de você ter uma conta, já começa a interagir com a plataforma. Só depois de ter uma conta é que você pode criar o seu conteúdo. Vai preparar vídeos e “subir” (fazer o upload) seu con- teúdo no seu canal. Tudo o que você publicar no seu ca- nal é de sua propriedade. Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados! Não se deve usar material, vídeos de outros canais dentro dos seus vídeos. Jamais “baixar” (fazer o download) um vídeo do YouTube. Isso fere as regras da pla- taforma. E os “robôs” do YouTube con- seguem achar esses conteúdos usados de maneira inadequada e podem blo- quear o seu material e até mesmo ex- cluir o seu canal. O conteúdo de um canal é sempre de propriedade do “dono” do canal. E cabe a ele toda a responsabilidade pelo que ele preparar e compartilhar. Por isso, é importante conhecer asregras da platafor- ma, incluindo as regras de direitos autorais. CONCEITOS PARA MÍDIAS SOCIAIS nome por um símbolo. Isso em nada ajuda você a se firmar e ter uma histó- ria nas mídias sociais. c) Produzir conteúdo de valor: Não é qualquer conteúdo que você vai produzir. Você não vai só compartilhar o que você achou de interessante de outros perfis. O conteúdo de valor é uma entrega diferente! Não é a publi- cação pura e simplesmente dos seus produtos ou dos serviços que você pode oferecer, mas falar sobre eles, contar do diferencial desses produ- tos e/ou serviços. Isso agrega valor ao que você vai vender. As postagens no Instagram são basicamente visuais e você vai precisar transformar esse conteúdo em imagens. Imagens para o feed, para os stories, para o IGTV e também para as Lives que contem uma história relevante. No Facebook, a ima- gem pode ir acompanhada de um tex- to. Mas não faça “textão”. Textos curtos têm mais chances de serem lidos. d) Produzir prova social: Nada mais é do que ter pessoas falando da sua marca ou de você. É quando o tra- a) Post Engajador: É o post que traz o desejo de ter, o desejo de consumir. Um bom exemplo de publicação enga- jadora são as postagens de alimentos prontos. Belos pratos de macarronada ou ainda um grande hambúrguer. Só de pensar, já dá vontade de comprar e comer! Essa é a ideia do post engajador. Quando pensar no que vai postar, pre- pare a foto, o vídeo ou o texto que cause essa vontade de consumir... logo! b) Configurar a sua Biografia: É preciso ter esse campo configurado em todas as mídias que você escolher. Em uma frase curta, diga quem é você e o que você faz. Assim, quem acessar o seu perfil em qualquer mídia social, vai sa- ber, de cara, se quer ou não se conec- tar com você. É na sua Bio (biografia) que isso está explicado! Caso tenha um site ou uma forma de contato direto com você pode informar esse link na Bio. Dessa forma, as pessoas podem encomendar seus produtos ou solici- tar seus serviços de forma mais rápida. Evite apelidos ou nomes engraçados. Evite abreviaturas ou trocar o seu balho que você executa é tão bacana que as pessoas começam a elogiar nas mídias sociais sobre o quanto ficaram satisfeitas com o que rece- beram. Outras pessoas leem esses comentários e passam a seguir você, ampliando assim tanto a quantida- de de seguidores como de clientes. A prova social é a geração de cre- dibilidade que a sua marca preci- sa. Mas não dá para fabricar prova social. Geralmente os comentários (positivos ou negativos) são (e de- vem ser) espontâneos. e) Algoritmos: São os algoritmos que ditam o que você vê na sua timeli- ne (“Linha do tempo”) na sua mídia social. Quanto mais você ver e/ou acompanhar um tipo de produto, mais as plataformas entendem sobre o que você gosta e, aparentemente, tem interesse e disponibilizam para você esse tipo de conteúdo. É assim em todas as mídias digitais. E esses “robôs”, que a gente não vê, nos “co- nhecem” bem e trabalham para nos enviar esse conteúdo. 3 186 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste 4 E-COMMERCE (SITE DE VENDAS) É uma estratégia interessante para escoar grandes, médias ou pequenas produções. Ter um site de vendas de produ- tos pode ser um grande trabalho, de- pendendo da quantidade de peças que você tem, de maneira que muitas vezes pode não valer o investimento para se ter um local próprio para vender. Nesses casos, o melhor é você disponibilizar o seu produto em um portal de vendas. Várias lojas físicas já entenderam que cada vez mais as pessoas compram pela internet. É um caminho sem volta. Você pode ter o seu próprio site de vendas, é verdade, e isso dá um trabalhão danado e pode não dar o mesmo resultado do que colocar o seu produto em um portal de vendas que já faz um investimento em di- vulgação, visibilidade, promoções... sen- do este o seu negócio. Inclusive, já existem plataformas es- pecíficas para determinados tipos de produtos. Você vai encontrar portais de vendas especializados em artesanato e trabalho manual, assim como em música, ingressos, obras de arte etc. Atualmente, existem alternativas simples, baratas e que podem agilizar a venda da sua arte. É preciso analisar com cuidado os benefí- cios, custos, logística e contratos antes de disponibilizar as suas obras de arte nesses portais. Da mesma forma que são criadas ferramentas e plataformas que facilitam o trabalho, outras tantas são, como se diz, “fakes”. Todo cuidado é pouco, e conhecer a reputação dos espaços de e-commerce existentes é fundamental. Mas caso, mesmo assim, você queira optar por usar as suas mídias sociais para começar o seu E-Commerce, trataremos a seguir de algumas dicas importantes: 4.1. Como apresentar produtos e serviços on-line em um portal e-commerce ou no seu site ou ainda nas suas mídias sociais Você não precisa mais de um espaço fí- sico com prateleiras. Hoje, elas podem ser virtuais. Pois bem: saiba que colocar seus produtos nas prateleiras virtuais também é uma arte. Vamos compreendê-la: a) Fotos para o E.Commerce: Elas preci- sam ser de extrema qualidade para poder gerar a credibilidade necessária. Além dis- so, as informações que estão no material digital devem apresentar o produto ou o serviço da forma mais objetiva possível. Claro que você gostaria de ter um fotó- grafo para fazer as fotos que vai colocar nessas plataformas, mas pode usar o seu celular e ter um resultado muito bom com essa produção (depende da configuração de seu celular, da resolução colocada na fotografia e, quando preciso, de um trata- mento básico de imagem feito por aplica- tivos, também de celular, para esse fim). Tire a foto e teste! Publique em alguma mídia e confira o resultado pelo seu alcan- ce, pelas visualizações, curtições, comen- tários e/ou compartilhamentos. Pode ser uma forma simples de saber se o seu ma- terial está conforme você imaginou e se há interesse nele. A seguir, algumas dicas para fotos adequadas: • Se o seu produto é muito colorido, tente ter um fundo neutro. Um fundo branco ou preto podem ajudar a destacar o seu produto.; • Como pano de fundo nunca use um teci- do do tipo “chita colorida” (estampado): Eles são lindos, mas nas fotos podem com- prometer a qualidade final; • Coloque o objeto ou a pessoa a ser foto- grafada em local bem iluminado. Se tiver dificuldade com isso, opte fotografar ao ar livre sob a luz do sol; 187 MARKETING DIGITAL • Examine bem o objeto ou a pessoa a ser fotografada. Posicione (produto/pessoa) de maneira que evite sombras. Também a sua (do fotógrafo(a) sombra projetada so- bre ele (produto/pessoa) pode comprome- ter a iluminação e a foto não ficar bacana; • Se é difícil mover o objeto porque ele é grande demais, tente você uma melhor po- sição. Andar ao redor do objeto, observan- do o melhor ângulo/enquadramento para valorizar o melhor lado ou uma característi- ca específica pode ser interessante; • Se o produto, ao contrário, é muito pequeno, é sempre interessante ter ao lado dele (em composição de foto)) um outro objeto com tamanho que possa denunciar o porte/volume/comprimento aproxima- do do seu produto fotografado. Assim, to- mando por exemplo uma obra de arte feita num graveto recolhido na natureza, ficaria interessante ser fotografada ao lado de um copo ou lápis (juntamente a esses dois, ou separados em fotos distintas). A pessoa que verá a sua fotografia, entenderá que a sua arte esculpida no graveto é tão pequena ou menor quanto o copo ou o lápis. b) Descrição dos produtos artísticos a se- rem vendidos em e-commerce: Para seu e-commerce, a boa imagem (foto/ilustração) pode ser atrativa, mas não basta somente ela. No momento que você vai descrever o produto, é preciso detalhar: • Tamanho/peso do objeto: As fotos podem ser muito legais, mas não nos dão a dimensão real do objeto (embora, como vimos, dá para ter uma ideia). Minúsculo, pequeno, médio, grande ouenorme, as dimensões (em centí- metros) e o seu peso (g/Kg) precisam estar detalhados. Quem compra precisa saber se a sua obra cabe na parede, no canto, sobre a mesa ou se vai precisar de uma vitrine, rack, prateleira para que seja vista e sustentada; • Material: O material de que é feita a obra pode agregar valor a ela. Se é feita com material de reaproveitamento, reciclagem, um material nobre ou especial ou ainda se o material foi desenvolvido especialmente para a obra, isso tudo pode valorizar o que você está vendendo; • Técnica utilizada: A técnica que você usou para desenvolver o seu produto, ma- nual ou industrial, com uso de ferramen- tas ou equipamentos específicos também podem agregar valor a ele. Se a técnica utilizada é uma herança ancestral apren- dida com seus antepassados, por exemplo, pode interessar a quem vai comprar. Obras simplesmente pintadas à mão, conferindo singularidade e uma certa “presença hu- mana” à peça, já valorizam seu produto; • Especificações: Se a sua obra é uma pro- dução artística (livro, espetáculo, show musical, exposição), da mesma forma são necessárias especificações como: tempo de duração, profissionais envolvidos, ar- tistas protagonistas, tipo de papel e/ou de impressão etc. São informações como es- tas que podem agregar valor ao que está sendo comercializado. 188 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste ESTRATÉGIAS PARA O MARKETING DIGITAL C onhecendo as mídias sociais mais comuns, as mais populares e o foco de atenção de cada uma delas, é possível pensar estraté-gias para o seu marketing digital. Assim, você consegue resultados tão interessantes quanto o marketing direto, tradicional. E, claro, tudo depende do que você quer como resultado. Por exemplo, vender um produto é muito diferente de vender um ingresso de um show. Vender obra de arte é muito mais específico do que vender produtos artesanais. Não dá mais para ter um espaço físico e ficar esperando que o públi- co chegue para comprar. E esse não é o movimen- to natural quando falamos de produtos culturais. Não se tem fisicamente uma prateleira cheia de ingressos de shows e espetáculos de teatro como se fosse um supermercado. Mas podemos encon- trar tudo isso numa plataforma digital na qual se pode comprar ingresso para qualquer espetáculo que se queira. O e-marketing ou marketing eletrônico ou ain- da marketing digital usa as tecnologias de infor- mação e comunicação (os denominados TICs) para criar, comunicar o fornecer valor aos potenciais clientes. Com toda essa tecnologia é possível, inclu- sive, ter acesso a dados importantes sobre quem está acessando as suas informações e com base neles construir a sua comunicação. Nos dias de hoje quem compra qualquer produ- to ou serviço através da internet está mais quali- ficado. Há muita informação disponível e esse con- sumidor é exigente, informado, atento. Ele recorre a essas informações sem sair de casa, busca ava- liações e até troca ideias com outros consumidores antes de comprar. O Marketing Digital é uma nova forma de intera- ção com o seu público e veio para ficar. Como todas as inovações, elas assustam num primeiro momento, mas, depois, quando “baixamos a guarda” e nos dis- pomos a conhecer as suas vantagens e praticidades, acabamos por aderir a elas. Sem dúvida, ela é uma poderosa ferramenta para levar as produções culturais a outros espaços e atingir outros públicos, às vezes, antes impensados. E não importa o tamanho de sua empresa e/ou de seu projeto. Você pode ser uma grande produtora de ci- nema ou um pequeno artesão, mas se souber como usar essas ferramentas do mundo digital vai mudar a sua forma de atuar e chegar com o seu produto ou serviço a um outro patamar. Como apresentar o seu produto ou serviço e “vender o peixe” Em primeiro lugar, vamos refletir como a tecnolo- gia pode ajudar a melhorar o atendimento que você realiza? Será que você se preocupa mais com os recur- sos tecnológicos e o seu atendimento, propriamente dito, está em segundo plano? Conforme estudos na área, cerca de 64% dos con- sumidores esperam uma resposta em tempo real das empresas. Mas como você, pequeno empreen- dedor da cultura, pode dar essa resposta em tempo real? Caso o seu negócio já esteja implantado, seja uma loja, um serviço que você esteja oferecendo, pode contar com a divulgação nas mídias sociais. Se você já tem uma página no Facebook, vai preci- sar administrar essa página e responder aos seus potenciais clientes o mais rápido que for possível. A velocidade no atendimento pode fazer toda a di- ferença. Se um cliente lhe solicita um orçamento, você não pode demorar para atender e encaminhar esse orçamento. Quando não se tinha a comunicação on- -line, teríamos que preparar um documento, imprimir e colocar nos Correios ou entregar pessoalmente. A tec- nologia e as ferramentas de comunicação que temos hoje faz com que você possa entregar um orçamen- to em poucas horas. Pode ter certeza que seu cliente não vai ficar esperando uma resposta por dias e dias... A fila anda! Se você demorar muito outra empresa vai colocar o orçamento e fechar o contrato na sua frente. Se o seu empreendimento depende exclusivamente de você, da sua atuação, esse atendimento pode e deve ser 5 189 MARKETING DIGITAL monitorado um a um. Checar se o cliente recebeu e abriu o seu e-mail é importante. Se você tem uma equipe trabalhando com você, vai ter que unificar a forma de comuni- cação. Todos têm que falar a mesma lingua- gem, seguir um script/roteiro. Ter formulários-padrão para a apre- sentação de orçamentos e propostas pode ser importante. Quando não se ti- nha toda a tecnologia que ora temos, to- dos os controles eram manuscritos, colo- cados em cadernos e monitorados. Hoje é possível você ter tudo na tela do com- putador, em programas e aplicativos de fácil acesso e fácil operação. Toda essa tecnologia está ao alcance de qualquer empreendedor. Você deve procurar on- -line por aplicativos que facilitem a sua comunicação com o seu cliente e que se- jam de fácil manejo para você e/ou sua equipe. Esses aplicativos podem monito- rar, inclusive, o atendimento e disponibi- lizar formulários que possam dar retorno para você de toda a experiência do seu cliente com a sua empresa. É importante você estar preparado para isso e capacitar os seus colaboradores que estão no atendimento direto ao cliente. Um bom colaborador pode influenciar as escolhas do cliente, aumentando assim suas vendas. Mas mesmo um co- laborador, um membro da equipe que não esteja diretamente ligado às vendas ou à experiência direta com o cliente, precisa ser treinado. Uma experiência indesejável do seu cliente com qualquer membro da sua equi- pe pode colocar o empreendimento em ris- co e ter como consequência a perda desse cliente (e de outros potenciais clientes do entorno deste que vão receber um teste- munho ruim de seu atendimento). Toda a tecnologia que temos disponível pode ajudar e muito em todos esses rela- cionamentos, controles, retornos, relató- rios e melhorias para o empreendimento, mas nem toda a tecnologia do mundo é capaz de ter um contato olho no olho que gere a confiança necessária para que você possa fidelizar o seu cliente. Muitas vezes investimos pesado em ter aplicativos para todos os controles e es- quecemos do fundamental. Esquecemos do treinamento da equipe. Ainda é a ex- periência que pode fidelizar o cliente. É o atendimento personalizado, mais do que nunca, que pode fazer toda a diferença. Algumas dicas para o que você vai publicar: a) Caracteres e cores no material virtual: Todo cuidado é pouco! Na ânsia de fa- zer um material bonito, escolhemos os caracteres mais bem desenhados e ca- prichamos nas cores. No mundo virtual, precisamos pensar na acessibilidade. Há pessoas que não enxergam determina- das cores ou têm baixa visão. E mesmo as pessoas sem essas deficiências podem ter dificuldades para ler o que você escreveu seusou uma letra rebuscada ou uma con- figuração que pode dificultar a leitura; b) Como apresentar? O que não pode faltar: Você que é um artista ou um produtor cultural pode agora estar pensando: “Como apresentar se o meu produto é a arte que eu faço?” Ora, você pode apresentar a sua arte por meio de registros fotográficos ou audiovisuais. Praticamente todas as mídias sociais hoje aceitam esse conteúdo. c) Contato: Se você está divulgando um evento, é comum encontrarmos nas plataformas cartazes virtuais construídos com cuidado, mas que não têm sequer um telefone ou e-mail ou qualquer forma de contato com o responsável por esta postagem. É muito comum também esquecermos de colocar o código de área no tele- fone. Lembre-se que ao publicar em qualquer mídia social, o seu material não vai ser visto só pelos amigos, mas pelo mundo, mesmo por aqueles que não o(a) conhecem; d) Datas: Além disso, muitas vezes coloca- mos data e horário. É preciso identificar isso com muito carinho, não se esque- cendo de colocar a data completa, in- cluindo o ano. Isso vale também para os materiais impressos! No momento em que disparamos o material na inter- net, é fácil localizá-lo no tempo. Se es- tamos falando que o evento vai aconte- cer no dia 10 de novembro, é óbvio que será o próximo dia 10 de novembro se estamos no mês de outubro. Mas, pas- sado o evento, daqui a algum tempo, quando precisarmos desse material para nossos portfólios, podemos ter perdido a noção do tempo e não vamos lembrar em que ano o evento aconte- ceu. Da mesma forma, esse material pode aparecer futuramente na sua timeline (como nas lembranças do Fa- cebook) e os seus seguidores pensarem ser algo atual. Confesso que isso já me aconteceu algumas vezes. Então, colo- car a data completa no seu material de divulgação é fundamental; e) Foto: A foto/ilustração usada em seu material precisa ser livre de direitos autorais. Portanto, tente usar as fotos que você mesmo tenha feito. Se você for usar as fotos com crianças do seu projeto/instituição, é preciso se cer- tificar de que os pais ou responsáveis tenham autorizado o uso delas no seu material de divulgação. 190 Fundação Demócrito Rocha Universidade Aberta do Nordeste MARKETING DE CONTEÚDO O Marketing Digital vem acompa-nhado de uma estratégia im-portante que é oferecer mais do que o público espera. Você vende o ingresso e o público tem uma experiência presencial com o seu es- petáculo. Você vende uma obra de arte e ela passa a compor o espaço físico de quem a comprou gerando uma experiên- cia. Oferecer mais do que se espera passa por uma estratégia de valor agregado. E podemos agregar valor aos nossos produ- tos culturais com conteúdo exclusivo. O Ma- rketing de Conteúdo, que é publicado com regularidade nas mais variadas plataformas, pode ser uma forma de você chegar ao seu público-alvo. Com ele, você não oferece di- retamente o seu produto cultural, mas um conteúdo ligado ao segmento onde atua. Um bom exemplo disso são os canais no Youtube que oferecem conhecimento. O profissional que está compartilhando o seu conhecimento quer, num primeiro mo- mento, compartilhar com a sua audiência aquilo que ele sabe fazer. Contudo, está nas entrelinhas que ele vende serviços. Serviços de consultoria, assessoria no seg- mento no qual ele está compartilhando conhecimento, ou até mesmo ele espera que você, se curtir, compre ou encomende alguma obra com ele. Ser um youtuber Quero dizer para você que está começan- do a pensar em produzir o seu conteúdo ar- tístico on-line, que nada é por acaso. Este momento pelo qual estamos pas- sando, onde a quarentena virou a rotina e você não pode sair por vários motivos, é também o momento ideal para pensar nessa produção no mundo virtual. E o seu primeiro passo é definir o que você vai compartilhar. Que tipo de conteúdo você tem que pode gerar interesse? O que você faz tão bem que pode atrair as pes- soas a acompanhar você? Ser youtuber requer planejamento. Não é no seu primeiro vídeo que você tem a audiência esperada e consegue mone- tizar (ganhar dinheiro) um canal. É um processo que precisa cumprir as regras estabelecidas pelo próprio YouTube. Definir o que você vai compartilhar é importante. Você pode abrir a câmera e contar piadas, atuar, ensinar um passo a passo, contar histórias para crianças, fa- lar sobre composição musical, tocar um instrumento, trocar informações sobre a história da arte, da música, do teatro, ensinar dança, poesia ou teatro. En- fim, há muitas possibilidades para você transformar o que sabe num conteúdo bacana para o YouTube. 6 Muitos artesãos já descobriram a pla- taforma e estão por lá ensinando o Como Fazer, com vídeos de passo a passo! Você pode nos perguntar a respeito do equipamento necessário para isso. Pois bem, é possível fazer vídeos para uma plataforma como o YouTube só com o seu celular? Sim, é possível. Alguns profissionais dizem que não importa a qualidade do vídeo, que o importante é o áudio estar impecável. Mas eu ainda acredito que quanto melhor for a imagem e o áudio, melhor será a entrega. Monetização Aviso: caso você queira pagar as con- tas ou fazer o supermercado amanhã não vai ter essa grana agora. Mas vai precisar começar em algum momento! O YouTube monetiza os seus vídeos somente depois que você tiver mais de mil inscritos no canal e mais de 4 mil horas de visualiza- ção por mês. Recentemente, houve uma chuva de solicitações de artistas para os amigos se inscreverem em seus canais recém-criados. Ora, não basta o número de inscritos, como veremos a seguir. A monetização é uma forma de você começar a ter um rendimento. E ele de- pende de uma série de variáveis. O que importa para o YouTube além das visuali- 191 MARKETING DIGITAL V ocê escolherá as mídias sociais necessárias a partir do resulta-do que você quer alcançar e do tipo de mensagem que você quer passar, além, claro, de saber que mí- dias são mais adequadas ao público que você pretende alcançar. Você pode manter o seu perfil ativo em todas as principais mídias e abastecer um único canal de comunicação. Postar regu- larmente no seu site e fazer com que essa mensagem seja disparada automatica- mente para todas as mídias nas quais você mantém um perfil pode ser uma estratégia para facilitar a sua administração. Programar postagens relevantes e que, de fato, agreguem valor ao que você está fazendo. Há muita coisa nova todos os dias! A cada dia surgem novas formas de você conversar com o seu público. É necessário se manter atualizado(a). Isso não quer dizer que você deva aderir a todas as novidades de forma indiscriminada. Até porque muitas das no- vidades são lançadas num formato beta (modelo experimental), que pode ou não ser efetivado. Todas as mídias sociais mantêm tuto- riais interessantes de como usar todas as suas ferramentas. Todas elas também disponibilizam acesso a relatórios in- teressantes sobre quem está vendo (e de onde) o que você publica. Que tipo de postagem deu mais curtidas ou mais acessos. Esses relatórios são importantes para você ir definindo e planejando as suas ações de marketing. Experimente plataformas e novas mí- dias. Veja que resultados elas trazem para o seu empreendimento ou projeto. Fortaleça as divulgações conforme os resultados que as mídias forem lhe apresentando e nunca deixe de acreditar no que faz! PLANEJAMENTO7 zações, é a sua regularidade. Se você se comprometer em publicar um vídeo por mês ou por semana, deve manter essa re- gularidade. Também a sua regularidade de visualizações e o crescimento contí- nuo de número de seguidores ajuda. Produção/Gravação Parece simples, não é? Mas não é tão simples como se pensa gravar esses vídeos. Você precisa preparar um roteiro (não dá para sair falando sem um rotei- ro básico do que vai fazer e falar no seu vídeo, acreditando que, se não gostou, corta e edita). Depois, precisa ter pelo menos um bom celular parapoder gravar. Para esse trabalho, você precisa tomar cuida- do com a luz, as interferências externas (principalmente dos sons, como de ca- chorro que late, o avião que passa, o car- ro de som que vende algo na rua etc.). A duração do vídeo? Depende muitas vezes do seu público. O que funciona me- lhor? Só o exercício vai lhe dizer qual é o melhor tempo de duração para o conte- údo, para você e para o seu público. Tem que fazer e experimentar. O YouTube lhe fornece dados para que você possa monitorar isso e corrigir aos poucos. Produção/Edição. Não dá para subir um vídeo no seu canal do YouTube sem o mínimo cuida- do de edição. Quer dizer, dá, mas não o faça! Cortar partes indesejáveis, falas repetidas, melhorar a imagem (cor, satu- ração) faz a diferença. Aos poucos, você aprenderá a dominar as ferramentas de edição e vai incluindo animações, gráfi- cos, legendas. Contudo, não adianta toda a tecnologia do mundo se o conteúdo não for relevante. Guabiras (Ilustrador) É cartunista, autor de histórias em quadrinhos e de muitos personagens. Publicou mais de 5 mil tirinhas em veículos como jornais, fanzines, livros (antologias), revistas (MAD-SP, Gibi Quântico-SP, Tarja Preta-RJ, entre outras) e na web, entre eles, no jornal EXTRA de Nova York (EUA) e na obra Marcatti 40 (Ugra/SP). Recebeu, em parceria, 3 troféus HQMIX e o Troféu Ângelo Agostini de “Melhor Cartunista de 2016”, as maiores comendas de quadrinhos do país. REALIZAÇÃOAPOIO CAPACITAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS ESTRATÉGIAS DE CULTURA E ARTE PARA O FUTURO FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) Presidente: Luciana Dummar Diretor Administrativo-Financeiro: André Avelino de Azevedo Gerente Geral: Marcos Tardin Gerente Editorial e de Projetos: Raymundo Netto Gerente Canal FDR: Chico Marinho Analistas de Projetos: Aurelino Freitas, Emanuela Fernandes e Fabrícia Góis | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE) Gerente Pedagógica: Viviane Pereira Coordenadora de Cursos: Marisa Ferreira Designer Educacional: Joel Bruno | CURSO CAPACITAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS Coordenador Geral, Editorial e Estabelecimento de Texto: Raymundo Netto Coordenadora de Conteúdo: Daniele Torres Assistente Editorial Emanuela Fernandes Projeto Gráfico e Edição de Arte: Andrea Araujo Designer Gráfico: Carlos Weiber Ilustrador: Guabiras Roteirista, Locutora e Mediadora (radioaulas): Lílian Martins Produtora: Luísa Duavy ISBN: 978-65-86094-49-7 (Coleção) ISBN: 978-65-86094-44-2 (Fascículo 12) Todos os direitos desta edição reservados à: Este fascículo é parte integrante do projeto Estratégias de Cultura e Arte para o futuro: capacitação de agentes culturais, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza (SecultFOR), sob o nº 02/2020. Fundação Demócrito Rocha Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora CEP: 60.055-402 - Fortaleza-Ceará Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 fdr.org.br fundacao@fdr.org.br Rose Meusburger (Autora) Habilitada pelo Ministério da Cultura e pela Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) em Gestão Cultural e Empreendimentos Criativos, com passagem pela Gestão de Redes de Relacionamento (Rede de Agentes Culturais do Estado de São Paulo/ RAC-SP), entre 2000 a 2006, e pela Rede de Economia Criativa Brasil (REC-BR), desde 2011. Desde 2003, capacita agentes culturais e públicos, além de administradores em OSCs e coletivos artísticos.
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