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Ciência, Tecnologia e Sociedade

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CIÊNCIAS, TECNOLOGIA 
E SOCIEDADE 
 
 
Nas propostas atuais de ensino de 
Ciências, em que se pretende alcançar 
um ensino que leve os alunos a 
constituírem o seu conhecimento 
mediante uma interpretação harmônica 
entre os conteúdos específicos e os 
processos de produção desse mesmo 
conteúdo, a introdução de atividades que 
discutam os problemas de Ciência, 
Tecnologia e Sociedade (CTS) tem seu 
lugar de destaque. 
 
Eles são importantes para passar uma 
imagem correta da produção do 
conhecimento em áreas específicas, pois 
o trabalho de homens e mulheres de 
ciência, como qualquer outra atividade 
humana, não tem lugar à margem da 
sociedade em que vivem, e se vê 
diretamente afetado pelos problemas e 
circunstâncias do momento histórico, do 
mesmo modo que sua ação tem clara 
influência sobre o meio físico e social 
em que se insere (Carvalho e Gil, 1993). 
Desta forma, não se pode conceber hoje 
o ensino de Ciências sem que esteja 
vinculado às discussões sobre os 
aspectos tecnológicos e sociais que essa 
ciência traz na modificação de nossas 
sociedades. 
 
Trazemos a seguir um apanhado 
histórico do desenvolvimento da ciência 
e tecnologias do vapor, do vácuo e suas 
relações com o momento histórico e 
demandas sociais e econômicas entre o 
final do século XVII e primeira metade 
do século XVIII. 
 
Evangelista Torricelli (1608-1647), um 
dos últimos alunos de Galileu (1564-
1642), inventou o barômetro, invertendo 
um tubo contendo mercúrio e selado no 
topo. 
 
Torricelli observou que, se a abertura de 
um tubo de vidro fosse cheia com 
mercúrio, a pressão atmosférica iria 
afetar o peso da coluna de mercúrio no 
tubo. Quanto maior a pressão do ar, mais 
comprida fica a coluna de mercúrio. 
 
Otto von Guericke (1602-1686) foi um 
defensor da idéia de que o vácuo existia. 
A idéia mais aceita na época era ainda a 
de Aristóteles, segundo a qual a natureza 
teria horror ao vácuo, preenchendo 
imediatamente, a todo custo, qualquer 
espaço que fosse deixado sem matéria. 
 
Sua experiência mais famosa, porém, foi 
feita em 1654. Guericke construiu dois 
hemisférios metálicos que se 
encaixavam perfeitamente. Ao remover 
o ar do interior da esfera assim formada, 
os hemisférios se mantinham unidos, não 
sendo possível separá-los nem com o 
esforço de diversos cavalos. 
 
Foi graças aos estudos de Torricelli, com 
os quais teve contato, que Guericke 
conseguiu relacionar todos esses 
fenômenos com a pressão exercida pela 
atmosfera. 
Por outro lado, com o continuado e 
provavelmente desordenado crescimento 
das cidades, uma das tarefas críticas era 
a retirada e o transporte de água dos 
poços, localizados cada vez mais longe, 
até as fontes públicas. O homem 
começou a cavar cada vez mais fundo 
também para a retirada de água das 
minas de carvão que ficavam inundadas. 
As necessidades cresciam e a tração 
animal passou a não ser mais suficiente. 
Era preciso se descobrir novas fontes de 
energia. Isto é, os primeiros usos do 
vapor para atender às necessidades 
sociais começaram a aparecer ao final do 
século XVII. 
Thomas Savery (1650-1715) descobriu 
uma maneira de se arranjar tanques e 
operações manuais para se utilizar vapor 
e sua energia para bombear água de um 
poço. Ele usou as observações de 
Torricelli sobre o vácuo e as de della 
Porta sobre a capacidade de elevação da 
sucção, além da técnica de condensação 
proposta por Thornton. 
 
 
 
 
 
 
 
A eficiência da máquina de Savery era 
tão pequena que fazia pouca diferença 
sobre a tração animal. Na verdade, isto 
não era importante, pois combustível era 
muito barato e seu produto fez um 
imenso sucesso financeiro, pois 
substituía dezenas de cavalos. 
 
 
 
Thomas Newcomen (1663-1729), em 
1712, desenvolveu, junto com seu 
parceiro John Calley (quem de fato 
construiu a nova máquina), um novo 
conceito: o uso de um conjunto cilindro-
pistão para o bombeamento de água e 
constitui o que hoje entendemos ser a 
primeira máquina térmica,

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