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Trabalho Interdiciplinar Medievo,Modernidades e Transições-completo

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1 Matheus Robison Ferreira 
2 Claudia Beatriz Sgrott 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - 
12/12/2020 
A transição do Medievo para a Modernidade 
 
 
 
Matheus Robison Ferreira¹ 
Claudia Beatriz Sgrott² 
 
RESUMO 
 
Este presente estudo é baseado na pesquisa bibliográfica de diversos autores, a fim de 
estabelecer um referencial teórico representado pelo tema referente a transição da Idade Média 
para a Idade Moderna, tem como objetivo enfatizar a riqueza inerente à transição histórica entre a 
Idade Média e a era moderna, pretendendo abordar as principais características das rupturas 
provocadas pela modernidade, que se manifestam como processos revolucionários em muitos 
campos e ao surgimento dos modos de produção capitalistas; 
 
 
Palavras-chave: Idade Média, modernidade, transição, feudalismo, renascimento 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Para compreender a relação estabelecida entre Idade Média e início da Idade moderna , 
devemos primeiro observar a estrutura histórica, pois por meio desta podemos compreender a 
contextualização a qual tais períodos estão inseridos, sendo necessário uma leitura histórica. 
A Idade Média se define na história do século 19 como o período entre o fim do Império 
Romano Ocidental em 476 e o fim do Império Bizantino em 1453. No século XIV, o poeta italiano 
Francesco Petrarca usou seu nome pela primeira vez, referindo-se ao século em que considerava a 
barbárie entre o clássico e o moderno (Franco, 2001). 
Foi posterior a Idade Média que surgiu o mundo moderno, este período histórico não 
pode ser considerado pequeno ou medíocre, digo isto, pois muitos consideram a Idade Média como 
um período das trevas, onde ocorreu vários retrocessos, tal época detém de um significado 
importante para a história mundial, tem características e problemas próprios, considerada a fase 
preparatória do estado moderno (Bedin, 2013). 
Em contraposto à Idade Média, a modernidade representa uma ruptura na estrutura 
social, econômica, política, religiosa e cultural da Idade Média. Com o desenvolvimento da 
modernidade, a ordem social desapareceu, a sociedade privou o exercício da liberdade individual e 
sustentou o grande organismo coletivo. Ocorreu também o secularismo econômico e político na 
Europa e mudanças dos conceitos de autonomia e da preferência das pessoas pela razão. 
 
 
2 
 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
A Idade Média abrange um período histórico de quase 10 séculos, período o qual se 
estende do Império Romano ao surgimento do Renascimento, foi considerado um período 
tenebroso, pois acreditava-se que era composto de um vazio, visto que a ciência, a arte ou a filosofia 
não se desenvolveram; consistindo apenas em atividades rurais ou agrícolas iminentes, sem cidades 
prósperas ou centros urbanos e totalmente nas mãos da igreja. Este período histórico tem algumas 
características claras e convincentes, na qual uma delas é a permanente instabilidade política, 
econômica e social, que não faz o mundo se desenvolver como as pessoas desejam (Bedin, 2013). 
O surgimento e a concretização do sistema feudal, bem como a existência de servos e 
vassalos, estão diretamente relacionados a este período medievo, onde o senhorio tem direito aos 
seus empregados, que produz em seu próprio espaço, em troca de um terreno onde possa viver com 
sua família, obrigados a cultivar a terra necessária para si e para o senhor feudal. Os agricultores 
não podem desistir desta terra ou militar, enquanto o senhor feudal protege o território em questão, 
detendo de poder econômico, político, militar, legal e ideológico sobre seus servos (Streck, 2014). 
Um ponto importante a se tratar é a respeito da diferença permanente entre o poder 
espiritual e o poder do tempo, tanto quando o impacto entre os dois, pois neste período não existe 
uma separação entre o Estado e a Igreja, sendo um pleno poder e governo sobre o povo, quanto a 
doutrina cristã está é a principal base e forma de “salvar a humanidade”. Depois que a sociedade 
feudal se expandiu, a produção agrícola e a população aumentaram, enquanto a vida urbana e o 
comércio foram retomados. No entanto, o mesmo fato que produziu o pico também levou à 
derrubada do sistema feudal e consequentemente da Idade Média. 
Essa sociedade medieva se opõe à moderna sociedade de indivíduos, que constituiu o 
surgimento do sistema de produção capitalista e mudou fundamentalmente as relações sociais. Esta 
nova sociedade é diferente em classe e o sentimento de pertença de se manter preso a algo, como 
ocorria na Idade Média desaparece. Com o surgimento e consolidação da burguesia, as condições 
políticas, econômicas e sociais mudaram, sendo assim o surgimento do mundo moderno começou a 
se formar com base nos ideais culturais do Iluminismo, e a razão foi conduzida pelo sacrifício da 
tradição, ocorrendo também o secularismo da religião e o progresso científico em direção à 
especulação metafísica (Araujo, 2001). 
A pré-modernidade europeia foi marcado pela grande descentralização política e pela 
fragmentação cultural, conforme abordado por Wolkmer, (2001, p27) 
3 
 
 
 
"A sociedade medieval caracterizava-se pela multiplicidade de centros internos de 
poder político, distribuídos a nobres, bispos, universidades, reinos, entidades 
intermediárias, estamentos, organizações e corporações de ofício” 
A modernidade mostrou características revolucionárias e mudanças na organização 
econômica, social e cultural da Idade Média. Essas mudanças estão relacionadas ao fim do sistema 
feudal e ao início do modo de produção capitalista, bem como ao fim da cosmovisão simbólica, que 
usa a igreja como elemento de montagem e universalização (Cambi, 1999). 
Devido a esta transição ocasionada pelo estado moderno, os velhos conceitos e 
estruturas sociais, políticos, econômicos e filosóficos da Idade Média foram quebrados e essa 
interrupção foi causada inicialmente por dois movimentos: o Renascimento e a Reforma. O 
movimento renascentista começou na Itália no século 14 e se espalhou pela Europa nos séculos 15 e 
16, despertando um interesse renovado pela cultura secular greco-romana, principalmente nos 
campos da arte e da ciência (Russel, 2014). 
As mudanças relacionadas ao Renascimento abalaram toda a sociedade da Europa 
Ocidental, tais conversões envolvem segundo Chatelet (2019, p.35): 
“a) as realidades históricas e econômicas (extensão e aplicação –prática das descobertas 
feitas durante a Idade Média; desenvolvimento da civilização urbana, comercial e 
manufatureira); b) a imagem do mundo (descoberta do Novo Mundo; revoluções 
astronômicas de Copérnico e Kepler e física de Galileu); c)a representação da natureza (o 
universal medieval dos signos é substituído por uma realidade espacial a conquistar e 
explorar); d) a cultura(a redescoberta da Antiguidade greco-romana pelos humanistas 
suscita um maior interesse pelo homem enquanto dado natural e pelas especulações ético-
políticas);e)o pensamento religioso(a radicalização da contestação do poder e da hierarquia 
de Roma, esboçada no século XIV por J. Hus, na Boêmia, e Wycliff, na Inglaterra, pelos 
movimentos que reivindicam o cristianismo primitivo e se apoiam em especificidades 
“nacionais”).” 
 
Na era moderna, as pessoas começaram a prestar mais atenção a si mesmas, às suas condições 
humanísticas e à capacidade de interferir na natureza, a realidade passa a centrar-se no homem 
abandonando a visão centrada em Deus. Essa perspectiva de mudança está inter-relacionada com 
dois novos valores na sociedade moderna: o individualismo com ênfase no indivíduo e o 
racionalismo com ênfase na razão (Russel, 2004). Ainda nesta perspectiva segundo Cambi (1999, 
p.196) “[...] valor autônomo do pensamento e da arte, ou então, se dirige para um novo âmbito do 
saber–científico-técnico–que quer interpretar o e transformá-lo em proveito do homem” 
Um outro ponto a se destacar na transição do feudalismo para o estado moderno, é a Reforma 
protestante, como dito anteriormente, ao se pensar em Idade Média, logo nos remetemos a figura da 
igreja e consequentemente do catolicismo. Segundo Almeida (2010, p. 13); 
“a Reforma Protestante deve ser vista como uma grande ruptura, uma vez que produziu 
modificações profundas na Igreja e também forçou tal instituição a lidar com a 
existência de outras Igrejas, rompendo assim um dos pressupostos da Igreja medieval, 
ou seja, o da sua inserção universalista.” 
 
4 
 
 
 
A expansão da reforma protestante é o resultado de um processo anterior que produziu alguns 
hereges na Idade Média, várias práticas religiosas seculares e algumas críticas a certo formalismo 
católico. Nesse ambiente, a igreja não pôde satisfazer a crise religiosa do século 16 e não pôde 
satisfazer a espiritualidade mais apaixonada, dolorosa e interior. É neste espaço que o 
protestantismo aparecerá e não há possibilidade de ser sufocado pelos católicos ortodoxos, o 
contrário da heresia da Idade Média, porque satisfaz as profundas necessidades provocadas pelas 
mudanças sociais e culturais ocorridas desde o final da Idade Média (Franco, Junior, 2001). 
O último ponto a se ressaltar é a respeito do desenvolvimento da expansão marítima, afinal tal 
fato é responsável pela expansão do capitalismo mercantil, de uma perspectiva de longo prazo, a 
expansão marítima europeia tem um impacto profundo conectando países e mercados em todo o 
mundo e inaugurando a era da supremacia política e econômica europeia, que só termina no século 
XX. Todavia, é válido refutar que não faz sentido incluir a descoberta como um elemento de ruptura 
da Idade Média à idade moderna (Franco, Junior, 2001). 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Foi utilizada uma extensa elaboração bibliográfica a qual objetiva-se em resumir e simplificar 
os resultados das pesquisas sobre assuntos correlacionados a temática principal, de forma 
sistemática e organizada. A revisão bibliográfica visa a priori conteúdos publicados entre o período 
de 2000 à 2015; salvo os casos de materiais complementares para exemplificar a significância de 
algumas questões abordas. 
Busca por meio da dissertação das bibliografias, analisar, promover a discussão e compreender 
as definições acerca do período de transição entre o medievo à modernidade, usufruindo da coleta 
de informações e conhecimentos sobre o assunto a partir de diferentes materiais bibliográficos 
publicados que possibilite que diferentes autores e dados dialoguem entre si. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O propósito desta pesquisa é conduzir uma demonstração da transição da Idade Média para a 
idade moderna, estabelecendo dados relevantes e consistentes para mostrar a importância desses 
dois períodos e o fato de que um período deve depender do outro, ou seja, de serem coexistentes. 
O pensamento da era moderna é um produto do pensamento renascentista, que tenta se 
diferenciar do pensamento medieval, nesse sentido, é possível determinar a busca pela ascensão do 
individualismo moderno a partir da Idade Média, onde em contraposição o indivíduo não age de 
maneira a pensar em si, mas sim na instituição. O homem passa a ser racional, a dar mais 
5 
 
 
 
importância a ciência e a evolução, abandonando aquela centralidade a qual focava sua vida em prol 
da Igreja. 
Todavia, é necessário ampliar cada vez mais as pesquisas sobre o ocorrido e como ele serviu 
como um reflexo para construção sociedade atual, por meio da contextualização histórica. 
5. CONCLUSÃO 
 
A transição da Idade Média para a Idade Moderna é um período de mudanças drásticas. 
Houve fatos de fundamental importância para a sociedade, surgiram mudanças culturais com novas 
ideias e mudanças políticas com uma nova compreensão do governo, que são causadas pela 
evolução e pelo desenvolvimento, mudanças econômicas e a expansão do mercantilismo devido ao 
desenvolvimento das grandes navegações além do surgimento de novos valores na sociedade. 
As pessoas do mundo moderno estão passando por constantes mudanças, se livrando de 
qualquer opressão e tendo uma nova compreensão do mundo, isso em todas as mudanças 
econômicas, culturais e políticas, os conceitos das pessoas mudaram, tornando possível 
compreender novas culturas e conhecimentos. Isto ocorre em contraposição a imagem do individuo 
presente no medievo, onde temia o poder e mantinha-se preso a um sistema trabalhista o qual visava 
o lucro somente de seu senhor feudal. 
Entre as mudanças necessárias para o crescimento moderno, a expansão do comércio, da 
produção e da economia, bem como a enorme expansão do Mar Mediterrâneo, chamou a atenção e 
contribuiu com o desenvolvimento da Europa. O poder exercido pela Igreja Católica na Idade 
Média experimentou uma forte oposição à sua forma de fazer as coisas nos tempos modernos, isto 
deveu-se ao reflexo da reforma, e o movimento do Renascimento e do Iluminismo que surgiu com 
novos ideais. 
Por fim, ressalto a ascensão do pensamento crítico do ser humano por meio da difusão do 
conhecimento, o enriquecimento do individuo determinando todos seus valores, mantendo-se como 
o centro de todas as preocupações; a modernidade torna-se uma nova etapa na história ocidental, 
promovendo uma aceleração das transformações, sendo fundamental para a afirmação do 
pensamento crítico. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Ana Carolina. Pensando o Fim da Idade Média: A Longa Idade Média de Le Goff e 
a Colonização da América de Baschet. Revista Tempo de Conquista, v. 7, p. 1-15, 2010. 
ARAUJO, Luciana Souza. ENTRE O MEDIEVAL E O MODERNO: rupturas e continuidades. 
2001. 
BEDIN, Gilmar Antonio. A Idade Média e o nascimento do Estado moderno. 2ª ed. Ijuí: 
Unijuí, 2013. 
CAMBI, F. História da pedagogia. São Paulo: Unesp. 1999. 
FRANCO JÚNIOR, Hiláro. A Idade Média: O Nascimento do Ocidente. 2 ed. São Paulo: 
Brasiliense, 2001. 
CHÂTELET, F; DUHAMEL, O; PISIER, E. História das ideias políticas. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2009. 
RUSSELL. B. História do pensamento ocidental. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004 
6 
 
 
 
STRECK, Lenio Luiz; BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. Ciência Política & Teoria do Estado. 
8ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014. 
WOLKMER, Antônio Carlos. Pluralismo Jurídico. Fundamentos de uma nova cultura no 
Direito. 3. ed. revista e atualizada. São Paulo: Editora Alfa Ômega, 2001.

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