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Homeostase e alostase

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HOMEOSTASE e ALOSTASE
Alostase: custo que o organismo tem que dispor para recuperar as energias e se equilibrar diante as situações de estresse.
Estresse: conj. De alterações fisiológicas comportamentais que repercute diretamente no sistema imunológico, que o organismo desenvolve diante de um desafio (ag agressor) de natureza física ou psicossocial (positivo ou negativo), que rompe a homeostase do organismo e exige assim m esforço de adaptação.
Fases do estresse:
1) Alarme ou alerta – ruptura do equilíbrio interno do organismo e a mobilização do mesmo para enfrentar o ag estressor.
2) Resistência – as respostas fisiológicas e comportamentais são mantidas pelo cortisol. A eficiência das respostas chega ao seu ponto máximo e o individuo apresenta seu melhor desempenho físico e cognitivo, e assim apresenta ampla condição de neutralizar o ag estressor – IMPORTANTE IDENTIFICAR O PACIENTE AQUI.
3) Exaustão – caso o indivíduo falhe em neutralizar o agente estressor e este se prolongue, o organismo continua respondendo de forma crônica, e as alterações fisiológicas e comportamentais, inicialmente adaptativas, levam a uma sobrecarga energética e exaustão dos sistemas.
Estresse e sistemas
O estresse envolve comunicação bilateral entre o cérebro e os sistemas cardiovascular, imunológico e metabólico, por meio do sistema nervoso autônomo e de mecanismos endócrinos. Os efeitos do estresse envolvem medidas de parâmetros múltiplos relativos aos mediadores de estresse e de adaptação, e modificações cumulativas que ocorrem no corpo e no cérebro.
Para cada situação tem que haver um compensatório. 
Regulação homeostática
Visa restabelecer o equilíbrio do individuo durante as condições normais de regulação para manutenção do organismo em harmonia com situações que se alteram transitoriamente como, por exemplo, após a ingestão alimentar, durante o sono, durante a resposta sexual e reprodutiva. 
A pessoa faz esse processo de regulação o tempo todo; mas essa regulação não chega a um estágio de perfeição, é um processo continuo.
Fundamentos da alostase
-os organismos são concebidos para serem eficientes
-a eficiência exige reciprocidade de ganhos e perdas
-a eficiência também requer ser capaz de prever as necessidades futuras
-tal previsão, requer que cada sensor de adapte para o intervalo esperado de entrada.
-a previsão também exige que cada efetor adapte a sua saída para o intervalo esperado necessário
-a introdução assistida da regulação depende do comportamento, enquanto mecanismos neurais também se adaptam.
Ampliação da homeostase
Os sistemas alostáticos dispõem de meios para produzirem um ajuste estreito que serve a eficiência do mecanismo, prevendo, integrando e ajustando demandas, dividir recursos entre os sistemas fisiológicos, evitando assim a exaustão de alguns sistemas armazenarem informações de erros e minimizar tanto a magnitude quanto a frequência dos mesmos em momentos posteriores.
O contraste com a homeostase
A homeostase é a regulação do corpo para um equilíbrio, por um único ponto de ajuste, tais como o nível de O2 no sangue, a glicose no sangue ou o pH do sangue -> é voltar um ponto por vez.
Alostase é a adaptação, mas em relação a um equilíbrio mais dinâmico envolvendo diversos sistemas -> se tiver uma parte modificada, o individuo todo vai sofrer.
Efeitos da alostase
A ativação dos sistemas gera um custo energético ao organismo, denominado de carga alostática que, quando em excesso, pode desencadear patologias físicas e transtornos mentais no individuo, situação esta conhecida como sobrecarga alostática.
Há eventos na vida cotidiana, inclusive o estilo de vida individual, que produzem um tipo de estresse crônico que, ao longo do tempo, leva ao desgaste do corpo (“sobrecarga alostática”). No entanto, hormônios e outros mediadores associados ao estresse e a adaptação protegem o corpo no curto prazo e favorecem a adaptação (“alostase”). 
Como exemplo, esta fase é a responsável pelas reações de ajustamento frente a estressores diários e de pequeno potencial lesivo, tais como elevação da pressão arterial e do nível de ansiedade, o que se configura como uma resposta normal da adaptação que tende a cessar após o estimulo desaparecer.
Resumidamente, o estresse é a principio, um benefício evolutivo e a alostase representa o conjunto de mecanismos desenvolvidos para a adaptação do organismo.
Falha alostática
A incapacidade do individuo se ativar os sistemas alostáticos diante de uma demanda prolongada, que poderia desencadear processos patológicos, tendo em vista a inaptidão do organismo em responder adequadamente.
A alostase e a carga alostática sob a ótica da perspectiva cognitiva do estresse
Um episódio de estresse está intimamente relacionado ao repertório de habilidades cognitivas, comportamentais e emocionais que permitem ao individuo lidar com estressores das mais variadas fontes.
A percepção do estresse é sempre influenciada pela interação entre experiências individuais, genética e comportamento, pois, quando o cérebro percebe a experiência como estressora, respostas fisiológicas e comportamentais são iniciadas para buscar a adaptação. 
Princípios básicos
1. O funcionamento psicológico e a manifestação de comportamentos produzem respostas fisiológicas concomitantes, sendo estes reflexos parciais ou totais da dinâmica psicológica, emocional ou comportamental. 
2. Comportamentos e mecanismos psicológicos estão relacionados diretamente aos conceitos de proteção e risco diante das doenças;
3. As influencias psicológicas e comportamentais estão associadas ao desenvolvimento e prognóstico das doenças, bem como implicados na forma de lidar com estados patológicos.
Em resumo
· Eventos que ocorrem nos primeiros anos de vida influenciam padrões permanentes sobre a suscetibilidade a emoções e sobre a responsividade ao estresse, assim como podem alterar o ritmo de envelhecimento do cérebro e do corpo.
· A ativação dos sistemas de resposta ao estresse diante um agente estressor consiste em um fenômeno comum a todos os vertebrados, com características fisiológicas semelhantes, decorrente de variações adaptativas que envolvem a integração de influências genéticas (estrutura geral dos sistemas) e uma larga variabilidade na reatividade destes sistemas entre os indivíduos. 
· As respostas fisiológicas e comportamentais disparadas por estes sistemas não são iguais entre as espécies, nem mesmo entre os indivíduos de uma mesma espécie, ou no mesmo indivíduo em diferentes situações.
· O impacto causado por um agente estressor, ou seja, a intensidade e a duração da ativação dos sistemas alostáticos de um organismo são determinadas em parte por características do próprio estímulo (natureza, tempo de exposição, previsibilidade), e em parte pela habilidade que o organismo possui em lidar com a situação = fatores individuais e sociais.

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