Buscar

Procedimentos Básicos em Medicina (resumão)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PBM Catarina Alipio
Resumo geral 
procedimentos 
básicos da medicina 
Sinais vitais 

- Sinal: algo que pode ser medido e percebido pelos profissionais de saúde. 
- Sintoma: algo que não é possível aferir, como a dor. 
- Sinal + sintoma = síndrome. 
- Sinais vitais: indicadores da saúde de uma pessoa, fazendo parte da rotina hospitalar durante 
a consulta. 
• Pressão arterial (PA=DCxRP) —> reflete a tensão que o sangue exerce nas paredes arteriais. 
- Fatores determinantes: débito cardíaco (DA=VSxFC), resistência periférica, 
distensibilidade da artéria, volemia e viscosidade sanguínea. 
- Existem as técnicas de medição: 
• Palpatória —> só afere a PA sistólica pela presença do pulso radial (sem o uso de 
estetoscópio); 
• Auscutatória —> afere a PA sistólica e diastólica pelos ruídos de Korotkoff (usa-se o 
estetoscópio). 
- Pressão arterial ótima: 120/80 mmHg; 
- Pressão arterial limite: 140/90 mmHg; 
- Hipertensão estágio I: maior que 140/90 mmHg até 160/100 mmHg. 
• Pulso arterial —> consiste no ciclo de expansão e relaxamento das artérias do corpo. 
- Locais de mensuração: carótida, radial, braquial, femoral, poplítea, pediosa, tibial 
posterior. 
- Frequências: 
• Adulto: 60-100 bat/min. 
- Taquisfigmia: acima de 100 bat/min; 
- Bradisfigmia: abaixo de 60 bat/min. 
• Temperatura corpórea —> é determinada pelo equilíbrio entre a perda e ganho de calor, 
seu controle é feito pelo hipotálamo (termostato corpóreo), vasos sangüíneos e pela 
termogênese. 
- Locais de mensuração: axila, boca e reto (boca e reto com 0,5 graus a mais). 
- Valores normais: de 35,5 até 37 graus. 
- Mensurar com o termômetro de 5 a 7 minutos. 
- Febre: é um sinal determinado pela elevação da temperatura corpórea acima dos níveis 
normais (hipertermia). A síndrome febril acompanha além da hipertermia, a cefaléia, a 
taquicardia, a taquisfigmia, sudorese, náuseas e vômitos). 
• Classificação de acordo com a intensidade: 
- Leve ou febrífuga: até 37,5 
- Moderada: 37,5 até 38,5 
- Alta: acima de 38,5 
• Classificação de acordo com a evolução: 
- Contínua: sempre acima do normal com variações menores que 1 grau. 
- Remitente: sempre acima do normal com variações maiores que 1 grau. 
�1
R E S U M O G E R A L 
P R O C E D I M E N T O S 
B Á S I C O S D A M E D I C I N A
PBM Catarina Alipio
- Intermitente: períodos de temperatura elevada intercalados com 1 ou 2 dias de 
temperatura normal. 
- Recorrente ou ondulante: períodos de temperatura elevada intercalados com mais de 
2 dias de temperatura normal. 
• Respiração —> consiste na troca de gases dos pulmões com o meio externo. 
- Valores da freqüência respiratória (incursões/ min): 

• RN: 40 a 50 
• Lactentes: 25 a 35 
• Escolares: 18 a 22 
• Adultos: 16 a 20

- Termos: 
• Dispnéia: dificuldade em respirar caracterizada pela respiração rápida e curta. 
• Ortopnéia: só respira bem em posição ortostática. 
• Taquipnéia: freqüência respiratória acima de 20 incursões/min. 
• Bradipnéia: freqüência respiratória abaixo de 16 incursões/min. 
• Apnéia: falta de ar. 
Prontuário médico 
- Definição: conjunto de documentos padronizados, contendo informações geradas através de 
fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde dos pacientes. 
• Possui caráter legal, sigiloso e científico. 
• É uma peça de defesa médica em casos de denúncia, sendo este o primeiro documento que 
a justiça solicita aos hospitais em casos de denúncia. 
- Anotações obrigatórias no prontuário médico: letra legível, identificação dos profissionais de 
saúde envolvidos e o médico responsável, por obrigatoriedade deve assinar ou carimbar com 
seu nome e CRM. 
- Tempo de arquivamento e responsabilidade pela guarda do prontuário: 
• O prontuário pertence ao paciente; 
• O hospital é responsável pela guarda do prontuário; 
• O tempo mínimo de armazenamento é de 20 anos (após 10 anos pode ser substituído por 
métodos capazes de assegurar a restauração plena, como microfilmagem). 
- Documentos padronizados no prontuário médico: dados de identificação, folhas de anamnese, 
exames complementares, descrição cirúrgica, partonograma, anestesia, débitos do centro 
cirúrgico, formulários de interconsultas. 
- Importância do prontuário médico: aliado na defesa do médico, importante para o ensino, 
pesquisas, elaboração de tratamentos, etc. 
- Acesso ao prontuário: quando solicitado pelo próprio paciente ou familiares e/ou responsáveis 
legais do paciente, ou quando solicitado por autoridades policiais e judiciais e por convênios 
médicos e companhias de seguro. 
Queimaduras 
- Definição: são lesões coagulativas, isto é, que desnaturam, coagulando as proteínas dos 
tecidos e envolvem diversas camadas do corpo (pele, subcutâneo e músculos). 
- Fatores etiológicos (causas): calor (líquidos, gases, vapor e chamas), eletricidade (industrial e 
natural), radiação e agentes químicos (ácidos ou bases). 
- O maior desafio atual é a reabilitação do queimado e sua reinserção na sociedade. 
- As maiores vítimas são crianças e pessoas de baixa renda. 
- Zonas da queimadura: 
• Zona de coagulação —> centro da lesão onde ocorre morte tecidual; 
• Zona de estase —> tecido lesionado mas não de forma irreversível; 
�2
PBM Catarina Alipio
• Zona de hiperemia —> mais afastada da lesão, possui alta temperatura e vermelhidão. 
- Classificação das queimaduras de acordo com a sua profundidade —> está diretamente 
relacionada com a temperatura e o tempo de exposição ao agente etiológico. 
• Primeiro grau: atinge somente a epiderme. São as mais doloridas com vermelhidão e 
inchaço local. 
• Segundo grau: atinge a epiderme e parte da derme, apresenta bolhas. 
• Terceiro grau: atinge a totalidade da derme e epiderme, podendo alcançar até músculos. A 
dor é ausente devido à queima das terminações nervosas. 
• Quarto grau: carbonização (lesão negra) que atinge até os órgãos. 
- Classificação das queimaduras quanto à sua extensão —> é determinada pelo cálculo da 
extensão percentual da superfície queimada. (considerando um adulto)

• Cabeça: 9%; 
• Membros superiores: direito 9% e 
esquerdo 9% (mão 1%); 
• Tronco: 36% 
• Membros inferiores: direito 18% e 
esquerdo 18%; 
• Parte íntima (períneo): 1%.

- Classificação das queimaduras quanto à etiologia: 
• Simples: depende exclusivamente do agente “calor”, como queimaduras solares ou água 
quente; 
• Complexas: não depende apenas do calor para haver a lesão, como fricção, eletricidade, 
químicos. 
- Grande queimado —> é aquele que se encaixa em pelo menos um dos seguintes requisitos: 
• Queimaduras de mão, rosto, pés ou períneo; 
• Queimaduras por inalação, químicas ou elétricas; 
• Espessura da queimadura maior que 10% da superfície corporal. 
- A gravidade da queimadura depende das propriedades doa agente acusador e do tempo de 
exposição. 
- Queimaduras por escaldo —> ocorre por algum líquido quente, sendo a primeira causa de 
queimadura na infância. 
- Tratamento inicial: 
• A prioridade é parar o processo de queima e colocar água corrente em temperatura 
ambiente!! 
• Em casos de queimaduras por agentes químicos é necessária a imediata diluição com água. 
• Queimaduras de primeiro e segundo grau menores que a palma da mão podem ser tratadas 
em casa. 
• Principalmente nos casos de queimadura por inalação, a manutenção das vias aéreas é de 
extrema importância (com suporte ventilatório ou estabelecimento de uma via aérea 
definitiva). 
- Na dúvida, entube (pacientes confusos, com sinais de lesões inalatórias, com taquipnéia, 
roquidão…) 
• Reposição volêmica. 
- Esquemas de reposição volêmica: 
• Administrar cristalóide (soro) desde o início; 
• Esquema de Parkland —> 4 ml’s X peso do paciente X % da área queimada. 
- Inserir no paciente metade da solução nas primeiras 8 horas. 
- Respiração: 
• Monóxido de carbono —> possui 240x mais afinidade com a hemoglobina, podendo levar 
à morte do paciente que o inala. 
�3
PBM Catarina Alipio
Feridas 
- Definição: agressão ou lesão causada por um agente a um tecido vivo. 
- Pele:constituída pela epiderme e derme e tem como objetivo a proteção contra choques 
mecânicos, contra infeções, contra traumas e o controle da temperatura corpórea. 
- Classificação da ferida quanto ao agente causal: 
• Feridas incisas —> por agentes cortantes (bisturi, faca e lâminas), possui predomínio em 
comprimento e profundidade com bordas regulares e retilíneas. 
• Feridas corto-contusas —> causada pela força de um agente como machado ou pedra. 
• Feridas perfurantes —> causada por agentes longos e pontudos como prego e alfinete, e 
possuem a capacidade de transfixações. 
• Feridas perfuro-contusas —> causadas principalmente por armas de fogo, podendo possuir 
somente um orifício de entrada ou um orifício de entrada e um de saída. 
• Feridas lácero-contusas —> causadas por compressão e/ou tração de uma região, com 
características como bordas irregulares e vários ângulos, tendo como principal exemplo a 
mordida de cachorro. 
• Feridas perfuro-incisas —> causadas por instrumentos como gume e punhal, possuindo 
capacidade de transfixar. 
• Escoriações —> força que age tangencialmente à pele podendo levar ao seu arrancamento. 
• Esquimoses —> força que provoca o rompimento de capilares sem extravasamento para 
outros tecidos e sem perda da continuidade da pele. 
• Hematomas —> há o rompimento de capilares devido à uma força, ocorrendo seu 
extravasamento e formando uma cavidade de sangue. 
- Classificação da ferida quanto ao grau de contaminação: 
• Feridas limpas —> feitas em ambiente cirúrgico e sem abertura dos sistemas contaminados 
(digestório, respiratório e genito-urinário). 
- Risco de infecção: 1 a 5% 
• Feridas limpas-contaminadas —> feitas em ambiente cirúrgico mas com abertura dos 
sistemas contaminados. 
- Risco de infecção: 3 a 11% 
• Feridas contaminadas —> ocorre o contato com o material contaminado ocasionado uma 
reação inflamatória, aparecendo 6 horas após o ato. 
- Risco de infecção: 10 a 17% 
• Feridas infectadas —> possuem sinais nítidos de infecção (pus). 
- Cicatrização —> conjunto de fenômenos que se inicia imediatamente após uma ferida através 
de vários tipos de células que se interagem para o restabelecimento da integridade dos 
tecidos. 
• Fases da cicatrização de feridas fechadas (suturadas): 
a) Fase inflamatória: vasodilatação com aumento da permeabilidade vascular e 
consequente extravasamento do plasma, além da ação da macrófagos, que fagocitam 
a inflamação. 
b) Fase de epitelização: ocorre 24 horas após a ferida, com a queratinização da pele da 
região. 
c) Fase celular: presença de fibroblastos e neovascularização. 
d) Fase de fibroplasia: há a presença de colágeno (ação da colagenase) em forma de uma 
estrutura densa chamada cicatriz. 
• Fases da cicatrização de feridas abertas (não suturadas): 
- Ocorre uma cicatrização com contração e retração do tecido pela ação de miofibroblastos. 
• Quelóide —> cicatrização exagerada e varia de pessoa pra pessoa. 
�4
PBM Catarina Alipio
• “Intenções" das cicatrizações: 
- Primeira intenção —> cicatriz cirúrgica com aproximação das bordas do ferimento (sutura). 
- Segunda intenção —> ferida não suturada devido ao fato de estar muito infeccionada. 
- Terceira intenção —> quando não houver mais infecção (tecido desvitalizado) é feita a 
sutura. 
• Fatores que interferem no processo de cicatrização —> idade, estado nutricional, estado 
imunológico, oxigenação tecidual, diabetes, drogas, etc. 
- Curativos —> todo material colocado sobre uma ferida com o intuito de facilitar a cicatrização. 
• Objetivos:

- Evitar contaminação; - Facilitar a cicatrização;

- Reduzir infecções - Absorver secreções;

- Promover conforto; - Facilitar a drenagem;

Suporte básico de vida (RCP) 
- Qualquer pessoa em qualquer lugar pode iniciar uma reiniciação cardíaca, tudo o que é 
necessário são apenas duas mãos. 
- O suporte básico de vida permite que o paciente seja mantido até chegar o suporte avançado. 
- Parada cardiorrespiratória —> cessação súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular 
útil, da respiração e da consciência em indivíduos sem doença irreversível .(nos portadores de 
doença grave terminal a parada cardiorrespiratória nada mais é que uma evolução da doença). 
- Diagnóstico de parada cardiorrespiratória —> compreende a avaliação de 3 parâmetros 
• Responsividade do paciente; 
• Respiração; 
• Pulso nas grandes artérias (carótida e femoral). 
- Diagnóstico eletrocardiográfico —> importante para adequar o tratamento. 
• Ritmos chocáveis: 
- Fibrilação ventricular: coração apresenta atividade elétrica e 
mecânica, porém de forma caótica não obtendo fluxos. 
- Taquicardia ventricular sem pulso: leva à uma fibrilação 
ventricular. 
• Ritmos não chocáveis: 
- Assitolia: ausência de atividade elétrica e mecânica. 
- Atividade elétrica sem pulso: coração não possui atividade 
mecânica mas possui atividade elétrica. 
- Fases da fibrilação ventricular: 
• Fase elétrica —> desfibrilação é fundamental nessa fase. 
• Fase circulatória —> o ATP do miocárdio já foi esgotado, portanto são necessárias 
compressões torácicas para restaurar uma perfusão coronariana. 
- Adrenalina?? Auxilia no aumento da pressão de perfusão coronariana. 
• Fase metabólica —> as lesões ao miocárdio já podem ser irreversíveis. 
- Principais modificações relacionadas a todos os socorristas: 
• Alteração do ABC para o CAB; 
• Ventilação com 1 segundo de duração que promova elevação do tórax; 
• Verificar ritmo a cada 2 minutos. 
- Ressuscitação cardiorrespiratória (PCR) —> DR’S CAB 
• DR’S: danger (perigo), response (responsividade) e shout for help (chamar por ajuda). 
• CAB: circulation (compressões cardíacas), airway (abrir via aérea) e breathe (ventilação). 
�5
PBM Catarina Alipio
- Avalie a segurança da cena (em caso de PCR extra-
hospitalar) 
- Determina a responsividade da vítima; 
- Chame por socorro (192 SAMU e 193 bombeiros); 
- Verificar o pulso; 
- 30 movimentos de compressões torácicas (C); 
- Verificação das vias aéreas (A); 
- 2 ventilações boca a boca (B); 
- Iniciar sequência 30:2: 30 compressões torácicas (C) e 2 ventilações boca a boca (B) 
- Verificar pulso a cada 2 minutos. 
• Técnicas da RCP: 
- Compressões torácicas —> devem ser feitas na linha intermamilar, com 5 a 6 cm de 
profundidade mantendo os braços esticados. 
• Freqüência: 100 a 120 compressões por minuto; 
• Compressão forte, rápida e sem parar; 
• Permitir retorno do tórax a posição normal após cada compressão. 
- Verificação das vias aéreas —>verificar a presença de corpos estranhos, pelo Chin Lift 
(levantamento do queixo para profissionais e leigos) ou Jaw Thrust (levantamento do 
ângulo da mandíbula para reanimadores profissionais e quando houver suspeita de trauma 
cervical). 
- Respiração —> boca a boca, boca a nariz ou boca a estoma. 
• Sequência compressões/ventilações: 
- RCP no adulto —> 30:2 com revezamento a cada 2 minutos ou 5 ciclos na presença de 2 
socorristas; 
- RCP em crianças e lactentes —> presença de 1 socorrista (30:2), com 2 socorristas (15:2). 
- Desfibrilação —> aplicação de uma corrente elétrica contínua no paciente que procura um 
ritmo chocável através de um desfibrilador (DEA). 
• Monofásico: 360 joules; 
• Bifásico: 120 a 200 joules. 
Abordagem das vias aéreas superiores 
- A manutenção de uma via aérea pérvea e a oxigenação adequada dos tecidos são as primeiras 
preocupações nas emergências médicas. 
- Atendimento ao trauma (ABCDE): (A) —> Airways (vias aéreas). 
- Obstrução das vias aéreas: quando um indivíduo para repentinamente de respirar, torna-se 
cianótico e perde a consciência sem causa aparente. 
• A obstrução completa impede a fala, a respiração e a tosse. 
- Etiologias mais comuns: 
I. Adultos: pedaços grandes de comida; 
II. Crianças: corpos estranhos; 
III. Bebês: leite; 
IV. Inconscientes: língua relaxada. 
- Manutenção das vias aéreas deve ocorrer em no mínimo 4 minutos para o indivíduo não morrer. 
- Procedimentos simples de manutenção das vias aéreas: 
• Inspecção dacavidade oral e da faringe —> a mão direita é usada para abrir a boca e a 
esquerda para inspeccionar a cavidade. 
• Hiperextensão da cabeça e levantamento do queixo —> na suspeita de traumatismo cervical 
deve-se fazer a elevação da mandíbula. 
�6
Leigos —> não ventilam e não 
checam pulso. Só fazem 
compressões torácicas (C).
PBM Catarina Alipio
• Manobra de Helmilich —> a partir de movimentos em “J" que se iniciam da região entre o 
umbigo e o processo xifóide deve-se aumentar a pressão intratorácica para expulsar o 
agente causador da obstrução (obs: em RN é feito por “tapinhas” nas costas). 
- Na ausência de ajuda, o engasgado deve-se apoiar em um superfície dura, colocar o 
punho sobre o mesmo local e realizar a manobra (já existem instrumentos como o 
Heimilich Helper). 
- Em casos de obesos e gestantes não se deve realizar a manobra, somente compressões 
torácicas. 
- Procedimentos complexos de manutenção das vias aéreas —> entubação endo-traqueal. 
• Método pelo qual se introduz um tubo até a traqueia (carina) comunicando-a com o meio 
externo através da boca (oro-traqueal) ou nariz (naso-traqueal). 
• Indicações para entubação: parada respiratória e/ou cardíaca, ineficiência de ventilação, 
presença ou ameaça de obstrução, etc. 
• Material utilizado: 
- Máscaras faciais —> possui forma piramidal e deve ser colocada na posição “C/E”. 
- AMBU —> permite o unidirecionamento do ar, ventila o indivíduo enviando o ar rico em 
oxigeno diretamente para o pulmão do paciente. 
- Cânula oral (de Guedel) —> mantém a língua longe da orofaringe para o paciente não se 
engasgar com ela. É medida da abertura bucal até o ângulo da mandíbula. 
- Laringoscópio —> tem o objetivo de abrir a via aérea, empurrando a língua para a 
esquerda. É introduzido até encostar na valécula epiglótica. 
- Tubos endotraqueais —> usados para facilitar a ventilação do paciente. Possui um cuff que 
deve ser insuflado com 20ml de ar para evitar a broncoaspiração, vedando os brônquios. 
- Máscara laríngea —> dispositivo desenvolvido para o manuseio supraglótico das vias 
aéreas, dispensando o uso de laringoscópio. 
• Técnica de entubação: 
- Ventilação do paciente com a máscara facial + cânula de Guedel + AMBU (de 12 a 20 
ventilações); 
- Introduzir o laringoscópio da direita para a esquerda com a 
cabeça hiperextendida; 
- Introduzir o tubo endotraqueal e inflar o cuff; 
- Checar o posicionamento do tubo —> pela ausência de 
ruídos epigástricos, checar base direita e esquerda e ápice 
direito e esquerdo (elevação simétrica do tórax). 
- Fixar o tubo. 
- Via aérea definitiva —> consiste na entubação endo-traqueal ou nas vias cirúrgicas como a 
traqueostomia (perfura a traquéia do segundo ao quarto anel traqueal) ou a cricotireoidostomia 
(perfura a membrana cricotireoiedea da laringe). 
Atendimento inicial ao politraumatizado 
- Atendimento pré-hospitalar —> a equipe deve averiguar a segurança do local, o mecanismo 
de trauma e a gravidade e o número de vítimas. 
• Suspeitar de traumatismos graves em casos de: 
- Quedas maiores que 6 metros; 
- Colisões a mais de 32 km/hora; 
- Expulsão da vítima do veículo; 
- Morte de algum ocupante do veiculo; 
- Danos graves ao veículo. 
�7
Entubação seletiva —> pode 
ocorrer mais comumente do 
tubo ir pro brônquio principal 
direito, por conta desse ser 
PBM Catarina Alipio
• No exame primário pré-hospitalar deve-se avaliar se existe uma situação crítica ou não: 
- EXISTE —> procedimento críticos (desobstrução das vias aéreas, contenção de grandes 
hemorragias, oclusão de ferimentos aspirativos do tórax e ventilação pulmonar) 
- NÃO EXISTE —> transporte do paciente para o pronto-socorro. 
- Se nos procedimentos críticos a vítima continua instável deve-se fazer o exame secundário 
durante seu transporte ao PS, mas caso ela esteja estável, o exame secundário pode ser na 
própria cena do trauma. 
• No exame secundário pré-hospitalar deve-se avaliar… 
- Sinais vitais; 
- SAMPRE (sintomas, alergias, medicamentos, passados, refeições e eventos); 
- Nível de consciência pelo AVDI —> se o paciente está Alerta, se o paciente responde à 
estímulos Verbais, se o paciente responde à estímulos de Dor e se o paciente está 
Irresponsivo. 
• Importante !! Todos os esforços devem ser feitos para minimizar o tempo na cena na 
chamada “golden hour”. 
- Triagem —> ocorre em 2 aspectos. 
• Primeiro aspecto: quando o número de vítimas não excede a capacidade de cuidados 
disponíveis, os pacientes com lesões grave são cuidados primeiros; 
• Segundo aspecto: quando o número de vítimas excede a capacidade de cuidados 
disponíveis, as vítimas com maior chance de sobrevivência são tratadas primeiro. 
- Obs: crianças são colocadas como prioridade. 
- Doença com distribuição trimoidial: 
• Primeiro pico —> morte de segundos à minutos. 
• Segundo pico —> morte em minutos até várias horas. 
• Terceiro pico —> morte após vários dias ou semanas. 
- ATLS (Suporte Avançado de Vida ao Trauma) —> ocorre pelo ABCDE. 
(A) Airways —> manutenção das vias aéreas, mantendo-as pérveas, e controle da coluna 
cervical, com a colocação do colar cervical e da fixação lateral sempre (todo 
politraumatizado apresenta lesão cervical até que prove-se o contrário). 
(B) Breathing —> respiração e ventilação, restaurando a função adequada dos pulmões e 
cuidar de pneumotórax hipertensivo. 
(C) Circulation —> circulação e controle da hemorragia (toda hipotensão de um 
politraumatizado deve ser considerada hipovolêmica até que se prove o contrário 
necessitando de reposição com cristalóide ou sangue tipo O-). 
(D) Disability —> status neurológico, pela avaliação neurológica rápida (AVDI) e pela escala 
de Glasgow. 
- Escala de Glasgow: tem o objetivo de registrar o nível de consciência de uma pessoa. 
�8
- Abertura dos olhos: 
• Espontânea —> 4 
• Ao comando verbal —> 3 
• À dor —> 2 
• Nenhuma —> 1 
- Melhor resposta motora: 
• Obedece ao comando verbal —> 6 
• Obedece ao comando da dor … 
- Localiza —> 5 
- Puxa —> 4 
- Flexão de decorticação —> 3 
- Resposta extensora —> 2 
- Nenhuma —> 1 
- Melhor resposta verbal: 
• Orientada —> 5 
• Conversação confusa —> 4 
• Palavras desconexas —> 3 
• Sons incompreensíveis —> 2 
• Nenhuma —>1
PBM Catarina Alipio
(E) Exposure —> exposição, com retirada completa garoupa da vítima para avaliação 
detalhada dos ferimentos, além dos cuidados com hipertermia. 
- Tratamento efetivo deve seguir as seguintes vias de procedimentos:

• ABCDE; • Monitoramento completo;

• Exame físico; • Raio X;

• Cirurgia. 
Conceitos básicos de traumatologia 
- A traumatologia tem por objetivo estudar as lesões provocadas por traumatismo no sistema 
muscular-esquelético. 
- Contusão —> lesão produzida por golpe ou impacto, sem causar dilaceração ou ruptura da 
pele (“mancha roxa”). 
• Grau 1: de baixa energia com rápida resolução e não causa impotência funcional. 
• Grau 2: de energia moderada podendo causar impotência funcional. 
• Exame fisico: é encontrado edema, hematoma e dor à palpação. 
• Diagnóstico: exame físico e exames complementares (radiografia). 
• Tratamento: crioterapia (gelo) 2x ao dia de 10 a 12 min, AINE (anti-inflamatório não 
esteróide)-cox2, analgésico e imobilização. 
• Exemplo: lesão do raio da bicicleta (comum em crianças). 
- Entorses —> ocorre em região articular e evolui para um estiramento ligamentar. 
• Grau 1: entorse leve com ruptura microscópica da estrutura ligamentar sem perda de sua 
integridade. 
• Grau 2: entorse moderado com ruptura parcial das fibras ligamentares ainda intactas. 
• Grau 3: entorse severo com ruptura total da estrutura ligamentar. 
• Exame físico: 
- Grau 1 e grau 2: edema leve e moderado, hematoma, pode ou não apresentar impotência 
funcional e dor à palpação. 
- Grau 3: edema intenso, dor à palpação, sendo mais comum entorse de tornozelo e 
derrame articular (acúmulo de líquido na articulação). 
- Teste da gaveta —> testa o lamento cruzado anterior e posterior para verificar sua 
integridade (nesse casodo joelho). 
• Diagnóstico: exame físico, radiografia (em estresse se necessário), ultrassonografia e 
ressonância magnética. 
• Tratamento: grau 1 e grau 2 (crioterapia, AINE e imobilização) e grau 3 (tratamento 
cirúrgico). 
- Luxação —> desencaixe de uma articulação, causando ruptura completa dos ligamentos e da 
cápsula articular). 
• Exame físico: apresenta edema, deformidade, dor intensa e incapacidade funcional, alem de 
lesão vásculo-nervosa associada à luxação. 
• Diagnóstico: exame físico, radiografias (para visualizar se há alguma fratura associada), 
ultrassonografia, ressonância magnética. 
• Tratamento: é uma urgência e realiza-se a redução (recolocação da estrutura em seu local de 
origem) sob anestesia, imobilização e caso necessário, tratamento cirúrgico. 
- Fraturas —> ocorre quando o osso perde sua integridade estrutural. 
• Tipos de fraturas: 
- Fechadas: quando a pele ainda está integra; 
- Abertas (expostas): quando há lesão de tecidos moles e ocorre a exposição da fratura 
para o meio exterior. 
�9
PBM Catarina Alipio
- Cominutivas: apresenta mais do que 2 fragmentos ósseos. 
• Classificação das fraturas: 
- Patológicas —> ocorre em uma área enfraquecida por uma doença pré-existente 
(osteoporose, tumores…) 
- Por esforço (estresse) —> por carregamento repetido ocorre fadiga do osso. Ocorrem em 
atletas: no úmero, em esportes de arremesso, na coluna em ginástica olímpica, nas 
costelas em canoagem e me membros inferiores em esportes de corrida. 
• Diagnóstico das fraturas por estresse: exame físico, paciente reclama de dor aguda, 
paciente sem história de trauma, edema local e piora com atividades físicas. 
• Fraturas em geral —> podem ocorrer em qualquer esporte, possui perda funcional, dor 
espontânea à palpação, deformidade e pode ocorrer lesão vãsculo-nervosa. 
- Diagnóstico: exame físico, radiografia que abrange uma articulação acima e um abaixo da 
lesão, tomografia e ressonância magnética. 
- Tratamento: depende do grau de comprometimento das partes moles… 
• Conservador (talas, gestos, trações); 
• Incruentos: realiza-se a redução sem abrir a pele —> 1) aplicar tração longitudinal do 
membro, 2) inverter o osso do mecanismo que produziu a fratura, 3) alinhar o 
fragmento proximal com o distal. 
• Cruentos: cirúrgicos com placas, parafusos e fixadores. 
- Indicado para politraumatizados, fraturas expostas, fraturas articulares, falha no 
tratamento conservador. 
• Imobilizações: fixador externo, gesso, gesso sintético para alívio da dor, para evitar 
lesão adicional das partes moles e evitar que uma fratura fechada se torne exposta. 
Medicamentos 
- Definição: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática 
(preventiva), curativa, paliativa (alívio momentâneo) ou para fins de diagnóstico. 
• É qualquer agente químico que no nosso organismo produz efeitos benéficos. 
- Formas farmacêuticas: 
• Comprimidos —> medicamento em pó sob compressão de forma circular. 
• Drágeas —> grânulos com medicamentos envolvidos por uma camada de açúcar polidos e 
coloridos. 
• Pílula —> pequenas drágeas. 
• Cápsulas —> medicamento em pó ou grânulo envolvido por uma camada gelatinosa que 
dissolve no intestino. 
• Supositório —> possui forma alongada e base feita de glicerina ou gelatina. 
• Xarope —> medicamento + açúcar + água. 
• Elixir —> medicamento + açúcar + álcool. 
• Emulsão —> combinação de dois líquidos que não se misturam, devendo ser agitada antes 
de usar. 
- Farmacodinâmica: estuda o efeito do organismo sobre os medicamento. 
• Fases: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. 
- Classes dos medicamentos: 
• Antibióticos: exercem ação antimicrobiana. 
• Anticonvulsivantes: evitam convulsões (usados em epilépticos). 
• Analgésicos e antitérmicos: usados para suprimir a febre e a dor). 
• Corticóides: para reações alérgicas, reumatismo e inflamações. 
• Antiarrítimicos: usados para tratar arritmias cardíacas. 
�10
PBM Catarina Alipio
• Diuréticos: aumentam a produção de urina. 
• Antieméticos: usados para diminuir náuseas e vômitos. 
• Coagulantes: usados para corrigir defeitos de coagulação. 
• Anticoagulantes: usados para tornar o sangue menos coagulável, limitando ou prevenindo a 
trombose. 
• Anti-hipertensivos: tratamento da hipertensão. 
• Anti-neoplásicos. 
- Cuidados gerais no preparo e administração de medicamentos : 
• Todo medicamento deve ser prescrito por médico. 
• Podem ser administrados por técnicos de enfermagem e enfermeiros. 
- Os nove certos da medicação: 
1. Paciente certo: conferir nove sobrenome do cliente solicitando que o mesmo afirme. 
2. Medicamento certo: certificar-se na prescrição o medicamento comparando com seu 
rótulo. 
3. Dose certa: verificar a dose na prescrição comparando com a medicação preparada. 
4. Via certa: verificar a via de acordo com a prescrição. 
5. Hora certa: aplicar a medicação no horário previsto. 
6. Tempo certo: respeitar o tempo previsto na prescrição. 
7. Validade certa: sempre conferir a validade antes de administrar a medicação. 
8. Abordagem certa: deve-se esclarecer ao paciente qualquer dúvida existente referente ao 
medicamento. 
9. Registro certo: registrar no prontuário do paciente a administração da medicação. 
- É necessário fazer a leitura da medicação em 3 momentos : primeiro antes de retirar o fraco ou 
a ampola do armário de medicamentos, segundo antes de aspirar o medicamento, e terceiro 
antes de recolocar no armário ou descartar. 
- Cuidados no preparo da medicação: 

• Lavar as mãos; • Conferir a identificação;

• Cuidados com letras legíveis; • Cuidado com os medicamentos sem 
rótulo.

- Cuidados na administração de medicamentos prescritos no prontuário médico: 
• Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas. 
• Não permitir que familiares preparem os medicamentos. 
• Anotar e notificar anormalidades na administração. 
• Em geral, a prescrição médica é válida por 24 hrs. 
• Nunca ultrapassar a dose descrita. 
- Vias de administração de medicamento: 
• Via oral (absorção intestinal ou sublingual); 
• Via parenteral: intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa, intraóssea;

• Via inalatória; • Via ocular; • Via intranasal;

• Via dérmica; • Via retal; • Via vaginal;

- Via oral —> absorvidos no trato intestinal, atingindo assim a circulação sistêmica. 
• Vantagens: facilidade de administrar e menos dispendiosa. 
• Contra-indicação: pacientes com náuseas e vômitos, diarreia ou com dificuldade de engolir. 
- Via parenteral —> utiliza-se de agulhas, seringas, e medicamentos esterilizados, seguindo 
técnicas padronizadas. 
• Devem ser usadas agulhas de comprimento e calibre adequado, seringas de 1 a 20ml e as 
técnicas apropriadas de administração. 
�11
PBM Catarina Alipio
- Via intradérmica —> via restrita para a administração de pequenos volumes (0,1 a 0,5 ml). 
• Usadas para reações de hipersensibilidade: provas de ppd (tuberculose), sensibilidade de 
algumas alergias, fazer dessensibilização e auto-vacinas e aplicação de BCG (vacina contra 
tuberculose na inserção inferior do músculo deltóide. 
• Local mais apropriado —> face anterior do antebraço (pobre em pelos, pigmentação 
vascularização, além do fácil acesso para leitura). Deve-se perfurar delicadamente a 
epiderme em um ângulo de no máximo 15 graus. 
- Via subcutânea —> a medicação é introduzida na hipoderme (tela subcutânea). 
• Possui absorção lenta através de capilares de forma contínua e segura. 
• Usada para a administração de vacinas (anti-rábica a anti-sarampo), anticoagulantes e 
insulina. 
• O seu volume não deve exceder 3 ml. 
• Local de aplicação —> recomenda-se na parede abdominal, faces ântero-lateral da coxa e 
face externa do braço 
- Menor inervação local, acesso facilitado e maior capacidade de distensão do tecido. 
• Angulação da agulha —> 90 graus em pacientes gordos e 45 em pacientes magros. 
• Caso a medicação seja de uso repetido, é necessário revezar os locais de aplicação. 
• Complicações das injeçõessubcutâneas:

- Infecções ou abcessos; - Formação de tecido fibrótico;

- Lesão de nervos; - Úlcera ou necrose de tecidos; 

- Formação de nódulos devido à repetição do local de aplicação (fenômeno de Arthus). 
- Via intramuscular —> via muito utilizada devido à rápida absorção. 
• O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido, ter fácil acesso, não possuir muitos vasos e 
nervos em seu trajeto. 
• Volume injetado depende da estrutura muscular: 

- Deltóide: 2 a 3 ml. - Coxa: 3 a 4 ml. - Glútea: 4 a 5 ml. 

• Região deltóide: muito usada devido ao fácil acesso, localizada 5 cm (ou 4 dedos) após o 
final do ombro (acrômio). 
- Contra-indicações —> crianças até 10 anos, volumes maiores que 3 ml, pacientes co 
paresias do braço. 
• Região glútea: localizada no músculo glúteo máximo no quadrante superior externo, uma 
vez que esse músculo é dividido por uma linha horizontal (no início da prega glútea) e uma 
vertical (passa no mio da nádega escolhida). 
- Posição de aplicação —> decúbito ventral, decúbito lateral ou posição ortostática. 
- Contra-indicações —> crianças menores de 2 anos, pacientes com atrofia muscular glútea, 
com paresia ou com lesões vasculares dos membros inferiores (ex: varizes). 
- Complicações —> evitar o nervo isquiático no quadrante inferior interno. 
• Região ântero-lateral da coxa: no músculo vasto-lateral (quadríceps femural) 
- Possui facilidade de aplicação mas deve-se tomar cuidado com o nervo fêmuro-cutâneo. 
- Via endovenosa —> introdução do medicamento diretamente na veia. É feita 
preferencialmente nos membros superiores, evitando as articulações. 
• Melhor local —> face anterior do antebraço esquerdo. 
• Indicado para… necessidade de ação imediata do medicamento, necessidade de injetar 
grandes volumes (hidratação), introdução de substâncias irritantes aos tecidos e para coleta 
de sangue para exames. 
• Tipos de medicamentos injetados nessa via: 
- Soluções solúveis no sangue (líquidos hiper, iso e hipotônicos); 
- Medicamentos não oleosos (evita embolia); 
�12
PBM Catarina Alipio
• Veias utilizadas para injeção: 
- Região cefálica (usada em RN e lactentes). 
- Veia subclávia —> usada em pacientes em UTI para infusão de medicamentos e alimentos. 
- Região cervical (pacientes com dificuldade de acesso venoso ou em UTI) —> veias 
jugulares. 
- Nos membros superiores —> veia cefálica, veia basílica e veia intermediária do cotovelo. 
- No dorso da mão —> veias metacarpais dorsais. 
- Nos membros inferiores —> veia safena magna, veia tibial anterior e no pé a rede dorsal 
do pé. 
• Técnica de punção venosa (injeção única): 

1. Lave as mãos, explique o 
procedimento ao paciente coloque 
luvas não estéreis; 
2. Coloque o garrote acima do local 
que será feita a injeção e faça a 
anti-sepsia;

3. Estique a pele para facilitar a 
punção e injete a agulha; 
4. Aspire (cheque se vem sangue) e 
solte o garrote;

5. Verifique se agulha está inserida 
corretamente (sem formação de 
hematoma); 
6. Injete o medicamento lentamente, 
retire a agulha e comprima o local.

- O que é um medicamento genérico? é uma cópia do medicamento de referência ou de marca 
que tem o mesmo princípio ativo (substância), a mesma dose e a mesma forma farmacêutica. 
• Não possui nome comercial, sendo apenas identificado pela substância. 
• É administrado pela mesma via e tem as mesmas indicações que o de referência. 
• Deve ser aprovado pela ANVISA. 
• Por que os medicamentos genéricos são mais baratos? Pois não é preciso investir tempo e 
recursos financeiros, além de divulgação, gerando uma economia de 40% na produção. 
• Todo medicamento genérico está indicado na sua embalagem um “G”. 
• Testes que garantem os medicamentos genéricos —> são realizados em laboratórios da 
ANVISA onde é feito o teste de equivalência (se possui o mesmo princípio ativo), o teste de 
biodisponibilidade (verifica a dose e a velocidade de absorção) e o teste de 
bioequivalência (verifica se os dois possuem a mesma biodisponibilidade). 
- O que é um medicamento de referência? é um medicamento inovador, sendo o primeiro a ser 
lançado no mercado, e tem sua eficácia e segurança aprovada pelo Ministério da Saúde. 
• Possui um nome comercial e geralmente são os mais receitados pelos médicos. 
• São lançados após muito investimento em recursos científicos e tempo. 
• É permitido que a farmácia substitua um medicamento de referência por um genérico. 
- O que é um medicamento similar? é um medicamento como o genérico que possui o mesmo 
princípio ativo do medicamento de referência, porém não são submetidos aos testes de 
qualidade e aprovação da ANVISA. 
Fios de sutura, agulhas cirúrgicas e fechamento da pele 
- Fios cirúrgicos (suturas) —> é todo material utilizado para unir tecidos e mantê-los juntos em 
sua posição normal até que alcancem sua cicatrização. 
• Características gerais dos fios de sutura: 

- Alta resistência à ruptura; - Estéril (pronto para o uso);

- Ótima aceitação pelos tecidos; - Flexível para facilitar o manuseio;

- Qualidade consistente e uniforme; 
- Se absorvível, possui taxas de absorção seguras; 
- Se não absorvível, deve ser encapsulado sem complicações pós-operatórias. 
�13
PBM Catarina Alipio
• Diâmetro dos fios varia de 6 (mais grosso) até 11- 0 (mais fino). 
• Classificação das suturas: 
- De acordo com a origem —> natural (inclui origem animal) ou sintética; 
- De acordo com a quantidade de filamentos —> monofilamentar ou multifilamentar; 
- De acordo com o tempo de absorção —> absorvíveis (depois de algum tempo após a 
sutura são absorvidos pelo organismo) ou não absorvíveis (ficam permanentemente no 
organismo). 
- De acordo com a presença ou não de agulhas —> agulhados ou não agulhados. 
• Força tênsil x Tempo de absorção: 
- Força tênsil —> capacidade que o fio deve ter para manter os tecidos unidos até a 
cicatrização dos mesmos. 
- Tempo de absorção —> tempo que o fio leva para ser absorvido totalmente, após ter 
cumprido sua função (força tênsil). 
• Tempo de cicatrização dos tecidos: 

- Pele: 5 a 7 dias; - Mucosa: 5 a 7 dias; - Subcutâneo: 7 a 14;

- Peritônio: 7 a 14 dias; - Fáscia: 14 a 28 dias; - osso: 8 a 12 semanas.

- Fios absorvíveis: 
• Origem animal: 
- Catgut simples —> multifilamentar com 70 dias para absorção; 
- Catgut cromado —> multificamentar com 90 dias para absorção. 
• Origem sintética: 
- Vicryl /vicryl Plus —>multifilamentar trançado com 56 a 70 dias para absorção; 
- Vicryl rapid —> multifilamentar trançado com 42 dias para absorção; 
- Monocryl/ monocryl plus —> monofilamentar com 90 a 120 dias de absorção; 
- Caprofyl —>monofilamentar com 90 a 120 dias de absorção; 
- PDS / PDS plus —> monofilamentar com 180 a 240 dias para absorção. 
- Fios inabsorvíveis:

• Origem natural: 
- Seda —> multifilamentar torcido ou 
trançado; 
- Linho; 
- Polycot —> multifilamentar torcido; 
- Aciflex —> monofilamentar de origem 
mineral; 
• Origem sintética: 
- Prolene —> monofilamentar; 
- Mononylon —> monofilamentar; 
- Mersilene —> multifilamentar 
trançado; 
- Ethibond —> multifilamentar trançado.

- Suturas antibacterianas (PLUS) —> têm o objetivo de minimizar os riscos de infecções 
bactericidas e/ou bacteriostática por pelo menos 96 horas. 
• Possuem na sua composição o Ircagare MP (forma mais pura do Triclosan) 
- Triclosan —> compatível com o Vicryl, Monocryl e PSD, não alterando suas propriedades 
de sutura, sendo efetivo como agente antibacteriano. 
• É seguro, não tóxico, biocompatíveil, não irritante e é rapidamente absorvido. 
- Agulhas cirúrgicas —> tem como objetivo de transfixar os tecidos, sendo guias para os fios de 
sutura. 
• Geralmente são feitas de aço inoxidável; 
• É dividida em: 
- Ponta —> parte da agulha que facilita a penetração no tecido, causando o mínimo de 
trauma possível; 
- Corpo —> é a porção central da agulha que possibilita a fixação do porta-agulha; 
- Fundo —> é o ponto de união da agulha e do fio de sutura. 
�14
PBM Catarina Alipio
• As agulhas são classificadas em: 
- Atraumáticas—> sua geometria possibilita um mínimo de trauma no momento de sua 
penetração; 
- Traumáticas —> são agulhas cortantes que tem como objetivo transpassar os tecidos.

• Anatomia das agulhas: • Ponta das agulhas:

 
- Não suturas —> dermabond: adesivo para selar incisões, sendo uso exclusivo para a pele e 
possui a mesma força tênsil do nylon 4-0 durante 7 dias. 
• Benefícios:

- Fácil aplicação; - Barreira antibacteriana;

- Resultados estéticos excelentes; - Dispensa curativos (custos reduzidos).

�15

Continue navegando