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PBM Catarina Alipio Resumo geral procedimentos básicos da medicina Sinais vitais - Sinal: algo que pode ser medido e percebido pelos profissionais de saúde. - Sintoma: algo que não é possível aferir, como a dor. - Sinal + sintoma = síndrome. - Sinais vitais: indicadores da saúde de uma pessoa, fazendo parte da rotina hospitalar durante a consulta. • Pressão arterial (PA=DCxRP) —> reflete a tensão que o sangue exerce nas paredes arteriais. - Fatores determinantes: débito cardíaco (DA=VSxFC), resistência periférica, distensibilidade da artéria, volemia e viscosidade sanguínea. - Existem as técnicas de medição: • Palpatória —> só afere a PA sistólica pela presença do pulso radial (sem o uso de estetoscópio); • Auscutatória —> afere a PA sistólica e diastólica pelos ruídos de Korotkoff (usa-se o estetoscópio). - Pressão arterial ótima: 120/80 mmHg; - Pressão arterial limite: 140/90 mmHg; - Hipertensão estágio I: maior que 140/90 mmHg até 160/100 mmHg. • Pulso arterial —> consiste no ciclo de expansão e relaxamento das artérias do corpo. - Locais de mensuração: carótida, radial, braquial, femoral, poplítea, pediosa, tibial posterior. - Frequências: • Adulto: 60-100 bat/min. - Taquisfigmia: acima de 100 bat/min; - Bradisfigmia: abaixo de 60 bat/min. • Temperatura corpórea —> é determinada pelo equilíbrio entre a perda e ganho de calor, seu controle é feito pelo hipotálamo (termostato corpóreo), vasos sangüíneos e pela termogênese. - Locais de mensuração: axila, boca e reto (boca e reto com 0,5 graus a mais). - Valores normais: de 35,5 até 37 graus. - Mensurar com o termômetro de 5 a 7 minutos. - Febre: é um sinal determinado pela elevação da temperatura corpórea acima dos níveis normais (hipertermia). A síndrome febril acompanha além da hipertermia, a cefaléia, a taquicardia, a taquisfigmia, sudorese, náuseas e vômitos). • Classificação de acordo com a intensidade: - Leve ou febrífuga: até 37,5 - Moderada: 37,5 até 38,5 - Alta: acima de 38,5 • Classificação de acordo com a evolução: - Contínua: sempre acima do normal com variações menores que 1 grau. - Remitente: sempre acima do normal com variações maiores que 1 grau. �1 R E S U M O G E R A L P R O C E D I M E N T O S B Á S I C O S D A M E D I C I N A PBM Catarina Alipio - Intermitente: períodos de temperatura elevada intercalados com 1 ou 2 dias de temperatura normal. - Recorrente ou ondulante: períodos de temperatura elevada intercalados com mais de 2 dias de temperatura normal. • Respiração —> consiste na troca de gases dos pulmões com o meio externo. - Valores da freqüência respiratória (incursões/ min): • RN: 40 a 50 • Lactentes: 25 a 35 • Escolares: 18 a 22 • Adultos: 16 a 20 - Termos: • Dispnéia: dificuldade em respirar caracterizada pela respiração rápida e curta. • Ortopnéia: só respira bem em posição ortostática. • Taquipnéia: freqüência respiratória acima de 20 incursões/min. • Bradipnéia: freqüência respiratória abaixo de 16 incursões/min. • Apnéia: falta de ar. Prontuário médico - Definição: conjunto de documentos padronizados, contendo informações geradas através de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde dos pacientes. • Possui caráter legal, sigiloso e científico. • É uma peça de defesa médica em casos de denúncia, sendo este o primeiro documento que a justiça solicita aos hospitais em casos de denúncia. - Anotações obrigatórias no prontuário médico: letra legível, identificação dos profissionais de saúde envolvidos e o médico responsável, por obrigatoriedade deve assinar ou carimbar com seu nome e CRM. - Tempo de arquivamento e responsabilidade pela guarda do prontuário: • O prontuário pertence ao paciente; • O hospital é responsável pela guarda do prontuário; • O tempo mínimo de armazenamento é de 20 anos (após 10 anos pode ser substituído por métodos capazes de assegurar a restauração plena, como microfilmagem). - Documentos padronizados no prontuário médico: dados de identificação, folhas de anamnese, exames complementares, descrição cirúrgica, partonograma, anestesia, débitos do centro cirúrgico, formulários de interconsultas. - Importância do prontuário médico: aliado na defesa do médico, importante para o ensino, pesquisas, elaboração de tratamentos, etc. - Acesso ao prontuário: quando solicitado pelo próprio paciente ou familiares e/ou responsáveis legais do paciente, ou quando solicitado por autoridades policiais e judiciais e por convênios médicos e companhias de seguro. Queimaduras - Definição: são lesões coagulativas, isto é, que desnaturam, coagulando as proteínas dos tecidos e envolvem diversas camadas do corpo (pele, subcutâneo e músculos). - Fatores etiológicos (causas): calor (líquidos, gases, vapor e chamas), eletricidade (industrial e natural), radiação e agentes químicos (ácidos ou bases). - O maior desafio atual é a reabilitação do queimado e sua reinserção na sociedade. - As maiores vítimas são crianças e pessoas de baixa renda. - Zonas da queimadura: • Zona de coagulação —> centro da lesão onde ocorre morte tecidual; • Zona de estase —> tecido lesionado mas não de forma irreversível; �2 PBM Catarina Alipio • Zona de hiperemia —> mais afastada da lesão, possui alta temperatura e vermelhidão. - Classificação das queimaduras de acordo com a sua profundidade —> está diretamente relacionada com a temperatura e o tempo de exposição ao agente etiológico. • Primeiro grau: atinge somente a epiderme. São as mais doloridas com vermelhidão e inchaço local. • Segundo grau: atinge a epiderme e parte da derme, apresenta bolhas. • Terceiro grau: atinge a totalidade da derme e epiderme, podendo alcançar até músculos. A dor é ausente devido à queima das terminações nervosas. • Quarto grau: carbonização (lesão negra) que atinge até os órgãos. - Classificação das queimaduras quanto à sua extensão —> é determinada pelo cálculo da extensão percentual da superfície queimada. (considerando um adulto) • Cabeça: 9%; • Membros superiores: direito 9% e esquerdo 9% (mão 1%); • Tronco: 36% • Membros inferiores: direito 18% e esquerdo 18%; • Parte íntima (períneo): 1%. - Classificação das queimaduras quanto à etiologia: • Simples: depende exclusivamente do agente “calor”, como queimaduras solares ou água quente; • Complexas: não depende apenas do calor para haver a lesão, como fricção, eletricidade, químicos. - Grande queimado —> é aquele que se encaixa em pelo menos um dos seguintes requisitos: • Queimaduras de mão, rosto, pés ou períneo; • Queimaduras por inalação, químicas ou elétricas; • Espessura da queimadura maior que 10% da superfície corporal. - A gravidade da queimadura depende das propriedades doa agente acusador e do tempo de exposição. - Queimaduras por escaldo —> ocorre por algum líquido quente, sendo a primeira causa de queimadura na infância. - Tratamento inicial: • A prioridade é parar o processo de queima e colocar água corrente em temperatura ambiente!! • Em casos de queimaduras por agentes químicos é necessária a imediata diluição com água. • Queimaduras de primeiro e segundo grau menores que a palma da mão podem ser tratadas em casa. • Principalmente nos casos de queimadura por inalação, a manutenção das vias aéreas é de extrema importância (com suporte ventilatório ou estabelecimento de uma via aérea definitiva). - Na dúvida, entube (pacientes confusos, com sinais de lesões inalatórias, com taquipnéia, roquidão…) • Reposição volêmica. - Esquemas de reposição volêmica: • Administrar cristalóide (soro) desde o início; • Esquema de Parkland —> 4 ml’s X peso do paciente X % da área queimada. - Inserir no paciente metade da solução nas primeiras 8 horas. - Respiração: • Monóxido de carbono —> possui 240x mais afinidade com a hemoglobina, podendo levar à morte do paciente que o inala. �3 PBM Catarina Alipio Feridas - Definição: agressão ou lesão causada por um agente a um tecido vivo. - Pele:constituída pela epiderme e derme e tem como objetivo a proteção contra choques mecânicos, contra infeções, contra traumas e o controle da temperatura corpórea. - Classificação da ferida quanto ao agente causal: • Feridas incisas —> por agentes cortantes (bisturi, faca e lâminas), possui predomínio em comprimento e profundidade com bordas regulares e retilíneas. • Feridas corto-contusas —> causada pela força de um agente como machado ou pedra. • Feridas perfurantes —> causada por agentes longos e pontudos como prego e alfinete, e possuem a capacidade de transfixações. • Feridas perfuro-contusas —> causadas principalmente por armas de fogo, podendo possuir somente um orifício de entrada ou um orifício de entrada e um de saída. • Feridas lácero-contusas —> causadas por compressão e/ou tração de uma região, com características como bordas irregulares e vários ângulos, tendo como principal exemplo a mordida de cachorro. • Feridas perfuro-incisas —> causadas por instrumentos como gume e punhal, possuindo capacidade de transfixar. • Escoriações —> força que age tangencialmente à pele podendo levar ao seu arrancamento. • Esquimoses —> força que provoca o rompimento de capilares sem extravasamento para outros tecidos e sem perda da continuidade da pele. • Hematomas —> há o rompimento de capilares devido à uma força, ocorrendo seu extravasamento e formando uma cavidade de sangue. - Classificação da ferida quanto ao grau de contaminação: • Feridas limpas —> feitas em ambiente cirúrgico e sem abertura dos sistemas contaminados (digestório, respiratório e genito-urinário). - Risco de infecção: 1 a 5% • Feridas limpas-contaminadas —> feitas em ambiente cirúrgico mas com abertura dos sistemas contaminados. - Risco de infecção: 3 a 11% • Feridas contaminadas —> ocorre o contato com o material contaminado ocasionado uma reação inflamatória, aparecendo 6 horas após o ato. - Risco de infecção: 10 a 17% • Feridas infectadas —> possuem sinais nítidos de infecção (pus). - Cicatrização —> conjunto de fenômenos que se inicia imediatamente após uma ferida através de vários tipos de células que se interagem para o restabelecimento da integridade dos tecidos. • Fases da cicatrização de feridas fechadas (suturadas): a) Fase inflamatória: vasodilatação com aumento da permeabilidade vascular e consequente extravasamento do plasma, além da ação da macrófagos, que fagocitam a inflamação. b) Fase de epitelização: ocorre 24 horas após a ferida, com a queratinização da pele da região. c) Fase celular: presença de fibroblastos e neovascularização. d) Fase de fibroplasia: há a presença de colágeno (ação da colagenase) em forma de uma estrutura densa chamada cicatriz. • Fases da cicatrização de feridas abertas (não suturadas): - Ocorre uma cicatrização com contração e retração do tecido pela ação de miofibroblastos. • Quelóide —> cicatrização exagerada e varia de pessoa pra pessoa. �4 PBM Catarina Alipio • “Intenções" das cicatrizações: - Primeira intenção —> cicatriz cirúrgica com aproximação das bordas do ferimento (sutura). - Segunda intenção —> ferida não suturada devido ao fato de estar muito infeccionada. - Terceira intenção —> quando não houver mais infecção (tecido desvitalizado) é feita a sutura. • Fatores que interferem no processo de cicatrização —> idade, estado nutricional, estado imunológico, oxigenação tecidual, diabetes, drogas, etc. - Curativos —> todo material colocado sobre uma ferida com o intuito de facilitar a cicatrização. • Objetivos: - Evitar contaminação; - Facilitar a cicatrização; - Reduzir infecções - Absorver secreções; - Promover conforto; - Facilitar a drenagem; Suporte básico de vida (RCP) - Qualquer pessoa em qualquer lugar pode iniciar uma reiniciação cardíaca, tudo o que é necessário são apenas duas mãos. - O suporte básico de vida permite que o paciente seja mantido até chegar o suporte avançado. - Parada cardiorrespiratória —> cessação súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular útil, da respiração e da consciência em indivíduos sem doença irreversível .(nos portadores de doença grave terminal a parada cardiorrespiratória nada mais é que uma evolução da doença). - Diagnóstico de parada cardiorrespiratória —> compreende a avaliação de 3 parâmetros • Responsividade do paciente; • Respiração; • Pulso nas grandes artérias (carótida e femoral). - Diagnóstico eletrocardiográfico —> importante para adequar o tratamento. • Ritmos chocáveis: - Fibrilação ventricular: coração apresenta atividade elétrica e mecânica, porém de forma caótica não obtendo fluxos. - Taquicardia ventricular sem pulso: leva à uma fibrilação ventricular. • Ritmos não chocáveis: - Assitolia: ausência de atividade elétrica e mecânica. - Atividade elétrica sem pulso: coração não possui atividade mecânica mas possui atividade elétrica. - Fases da fibrilação ventricular: • Fase elétrica —> desfibrilação é fundamental nessa fase. • Fase circulatória —> o ATP do miocárdio já foi esgotado, portanto são necessárias compressões torácicas para restaurar uma perfusão coronariana. - Adrenalina?? Auxilia no aumento da pressão de perfusão coronariana. • Fase metabólica —> as lesões ao miocárdio já podem ser irreversíveis. - Principais modificações relacionadas a todos os socorristas: • Alteração do ABC para o CAB; • Ventilação com 1 segundo de duração que promova elevação do tórax; • Verificar ritmo a cada 2 minutos. - Ressuscitação cardiorrespiratória (PCR) —> DR’S CAB • DR’S: danger (perigo), response (responsividade) e shout for help (chamar por ajuda). • CAB: circulation (compressões cardíacas), airway (abrir via aérea) e breathe (ventilação). �5 PBM Catarina Alipio - Avalie a segurança da cena (em caso de PCR extra- hospitalar) - Determina a responsividade da vítima; - Chame por socorro (192 SAMU e 193 bombeiros); - Verificar o pulso; - 30 movimentos de compressões torácicas (C); - Verificação das vias aéreas (A); - 2 ventilações boca a boca (B); - Iniciar sequência 30:2: 30 compressões torácicas (C) e 2 ventilações boca a boca (B) - Verificar pulso a cada 2 minutos. • Técnicas da RCP: - Compressões torácicas —> devem ser feitas na linha intermamilar, com 5 a 6 cm de profundidade mantendo os braços esticados. • Freqüência: 100 a 120 compressões por minuto; • Compressão forte, rápida e sem parar; • Permitir retorno do tórax a posição normal após cada compressão. - Verificação das vias aéreas —>verificar a presença de corpos estranhos, pelo Chin Lift (levantamento do queixo para profissionais e leigos) ou Jaw Thrust (levantamento do ângulo da mandíbula para reanimadores profissionais e quando houver suspeita de trauma cervical). - Respiração —> boca a boca, boca a nariz ou boca a estoma. • Sequência compressões/ventilações: - RCP no adulto —> 30:2 com revezamento a cada 2 minutos ou 5 ciclos na presença de 2 socorristas; - RCP em crianças e lactentes —> presença de 1 socorrista (30:2), com 2 socorristas (15:2). - Desfibrilação —> aplicação de uma corrente elétrica contínua no paciente que procura um ritmo chocável através de um desfibrilador (DEA). • Monofásico: 360 joules; • Bifásico: 120 a 200 joules. Abordagem das vias aéreas superiores - A manutenção de uma via aérea pérvea e a oxigenação adequada dos tecidos são as primeiras preocupações nas emergências médicas. - Atendimento ao trauma (ABCDE): (A) —> Airways (vias aéreas). - Obstrução das vias aéreas: quando um indivíduo para repentinamente de respirar, torna-se cianótico e perde a consciência sem causa aparente. • A obstrução completa impede a fala, a respiração e a tosse. - Etiologias mais comuns: I. Adultos: pedaços grandes de comida; II. Crianças: corpos estranhos; III. Bebês: leite; IV. Inconscientes: língua relaxada. - Manutenção das vias aéreas deve ocorrer em no mínimo 4 minutos para o indivíduo não morrer. - Procedimentos simples de manutenção das vias aéreas: • Inspecção dacavidade oral e da faringe —> a mão direita é usada para abrir a boca e a esquerda para inspeccionar a cavidade. • Hiperextensão da cabeça e levantamento do queixo —> na suspeita de traumatismo cervical deve-se fazer a elevação da mandíbula. �6 Leigos —> não ventilam e não checam pulso. Só fazem compressões torácicas (C). PBM Catarina Alipio • Manobra de Helmilich —> a partir de movimentos em “J" que se iniciam da região entre o umbigo e o processo xifóide deve-se aumentar a pressão intratorácica para expulsar o agente causador da obstrução (obs: em RN é feito por “tapinhas” nas costas). - Na ausência de ajuda, o engasgado deve-se apoiar em um superfície dura, colocar o punho sobre o mesmo local e realizar a manobra (já existem instrumentos como o Heimilich Helper). - Em casos de obesos e gestantes não se deve realizar a manobra, somente compressões torácicas. - Procedimentos complexos de manutenção das vias aéreas —> entubação endo-traqueal. • Método pelo qual se introduz um tubo até a traqueia (carina) comunicando-a com o meio externo através da boca (oro-traqueal) ou nariz (naso-traqueal). • Indicações para entubação: parada respiratória e/ou cardíaca, ineficiência de ventilação, presença ou ameaça de obstrução, etc. • Material utilizado: - Máscaras faciais —> possui forma piramidal e deve ser colocada na posição “C/E”. - AMBU —> permite o unidirecionamento do ar, ventila o indivíduo enviando o ar rico em oxigeno diretamente para o pulmão do paciente. - Cânula oral (de Guedel) —> mantém a língua longe da orofaringe para o paciente não se engasgar com ela. É medida da abertura bucal até o ângulo da mandíbula. - Laringoscópio —> tem o objetivo de abrir a via aérea, empurrando a língua para a esquerda. É introduzido até encostar na valécula epiglótica. - Tubos endotraqueais —> usados para facilitar a ventilação do paciente. Possui um cuff que deve ser insuflado com 20ml de ar para evitar a broncoaspiração, vedando os brônquios. - Máscara laríngea —> dispositivo desenvolvido para o manuseio supraglótico das vias aéreas, dispensando o uso de laringoscópio. • Técnica de entubação: - Ventilação do paciente com a máscara facial + cânula de Guedel + AMBU (de 12 a 20 ventilações); - Introduzir o laringoscópio da direita para a esquerda com a cabeça hiperextendida; - Introduzir o tubo endotraqueal e inflar o cuff; - Checar o posicionamento do tubo —> pela ausência de ruídos epigástricos, checar base direita e esquerda e ápice direito e esquerdo (elevação simétrica do tórax). - Fixar o tubo. - Via aérea definitiva —> consiste na entubação endo-traqueal ou nas vias cirúrgicas como a traqueostomia (perfura a traquéia do segundo ao quarto anel traqueal) ou a cricotireoidostomia (perfura a membrana cricotireoiedea da laringe). Atendimento inicial ao politraumatizado - Atendimento pré-hospitalar —> a equipe deve averiguar a segurança do local, o mecanismo de trauma e a gravidade e o número de vítimas. • Suspeitar de traumatismos graves em casos de: - Quedas maiores que 6 metros; - Colisões a mais de 32 km/hora; - Expulsão da vítima do veículo; - Morte de algum ocupante do veiculo; - Danos graves ao veículo. �7 Entubação seletiva —> pode ocorrer mais comumente do tubo ir pro brônquio principal direito, por conta desse ser PBM Catarina Alipio • No exame primário pré-hospitalar deve-se avaliar se existe uma situação crítica ou não: - EXISTE —> procedimento críticos (desobstrução das vias aéreas, contenção de grandes hemorragias, oclusão de ferimentos aspirativos do tórax e ventilação pulmonar) - NÃO EXISTE —> transporte do paciente para o pronto-socorro. - Se nos procedimentos críticos a vítima continua instável deve-se fazer o exame secundário durante seu transporte ao PS, mas caso ela esteja estável, o exame secundário pode ser na própria cena do trauma. • No exame secundário pré-hospitalar deve-se avaliar… - Sinais vitais; - SAMPRE (sintomas, alergias, medicamentos, passados, refeições e eventos); - Nível de consciência pelo AVDI —> se o paciente está Alerta, se o paciente responde à estímulos Verbais, se o paciente responde à estímulos de Dor e se o paciente está Irresponsivo. • Importante !! Todos os esforços devem ser feitos para minimizar o tempo na cena na chamada “golden hour”. - Triagem —> ocorre em 2 aspectos. • Primeiro aspecto: quando o número de vítimas não excede a capacidade de cuidados disponíveis, os pacientes com lesões grave são cuidados primeiros; • Segundo aspecto: quando o número de vítimas excede a capacidade de cuidados disponíveis, as vítimas com maior chance de sobrevivência são tratadas primeiro. - Obs: crianças são colocadas como prioridade. - Doença com distribuição trimoidial: • Primeiro pico —> morte de segundos à minutos. • Segundo pico —> morte em minutos até várias horas. • Terceiro pico —> morte após vários dias ou semanas. - ATLS (Suporte Avançado de Vida ao Trauma) —> ocorre pelo ABCDE. (A) Airways —> manutenção das vias aéreas, mantendo-as pérveas, e controle da coluna cervical, com a colocação do colar cervical e da fixação lateral sempre (todo politraumatizado apresenta lesão cervical até que prove-se o contrário). (B) Breathing —> respiração e ventilação, restaurando a função adequada dos pulmões e cuidar de pneumotórax hipertensivo. (C) Circulation —> circulação e controle da hemorragia (toda hipotensão de um politraumatizado deve ser considerada hipovolêmica até que se prove o contrário necessitando de reposição com cristalóide ou sangue tipo O-). (D) Disability —> status neurológico, pela avaliação neurológica rápida (AVDI) e pela escala de Glasgow. - Escala de Glasgow: tem o objetivo de registrar o nível de consciência de uma pessoa. �8 - Abertura dos olhos: • Espontânea —> 4 • Ao comando verbal —> 3 • À dor —> 2 • Nenhuma —> 1 - Melhor resposta motora: • Obedece ao comando verbal —> 6 • Obedece ao comando da dor … - Localiza —> 5 - Puxa —> 4 - Flexão de decorticação —> 3 - Resposta extensora —> 2 - Nenhuma —> 1 - Melhor resposta verbal: • Orientada —> 5 • Conversação confusa —> 4 • Palavras desconexas —> 3 • Sons incompreensíveis —> 2 • Nenhuma —>1 PBM Catarina Alipio (E) Exposure —> exposição, com retirada completa garoupa da vítima para avaliação detalhada dos ferimentos, além dos cuidados com hipertermia. - Tratamento efetivo deve seguir as seguintes vias de procedimentos: • ABCDE; • Monitoramento completo; • Exame físico; • Raio X; • Cirurgia. Conceitos básicos de traumatologia - A traumatologia tem por objetivo estudar as lesões provocadas por traumatismo no sistema muscular-esquelético. - Contusão —> lesão produzida por golpe ou impacto, sem causar dilaceração ou ruptura da pele (“mancha roxa”). • Grau 1: de baixa energia com rápida resolução e não causa impotência funcional. • Grau 2: de energia moderada podendo causar impotência funcional. • Exame fisico: é encontrado edema, hematoma e dor à palpação. • Diagnóstico: exame físico e exames complementares (radiografia). • Tratamento: crioterapia (gelo) 2x ao dia de 10 a 12 min, AINE (anti-inflamatório não esteróide)-cox2, analgésico e imobilização. • Exemplo: lesão do raio da bicicleta (comum em crianças). - Entorses —> ocorre em região articular e evolui para um estiramento ligamentar. • Grau 1: entorse leve com ruptura microscópica da estrutura ligamentar sem perda de sua integridade. • Grau 2: entorse moderado com ruptura parcial das fibras ligamentares ainda intactas. • Grau 3: entorse severo com ruptura total da estrutura ligamentar. • Exame físico: - Grau 1 e grau 2: edema leve e moderado, hematoma, pode ou não apresentar impotência funcional e dor à palpação. - Grau 3: edema intenso, dor à palpação, sendo mais comum entorse de tornozelo e derrame articular (acúmulo de líquido na articulação). - Teste da gaveta —> testa o lamento cruzado anterior e posterior para verificar sua integridade (nesse casodo joelho). • Diagnóstico: exame físico, radiografia (em estresse se necessário), ultrassonografia e ressonância magnética. • Tratamento: grau 1 e grau 2 (crioterapia, AINE e imobilização) e grau 3 (tratamento cirúrgico). - Luxação —> desencaixe de uma articulação, causando ruptura completa dos ligamentos e da cápsula articular). • Exame físico: apresenta edema, deformidade, dor intensa e incapacidade funcional, alem de lesão vásculo-nervosa associada à luxação. • Diagnóstico: exame físico, radiografias (para visualizar se há alguma fratura associada), ultrassonografia, ressonância magnética. • Tratamento: é uma urgência e realiza-se a redução (recolocação da estrutura em seu local de origem) sob anestesia, imobilização e caso necessário, tratamento cirúrgico. - Fraturas —> ocorre quando o osso perde sua integridade estrutural. • Tipos de fraturas: - Fechadas: quando a pele ainda está integra; - Abertas (expostas): quando há lesão de tecidos moles e ocorre a exposição da fratura para o meio exterior. �9 PBM Catarina Alipio - Cominutivas: apresenta mais do que 2 fragmentos ósseos. • Classificação das fraturas: - Patológicas —> ocorre em uma área enfraquecida por uma doença pré-existente (osteoporose, tumores…) - Por esforço (estresse) —> por carregamento repetido ocorre fadiga do osso. Ocorrem em atletas: no úmero, em esportes de arremesso, na coluna em ginástica olímpica, nas costelas em canoagem e me membros inferiores em esportes de corrida. • Diagnóstico das fraturas por estresse: exame físico, paciente reclama de dor aguda, paciente sem história de trauma, edema local e piora com atividades físicas. • Fraturas em geral —> podem ocorrer em qualquer esporte, possui perda funcional, dor espontânea à palpação, deformidade e pode ocorrer lesão vãsculo-nervosa. - Diagnóstico: exame físico, radiografia que abrange uma articulação acima e um abaixo da lesão, tomografia e ressonância magnética. - Tratamento: depende do grau de comprometimento das partes moles… • Conservador (talas, gestos, trações); • Incruentos: realiza-se a redução sem abrir a pele —> 1) aplicar tração longitudinal do membro, 2) inverter o osso do mecanismo que produziu a fratura, 3) alinhar o fragmento proximal com o distal. • Cruentos: cirúrgicos com placas, parafusos e fixadores. - Indicado para politraumatizados, fraturas expostas, fraturas articulares, falha no tratamento conservador. • Imobilizações: fixador externo, gesso, gesso sintético para alívio da dor, para evitar lesão adicional das partes moles e evitar que uma fratura fechada se torne exposta. Medicamentos - Definição: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática (preventiva), curativa, paliativa (alívio momentâneo) ou para fins de diagnóstico. • É qualquer agente químico que no nosso organismo produz efeitos benéficos. - Formas farmacêuticas: • Comprimidos —> medicamento em pó sob compressão de forma circular. • Drágeas —> grânulos com medicamentos envolvidos por uma camada de açúcar polidos e coloridos. • Pílula —> pequenas drágeas. • Cápsulas —> medicamento em pó ou grânulo envolvido por uma camada gelatinosa que dissolve no intestino. • Supositório —> possui forma alongada e base feita de glicerina ou gelatina. • Xarope —> medicamento + açúcar + água. • Elixir —> medicamento + açúcar + álcool. • Emulsão —> combinação de dois líquidos que não se misturam, devendo ser agitada antes de usar. - Farmacodinâmica: estuda o efeito do organismo sobre os medicamento. • Fases: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. - Classes dos medicamentos: • Antibióticos: exercem ação antimicrobiana. • Anticonvulsivantes: evitam convulsões (usados em epilépticos). • Analgésicos e antitérmicos: usados para suprimir a febre e a dor). • Corticóides: para reações alérgicas, reumatismo e inflamações. • Antiarrítimicos: usados para tratar arritmias cardíacas. �10 PBM Catarina Alipio • Diuréticos: aumentam a produção de urina. • Antieméticos: usados para diminuir náuseas e vômitos. • Coagulantes: usados para corrigir defeitos de coagulação. • Anticoagulantes: usados para tornar o sangue menos coagulável, limitando ou prevenindo a trombose. • Anti-hipertensivos: tratamento da hipertensão. • Anti-neoplásicos. - Cuidados gerais no preparo e administração de medicamentos : • Todo medicamento deve ser prescrito por médico. • Podem ser administrados por técnicos de enfermagem e enfermeiros. - Os nove certos da medicação: 1. Paciente certo: conferir nove sobrenome do cliente solicitando que o mesmo afirme. 2. Medicamento certo: certificar-se na prescrição o medicamento comparando com seu rótulo. 3. Dose certa: verificar a dose na prescrição comparando com a medicação preparada. 4. Via certa: verificar a via de acordo com a prescrição. 5. Hora certa: aplicar a medicação no horário previsto. 6. Tempo certo: respeitar o tempo previsto na prescrição. 7. Validade certa: sempre conferir a validade antes de administrar a medicação. 8. Abordagem certa: deve-se esclarecer ao paciente qualquer dúvida existente referente ao medicamento. 9. Registro certo: registrar no prontuário do paciente a administração da medicação. - É necessário fazer a leitura da medicação em 3 momentos : primeiro antes de retirar o fraco ou a ampola do armário de medicamentos, segundo antes de aspirar o medicamento, e terceiro antes de recolocar no armário ou descartar. - Cuidados no preparo da medicação: • Lavar as mãos; • Conferir a identificação; • Cuidados com letras legíveis; • Cuidado com os medicamentos sem rótulo. - Cuidados na administração de medicamentos prescritos no prontuário médico: • Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas. • Não permitir que familiares preparem os medicamentos. • Anotar e notificar anormalidades na administração. • Em geral, a prescrição médica é válida por 24 hrs. • Nunca ultrapassar a dose descrita. - Vias de administração de medicamento: • Via oral (absorção intestinal ou sublingual); • Via parenteral: intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa, intraóssea; • Via inalatória; • Via ocular; • Via intranasal; • Via dérmica; • Via retal; • Via vaginal; - Via oral —> absorvidos no trato intestinal, atingindo assim a circulação sistêmica. • Vantagens: facilidade de administrar e menos dispendiosa. • Contra-indicação: pacientes com náuseas e vômitos, diarreia ou com dificuldade de engolir. - Via parenteral —> utiliza-se de agulhas, seringas, e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas. • Devem ser usadas agulhas de comprimento e calibre adequado, seringas de 1 a 20ml e as técnicas apropriadas de administração. �11 PBM Catarina Alipio - Via intradérmica —> via restrita para a administração de pequenos volumes (0,1 a 0,5 ml). • Usadas para reações de hipersensibilidade: provas de ppd (tuberculose), sensibilidade de algumas alergias, fazer dessensibilização e auto-vacinas e aplicação de BCG (vacina contra tuberculose na inserção inferior do músculo deltóide. • Local mais apropriado —> face anterior do antebraço (pobre em pelos, pigmentação vascularização, além do fácil acesso para leitura). Deve-se perfurar delicadamente a epiderme em um ângulo de no máximo 15 graus. - Via subcutânea —> a medicação é introduzida na hipoderme (tela subcutânea). • Possui absorção lenta através de capilares de forma contínua e segura. • Usada para a administração de vacinas (anti-rábica a anti-sarampo), anticoagulantes e insulina. • O seu volume não deve exceder 3 ml. • Local de aplicação —> recomenda-se na parede abdominal, faces ântero-lateral da coxa e face externa do braço - Menor inervação local, acesso facilitado e maior capacidade de distensão do tecido. • Angulação da agulha —> 90 graus em pacientes gordos e 45 em pacientes magros. • Caso a medicação seja de uso repetido, é necessário revezar os locais de aplicação. • Complicações das injeçõessubcutâneas: - Infecções ou abcessos; - Formação de tecido fibrótico; - Lesão de nervos; - Úlcera ou necrose de tecidos; - Formação de nódulos devido à repetição do local de aplicação (fenômeno de Arthus). - Via intramuscular —> via muito utilizada devido à rápida absorção. • O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido, ter fácil acesso, não possuir muitos vasos e nervos em seu trajeto. • Volume injetado depende da estrutura muscular: - Deltóide: 2 a 3 ml. - Coxa: 3 a 4 ml. - Glútea: 4 a 5 ml. • Região deltóide: muito usada devido ao fácil acesso, localizada 5 cm (ou 4 dedos) após o final do ombro (acrômio). - Contra-indicações —> crianças até 10 anos, volumes maiores que 3 ml, pacientes co paresias do braço. • Região glútea: localizada no músculo glúteo máximo no quadrante superior externo, uma vez que esse músculo é dividido por uma linha horizontal (no início da prega glútea) e uma vertical (passa no mio da nádega escolhida). - Posição de aplicação —> decúbito ventral, decúbito lateral ou posição ortostática. - Contra-indicações —> crianças menores de 2 anos, pacientes com atrofia muscular glútea, com paresia ou com lesões vasculares dos membros inferiores (ex: varizes). - Complicações —> evitar o nervo isquiático no quadrante inferior interno. • Região ântero-lateral da coxa: no músculo vasto-lateral (quadríceps femural) - Possui facilidade de aplicação mas deve-se tomar cuidado com o nervo fêmuro-cutâneo. - Via endovenosa —> introdução do medicamento diretamente na veia. É feita preferencialmente nos membros superiores, evitando as articulações. • Melhor local —> face anterior do antebraço esquerdo. • Indicado para… necessidade de ação imediata do medicamento, necessidade de injetar grandes volumes (hidratação), introdução de substâncias irritantes aos tecidos e para coleta de sangue para exames. • Tipos de medicamentos injetados nessa via: - Soluções solúveis no sangue (líquidos hiper, iso e hipotônicos); - Medicamentos não oleosos (evita embolia); �12 PBM Catarina Alipio • Veias utilizadas para injeção: - Região cefálica (usada em RN e lactentes). - Veia subclávia —> usada em pacientes em UTI para infusão de medicamentos e alimentos. - Região cervical (pacientes com dificuldade de acesso venoso ou em UTI) —> veias jugulares. - Nos membros superiores —> veia cefálica, veia basílica e veia intermediária do cotovelo. - No dorso da mão —> veias metacarpais dorsais. - Nos membros inferiores —> veia safena magna, veia tibial anterior e no pé a rede dorsal do pé. • Técnica de punção venosa (injeção única): 1. Lave as mãos, explique o procedimento ao paciente coloque luvas não estéreis; 2. Coloque o garrote acima do local que será feita a injeção e faça a anti-sepsia; 3. Estique a pele para facilitar a punção e injete a agulha; 4. Aspire (cheque se vem sangue) e solte o garrote; 5. Verifique se agulha está inserida corretamente (sem formação de hematoma); 6. Injete o medicamento lentamente, retire a agulha e comprima o local. - O que é um medicamento genérico? é uma cópia do medicamento de referência ou de marca que tem o mesmo princípio ativo (substância), a mesma dose e a mesma forma farmacêutica. • Não possui nome comercial, sendo apenas identificado pela substância. • É administrado pela mesma via e tem as mesmas indicações que o de referência. • Deve ser aprovado pela ANVISA. • Por que os medicamentos genéricos são mais baratos? Pois não é preciso investir tempo e recursos financeiros, além de divulgação, gerando uma economia de 40% na produção. • Todo medicamento genérico está indicado na sua embalagem um “G”. • Testes que garantem os medicamentos genéricos —> são realizados em laboratórios da ANVISA onde é feito o teste de equivalência (se possui o mesmo princípio ativo), o teste de biodisponibilidade (verifica a dose e a velocidade de absorção) e o teste de bioequivalência (verifica se os dois possuem a mesma biodisponibilidade). - O que é um medicamento de referência? é um medicamento inovador, sendo o primeiro a ser lançado no mercado, e tem sua eficácia e segurança aprovada pelo Ministério da Saúde. • Possui um nome comercial e geralmente são os mais receitados pelos médicos. • São lançados após muito investimento em recursos científicos e tempo. • É permitido que a farmácia substitua um medicamento de referência por um genérico. - O que é um medicamento similar? é um medicamento como o genérico que possui o mesmo princípio ativo do medicamento de referência, porém não são submetidos aos testes de qualidade e aprovação da ANVISA. Fios de sutura, agulhas cirúrgicas e fechamento da pele - Fios cirúrgicos (suturas) —> é todo material utilizado para unir tecidos e mantê-los juntos em sua posição normal até que alcancem sua cicatrização. • Características gerais dos fios de sutura: - Alta resistência à ruptura; - Estéril (pronto para o uso); - Ótima aceitação pelos tecidos; - Flexível para facilitar o manuseio; - Qualidade consistente e uniforme; - Se absorvível, possui taxas de absorção seguras; - Se não absorvível, deve ser encapsulado sem complicações pós-operatórias. �13 PBM Catarina Alipio • Diâmetro dos fios varia de 6 (mais grosso) até 11- 0 (mais fino). • Classificação das suturas: - De acordo com a origem —> natural (inclui origem animal) ou sintética; - De acordo com a quantidade de filamentos —> monofilamentar ou multifilamentar; - De acordo com o tempo de absorção —> absorvíveis (depois de algum tempo após a sutura são absorvidos pelo organismo) ou não absorvíveis (ficam permanentemente no organismo). - De acordo com a presença ou não de agulhas —> agulhados ou não agulhados. • Força tênsil x Tempo de absorção: - Força tênsil —> capacidade que o fio deve ter para manter os tecidos unidos até a cicatrização dos mesmos. - Tempo de absorção —> tempo que o fio leva para ser absorvido totalmente, após ter cumprido sua função (força tênsil). • Tempo de cicatrização dos tecidos: - Pele: 5 a 7 dias; - Mucosa: 5 a 7 dias; - Subcutâneo: 7 a 14; - Peritônio: 7 a 14 dias; - Fáscia: 14 a 28 dias; - osso: 8 a 12 semanas. - Fios absorvíveis: • Origem animal: - Catgut simples —> multifilamentar com 70 dias para absorção; - Catgut cromado —> multificamentar com 90 dias para absorção. • Origem sintética: - Vicryl /vicryl Plus —>multifilamentar trançado com 56 a 70 dias para absorção; - Vicryl rapid —> multifilamentar trançado com 42 dias para absorção; - Monocryl/ monocryl plus —> monofilamentar com 90 a 120 dias de absorção; - Caprofyl —>monofilamentar com 90 a 120 dias de absorção; - PDS / PDS plus —> monofilamentar com 180 a 240 dias para absorção. - Fios inabsorvíveis: • Origem natural: - Seda —> multifilamentar torcido ou trançado; - Linho; - Polycot —> multifilamentar torcido; - Aciflex —> monofilamentar de origem mineral; • Origem sintética: - Prolene —> monofilamentar; - Mononylon —> monofilamentar; - Mersilene —> multifilamentar trançado; - Ethibond —> multifilamentar trançado. - Suturas antibacterianas (PLUS) —> têm o objetivo de minimizar os riscos de infecções bactericidas e/ou bacteriostática por pelo menos 96 horas. • Possuem na sua composição o Ircagare MP (forma mais pura do Triclosan) - Triclosan —> compatível com o Vicryl, Monocryl e PSD, não alterando suas propriedades de sutura, sendo efetivo como agente antibacteriano. • É seguro, não tóxico, biocompatíveil, não irritante e é rapidamente absorvido. - Agulhas cirúrgicas —> tem como objetivo de transfixar os tecidos, sendo guias para os fios de sutura. • Geralmente são feitas de aço inoxidável; • É dividida em: - Ponta —> parte da agulha que facilita a penetração no tecido, causando o mínimo de trauma possível; - Corpo —> é a porção central da agulha que possibilita a fixação do porta-agulha; - Fundo —> é o ponto de união da agulha e do fio de sutura. �14 PBM Catarina Alipio • As agulhas são classificadas em: - Atraumáticas—> sua geometria possibilita um mínimo de trauma no momento de sua penetração; - Traumáticas —> são agulhas cortantes que tem como objetivo transpassar os tecidos. • Anatomia das agulhas: • Ponta das agulhas: - Não suturas —> dermabond: adesivo para selar incisões, sendo uso exclusivo para a pele e possui a mesma força tênsil do nylon 4-0 durante 7 dias. • Benefícios: - Fácil aplicação; - Barreira antibacteriana; - Resultados estéticos excelentes; - Dispensa curativos (custos reduzidos). �15
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