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Capacitância: Armazenamento de Cargas Elétricas

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CAPACITÂNCIA 
Amanda Razaboni, Brenda Sepulveda, Lucas Eduardo P. Camillo e Gustavo F. Carvalho. 
Fenômenos Eletromagnéticos Experimental – Turma NA - UNIFESP 
e-mail: amanda.razaboni@unifesp.br 
 
Resumo. Os capacitores são dispositivos eletrônicos cuja função é o armazenamento de cargas 
elétricas, e temos que os mais simples e usuais são os capacitores de placas paralelas. Baseando-
se em um roteiro experimental de capacitância e os conteúdos empregados em aula, buscou-se 
determinar dados quantitativos acerca do experimento pelo simulador Phet comparando-os através 
das equações de capacitância e campo elétrico. O experimento constituiu em uma aproximação dos 
resultados teóricos e da literatura empregada. 
 
Introdução 
O capacitor mais costumeiro é o que possui 
placas paralelas ou placas do capacitor 
(armaduras) aos condutores que o integram, 
sendo totalmente independente das suas formas 
atribuídas. Visualizando as placas do capacitor, 
que são condutoras, elas acabam promovendo 
superfícies equipotenciais, ou seja, em todos os 
pontos o potencial assume valores iguais. A 
capacitância, sendo uma grandeza escalar, tem 
como função medir a quantidade de energia 
armazenada, relacionando carga e ddp, podendo 
ser determinada pelo formato do capacitor, visto 
que a área das placas empregadas no capacitor 
e a distância entre elas promovem a intensidade. 
A distância entre as placas pode haver um 
meio, que chamamos de material dielétrico, que 
pode ser ar até óleo, visto que é uma 
propriedade dos materiais que tem como 
funcionalidade medir o limite de tensão, assim, 
como consequência, mudará a capacitância 
desse dispositivo. 
O campo elétrico de um plano de carga 
contém vetores de mesmo módulo, ou seja, 
possui mesma intensidade em toda a região, 
portanto é totalmente uniforme enquanto a 
capacitância ocorre entre dois condutores 
totalmente carregados com cargas opostas, isto 
é, +q e -q são totalmente isolados entre si e do 
ambiente, e de forma arbitrária, temos assim a 
formação de um capacitor. Ademais, tem como 
função o armazenamento de energia potencial 
voltado para o campo elétrico formado por ele, 
são encontrados em quase todos os circuitos 
elétricos, e tem em sua funcionalidade algo bem 
simples, pois consiste de um meio dielétrico que 
separa duas placas condutoras próximas com 
potência elétricos distintos. 
Quando ocorre a formação de um campo 
elétrico através dos materiais dielétricos, ocorre 
uma pequena separação de cargas em suas 
moléculas, promovendo uma polarização de 
cargas. O funcionamento ocorre de maneira 
costumeira de modo que, quanto maior a rigidez 
dielétrica entre as placas, maior é a quantidade 
de cargas elétricas que podem ser polarizadas, 
isto é, são proporcionais e consequentemente 
com uma quantidade maior de cargas 
armazenadas entre a armadura do capacitor. 
Assim, a partir dos dados da reprodução do 
experimento através do simulador Phet, foram 
analisadas com as equações relacionadas a 
capacitância e carga, como mostrados abaixo: 
 
𝑞 = 𝐶 ∗ 𝛥𝑉 (1) 
 
𝐶 =
Eo∗A
𝑑
 (2) 
 
onde 𝛥V é a variação de potencial, Eo é a 
constante de permissividade do vácuo, com 
calor igual a 8,85 x 10ˉ¹² F/m, A a área das placas 
e d a distância entre as placas do capacitor. 
 E, então, a proposta deste trabalho é obter 
dados experimentais quantitativos do 
experimento, visualizar a eficácia do 
experimento e realizar comparações entre os 
valores teóricos e experimentais empregados 
nesse relatório através do roteiro. 
Materiais e Métodos 
O simulador de capacitância, foi acessado 
com a finalidade de identificar e compreender 
toda a sistemática empregada no 
armazenamento de cargas, onde é possível 
verificar e entender a capacitância, a carga de 
acordo com a voltagem empregada nas placas. 
Podendo identificar a densidade de cargas 
habitada e consequentemente o campo elétrico 
envolvido. 
O procedimento teve início com a abertura 
do simulador de capacitância Phet e foram 
selecionados duas voltagem, sendo 1,0 V e 
mailto:amanda.razaboni@unifesp.br
1,5 V de maneira a intercalar distâncias entre as 
placas e a sua área total dela. 
O experimento inicial foi com o capacitor 
normal e teve a articulação da distância, sendo 
utilizada 10 distâncias no total, com início em 
10 mm e finalizando em 2 mm. Contou com 
uma dualidade de voltagem, sendo empregada 
1,0 V e posteriormente 1,5 V. Vale ressaltar 
que, o capacitor foi carregado com a fonte de 
tensão e, para verificar as medidas a fonte foi 
desconectada. Através de um voltímetro, foi 
possível fazer a medição da voltagem 
empregada quando colocado com as placas. É 
possível visualizar o diagrama esquemático de 
como foi realizado na Figura 1. 
 
 
Figura 1 – Captura de tela do diagrama 
esquemático do capacitor de placas paralelas 
no simulador PhET. 
Fonte: [2]. 
 
 O experimento consiste em aproximar as 
placas mantendo a área da placa constante no 
valor de 100 mm². A medida que foi mudando a 
distância foi analisado os dados da capacitância, 
carga e diferencial de potencial. 
Em seguido foram calculados a capacitância 
e cargas usando as equações 1 e 2, comparando-
o com os resultados obtidos no experimento 
online. 
No experimento a seguir, passamos com a 
mesma metodologia, no entanto, teve o 
acréscimo do dielétrico, afim de calcular a 
densidade de cargas e a o campo elétrico 
emitido pelo experimento, assim mantivemos 
constante a área das placas em 100 mm² e foi 
alternada a distância agora com início em 10mm 
finalizando em 2 mm, com um total de 20 
simulações empregadas, levando em conta as 
voltagens 1,0 V e 1,5 V. 
Os passos foram feitos da mesma maneira, a 
bateria foi desconectada fazendo uma analogia 
no experimento do capacitor convencional 
 
 
Resultados 
Com o início da simulação do experimento 
no PhET, foi possível fazer a coleta dos valores 
de distância entre as placas, da capacitância e da 
carga. Vale ressaltar que foi realizado para 10 
distâncias diferentes e os dados obtidos estão 
demonstrados na Tabela 1 e Tabela 2, separando 
as diferentes entradas de 1,0 V e 1,5 V, 
respectivamente. 
 
Tabela 1 – Valores para tensão de entrada de 
1,0 V. 
Medida Distância 
(mm) 
Capacitância 
(pF) 
Carga 
(pC) 
DDP 
(V) 
1 10 0,09 0,09 1 
2 9 0,1 0,09 0,9 
3 8 0,11 0,09 0,8 
4 7 0,13 0,09 0,7 
5 6 0,15 0,09 0,6 
6 5,8 0,15 0,09 0,58 
7 5,2 0,17 0,09 0,52 
8 4,8 0,18 0,09 0,48 
9 4,2 0,21 0,09 0,42 
10 2 0,44 0,09 0,2 
Fonte: Os Autores. 
Tabela 2 – Valores para tensão de entrada de 
1,5 V. 
Medida Distância 
(mm) 
Capacitância 
(pF) 
Carga 
(pC) 
DDP 
(V) 
1 10 0,09 0,13 1,5 
2 9 0,1 0,13 1,35 
3 8 0,11 0,13 1,2 
4 7 0,13 0,13 1,05 
5 6 0,15 0,13 0,9 
6 5,8 0,15 0,13 0,87 
7 5,2 0,17 0,13 0,78 
8 4,8 0,18 0,13 0,72 
9 4,2 0,21 0,13 0,63 
10 2 0,44 0,13 0,3 
Fonte: Os Autores. 
Com isso, utilizando a ferramenta “Excel”, 
foi plotado um gráfico relacionando a diferença 
de potencial entre as placas do capacitor e a 
distância, apresentado na Figura 2. 
 
Figura 2 - Curvas da relação entre diferença 
de potencial e a distância entre as placas, para 
medições 1,0 V e 1,5 V. 
Fonte: Os Autores. 
 
Utilizando as Equações 1 e 2, foi possível 
calcular o valor da carga do capacitor q. Como 
a fonte estava desligada, foi considerado o valor 
da DDP entre as distâncias para o cálculo. Um 
ponto a se destacar é que a área da placa não 
sofreu variação. Com isso, encontramos as 
cargas demonstradas na Tabela 3 e Tabela 4. 
 
Tabela 3 – Valores da cargas do capacitor q 
para tensão de entrada de 1,0 V. 
Simulações Carga (C) 
1 0,088 
2 0,088 
3 0,092 
4 0,088 
5 0,088 
6 0,088 
7 0,088 
8 0,088 
9 0,088 
10 0,088 
Fonte: Os Autores. 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 4 – Valores da cargas do capacitor q 
para tensão de entrada de 1,5 V. 
Simulações Carga (C) 
1 0,1322 0,132 
3 0,139 
4 0,132 
5 0,132 
6 0,132 
7 0,132 
8 0,132 
9 0,132 
10 0,132 
Fonte: Os Autores. 
Também foi calculada a capacitância para 
cada distância, conforme representado na 
Tabela 5. 
 
Tabela 5 – Valores da capacitância. 
Simulações Capacitância (pF) 
1 0,09 
2 0,1 
3 0,11 
4 0,13 
5 0,15 
6 0,15 
7 0,17 
8 0,18 
9 0,21 
10 0,44 
Fonte: Os Autores. 
Com os valores obtidos, foi possível plotar 
os gráficos de Capacitância versus distância (C 
× d) e Capacitância versus 1/𝛥V (C × 1/𝛥V), 
apresentados na Figura 3 e Figura 4, 
respectivamente. 
 
 
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1 3 5 7 9 11
D
D
P
 (
V
)
Distância (mm)
1,0 V 1,5 V
 
Figura 3 - Curvas da capacitância de acordo 
com a distância entre as placas, independente 
da voltagem. 
Fonte: Os Autores 
 
 
Figura 4 - Curvas da capacitância em 
relação a um sobre a diferença de potencial, 
para medições 1,0 V e 1,5 V. 
Fonte: Os Autores 
 
Com base na segunda simulação realizada, 
dessa vez com um material dielétrico, foram 
extraídos os dados de distância entre as placas, 
da capacitância e da carga. É possível verificá-
los na Tabela 6 (1,0 V) e na Tabela 7 (1,5 V). 
 
Tabela 6 – Valores para tensão de entrada de 
1,0 V (com dielétrico). 
Medida Distância 
(mm) 
Capacitância 
(pF) 
Carga 
(pC) 
1 10 0,089 0,09 
2 9 0,099 0,09 
3 7,9 0,112 0,09 
4 6,9 0,129 0,09 
5 6,7 0,132 0,09 
6 6,5 0,135 0,09 
7 6 0,147 0,09 
8 5,7 0,156 0,09 
9 5,5 0,161 0,09 
10 5 0,177 0,09 
Fonte: Os Autores. 
Tabela 7 – Valores para tensão de entrada de 
1,5 V (com dielétrico). 
Medida Distância 
(mm) 
Capacitância 
(pF) 
Carga 
(pC) 
1 10 0,089 0,089 
2 9 0,099 0,089 
3 7,9 0,112 0,089 
4 6,9 0,129 0,089 
5 6,7 0,132 0,089 
6 6,5 0,135 0,089 
7 6 0,147 0,089 
8 5,7 0,156 0,089 
9 5,5 0,161 0,089 
10 5 0,177 0,089 
Fonte: Os Autores. 
Um ponto interessante que foi verificado 
também, é que a equação 2 pode ser 
demonstrada a partir da Lei de Gauss, conforme 
mostrada abaixo: 
Φe = ∮ �⃗⃗� ⋅ 𝑑�⃗⃗� = 𝐸𝐴 = 
𝑄
𝐸𝑜
= 
σA
𝐸𝑜
 
𝐸 = 
σ
𝐸𝑜
= 
Q
𝐴𝐸𝑜
 
 
De acordo com a diferença de potencial, nós 
temos: 
𝑉𝑏 − 𝑉𝑎 = ∫ �⃗� 𝑑1⃗ = 
Q
𝐴𝐸𝑜
𝑑 = 𝐶 =
Q
𝑉
= 
𝐴𝐸𝑜
𝑑
 
−𝑏
𝑎
 
Logo, vislumbramos que a capacitância é 
dependente das dimensões do capacitor como A 
e d. 
Com os valores obtidos, foi calculada a 
densidade de carga a partir dos dados coletados 
no experimento para carga 0,09 C no capacitor, 
primeiramente para 1,0 V, demonstrado na 
Tabela 8. E, posteriormente para 1,0 V no 
capacitor dielétrico, conforme Tabela 9. 
 
Tabela 8 – Densidade de carga em 1,0 V. 
Carga Densidade(C/m²) 
c1 900 
c2 900 
c3 900 
c4 900 
c5 900 
c6 900 
c7 900 
c8 900 
c9 900 
c10 900 
Fonte: Os Autores. 
0,05
0,15
0,25
0,35
0,45
0,55
1 3 5 7 9 11
C
ap
ac
it
ân
ci
a 
(p
F)
Distancia (mm)
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
5,5
0,05 0,15 0,25 0,35 0,45
1
/Δ
V
Capacitância (pF)
1,0 V 1,5 V
Tabela 9 – Densidade de carga em 1,0 V 
com dielétrico. 
Carga Densidade(C/m²) 
c1 900 
c2 900 
c3 900 
c4 900 
c5 900 
c6 900 
c7 900 
c8 900 
c9 900 
c10 900 
Fonte: Os Autores. 
Analogamente, com carga de 0,13 C foi feito 
também para 1,5 V. Demonstrado na Tabela 10 
e no capacitor dielétrico, conforme Tabela 11. 
 
Tabela 10 – Densidade de carga em 1,5 V. 
Carga Densidade(C/m²) 
c1 1300 
c2 1300 
c3 1300 
c4 1300 
c5 1300 
c6 1300 
c7 1300 
c8 1300 
c9 1300 
c10 1300 
Fonte: Os Autores. 
Tabela 11 – Densidade de carga em 1,5 V 
com dielétrico. 
Carga Densidade(C/m²) 
c1 1300 
c2 1300 
c3 1300 
c4 1300 
c5 1300 
c6 1300 
c7 1300 
c8 1300 
c9 1300 
c10 1300 
Fonte Os Autores. 
Por fim, foi calculado o campo elétrico do 
capacitor de placas paralelas, utilizando a 
Equação 3. 
 
E = V / D (3) 
 
onde, E é o campo elétrico (N/C), V a tensão 
(V) e D a distância (m). 
Primeiramente, foi feito para 1,0 V 
demonstrado na Tabela 12. E, posteriormente 
para 1,0 V no capacitor dielétrico, conforme 
Tabela 13. 
 
Tabela 12 – Campo elétrico em 1,0 V, 
capacitor convencional. 
Carga Campo elétrico 
(N/C) 
c1 100 
c2 111,1 
c3 125 
c4 142,8 
c5 166,6 
c6 172,4 
c7 192,3 
c8 208,3 
c9 238 
c10 500 
Fonte: Os Autores. 
Tabela 13 – Campo elétrico em 1,0 V, 
capacitor dielétrico. 
Carga Campo elétrico 
(N/C) 
c1 100 
c2 111,1 
c3 126,5 
c4 144,9 
c5 149,2 
c6 153,8 
c7 166,6 
c8 175,4 
c9 181,8 
c10 200 
Fonte: Os Autores. 
Analogamente, foi feito também para 1,5 V. 
Demonstrado na Tabela 14 e no capacitor 
dielétrico, conforme Tabela 15. 
 
 
Tabela 14 – Campo elétrico em 1,5 V, 
capacitor convencional. 
Carga Campo elétrico 
(N/C) 
c1 150 
c2 166,6 
c3 187,5 
c4 214,2 
c5 250 
c6 258,6 
c7 288,4 
c8 312,5 
c9 357,1 
c10 750 
Fonte: Os Autores. 
Tabela 15 – Campo elétrico em 1,5 V, 
capacitor dielétrico. 
Carga Campo elétrico 
(N/C) 
c1 150 
c2 166,6 
c3 189,8 
c4 217,3 
c5 230,7 
c6 250 
c7 263,1 
c8 272,1 
c9 283 
c10 300 
Fonte: Os Autores. 
Discussão 
Na primeira etapa da simulação do 
experimento, tanto para a tensão de 1,0 V 
quanto para a de 1,5 V, foi verificado que a 
carga não sofreu alteração em razão da mudança 
da distância. Enquanto a capacitância, quanto 
menor a distância entre as placas, maior o seu 
valor, isso se dá pois tais grandezas são 
inversamente proporcionais. 
 Quando comparado os resultados da 
capacitância e da carga para as diferentes 
tensões nas Tabela 1 e Tabela 2, foi averiguado 
que a carga (pC) é maior na tensão 1,5 V, devido 
ao maior valor de entrada aplicado, sendo 
diretamente proporcionais. Em contrapartida, a 
capacitância aumentou igualmente, 
independentemente da tensão . 
É possível verificar que, para cada 
diminuição da distância entre as placas, foi 
observado que a diferença de potencial também 
diminuiu, como mostrado na Figura 2. Isso se 
dá porque a diferença de potencial tem relação 
direta à distância entre os capacitadores, uma 
vez que a DDP pode ser verificada pelo trabalho 
da força elétrica sobre uma carga para move-la 
de um ponto para o outro, sendo assim, quanto 
menor essa distância, menor será o trabalho 
exercido, diminuindo o valor da DDP. Outro 
ponto para observar é que a DPP segue uma 
linha linear e, quanto maior a tensão de entrada, 
maior o seu valor. 
Ao calcular a carga do capacitor pela 
Equação 1, visto os resultados na Tabela 3 e 
Tabela 4, os valores de acordo com a distância 
são praticamente imutáveis, permanecendo na 
média de 0,088 C (1,0 V) e 0,22 C (1,5 V), 
respectivamente. Considerando uma margem de 
erro de 0,01, os valores são similares na teoria e 
na prática experimental, mostrando que o valor 
da carga é constante independentemente de 
onde encontram-se os capacitores. 
Para capacitância, de acordo com a Equação 
2 na Tabela 5, foi mostrado que quando as 
placas vão se aproximando, essa aumenta. 
Comparando com os resultados obtido nas 
simulações, Tabela 1 e Tabela 2, a diferença 
entre os valores é de 0,002 pF apenas. 
Considerando essa margem de erro, os valores 
permanecem similares. Ao analisar a Figura 3, 
temos uma parábola, o que dá indício de 
demonstrar um resultado exponencial. 
 E no experimento realizado, coletamos 
dados do Phet afim de calcular a densidade, e 
visualizamos que independente do anexo do 
dielétrico com material teflon em voltagens 
iguals o valor da carga se mantém inalterada, ou 
seja, o anexo do dielétrico não promove 
diferença nos valores da densidade, visto que a 
carga se mantém constante tanto em 1,0 V como 
em 1,5 V. 
Analisando a situação no capacitor 
convencional e com o capacitor com o 
dielétrico, foi visto que quando tem a 
diminuição da distância entre as placas, o valor 
da capacitância tende aumentar. Se fosse uma 
distância fixa e padrão não iria interferir, visto 
que a capacitância é dependentesomente da sua 
geometria e isso ocorreu devido a tensão for 
diminuindo de acordo com a diminuição da 
distância e na situação das cargas ela fica 
constante exatamente devido essa relação 
inversamente proporcional de voltagem e 
capacitância, e visto que o capacitor uma vez 
carregado e desligado não tem alteração no 
valor da carga. 
As discrepâncias entre as simulações tanto 
no real como no teórico foram mínimas em 
relação a carga e a capacitância, promovendo 
uma alteração devido as casas aplicadas após a 
vírgula, visto que chegou a acompanhar o 
teórico e algumas mudanças singelas nas 
tabelas é devido a diferença entre as distância 
como de 4,2mm vai para 2mm na simulação no 
capacitor convencional ou 9mm para 7,9mm no 
capacitor com dielétrico 
Um ponto interessante para destacar é a 
análise dos parâmetros que estão relacionados 
com a capacitância. Nesse experimento, foi 
estudado o capacitor de placas paralelas, com a 
capacitância dada pela equação 2. Ao calcular a 
capacitância de um cilindro, temos a equação 
dada por C=Q/V=2πɛ0*(L/ln(b/a)), sendo L a 
altura e a,b os raios do cilindro. Para o capacitor 
esférico, temos C=Q/V= 4πɛ0*(ab/b-a), sendo 
a,b os raios. Por fim, temos a esfera isolada, 
com a capacitância dada por C=4πɛ0R, sendo R 
o raio. Com isso, é possível verificar que a 
capacitância está diretamente relacionada a 
geometria do capacitor. 
Considerando um capacitor de placas 
paralelas sem o dielétrico, temos ele com uma 
carga Qo, uma capacitância Co e a diferença de 
potencial entre dois pontos é DeltaVo. 
Conforme experimento, inserimos um dielétrico 
entre as placas do capacitor e visualizamos 
depois dessa colocação a diminuição tanto de 
DeltaVo.como do campo elétrico empregada no 
sistema e essa diminuição obedece um fator k. 
De forma simplória em equação: 
 DeltaV = 
DeltaVo
𝑘
 e é visto que a carga Qo não 
teve alteração mas a capacitância acabou 
sofrendo alteração 𝐶 = 
Qo
𝐷𝑒𝑙𝑡𝑎𝑉
= 
Qo
𝐷𝑒𝑙𝑡𝑎𝑉𝑜∗𝑘
=
 
k∗Qo
𝐷𝑒𝑙𝑡𝑎𝑉𝑜
= 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐶 = 𝑘 ∗. 𝐶𝑜 
Assim, temos a conclusão que a capacitância 
ela aumenta em um fato k quando temos a 
inserção de um dielétrico entre as placas. 
A capacitância tem variação conforme a 
variação da distância no campo elétrico 
aplicado e tem como conclusão que a carga se 
mantém constante tanto para o capacitor 
convencional como o capacitor dielétrico. 
 Em termos atômicos e moleculares, 
analisamos os dielétricos polares que em sua 
concepção tem o seu momento de dipolo 
elétrico em forma permanente, e ele tem uma 
característica única que é perfilar com o campo 
elétrico externo (E) e devido a desordem 
térmica tem como consequência um 
alinhamento não é um perfilamento completo, 
no entanto, tem a crescente de acordo com a 
intensidade do campo quando é aplicado ou 
quando tem a temperatura decrescente. 
Enquanto nos dielétrico apolares, 
independentemente de serem possuidoras de 
momentos dipolares permanentes, ao serem 
induzidas pelo campo elétrico externo, acaba 
desenvolvendo o momento, pois com a ação de 
campo elétrico externo, faz com que a molécula 
distenda tendo como consequência a segregação 
dos centros de carga positiva e negativa, e a 
resultante desse efeito é um acúmulo de cargas 
positivas na superfície externa na placa do 
dielétrica e em seu oposto acúmulo de cargas 
negativas, e a placa em seu todo está neutra. 
 
Conclusão 
 
O experimento realizado seguiu as 
diretrizes, sendo com as fontes ligadas na tensão 
para carregamento do capacitor e desligadas em 
seguida para realizar as medições. No capacitor 
convencional, foi visualizado na tensão de 1 V 
que, ao diminuir a distância entre as placas e 
com área de 100 mm², tem como consequência: 
A carga se mantém constante durante a 
diminuição da distância e a diferença de 
potencial aplicada. Juntamente com as 
distâncias possui uma relação apresentando 
uma proporcionalidade k em torno de 10. 
Em seguida, realizamos uma outra simulação 
usando a tensão 1,5 V, sendo análogo a situação 
anterior mais o acréscimo do fator dielétrico, 
contudo o aumento não segue uma mesma 
razão de proporcionalidade k pois ela tende a ser 
menor, em torno de 0,4. 
 A proporcionalidade em relação a 
distância e a ddp possui um valor aproximado 
mas conforme a tensão aumenta a 
proporcionalidade não acompanha o mesmo, 
chegando à conclusão que proporcionalidade k 
1 V é maior que na tensão 1,5 V assim é possível 
analisar entre o praticado e a literatura uma 
semelhança e algo esperado, visto que ao inserir 
o dielétrico desencadeia a diminuição do campo 
elétrico, e por isso temos a diminuição da ddp e 
temos que a capacitância de acordo a literatura 
é carga do capacitor em si em razão da ddp entre 
as placas, onde fazer a introdução do dielétrico 
acaba afetando e em consequência temos a 
capacitância crescente. 
Referências 
 
[1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; 
WALKER, J. Fundamentos da Física – 
Eletromagnetismo. LTC, V. 3, 10ª Ed., Rio de 
Janeiro, 2019. 
[2] PhET Simulation disponível em 
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/cap
acitor-lab-basics, acessado em setembro de 
2020 
[3] PhET Simulation disponível em 
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/leg
acy/capacitor-lab, acessado em setembro de 
2020. 
[4] JORGE, KELLY C. Roteiro de 
Capacitor de Placas Paralelas, São José dos 
Campos: Unifesp, 2020. Fenômenos 
Eletromagnéticos Experimental.

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