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ARBOVIROSES

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5 ETAPA – MÓDULO 03 – TUTORIA 03: ARBOVIROSES 
DENGUE 
DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA 
 Doença mais comum transmitida por mosquito no Brasil 
 500 milhões de casos anuais 
 Ocorre em mais de 100 países 
 Doença transmitida por Arbovírus do gênero Flavivirus 
o Da Família Flavividae (da mesma da Febre Amarela) 
o Possui 4 sorotipos: 
 DEN-1 (mais comum) 
 DEN-2 (no Brasil, é o que causa os casos mais graves) 
 DEN-3 (mais grave) 
 DEN-4 
o Sorotipos possuem semelhança estrutural 
 Ocorrem reações sorológicas cruzadas 
 Imunidade temporária e parcial a outros sorotipos 
 Fenômeno de Halstead 
 Quando uma pessoa é infectada pela segunda vez, por um dos outros três 
sorotipos, os anticorpos da primeira infecção, na verdade, ajudam o vírus a se 
espalhar e aumentar a viremia (quantidade de vírus na corrente sanguínea). 
 Anticorpos existentes e os recém produzidos pelos Linfócitos B ajudam o vírus 
a infectar as células com maior eficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Infecção por um sorotipo confere imunidade para toda a vida a esse 
sorotipo. 
 Pode acontecer em qualquer idade, mas casos graves são + comuns em 
crianças 
TRANSMISSÃO 
 Transmissão pelo Aedes sp. (urbano) 
o Na américa, Aedes aegypti é a espécie mais comum (Odioso do Egito) 
 Hábitos diurnos, urbanos e antropofílico (parasita) 
 Alimentação quase que exclusivamente de sangue 
humano 
 Homem é único reservatório a participar do ciclo da 
doença. 
o No passado achava-se que o desenvolvimento dos ovos era apenas 
por água limpa, mas hoje há uma adaptação do mosquito e pesquisar 
são inconclusivas na preferência de água limpa ou suja (borra de café) 
pela fêmea da espécie. 
o Raio de ação do mosquito (200m) 
 Foco próximo da casa 
 Mosquito torna-se infectante em torno de 5-8 dias após picar pessoa com 
viremia. 
 Não existe transmissão de humano para humano 
 Meio rural ou semi-rural (Aedes albopictus) – ambos trigroides 
o Mosquito-tigre-asiático 
 Vetor potencial na Ásia (Singapura) 
 Mostrou-se capaz de infectar-se e transmitir DEN-2 
 Único registro de DEN-1 em larva em Campos Altos (MG) 
AS EPIDEMIAS DE DENGUE SÓ SÃO CAUSADAS PELO AEDES AEGYPTI, QUE 
APRESENTA UMA CAPACIDADE MAIOR DE TRANSMITIR O VÍRUS. 
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA 
 RNA vírus que afeta diferentes tipos de células humanas e não humanas. 
 Ligação com a cél – Mediada pela Glicoproteína E 
o Situada no envolvente viral 
Flavi = latin para amarelo 
 Vírus entra pela picada e circula no sangue até chegar nas células alvo. 
o Início da replicação 
o Principalmente no sistema linfático 
 Etapas: 
1. Fusão da cél. com o vírus 
2. Entrada de RNA viral na célula. 
3. Translocação das proteínas virais e intensa replicação. 
 Após 5-6dias ocorre viremia (presença de vírus no sangue), que causa: 
o Febre 
o Calafrios 
o Cefaleia 
o Mialgias 
 Dengue Clássica 
 Após 6 dias há produção de anticorpos IgM e depois IgG 
o Bloqueiam a disseminação da doença. 
PORÉM A IMUNIDADE A ESSES VÍRUS NEM SEMPRE É BENÉFICA: 
 Dengue Hemorrágica 
 Resposta inflamatória secundária causa destruição tecidual 
 A imunidade parcial prévia pode levar à reação de hipersensibilidade. 
o Formação de imunocomplexos 
o Ativação da via do Complemento 
 Infecções em que o anticorpo não apresenta neutralização total da ação viral 
pode aumentar a captação dos vírus pelos macrófagos. 
o Piora do quadro 
o Predisposição a fenômenos hemorrágicos 
 Aumento da permeabilidade capilar 
 Em virtude de disfunção endotelial 
 Hemoconcentração 
 Choque (Hipovolêmico + Distributivo) 
 Pulso quase imperceptível, queda da pressão, 
inquietação, palidez e perda de consciência. 
 Apresentam também proteinúria e hipoalbunimemia. 
 Associada a supressão medular 
o Plaquetopenia e leucopenia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
GRAU DE GRAVIDADE 
 Segundo a OMS, de acordo com o tipo de quadro. 
I. Febre acompanhada de sintomas inespecíficos, única manifestação hemorrágica 
é a prova do laço positiva. 
II. Soma-se hemorragias espontâneas 
III. Colapso Circulatório com pulso rápido e fraco, da PA, pele pegajosa e fria e 
inquietação ou perda de consciência. 
IV. Síndrome do Choque da Dengue, choque profundo com PA e Pulso quase 
imperceptíveis. 
GRUPOS DE GRAVIDADE 
Grupo A 
 Febre (7dias) + 2 sintomas inespecíficos 
 Sem sinais de alerta 
 Prova do laço negativa 
Grupo B 
 Febre (7dias) + 2 sintomas inespecíficos 
 Sem sinais de alerta 
 Prova do laço positiva – manifestações hemorrágicas 
Grupo C 
 Febre (7dias) + 2 sintomas inespecíficos 
 Sinais de alerta 
 Prova do laço positiva 
 Manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes 
Grupo D 
 Febre (7dias) + 2 sintomas inespecíficos 
 Sinais de alerta 
 Prova do laço positiva 
 Manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes 
 Choque Fraco + Hipotensão 
QUADRO CLÍNICO 
 Assintomática ou manifestações clínicas de aspecto variado 
o Maioria das vezes é sintomática 
o Em crianças menores que 15 anos, mais de 50% é assintomática ou pouco 
sintomática. 
DENGUE CLÁSSICA: 
 Dura em torno de 7 dias 
o Início súbito de febre alta – primeiro sintoma 
o Cefaleia 
o Mialgia 
o Dor Retro-ocular 
o Astenia 
o Diarreia – 30% 
o Náuseas e vômitos – 50% 
o Sintomas Respiratórios (tosse e coriza) – 30% 
o Icterícia – raro 
o Linfonodomegalias – frequente 
o Hepatomegalia dolorosa 
o Exantema – 50% (Rash facial junto com a febre) 
o Manifestações Hemorrágicas leves 
 Epistaxe 
 Gengivorragia 
 Petéquias 
 Prova do laço + 
 Sintomas surgem após 3-10 dias de incubação. 
 Dor intensa 
 Febre “quebra-osso” 5 a 7 dias 
o 5 a 6% apresentam febre bifáfica 
 Retorno após 1-2 dias 
 Aparecimento da fase crítica com choque e manifestações 
hemorrágicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENGUE HEMORRÁGICA 
 Aumento da permeabilidade vascular 
o Sem lesão endotelial 
 Hemoconcentração 
 Plaquetopenia 
 Síndrome do Choque da Dengue 
o Ocorre apenas nos casos graves de Dengue Hemorrágica 
 Derrame/Hipoproteínemia 
 Sorotipo 2 
DIAGNÓSTICO 
 Fase aguda (viremia): 
o Isolamento Viral (PCT-RT) 
 1 a 5 dias 
o Antígeno NS1 (sono/elisa/teste rápido) 
 1 a 7 dias 
 Após Soroconversão 
o Elisa (IgM) 
 6 a ...dias 
 Sem doença 
o Elisa (igG) 
 Exames para a Classe A 
o Hematócrito + plaquetas 
 Doença crônica prévia 
 Idade>65 anos 
 Crianças menores que 1 ano 
o Solorologia 
 Após 6 dias de sintoma 
 Alternativa Ag NS-1 
 Exames para Classe B 
o Hematócrito + plaquetas em todos 
o Sorologia ou Pesquisa de Ag NS-1 
 Exames para Classe C e D 
o Hemograma com plaquetas + Hematócrito de 6/6h 
o Sorologia ou Pesquisa de Ag NS-1 
o Tapagem Sanguínea 
o Rx de tórax ou abdôme 
 Se suspeita de derrame cavitários. 
TRATAMENTO 
 Não há tratamento específico 
 Suporte Hemodinâmico 
Grupo A 
 Atenção Primária – em domicílio 
 Retorno hospitalar se piora dos sintomas 
 80ml/kg/dia 
o 1/3 por soro de reidratação oral 
Grupo B 
 Leito de observação 4h 
 Hematócrito normal – esquema A 
 Hematócrito >10% - IV 40ml/kg por 4h 
Grupo C 
 Leito de internação 
 Hidratação de 20ml/kg/h nas 2 primeiras horas 
 Se não melhora, faz esquema do grupo D 
Grupo D 
 Leito de UTI 
 Inicialmente: 20ml/kg/20min e repetir em até 3x 
 Depois manter 25ml/kg em 6h/6h 
 Uso de coloides – Dextran 40 10-20ml/kg em 30 min 
 Plasma fresco congelado, plaquetas ou crioprecipitado para controle de 
hemorragias 
 Se queda no hematócrito – 5ml/kg de concentrado de hemácias 
 
 
 
Sangramentos Espontâneos 
CHIKUNGUNHA 
INTRODUÇÃO/EPIDEMIOLOGIA 
 Nome = Andar Curvado → Dor articular 
 Doença causada pelo vírus CHIKV 
o Gênero Alphavirus e família Togaviridae), o qual 
 Aedes aegypti como vetor e o homem como hospedeiro definitivo 
 Brasil 2015 
o 20.662 casos, sendo >18.000 no Nordeste 
 Período de incubação que pode durar entre 1 e 12 dias (média de 3-7 dias) 
o Só depois disso é que ele entra no período sintomático da doençaTRANSMISSÃO 
 Mesma da dengue. OBS: para outro mosquito citado. 
 Pode ter congênita (raras)/transfusão(+rara) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOGENIA 
 Não inteiramente conhecida 
 Similaridade com dengue 
 Cél. epiteliais, endoteliais, fibroblastos e macrófagos são suscetíveis às suas ações 
o Entrada do vírus por endocitose 
o Induz apoptose dessas células 
QUADRO CLÍNICO 
 A doença em si não causa mortalidade, mas possui um grande complicador de 
morbidade que é a Cronicidade do acometimento articular com artrite 
associada. 
 Pode ser dividido em 3 fases distintas: 
o Fase Aguda (Febril) 
o Fase Subaguda 
o Fase Crônica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sintomas + comuns: 
o Febre – 76-100% 
o Poliartralgia – 76-100% 
o Cefaleia – 50-70% 
o Exantema – 28-77% 
o Estomatite – 25% 
o Úlceras Orais – 15% 
o Hiperpigmentação – 20% 
o Dermatite Esfoliativa – 5-10% 
 Exames: 
o Linfopenia 
o Plaquetopenia 
o Inespecífico 
 Artralgia/Artrite + Tenosinovite + Cronicidade = 90% Chikungunha 
 Teoria da doença Crônica e dor Articular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 Histórico + link epidemiológico 
 Casos suspeito 
o Febre de instalação abrupta, + calafrios e artralgia, que 
persiste de semanas a meses 
 Caso provável 
o Casos suspeito + viagem p/reg. Endêmica 
o Exclusão de dengue, malária e outras 
 Caso confirmado: 
o PCR-RT 
o Isolamento do vírus em cultura 
o Ac IgM + na fase aguda ou contravalescença 
o Ac IgG com aumento de 4x de títulos em 3-4semanas 
 Por ser um Togavírus, não cruza nem com dengue, 
nem com Zika e nem Febre Amarela. 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 Sem sinais de gravidade e critérios de internação e grupo de risco 
o Hidratar na fase aguda 
o Tratar artropatias com reumato 
o Manejo de dor 
 Se esses, internação em hotelatia ou UTI 
 Drogas em estudo + Vacinas em estudo 
 
 
ZIKAVÍRUS 
INTRODUÇÃO/EPIDEMIOLOGIA 
 Nome por conta de uma floresta Zika na África 
 Também causada por Flavivírus – ZIKAV 
o RNA de fita simples 
o Tem tropismo pelo SNC – Complicações – Síndrome de Guillan-Barret 
 Primeiro isolamento em macacos 1947 
 Primeiro caso 1954 
 Primeiro surto em Abril de 2007 
o Erupção cutânea + altralgia + conjuntivite 
 Brasil 
o Primeiro caso em 2015 
o Hoje: 440mil a 1,5 milhões de casos 
o Vanguarda nas publicações 
TRANSMISSÃO 
 Mosquito - Igual ao da dengue 
 Vírus foi identificado na urina, saliva, sangue, sêmen e leite materno de 
humanos 
o Maternofetal, relações sexuais, transfusões,... 
o Fiocruz e Estudos americanos 
FISIOPATOLOGIA 
 Ceratinócitos e fibroblastos são suscetíveis aos isolados do ZKV 
 Replicação inicialmente nas células dendríticas imaturas 
o Perto do sítio de contaminação 
 Chega aos linfonodos e posteriormente, causa viremia. 
 Replicação no citoplasma celular (alguns estudos identificaram no núcleo 
também) 
 3 a 14 dias de incubação 
QUADRO CLÍNICO 
 80% assintomático ou oligossintomática inespecífica 
 Febre não muito alta (dengue e chikungunya é maior) 
 Pouca repercussão no estado geral 
o Não fica prostrado e nem baquiado 
 Exantema maculopapular 
o Muito pruriginoso – diferente da dengue 
 Mialgia e artralgia 
o Sem artrite 
o Leve a moderado 
o Sem limitação funcional 
o Sem erosão óssea 
 Conjuntivite 
o Muito comum 
o Coriorretinite 
 Cefaleia leve 
 Curta duração 
 Complicação relacionada à gestação 
o Microcefalia (Publicação de brasileiros no New England) 
o Calcificação cerebral 
o Muitas outras 
DIAGNÓSTICO 
 Cuidado que pode ter cruzamento com Dengue na sorologia 
 Exames: 
o 3-5 dias PCR-RT 
o Eliminação viral na Urina – PCR 2 a 3 semanas 
o IgM a partir de 3/5dias – maior especificidade 
o IgG a partir de 5/7 dias 
 Alta incidência de reatividade cruzada com IgG de Dengue atual 
ou pregressa 
 Complementares: 
o Leucopenia e plaquetopenia podem ocorrer 
o Elevação de enz. Hepáticas e LDH 
o Se complicações: 
 Eco, Líquor, tc de crânio, fundoscopia e avaliação neurológica. 
 Tratamento 
 Manejo e suporte 
 Dipirona e Paracetamol são indicados 
 Anti-histamínicos para erupções pruriginosas 
 Não se recomenda AAS 
NOTIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS:

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