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Sutura e Manejo de Feridas Traumáticas

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Bruna França - Medicina 
Toda ferida cortante ou cortocontusa é resultante de 
um trauma, logo, todo trauma deve ser sistematizado, 
de acordo com o ATLS. 
Deve realizar avaliação da dimensão do trauma antes 
da sutura. 
A sutura deve facilitar o processo de cicatrização, 
interferindo no tempo, 
Avaliação adequada da ferida 
Extensão da ferida: sutura com anestésico local caso 
seja pequena, caso extensão seja grande pode alterar 
o fio e a anestesia considerando a dose máxima de 
anestésico local. 
Profundidade da ferida: feridas pouco profundas, 
geralmente, não precisam suturar, quando feridas 
mais profundas verificar se atingiu tendão muscular, 
osso ou arcabouço venoso. 
Formato da ferida: caso seja linear, técnica de sutura 
mais simples, quando irregular, deve ter cuidado com 
a estética, exigindo uma técnica mais detalhada e 
quando ocorre perda de tecido, deve ter cuidado com 
a tensão, pois pode vir a causar dor ou síndrome 
compartimental e pode vir a ser preferencial não 
suturar. 
Sangramento ativo ou não (venoso ou arterial): 
primeiramente, deve controlar o sangramento para 
suturar, sendo, o primeiro passo, comprimir por cinco 
minutos. 
Grau de sujidade da ferida: avaliar se ferida é limpa 
ou suja pode interferir diretamente na assepsia, 
anestesia e terapêutica. 
Avaliação de tendão: movimentação ativa do 
membro afetado, avaliar déficit de força, mobilidade 
ou sensibilidade. 
Local da ferida: na região palmar ou plantar, deve 
exercer nível de tração maior, em região de couro 
cabeludo, uma tricotomia, em região de face, um fio 
que torne o resultado mais estético, em região de 
mucosas, muda o tipo de fio. 
Introdução à anestesia local 
Material: 
1. Seringa de 10/20 
2. Agulha de aspiração (rosa) 
3. Agulha marrom ou preta para injeção 
4. Anestésico 
Tipos de anestésicos: 
Geralmente, apresentações de 20mL ou 5mL 
Verificar a concentração do anestésico para 
avaliação da dose máxima. 
1. Lidocaína sem vasoconstritor: 
extremidades do corpo 
2. Lidocaína com vasoconstritor (epinefrina): 
auxilia no controle de um sangramento 
local (homeostasia) e maior dose. 
Anestesia local não é ilimitada em virtude de 
doses altas/kg/peso podem levar o paciente a 
convulsões, arritmias, paresias, bloqueio 
neuromuscular, depressão respiratória, coma 
e óbito. 
Doses máximas: 
Lidocaína com vasoconstritor: 7mg/kg/peso 
Lidocaína sem vasoconstritor: 4,5mg/kg/peso 
Atenção: crianças e pacientes com cortes 
extensos ou múltiplas feridas, extremidades, 
porcentagem. 
Fios de sutura 
Usa, basicamente, dois tipos de fios no pronto 
socorro. 
Utiliza-se, principalmente, o fio de nylon (não 
absorvível) e também o catgut para fazer sutura 
de mucosas ou subcutâneas por ser absorvível. 
Outros tipos: Prolene (hérnias, aponeuroses, 
alças intestinais), catgut não agulhado (utilizado 
para nós) e algodão (utilizado para nós). 
Número: X-0 corresponde ao diâmetro do fio, 
quanto menor o número, mais grosso é o fio e 
Bruna França - Medicina 
quanto maior o número, mais fino é o fio. Entre 3 
e 5 no pronto socorro, abaixo desse valor tem o 
comprimento do fio, abaixo uma fração que 
explicita a curvatura da agulha e do lado ou 
abaixo, o diâmetro da agulha. Ex. Corte no braço, 
nylon 3-0; corte no rosto, nylon 5-0. 
Técnica 
Para realizar uma sutura se necessita de um 
porta agulha, uma pinça e uma tesoura, além de 
um fio. 
Porta agulha: ponta do quarto dedo e dedão nos 
buracos, terceiro dedo de base e segundo dedo 
sob superfície. 
Pinça: segurar no meio da pinça, local da cerrilha 
como se estivesse segurando a caneta. 
Tesoura: sempre corta com a palma da mão para 
baixo e segura do mesmo jeito do porta agulha. 
Pegar a agulha no 2/3 final da agulha para maior 
firmeza e espaço e próximo a extremidade do 
porta-agulha, travar a cremalheira. 
Antes de iniciar o procedimento, deixa a agulha 
escondida, dobrada para evitar possíveis cortes. 
Ponto simples 
De uma extremidade a outra e realiza um nó. 
Idealmente, entra com a agulha 90º em relação a 
pele, entre 0,5 cm – 5mm distante da ferida. 
Girando a munheca para não estragar o tecido. 
Posiciona o porta agulha entre a ferida, de dentro 
p fora, gira duas vezes, pega extremidade e puxa 
na direção oposta. O primeiro nó não é nem 
tenso nem fraco, para aproximação, sendo o 
segundo, mais tracionado. 
Em feridas mais curtas, distâncias menores, em 
distâncias maiores, distâncias maiores entre os 
pontos – depende do tamanho da ferida em 
questão de largura. 
Microhabilidades da sutura 
 Guardar a tesoura na mão entre mindinho 
e a mão. 
 Evitar colocar a mão na agulha 
1. Agulha 90 graus, 0,5mm 
2. Pinça exponhe o tecido 
3. Empurrar o final da agulha fazendo o trilho 
no tecido ou trilho por cima com a pinça. 
 
 Primeiro nó: aproximação 
 Segundo nó: ancoragem 
 Terceiro nó: fixação 
Para qualquer tipo de ferida traumática, você 
pode usar ponto simples, embora a ferida possa 
estar sangrando ativamente e é preferível, o uso 
de pontos hemostáticos que possibilitam eversão 
das bordas e melhor efeito hemostático. 
1. Donatt (longe-longe) 
2. Backrenge (perto-perto): fechou a 
cremadeira, solta o dedão . 
3. Ponto X 
4. Amarrar uma boca/amarrar o vaso (com 
Kelly) – vasos maiores para garantir 
homeostasia segura 
Ponto em U 
Fixar estruturas a pele como drenos, sondas, 
canos, etc. 
Fazer o formato de um quadrado, envolvendo a 
estrutura de um lado com o outro (movimento 
beckrenger – dois movimentos ou rodar o fio 
girando o porta agulha na mão), seguida de 
amarrar um nó. Ao tracionar a estrutura, ela fica 
presa à pele para fixação. 
Ponto contínuo 
Não é tão utilizado em feridas traumáticas ou 
pronto socorro, utilizado mais em cirurgias para 
aproximação ou aponeurose, suturas intra-
abdominais. 
Faz pontos simples com nós em extremidade e 
em seguida vários pontos simples em sequência 
sem dar o nó. Deixa a roseta para fechar como 
se estivesse fazendo um ponto simples já que 
não há outra extremidade. 
Microhabilidades: cortar a pontinha da primeira 
extremidade e mão esquerda deve preparar o fio 
para a sutura na mão direita (virando o porta 
Bruna França - Medicina 
agulha na mão), a saída deve ser com mão solta 
e seguinte, pegar fio com mão esquerda 
novamente 
Ponto em X 
Utilizado em situações de controle de 
sangramento grosseiro, exemplo, suturas em 
couro cabeludo, hemorroida. 
Na realidade, vários prontos-socorros, um em 
cima do outro finalizando com um nó, na teoria, 
se torna em X ao final. 
Sutura intra-dérmica 
Utilizado em situações de menor risco de 
infecções, evitar em suturas sujas 
Inicia com um ponto simples com nó e a pegada 
é na derme, nunca na pele, sempre se saí por 
dentro, andando de um lado para o outro, ao 
final, saída no ângulo da ferida e ao tracionar o 
fio, há fechamento e o fio fica escondido, sendo 
uma sutura estética. Na revisão, retira um dos 
lados e puxa por ser contínuo

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