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Ana Luiza Cardoso Definição © A SC é tida na comunidade científica como uma doença neuroendocrinológica causada pela interrupção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal levando à exposição crônica a glicocorticoides, cuja fonte tanto pode ser endógena quanto exógena, resultando em aspectos clínicos de distribuição anormal de gordura (obesidade centrípeta), disfunção gonadal, hipertensão, entre outras. © Na maioria das séries de hipercortisolismo endógeno, o adenoma hipofisário (doença de cushing) corresponde a aproximadamente 70% das causas de SC enquanto os adenomas adrenais são responsáveis por cerca de 10% dos casos. © A SC também pode ser denominada hipercortisolismo Fisiopatologia © A adeno-hipófise secreta vários hormônios tróficos que fazem parte de eixos endócrinos. © O ponto de equilíbrio de um eixo é em grande parte controlado pelo hormônio periférico que exerce uma retroalimentação negativa, ou feedback negativo, sobre a pituitária e o hipotálamo. © As adrenais são glândulas localizadas sobre os rins, por isso também são chamadas suprarrenais. © Estas glândulas têm duas funções muito distintas, uma relacionada com o córtex, que produz os glicocorticoides, e outra com a medula, que produz adrenalina e noradrenalina. © A medula da adrenal atua como um grande gânglio simpático, e seus hormônios adrenalina e noradrenalina são liberados na circulação por estimulação dos nervos simpáticos que saem da medula espinhal © Estimulação de neurônios hipotalâmicos induz a liberação de hormônio coticotrófico (CRH) na hipófise que libera na corrente sanguinea o hormônio ACTH. © Estes agindo em receptores acoplados à proteína G estimula a síntese e liberação de cortisol e pequenas quantidades de andrógenos. © O cortisol atuando sobre o hipotálamo e hipófise anterior inibe a liberação de ACTH. © A este mecanismo de controle é dado o nome de retroalimentação negativa (feedback negativo). © O córtex da adrenal é formado por três zonas concêntricas – reticular, fasciculada e glomerulosa. © Na primeira, são sintetizados os andrógenos; na segunda, o cortisol; e na terceira, a mais externa, o mineralocorticoide aldosterona. © Esta é a fonte de andrógenos das mulheres controle de síntese e liberação de cortisol é realizado pelo sistema nervoso central – quer por uma via neural direta, quer por uma via hormonal, ativando o eixo hipotálamo- hipófise-adrenal. © A ativação neural está ligada ao processo do despertar, enquanto a via hormonal está ligada ao controle do estresse. © O pico de cortisol gerado pela ativação simpática é breve, enquanto o pico de cortisol gerado pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é mais longo. © Neste caso, o CRF (fator de liberação de corticotrofina) é liberado pelo hipotálamo a partir do núcleo paraventricular. © Este peptídeo, de 41 aminoácidos, atua como liberador de ACTH e betaendorfina. © O ACTH atua sobre a zona fasciculada da adrenal, levando à liberação de cortisol. © Finalmente, o cortisol, atuando sobre o sistema nervoso central, diminui a liberação de CRF e inibe a síntese de ACTH quando atua diretamente na hipófise. © Portanto, a administração de altas concentrações de medicamentos que contêm cortisol leva a uma inibição da função adrenal. © A este processo de controle dá-se o nome de retroalimentação negativa. © Em circunstâncias fisiológicas, ou seja, quando o indivíduo não está exposto a situações de estresse, a secreção do cortisol é regulada pelo ciclo circadiano. Ana Luiza Cardoso © Ao longo do dia, o cortisol apresenta concentrações elevadas pela manhã, com pico trinta minutos após acordar, seguindo com queda progressiva no restante do dia e concentrações mais baixas no começo da noite. © Este padrão típico de secreção é fundamental para o funcionamento dos demais sistemas do organismo. © O cortisol tem efeitos no controle do humor, na resposta imunológica e no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteico. © Ele altera de forma importante o metabolismo ósseo e concentrações altas estão associadas à osteoporose. © Os glicocorticoides também aumentam a função cardíaca e o tônus vascular periférico. © Este é o hormônio do alerta, do estresse e da defesa, tendo, portanto, efeito sobre diferentes funções biológicas. Etiologias © A síndrome pode ter causas exógenas ou endógenas. © No primeiro tipo, caracterizado como Síndrome de Cushing (SC) iatrogênica, a desordem é provocada pelo uso excessivo ou prolongado de corticosteroides, como a prednisona. © A SC endógena pode ser classificada em relação à etiologia em dois grandes grupos, de acordo com as concentrações plasmáticas de ACTH em: - SC ACTH-dependente (problema na hipófise) e ACTH-independente (problema na suprarrenal) © As formas ACTH-dependentes se relacionam a doenças do eixo hipotálamo-hipofisário, ou tumores diversos secretores de ACTH/CRH. © Já as formas ACTH-independentes ocorrem em consequência a doenças primárias da suprarrenal. Doença de cushing © A doença de Cushing é a síndrome de Cushing que resulta de excesso de produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), geralmente secundária a adenoma hipofisário © refere-se ao hipercortisolismo causado pela secreção excessiva de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) por lesão hipofisária, sendo essa a causa mais frequente de SC endógena o tumor produtor de ACTH presente na DC é insensível às inibições que ocorreriam normalmente, resultando, assim, em um sistema incapaz de se autorregular e, consequentemente, em níveis aumentados de glicocorticoides causando o hipercortisolismo. © O diagnóstico da DC pode ser um desafio clínico. Alguns pacientes apresentam alguns dos sinais e sintomas característicos, como: - mal-estar generalizado, obesidade e fraqueza muscular - Outros sintomas, incluindo suor excessivo, pelos no corpo, ansiedade, depressão, facilidade de obter hematomas e irritabilidade, são difíceis de diagnosticar, e não são inicialmente alarmantes aos pacientes ou se apresentam de forma gradativa © Além disso, o diagnóstico laboratorial não é totalmente preciso, por vezes é demorado e incômodo ao paciente e pode apresentar resultados inicialmente confusos. © A DC apresenta-se principalmente pelo ganho de peso em obesidade central, fadiga com miopatia proximal, afinamento da pele com estrias arroxeadas e hematomas difusos. © Alguns pacientes apresentam menores picos de hipercortisolismo, com diagnóstico alcançado depois de muitos anos e consultas médicas. © As manifestações do hipercortisolismo incluem hipertensão, distribuição anormal de gordura, pele fina sensível a hematomas, fraqueza muscular, osteoporose, hirsutismo e disfunção gonadal. © Os pacientes com DC também podem apresentar uma ampla variedade de sintomas psiquiátricos, incluindo depressão, instabilidade emocional, deficiências cognitivas, apatia, ansiedade e psicose. © No caso de pseudocushing, definida pela condição na qual os pacientes apresentam o quadro clínico e níveis de cortisol anormais, porém não é causado por disfunções eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, a manifestação se dá de maneira parcial apresentando obesidade, estresse, diabetes mellitus descontrolado e síndrome do ovário policístico (SOP). © Dessa forma, diferenciação do que é DC e pseudocushing nem sempre é muito precisa. © Os desafios para diagnosticar tal doença se dão, em parte, pela ampla manifestação. © O termo “cushingóide” existe para demonstrar alguns dos sintomas clássicos da doença, porém alguns deles se mostram presentes também em outros distúrbios, como é o caso da obesidade, fraqueza muscular e mal- estar generalizado. Ana Luiza Cardoso Secreção ectópica © Os pacientes portadores da síndrome ectópica de ACTH (SEA), particularmente aqueles com doenças malignas como o carcinoma pulmonar de pequenas células, podem apresentar quadro clínicoatípico predominando o estado consumptivo (35%) e maior frequência de hipopotassemia (> 70%), hiperpigmentação, osteopenia/osteoporose e alterações metabólicas, como a intolerância à glicose. © Além do carcinoma do pulmão, a SEA pode ainda ser secundária a tumores no timo ou no pâncreas, e em casos mais raros carcinoma medular da tireoide ou feocromocitoma. © Ainda são possíveis outras manifestações da SC, como as formas ectópicas de fontes não hipofisárias, podendo ocorrer de duas maneiras já descritas na literatura: - Síndrome de Cushing Ectópica (SCE) associada a neoplasias agressivas - SCE com tumores indolentes e ocultos. © A SCE é considerada uma síndrome paraneoplásica. © Dessa forma, as neoplasias que secretam quantidades excessivas de ACTH geralmente se diferenciam a partir de células neuroendócrinas e podem se apresentar em forma de lesões benignas e indetectáveis a tumores com metástases múltiplas. © Cerca de 50% dos tumores ectópicos causadores da Síndrome de Cushing são pulmonares; se mostrando, em alguns casos, indistinguíveis das características da Doença de Cushing © A Síndrome de Cushing cíclica é outra forma de manifestação da SC menos frequente, caracterizada por momentos de hipercortisolismo intercalados com outros de normocortisolismo. © Tais ciclos podem ser tanto regulares como não; podendo os momentos de cortisol normal durarem por dias ou anos. Tumores adrenocorticais © A síndrome de Cushing ACTH-independente © é habitualmente causada por uma doença suprarrenal unilateral © De acordo com os diferentes relatos da literatura, a ocorrência de adenoma e carcinoma de suprarrenal pode ser semelhante ou com predomínio dos adenomas © Além do quadro clínico secundário à hipersecreção hormonal, queixas de dor e desconforto abdominal, acompanhado ou não de massa palpável, são frequentes. © A maioria dos pacientes com carcinoma da suprarrenal apresenta-se com doença metastática no momento do diagnóstico, o que caracteriza um prognóstico reservado da doença. © A tomografia computadorizada apresenta ótima resolução da anatomia da glândula suprarrenal, com cortes entre 5 mm e 3 mm preferencialmente. © Podem-se identificar as asas das glândulas suprarrenais, sem o contraste intravenoso. © Não é possível, entretanto, distinguir com segurança adenomas e carcinomas secretores de cortisol, baseando-se somente nos critérios morfológicos da lesão. © Alguns autores consideram que as lesões maiores de 3,0 cm são suspeitas de malignidade. Quadro Clínico Ana Luiza Cardoso © Os sinais considerados mais específicos da SC são: pletora facial, fácies de lua cheia, fraqueza muscular proximal, estrias cutâneas largas e avermelhadas/ violáceas (> 1 cm), pele atrófica e fragilidade capilar/equimoses espontâneas num paciente que apresenta ganho de peso ou redistribuição do peso. © Uma pista clínica importante para a presença de excesso de glicocorticoide é o desenvolvimento simultâneo e a gravidade crescente de vários desses sintomas. Reprodutivo: © Irregularidades menstruais: devido a correlação com o aumento do cortisol sérico e a diminuição das concentrações séricas de estradiol, mas não com as concentrações séricas de androgênio. © Sinais de excesso de andrógeno adrenal: Mulheres com alguns tipos de síndrome de Cushing apresentam sinais de excesso de andrógeno (mais comumente carcinoma adrenal). © As glândulas supra-renais são a principal fonte de andrógenos nas mulheres. Por outro lado, os testículos são a principal fonte de andrógenos nos homens. © Assim, homens com síndrome de Cushing não apresentam sinais de excesso de androgênio, porque o cortisol não possui atividade androgênica. © O excesso de andrógeno nas mulheres afetadas pode causar os seguintes sintomas: hirsutismo, pele facial oleosa e acne no rosto, pescoço ou ombros e virilização. Dermatológica: © Estrias ocorrem quando a pele frágil se estende devido ao aumento do tronco, seios e abdômen. © As estrias aparecem como estrias largas, roxo- avermelhadas, porque a pele cada vez mais fina não esconde a cor do sangue venoso na derme subjacente. © Atrofia de pele há perda de gordura subcutânea a um grau suficiente para que os vasos sanguíneos subcutâneos possam ser vistos. © A pele eventualmente se torna frágil devido a essas alterações © Infecções fúngicas, especialmente tinea versicolor, são frequentemente encontradas no tronco. © Hiperpigmentação induzida pelo aumento da secreção de ACTH, não de cortisol. ACTH é o principal hormônio pigmentar em humanos. © Ele atua através da ligação a receptores de hormônios estimuladores de melanócitos Metabólicas: © Intolerância à glicose. É principalmente devido à estimulação da gliconeogênese pelo cortisol e resistência periférica à insulina causada pela obesidade, mas a supressão direta da liberação de insulina também pode contribuir. © Obesidade progressiva. A característica mais comum dos pacientes com síndrome de Cushing é a obesidade progressiva central (centrípeta), geralmente envolvendo a face, pescoço, tronco, abdômen e, internamente, canal medular e mediastino. As extremidades são frequentemente poupadas. Cardiovascular: © Pacientes com síndrome de Cushing endógena apresentam risco aumentado de morte por doença cardiovascular, incluindo infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e tromboembolismo. © Outros problemas cardiovasculares comuns em pacientes com síndrome de Cushing incluem hipertensão e dislipidemia. Músculoesqueléticas: © Perda muscular e fraqueza proximais, sendo induzidas pelos efeitos catabólicos do excesso de glicocorticoide no músculo esquelético. © Perda óssea. A osteoporose é muito comum na síndrome de Cushing e é causada pela diminuição da absorção intestinal de cálcio, diminuição da formação óssea, aumento da reabsorção óssea e diminuição da reabsorção renal de cálcio Neuropsiquiátricas: © Podem ocorrer vários sintomas neuropsicológicos, incluindo insônia, depressão e perda de memória. Infecciosas: © Os glicocorticoides inibem a função imune, contribuindo assim para um aumento da frequência de infecções. © A inibição da liberação de citocinas contribui com a redução associada nas respostas inflamatórias e febris à infecção bacteriana, podendo dificultar a detecção dessas infecções. DIAGNÓSTICO © O diagnóstico de síndrome de Cushing e inicia pela determinação de um estado de hipercortisolismo e da perda do ritmo cicardiano da secreção do cortisol, preferencialmente confirmado por dois testes, visto que quando apenas um teste encontra-se alterado, pode se tratar de pseudo- Cushing. © O teste de supressão com dexametasona, a medida do cortisol salivar à meia noite ou sérico noturno, Ana Luiza Cardoso e a medida do cortisol urinário de 24 horas são testes de primeira linha para este fim, tendo os dois últimos maior especificidade e sensibilidade. Mensuração de cortisol urinário livre: © O cortisol urinário livre é elevado (> 120 µg/24h e > 331 nmol/24 h]) em quase todos os pacientes com síndrome de Cushing. © Entretanto, vários pacientes com elevações de cortisol urinário livre entre 100 e 150 µg/24 h (276 e 414 nmol/24 h) apresentam obesidade, depressão ou síndrome de ovários policísticos, mas não síndrome de Cushing. © Um paciente com suspeita de síndrome de Cushing, com concentração muito elevada de cortisol urinário livre (> 4 vezes o limite superior da normalidade), quase certamente apresenta síndrome de Cushing. © Duas a três coletas normais geralmente excluem o diagnóstico. Teste de supressão com dexametasona: © são administrados 1, 1,5 ou 2 mg de dexametasona, VO, entre 23 e 0 h, e o cortisol plasmático é medido das 8 às 9 h da manhã seguinte. © os pacientes com síndrome de Cushing praticamente sempre apresentam níveis mais elevados. © Um teste mais específico,porém igualmente sensível, é a administração de 0,5 mg de dexametasona, VO, a cada 6 h, por 2 dias (baixa dose). © Em geral, uma incapacidade evidente de suprimir as concentrações de cortisol em resposta à baixa dose de dexametasona estabelece o diagnóstico à é positivo de corticosol >1,8 µ/dl após dose de dexametasona. Medições de cortisol à meia noite: © Se os resultados das medições de cortisol urinário livre e do teste de supressão com dexametasona são indeterminados, o paciente é hospitalizado para a medição de cortisol sérico à meia-noite, que provavelmente é mais conclusivo. © Alternativamente, amostras de cortisol na saliva podem ser recolhidas e armazenadas na geladeira em casa. © O cortisol normalmente tem limites entre 5 e 25 µg/dL (138 a 690 nmol/L) no início da manhã (6 a 8h) e diminui gradualmente para < 1,8 µg/dL (< 50 nmol/L) à meia-noite. © Uma vez confirmado o hipercortisolismo endógeno, o segundo passo na investigação é determinar se a síndrome de Cushing é dependente ou independente de ACTH, que se faz pela medida de duas amostras do ACTH plasmático. © Se o paciente tiver síndrome de Cushing independente de corticotropina (ACTH), a tomografia computadorizada (TC) das glândulas suprarrenais é geralmente o próximo procedimento, procurando uma massa adrenal. © Caso a medida de ACTH plasmático se encontre maior do que 20 pg/dL, o diagnóstico de doença de Cushing pode ser feito mediante a presença de uma lesão > 6mm de diâmetro na ressonância magnética de hipófise, pelo teste do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) e o teste de supressão após alta dose de dexametasona. © Pacientes com doença dependente de ACTH devem ser submetidos a testes não invasivos (teste de supressão de altas doses de dexametasona e teste de estimulação do hormônio liberador de corticotropina [CRH]). © A supressão do cortisol durante a administração de dexametasona, associada a aumentos no ACTH plasmático e no cortisol sérico após a administração de CRH, é consistente com o diagnóstico de adenoma hipofisário (doença de Cushing). © As imagens de RM de alta resolução sem sutura e com gadolínio da sela turca devem ser obtidas antes da amostragem do seio petrosal para excluir um tumor com mais de 6 mm de tamanho, o que pode evitar a necessidade de amostragem venosa. © O procedimento também é indicado antes da exploração transesfenoidal para documentar a anatomia da sela turcica. © O resultado inconclusivo após a realização destes exames indica o cateterismo do seio petroso inferior, padrão ouro para o diagnóstico de doença de Cushing. © A maneira mais direta de demonstrar a hipersecreção de ACTH na hipófise é documentar um gradiente de ACTH central-periférico no sangue que drena o tumor. © O seiovenoso petroso drena a hipófise através © do seio cavernoso. Para realizar esse procedimento, os cateteres são inseridos pelas veias jugular ou femoral nas duas veias petrosais inferiores. Ana Luiza Cardoso Tratamento © Uma vez diagnosticada a DC, a base da terapia inclui a remoção do adenoma hipofisário, o que pode ser feito usando cirurgia transesfenoidal. © As taxas relatadas de remissão inicial após a intervenção cirúrgica variam de 69% a 98%. Semelhantemente, as taxas de recorrência variam entre 7% e 66%. © As complicações cirúrgicas que ocorrem com maior frequência são o pan-hipopituitarismo e o diabetes insípidus central, por lesão da neuro-hipófise. © Devido essas notáveis taxas de recidiva grande parte dos pacientes precisa ser submetida a uma segunda modalidade de tratamento que inclui irradiar tumores hipofisários, através de: - Radioterapia convencional (CRT): técnica que fornece radicação ionizante para atingir pequenos tumores; - Radioterapia Estereotáxica (SRT): técnica que fornece grande radiação ionizante aos tumores-alvo por métodos estereotáxicos, enquanto poupa o tecido circundante © A adrenalectomia total bilateral com terapia diária de reposição de glicocorticoides e mineralocorticoides por toda a vida é a cura definitiva final e pode ser preferida por alguns pacientes em vez da radioterapia. © Para os pacientes com tumores não ressecáveis, o hipercortisolismo pode ser controlado com inibidores da enzima adrenal, como cetoconazol, metirrapona e etomidato. © Alguns pacientes têm tumores indolentes e uma expectativa de vida longa, mas não podem ser curados cirurgicamente. © Esses pacientes podem ser tratados com mitotano para obter uma adrenalectomia médica.
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