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5 BLS Politrauma e Traumas graves

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BLS – Politrauma e Traumas graves: 
 Observação: não se atende uma vítima, e sim uma cena/situação; o ambiente pode e deve alterar 
seu atendimento; o atendimento da vítima começa após todas as prevenções. 
 
 Politrauma: Trauma é todo tipo de lesão causada por agente externo a um indivíduo; diferente 
de mal súbito ou doença pré-existente. Reconhecido como história de acidente grave, sinais 
externos de lesão (na vítima ou no ambiente), queixas múltiplas. Realizar a sequência “PERIGO”. 
Sempre diferenciar pacientes de trauma (ABCDE; externo) de mal súbito/clínico (CAB; ênfase nas 
compressões torácicas e desfibrilação precoce; 85% das paradas cardiorrespiratórias do paciente 
hospitalar são reversíveis com desfibrilação pois houve arritmia do coração por infarto agudo do 
miocárdio, por exemplo); se não souber o que ocorreu (dúvida), agir como politraumatizado. 
Traumas podem ser fechados (capotamento, pancadas) ou abertos/penetrantes (arma branca, 
faca, tiro). 
 Tríade da morte do trauma: acidose metabólica, distúrbio de coagulação e hipotermia causam 
um ciclo vicioso que leva à morte. 
 
 Garantir a vida: priorizar o que mata mais rápido; passar pro próximo quando resolver o anterior. 
 A (airway) – vias aéreas/cervical: o politraumatizado, até que se prove o contrário, possui 
lesões na cervical assim a primeira coisa a se fazer é imobiliza-la/estabiliza-la. Fazer limpeza 
da via aérea (dente quebrado, sangue). 
 B (breath) – respiração: se a frequência está baixa ou se está respirando com dificuldade. 
 C (circulation) – circulação: há pulso, há parada cardiorrespiratória (checar pulso carotídeo; 
pode ou não ter radial por hipotensão), há hemorragia e sangramento externo, choque. 
 D (disability) – incapacidade neurológica. 
 E (exposure) – exposição: tala em fraturas, curativos; deve-se despir completamente o 
paciente (politrauma grave) e realizar controle da hipotermia (frio, chuva). 
 
 A – vias aéreas e coluna cervical: hiperextensão do pescoço (para trás), elevação do queixo e 
tração da mandíbula (para cima) são manobras realizadas para desobstrução das vias aéreas 
(principal causa é a queda da base da língua) mas a hiperextensão do pescoço (melhor para 
vítimas de mal súbito) é proibida no trauma por mobilizar a cervical; as outras duas devem ser 
realizadas com outra pessoa imobilizando a coluna cervical. Deve-se imobilizar com as mãos a 
coluna cervical mesmo com o colar cervical e retirar a mão somente quando estiver em prancha 
rígida com as fitas prendendo a vítima. 
 
 B – respiração: ver, ouvir e sentir (ver extensão do tórax e ficar próximo do nariz/boca), mas o 
importante é saber se respira (ir para a letra C checando pulso e hemorragia) ou não respira (fazer 
2 ventilações de resgate, mas se não há mascara valvulada não se deve realizar boca a boca para 
não se expor ao sangue ou vômito causado pelo ar jogado para o pulmão e estômago; politrauma 
com parada cardiorrespiratória tem menos de 4% de chances de sobrevivência por causa 
incompatível com a vida ou perda de sangue; faz algo tentando reverter em casos como choque 
elétrico, afogamento, hipotermia). 
 
 C – circulação: checagem de pulso carotídeo (posicionar corretamente a mão e checar durante 
10 segundos no máximo; apalpar com dedos indicadores e médios a cartilagem tireóidea e 
escorregar para o lado no músculo esternocleidomastóideo); se a pulsação for ausente há parada 
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cardiorrespiratória e deve-se fazer RCPC (compressões cardíacas e ventilação[insuflar 1 segundo 
e esperar 5 segundos]; massagem cardíaca) mas se há pulsação fazer só ventilações de resgate 
(se o pulmão expande fazer 10 ventilações/minuto checando sempre a pulsação a cada no 
mínimo 2 minutos; se não há expansão checar se há erro de técnica mas se não houver fazer 
hiperextensão leve para liberar a via aérea e poder fazer a ventilação). 
 Pilares da RCPC: ênfase nas compressões torácicas (CAB) e desfibrilação precoce (DEA). 
Cadeia de sobrevivência: pacientes intra-hospitalar (PCRIH – vigilância e prevenção; 
reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência; RCP imediata de alta 
qualidade; rápida desfibrilação; suporte avançado de vida e cuidados pós-PCR) e extra-
hospitalar (PCREH - reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência; RCP 
imediata de alta qualidade; rápida desfibrilação; serviços médicos básicos e avançados de 
emergência [ambulância]; suporte avançado de vida e cuidados pós-PCR). 
 Massagem cardíaca: realizar em superfícies rígidas; no centro do esterno, a 3 centímetros 
acima do processo xifoide (esterno) que deve ser apalpado; força aplicada com movimento 
perpendicular no centro do tórax usando o peso do corpo para massagear com compressão 
de 5 a 6 centímetros; deve-se comprimir e descomprimir retirando o peso para o tórax voltar. 
1 ciclo: 30 compressões (100 a 120 compressões por minuto) e 2 ventilações. Fazer massagens 
até a equipe médica ou desfibrilados chegar ou então até a vítima se movimentar. 
 
 D – avaliação neurológica: nível de consciência (capacidade de falar/resposta verbal, capacidade 
de se mover/resposta motora e abertura dos olhos) com sistema AVDN (alerta/orientado, só 
estimulo verbal, só estilo doloroso [apertando a ponta do dedo ou apertando o esterno com a 
mão fechada] ou nada/nenhuma resposta). 
 
 E – exposição e hipotermia: inspecionar todo o corpo da vítima, procurar por sangramentos e 
fraturas, descobrir por partes, secar e aquecer a vítima. Imobilização: colocação na prancha de 
diferentes maneiras dependendo da situação (avisa-se o momento correto dos movimentos para 
a equipe; rolamento 90º, 180º, retirada de capacete).

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