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Hepatites virais

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Hepatites virais 
Referencia Bibliografica: Microbiologia Médica 
7ed Capítulo 63:Vírus da Hepatite 
Vírus Causadores de Hepatites 
Hepatite “A” família Picornaviridae, gênero 
Hepatovirus 
Hepatite “B” família Hepadnaviridae, gênero 
Orthohepadnavirus 
Hepatite “C” Família Flaviviridae, gênero 
Hepacivirus 
Hepatite “Delta” ou “D” (vírus defectivo) gênero 
Deltavirus 
Hepatite “E” família Hepeviridae, gênero 
Hepevirus 
Hepatite “G” Família Flaviviridae, gênero 
Embora o órgão-alvo para cada um deles seja o 
fígado e os sintomas básicos da hepatite sejam 
similares, esses vírus são significativamente 
diferentes em sua estrutura, modo de replicação, 
modo de transmissão, tempo de duração da 
doença e sequelas que causam. O vírus da 
hepatite A (HAV) e o vírus da hepatite B (HBV) são 
os vírus da hepatite clássica, e os vírus da 
hepatite C, G, E e o vírus da hepatite D (HDV), ou 
agente delta, são chamados de vírus da hepatite 
não A, não B (NANBH). 
Cada um dos vírus da hepatite infecta e danifica o 
fígado, ocasionando os sintomas clássicos de 
icterícia e a liberação de enzimas hepáticas. O 
vírus específico causador da doença pode ser 
distinguido por sorologia, natureza e progressão 
da doença. Esses vírus têm se disseminado 
facilmente, pois as pessoas infectadas são 
contagiosas antes de apresentar os sintomas ou 
na ausência dos mesmos. 
Hepatite A(HAV): As vezes conhecida como 
hepatite infecciosa, (1) é causada por um 
picornavírus, um vírus de ácido ribonucleico 
(RNA); (2) é disseminada pela via fecal-oral; (3) 
tem período de incubação de cerca de 1 mês, 
após o qual os sintomas de icterícia se 
manifestam abruptamente; (4) não causa doença 
hepática crônica; e (5) raramente é fatal. 
Hepatite B(HBV): Anteriormente conhecida como 
hepatite do soro, (1) é causada por um 
hepadnavírus com genoma de ácido 
desoxirribonucleico (DNA); (2) é disseminada por 
via parenteral, pelo sangue ou por agulhas 
contaminadas, por contato sexual e por via 
perinatal; (3) tem período médio de incubação de 
aproximadamente 3 meses; após esse período, os 
sintomas ictéricos se manifestam insidiosamente; 
(4) é acompanhada de hepatite crônica em 5% a 
10% dos pacientes; e (5) tem associação causal 
com carcinoma hepatocelular primário (PHC, 
primary hepatocellular carcinoma). Mais de um 
terço da população mundial já foi infectado com 
o HBV, resultando em 1 a 2 milhões de óbitos por 
ano. A incidência do HBV está diminuindo, 
especialmente em lactentes, por causa do 
desenvolvimento e uso da vacina de subunidade 
contra HBV. 
Hepatite C (HCV): também é prevalente em todo 
o mundo, com mais de 170 milhões de 
portadores da doença. O HCV é disseminado 
pelas mesmas vias que o HBV, porém tem mais 
propensão para ocasionar a doença crônica. O 
HCV também aumenta o risco para PHC. O HCV é 
um flavivírus com genoma de RNA. 
Hepatite G(HGV)também um flavivírus e causa 
infecções crônicas. 
Hepatite E(HEV): ) É um vírus entérico não 
envelopado com o genoma de RNA, pertencente 
à sua própria família, e a doença provocada por 
esse vírus é semelhante à causada pelo HAV. 
Hepatite D ou Delta: , é peculiar, pois exige 
replicação ativa do HBV como “vírus auxiliar ” e 
ocorre somente em pacientes portadores da 
infecção por HBV ativa. O HBV fornece o 
envelope para o RNA do HDV e seus antígenos. O 
HDV exacerba os sintomas causados pelo HBV. 
Vírus da Hepatite A(HAV) 
O HAV causa hepatite infecciosa e se dissemina 
pela via fecal-oral. A fonte de infecção para esse 
vírus resulta, com frequência, do consumo de 
água, frutos do mar e outros alimentos 
contaminados. O HAV é um picornavírus, foi 
inicialmente denominado como enterovírus 72, e 
recentemente reclassificado dentro de um novo 
gênero, o Heparnavirus, com base em seu 
genoma único. 
Estrutura: 
- Vírus não envelopado 
- Capsídeo Icosaédrico 
- RNA fita simples positivo 
- Existe apenas um sorotipo de HAV 
 
Replicação: 
- Ele interage especificamente, através da 
glicoproteína, com o receptor celular 1 (HAVCR-1, 
também conhecido como domínio de mucina e 
imunoglobulina de célula T [TIM-1]) expresso nas 
células hepáticas e em células T. A estrutura do 
HAVCR-1 pode variar de indivíduo para indivíduo, 
e formas específicas se correlacionam com a 
gravidade da doença. 
Entretanto, diferentemente dos outros 
picornavírus, o HAV não é citolítico e é liberado 
por exocitose. Isolados laboratoriais de HAV 
foram adaptados para crescer em cultivos 
celulares primários e linhagens contínuas 
oriundas de rins de macacos, mas isolados 
clínicos têm dificuldade de crescer em cultivo 
celular. 
Patogênese: 
- Transmissão via oral-fecal 
- Incubação: 30 dias 
- Sorologia:IgM e IgG anti HAV 
- Tropismo: A infecção inicial acontece nos 
enterócitos,disseminação por via 
sanguínea,Infecção nos hepatócitos onde novas 
partículas virais são formadas. 
- Viremia: precede de 7 a 14 dias o surgimento da 
Icterícia e decresce concomitantemente à 
elevação do ALT(alanina-aminotransferase) e ao 
surgimento dos sintomas. 
- Vírus são eliminados nas fezes e permanecem 
viáveis nas mãos e objetos contaminados 
- O HAV é excretado nas fezes por 1 a 2 semanas 
antes do início da doença e por pelo menos 1 
semana depois 
 
-O HAV é ingerido e provavelmente penetra na 
corrente sanguínea pelo revestimento epitelial da 
orofaringe ou do intestino para atingir seu alvo, 
as células parenquimatosas do fígado. 
O vírus é excretado em grande quantidade nas 
fezes e isso ocorre cerca de 10 dias antes do 
aparecimento dos sintomas de icterícia ou da 
detecção do anticorpo. 
O HAV replica-se lentamente no fígado sem 
produzir efeitos citopáticos aparentes. Embora o 
interferon limite a replicação viral, as células 
natural killer e as células T citotóxicas são 
exigidas para a eliminação das células infectadas. 
O anticorpo, o complemento e a citotoxicidade 
celular dependente de anticorpo também 
facilitam a remoção do vírus e a indução da 
imunopatologia. O quadro de icterícia resultante 
dos danos causados ao fígado ocorre quando as 
respostas imunes mediadas por células e 
anticorpos contra o vírus são detectadas. 
A proteção do anticorpo contra a reinfecção é 
duradoura. A doença ocasionada causada pela 
infecção por HAV é indistinguível 
histologicamente daquela causada pelo HBV. O 
quadro é mais comumente provocado pela 
imunopatologia e não pela citopatologia induzida 
pelo vírus. Todavia, diferentemente do HBV, o 
HAV não pode iniciar infecção crônica e não está 
associado com o câncer hepático. 
 
Epidemiologia: 
- Cerca de 40% dos casos agudos de hepatite são 
causados por HAV. 
- O vírus se espalha facilmente em 
comunidade,pois a maioria das pessoas 
infectadas é contagiosa 10 a 14 dias antes do 
aparecimento dos sintomas. 
- Ainda, 90% das crianças infectadas e entre 25 e 
50% dos adultos infectados são portadores de 
infecções produtivas, mas não aparentes. 
- Transmissão via oral – fecal 
- Dissemina-se por meio de água, alimentos 
contaminados e mãos sujas. O HAV é resistente a 
detergentes, ácidos (pH = 1) e temperaturas 
acima de 60 °C, podendo sobreviver por muitos 
meses em água fresca e água salgada. Esgoto 
sanitário não tratado ou tratado de forma 
inadequada pode contaminar o suprimento de 
água e os frutos do mar. Esses alimentos, 
especialmente mariscos, ostras e mexilhões, são 
importantes fontes do vírus, pois se alimentam 
por filtração e podem concentrar as partículas 
virais, até mesmo de soluções diluídas. 
Síndromes Clínicas: 
- Infecção assintomática a Hepatite fulminante – 
Infecção aguda 
- Sinais e Sintomas incluem: febre, mal-estar, 
náusea, vômito, desconforto abdominal, urina 
escura (colúria), fezes claras (acolia fecal) e 
icterícia. 
- Sinais e Sintomas menos comuns incluem 
mialgia, prurido, diarreia, artralgia e exantema. 
- Os sintomas causados peloHAV são muito 
parecidos aos da infecção por HBV e resultam do 
dano hepático mediado pelo sistema imune. 
- Doença é mais leve em crianças que em adultos 
- Os sintomas começam a aparecer abruptamente 
cerca de 15 a 50 dias após a exposição e se 
intensificam durante 4 a 6 dias antes da fase 
ictérica. 
- . A icterícia é observada em 70% a 80% dos 
adultos, mas apenas em 10% das crianças (com 
menos de 6 anos de idade). Os sintomas 
geralmente diminuem durante o período de 
icterícia. Já a disseminação viral nas fezes 
precede em aproximadamente 14 dias o início 
dos sintomas e é interrompida antes do 
desaparecimento dos mesmos. A recuperação 
completa ocorre em 99% dos casos dentro de 2 a 
4 semanas do início da doença. 
 
Diagnóstico Laboratorial: 
- O diagnóstico da infecção por HAV é geralmente 
realizado com base na duração dos sintomas 
clínicos, na identificação de uma fonte de 
infecção conhecida e, de modo mais confiável, 
nos resultados obtidos de testes sorológicos 
específicos. A melhor maneira de demonstrar 
uma infecção aguda por HAV é pelo achado de 
IgM anti-HAV, medida por ensaio imunossorvente 
ligado à enzima (ELISA) ou radioimunoensaio. O 
isolamento viral não é realizado, pois ainda não 
existe um sistema eficiente de cultivo celular para 
a multiplicação viral. 
 
- Infecção recente: 
Anti HAV total +/- 
IgM anti-HAV + 
- Infecção passada ou vacinação: 
Anti HAV total + 
IgM anti HAV - 
Ausencia do contato com HAV: 
Ambos negativos. 
Tratamento prevenção e controle; 
-A transmissão do HAV é reduzida 
interrompendo-se a disseminação do vírus pela 
rota fecal-oral. Ao mesmo tempo, é preciso evitar 
o consumo de água ou alimentos potencialmente 
contaminados, em especial frutos do mar crus. A 
lavagem apropriada das mãos, sobretudo em 
creches, hospitais psiquiátricos e outras 
instalações de atendimento, é de vital 
importância. O tratamento da água potável com 
cloro geralmente é suficiente para matar o vírus. 
A profilaxia com globulina sérica imune 
administrada antes ou logo no início do período 
de incubação (i.e., menos de 2 semanas após a 
exposição) tem eficácia de 80% a 90% na 
prevenção da doença clínica. 
Vacinas inativadas contra o HAV foram aprovadas 
pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) e 
estão disponíveis para todas as crianças e adultos 
com alto risco de infecção, em particular 
viajantes para áreas endêmicas. A vacina é 
administrada em crianças com até 2 anos de 
idade e pode ser ministrada nos adultos junto 
com a vacina de HBV. Uma vacina viva contra o 
HAV está em uso na China. Existe apenas um 
sorotipo de HAV e esse vírus só infecta o homem, 
fatores que ajudam a assegurar o sucesso em um 
programa de imunização. 
 
Vírus da Hepatite B(HBV) 
-. O HBV infecta o fígado e, em menor escala, os 
rins e o pâncreas somente de seres humanos e 
chimpanzés. Os avanços em biologia molecular 
tornaram possível o estudo do HBV, apesar da 
gama limitada de hospedeiros para o vírus e da 
dificuldade representada pelos sistemas de 
cultivo celular utilizados na multiplicação viral. 
Estrutura: 
- vÍrus envelopado 
- DNA circular de fita parcialmente dupla 
- 8 genótipos 
- No Brasil tem-se 3 genótipos 
- Genótipos A e F em algumas áreas da região 
Norte 
- Região Sudeste - maior predomínio dos 
genótipos A e D. 
- grande quantidade de vírus no plasma 
de portadores 
- Somente afeta seres humanos 
- Não há outros reservatórios 
- Embora sendo um vírus de DNA, ele codifica 
uma transcriptase reversa e se replica por meio 
de um intermediário de RNA. 
- Antígeno do core do vírus da hepatite B: HBcAg 
- Esse antígeno faz parte do capsídeo do vírus 
MAIS INTERNAMENTE 
-Antígeno de superfície do vírus da Hepatite 
B:HBsAg 
Esse antígeno faz parte do envelope do vírus mais 
externamente e contem três formas de 
glicoproteínas: S,M,L. 
• Proteína L - Ligação do vírus aos receptores nos 
hepatócitos, provavelmente essa maior 
quantidade de proteínas L evita que as partículas 
subvirais, que são mais numerosas, compitam 
com os vírions pelos receptores presentes na 
superfície celular. 
• Proteína M - Ligação para a adsorção do HBV 
nas células, e possui uma região que mimetiza a 
albumina sérica humana, o que permite que o 
HBV penetre via receptores celulares de albumina 
no citoplasma do hepatócito. 
• Proteína S - que é a principal proteína que 
forma o HBsAg, é capaz de induzir resposta 
imunológica protetora contra o HBV, e é o 
antígeno utilizado na formulação de vacinas. 
 
 
 
HBsAg- é um antígeno mais externo composto 
por 3 glicoproteinas 
HBcAg- é a proteína de core mais interno,essa 
protína não acessa a corrente sanguinea,fica no 
interior do hepatócito e o anti HBc indica contato 
com a partícula viral toda. 
HBeAg – É uma proteína antigênica que assim 
como o HBcAg esta mais internamente revestindo 
o núcleo(parte do capsídeo) Uma proteína do 
antígeno “e” do vírus da hepatite B (HBeAg, 
hepatitis B “e” antigen) compartilha a maior parte 
da sequência proteica com o HBcAg, entretanto é 
processada de maneira diferente pela célula, 
excretada inicialmente no soro, não sendo capaz 
de automontagem (como um antígeno de 
capsídeo), e expressa determinantes antigênicos 
diferentes. 
IMPORTANTE: 
- As partículas contendo HBsAg são liberadas no 
soro dos indivíduos infectados e superam o 
número total de virions. Essas partículas podem 
ser esféricas (embora menores que a partícula 
Dane) ou filamentosas.Na tentativa de driblar ou 
distrair o sistema imune o vírus libera essas 
particulares não virais com HBsAg para o sistema 
imune atacar elas enquanto que os virions que 
são de fato o vírus infectante se multiplica no 
interior dos Hepatócitos. 
-Essas partículas de distração são imunogênicas e 
form incluídas na primeira vacina comercial 
contra o HBV. 
HbsAg: 
- O HBsAg, originalmente denominado de 
antígeno Austrália, inclui três glicoproteínas (L, M 
e S) codificadas pelo mesmo gene e lidas na 
mesma fase de leitura, mas traduzidas em 
proteínas de diferentes códons inicializadores 
AUG (adenina, uracila e guanina). 
-A glicoproteína S é o componente principal das 
partículas de HBsAg; por si só, ela se autoassocia 
com partículas esféricas de 22 nm que são 
liberadas das células. As partículas filamentosas 
do HBsAg encontradas no soro contêm 
principalmente essa glicoproteína S, mas também 
pequenas quantidades das glicoproteínas M e L, 
além de outras proteínas e lipídio. 
Genoma: 
- DNA circular,aberto e incompleto 
- Codificação de 4 genes 
• Gene S - codifica o antígeno de superfície 
(HBsAg); 
• Gene C - codifica a proteína do core (HBcAg) e o 
antígeno “e” (HBeAg); 
• Gene P - codifica a DNA polimerase, que 
também possui atividade de transcriptase 
reversa. 
• Gene X - codifica uma proteína transativadora 
que potencializa a replicação do HBV (HBxAg). 
Replicação: 
- O HBV possui mecanismo único de replicação 
entre os vírus que infectam o homem, que 
permite a produção de diferentes tipos de 
partículas virais; Em preparações para 
microscopia eletrônica a partir do soro de 
indivíduos infectados, podem ser observados 3 
tipos de partículas: 
- Completas esféricas infecciosas 
- Incompletas esféricas 
- Incompletas filamentosas 
Processo: 
1) Adsorção das partículas aos receptores 
celulares. 
2) Penetração das partículas no citoplasma 
celular seguida de desnudamento do ácido 
nucleico. 
3) . Migração do DNA viral (DNAv) para o núcleo 
celular. 
4) Conversão do DNAv para a forma circular 
covalentemente fechada (DNAccc). 
5) Transcrição do DNAccc em RNA mensageiros 
(RNAm) de diversos tamanhos que são usados 
para a tradução de proteínas e como molde para 
a síntese do RNA pré-genômico. 
6 e 7) Tradução das proteínas virais e Montagem 
do capsídeo. 
8) Empacotamento do RNA pré-genômico (3,5 
kb). 
9) . Síntese da fita negativado DNAv a partir do 
RNA pré-genômico por transcrição reversa. 
10) Síntese da fita positiva do DNAv. 
11) Maturação das partículas no retículo 
endoplasmático rugoso (RER) no qual o HBsAg é 
incorporado à partícula. Alguns nucleocapsídeos 
são transportados para o núcleo, onde seus DNA 
genômicos podem ser convertidos em DNAccc 
para manter um estoque intranuclear de moldes 
transcricionais. 
12) Liberação das partículas por brotamento 
através da membrana celular. 
 
Patogenese e Imunidade: 
- Maioria assintomáticos 
- 10% Hepatite crônica com evolução para cirrose 
e hepatocarcinoma; 
- Crianças 90% infecção crônica 
-1 a 2% dos pacientes com infecção aguda 
evoluem para insuficiência hepática fuminante 
nas 4 primeiras semanas, com alta taxa de 
letalidade. 
IMPORTANTE: 
- A infecção pelo HBV não é lítica, sendo o dano 
causado pela resposta inflamatória e pelos 
linfócitos TCD8.Ou seja,o vírus não provoca lise 
de hepatocito,o dano ao fígado é causado pela 
resposta imune tentando eliminar o patógeno 
intracelular de hEpatócito.Por isso que criança 
não manifesta sintoma,uma vez que seu sistema 
imune ainda é imaturo e não gera tanta lesão na 
tentativa de eliminar o patógeno e portanto 90% 
das crianas desenvolvem a infecção crônica sem 
muitos sintomas mais ainda trnsmissiveis 
- A lesão dos hepatócitos leva a produção de 
colágeno e formação de tecido fibroso, podendo 
ocasionar a cirrose. 
- Período de incubação: 45- 180 dias 
 
 
O HBV pode causar doença aguda ou 
crônica,sintomática ou assintomática.A 
determinação de qual doença ocorrerá parece 
depender da resposta imune do indivíduo a 
infecção. 
IMPORTANTE: 
- HBsAg e HBeAg são componentes do virion e 
sua presença no sangue indica a existência de 
uma infecção ATIVA EM ANDAMENTO. 
- As partículas de HBsAg continuam a ser 
liberadas no sangue,mesmo depois que a 
liberação do virion tenha sido finalizada e a 
infecção resolvida 
 
IMPORTANTE: 
- O HBV infecta o fígado, mas não causa 
citopatologia direta. A lise das células infectadas 
ocasionada pela imunidade celular produz os 
sintomas e resolve a infecção. A imunidade 
insuficiente pode acarretar doença crônica por 
HBV, que predispõe a pessoa às consequências 
mais graves. As setas púrpuras indicam os 
sintomas; as setas verdes indicam uma 
consequência possível.Imunidade baixa e 
insuficiente pode levar a cronicidade da doença 
que pode levar a fibrose hepática. 
A principal fonte de vírus infecciosos é o sangue, 
mas o HBV pode ser encontrado no sêmen, na 
saliva, no leite materno, nas secreções vaginais e 
menstruais e no fluido amniótico. A maneira mais 
eficiente de adquirir HBV é pela penetração do 
vírus na corrente sanguínea . O contato sexual e o 
parto são rotas comuns de infecção, embora 
sejam menos eficientes. 
 
- A viremia acontece a partir do fígado 
IMPORTANTE: 
- A infecção inicial com HBV ocorre via 
parenteral(Compatilhamento de seringa no uso 
de drogas injetáveis), sexo hetero e homossexual 
e parto. O vírus então se dissemina para o fígado, 
se replica, induz a viremia e é transmitido em 
várias secreções corporais, além do sangue, para 
reiniciar o ciclo. Os sintomas são provocados pela 
imunidade mediada por células (CMI) e por 
complexos imunes entre anticorpo e antígeno de 
superfície da hepatite B (HBsAg). IV, intravenoso. 
 
- O Vírus inicia a replicação no fígado dentro de 3 
dias após sua aquisição. 
- No entanto,os sintomas não podem ser 
percebidos antes de 45 dias ou mais 
- O vírus se replica em hepatócitos com efeito 
citopático mínimo. A infecção prossegue por 
período relativamente longo sem causar dano 
hepático (p. ex., elevação dos níveis de enzimas 
hepáticas) ou sintomas. Nesse período, cópias do 
genoma do HBV se integram à cromatina dos 
hepatócitos e permanecem latentes. A 
construção intracelular de formas filamentosas 
de HBsAg pode produzir a citopatologia 
hepatocitária em aspecto de “vidro fosco” 
(ground-glass), característica da infecção por 
HBV. 
Imunidade: 
- A imunidade mediada por células e a inflamação 
são responsáveis por sintomas e resolução 
efetiva da infecção por HBV ao eliminar o 
hepatócito infectado. Os epítopos do antígeno 
HBc são proeminentes antígenos para as células 
T. Resposta insuficiente das células T à infecção 
resulta, geralmente, na ocorrência de sintomas 
leves, na inabilidade de resolver a infecção e no 
desenvolvimento de hepatite crônica. 
- A infecção crônica também esgota as células T 
CD8+ como forma de prevenir a morte das células 
infectadas. O anticorpo(como aquele gerado pela 
vacinação) pode proteger contra a infecção inicial 
ao prevenir a liberação do vírus no fígado. Mais 
tarde, com a progressão da infecção, a grande 
quantidade de HBsAg no soro adere e bloqueia a 
ação de anticorpos neutralizantes, o que limita 
sua capacidade de resolver a infecção. Os 
complexos imunes formados entre o HBsAg e os 
anti-HBs contribuem para o desenvolvimento de 
reações de hipersensibilidade (tipo III), 
acarretando problemas como vasculite, artralgia, 
erupção cutânea e dano renal. 
- Anticorpos anti-HBc estão presentes no soro, 
mas não são protetivos. A proteína HBeAg, como 
ocorre com a HBsAg, é liberada no soro, e, 
durante sua produção, anticorpos anti-HBeAg se 
ligam ao antígeno e não são detectáveis. 
- Os lactentes e as crianças pequenas possuem 
resposta imune mediada por células imatura e 
têm menos capacidade de resolver a infecção, 
mas sofrem menos dano tecidual e sintomas mais 
leves. Cerca de 90% dos lactentes infectados por 
via perinatal se tornam portadores crônicos do 
vírus. A replicação viral persiste nessas pessoas 
por longos períodos. 
- Durante a fase aguda da infecção, o parênquima 
hepático mostra alterações degenerativas 
consistindo em edema e necrose celular, 
especialmente nos hepatócitos que cercam a veia 
central de um lóbulo hepático. O infiltrado de 
células inflamatórias é composto principalmente 
de linfócitos. A resolução da infecção permite a 
regeneração do parênquima. As infecções 
fulminantes, a ativação de infecções crônicas ou a 
coinfecção com o agente delta podem resultar 
em dano hepático permanente e cirrose. 
Eventos Clínicos e Sorológicos da Infecção 
aguda por Hepatite B: 
-O antígeno de superfície (HBsAg) aparece poucas 
semanas após a infecção, seguindo-se a elevação 
do título nas semanas seguintes, mesmo antes do 
surgimento dos sintomas; 
- Durante a fase clinicamente aparente, os níveis 
de HBsAg estão elevados 
- Assim que os sintomas aparecem, o HBsAg 
começa a declinar e é substituído pelo anti-
HBs(Anticorpo) 
- O aparecimento do anti-HBs coincide 
temporalmente com a recuperação da infecção; 
- Em 1 a 2 semanas após o surgimento do HBsAg, 
podem ser detectados anticorpos contra o 
antígeno de core (HBcAg) 
- A IgM anti-HBc aparece no início da infecção e é 
substituída pela IgG anti-HBc aproximadamente 
após 6 meses. 
- O HBeAg surge durante o período de pico da 
replicação viral. 
- O HBeAg surge durante o período de pico da 
replicação viral. 
 
 
 
- A infecção por HBV é caracterizada por período 
longo de incubação e início insidioso. Os sintomas 
durante o período prdrômico podem incluir 
febre, mal-estar e anorexia, seguidos de náusea, 
vômitos, desconforto abdominal e calafrios. Os 
sintomas ictéricos clássicos de dano hepático (p. 
ex., icterícia, urina escura, fezes pálidas) 
acontecem logo depois. 
 A recuperação é indicada por declínio da febre e 
apetite renovado. A hepatite fulminante ocorre 
em cerca de 1% dos pacientes ictéricos e pode ser 
fatal. A doença é marcada por sintomas mais 
intensos e indicação de dano hepático grave, 
como ascite e sangramento. A infecção por HBV 
pode promover reações de hipersensibilidade 
causadas por complexos imunes de HBsAg e 
anticorpo. Esses complexos podem produzir 
erupção cutânea,poliartrite, febre, vasculite 
necrosante aguda e glomerulonefrite. 
Eventos Clínicos e sorológicos da Hepatite 
Crônica 
- HBsAg positivo por mais de 6 meses 
- Pode ou não haver doença hepática ativa(DHA) 
- Geralmente quando há DHA esta ocorrendo 
uma intensa replicação viral ou seja : HBeAg+ 
-ALT elevada 
- O HBsAg permanece reativo indefinidamente na 
presença de IgG anti-HBc 
São reconhecidas três fases da Hepatite Crônica: 
- uma fase com taxas de replicação relativamente 
elevadas ocorre no início da infecção e está 
associada a presença de HBeAg e níveis elevados 
de DNA viral (em geral > 106 cópias/ml) 
- Cerca de 10 a 15% dos pacientes convertem 
espontaneamente para uma fase replicativa 
menos intensa associada à presença do anti-HBe 
e níveis de DNA circulantes em torno de ≤ 10 3 
cópias/ml. 
- Na terceira fase ocorre a inativação da 
replicação viral com síntese contínua de HBsAg, 
havendo a possibilidade da reativação da 
infecção e estabelecimento novamente da 
infecciosidade. 
 
 
-A hepatite crônica sucede em 5% a 10% das 
pessoas portadoras de infecções por HBV, 
geralmente após quadro inicial de doença leve ou 
não percebido. Cerca de um terço dessas pessoas 
apresenta hepatite crônica ativa com destruição 
continuada do fígado, acarretando escarificação 
do fígado, cirrose, insuficiência hepática ou PHC. 
Os outros dois terços possuem hepatite passiva 
crônica e são menos propensos a problemas. A 
hepatite crônica pode ser detectada 
acidentalmente pela descoberta de níveis 
elevados de enzimas hepáticas(por exemplo 
proteína c reativa) em perfil bioquímico de rotina. 
As pessoas com infecção crônica são as principais 
fontes de disseminação do vírus e estão em risco 
de doença fulminante se forem coinfectadas com 
o HDV. 
Carcinoma Hepatocelular Primário(PHC): 
- A Organização Mundial da Saúde estima que 
80% de todos os casos de PHC podem ser 
atribuídos às infecções crônicas por HBV. O 
genoma do HBV está integrado às células do PHC 
e essas células expressam os antígenos do HBV. O 
PHC é normalmente fatal e umas das três 
principais causas mais comuns de mortalidade 
por câncer no mundo. Em Taiwan, pelo menos 
15% da população são portadores do HBV e 
quase a metade vai a óbito por PHC ou cirrose. O 
PHC, assim como o câncer cervical, é um câncer 
humano passível de prevenção por vacinação. 
O HBV pode induzir o PHC ao promover reparo 
hepático e crescimento celular continuados em 
resposta à inflamação e ao dano aos tecidos ou 
por se integrar no cromossomo do hospedeiro e 
estimular diretamente o crescimento das células. 
Essa integração poderá incentivar rearranjos 
genéticos ou justapor promotores virais próximos 
aos genes de controle da multiplicação celular. 
Tratamento,prevenção e Controle 
-A imunoglobulina da hepatite B pode ser 
administrada dentro de 1 semana da exposição e 
a bebês recém-nascidos de mães portadoras de 
HBsAg, para prevenir ou atenuar a doença. 
- A infecção crônica por HBV pode ser tratada 
com drogas voltadas para a polimerase – por 
exemplo, lamivudina (2’3’didesoxi-3’-tiacitidina), 
que também é um inibidor da transcriptase 
reversa do HIV – ou análogos de nucleosídeos, 
adefovir, dipivoxil e fanciclovir. 
- A transmissão do HBV no sangue ou nos 
derivados do sangue tem sido significativamente 
reduzida pelatriagem do sangue de doadores 
quanto à presença de HBsAg e anti-HBc. Esforços 
complementares para prevenir a transmissão do 
HBV consistem em evitar a prática de sexo com 
um portador de HBV e estilos de vida que 
facilitem a disseminação do vírus. Os contatos 
domésticos e os parceiros sexuais de portadores 
de HBV estão em maior risco, como aqueles 
pacientes em hemodiálise, receptores de 
produtos à base de pool de plasma, profissionais 
da saúde expostos a sangue e bebês nascidos de 
mães portadoras do HBV. 
- A vacinação é recomendada para lactentes, 
crianças e especialmente pessoas em grupos de 
alto risco. Para recém-nascidos de mães 
portadoras de HBsAg e para pessoas 
acidentalmente expostas, via pele ou mucosas, a 
sangue ou secreções de uma pessoa positiva para 
HBsAg, a vacinação é útil mesmo após a 
exposição. A imunização das mães deverá reduzir 
a incidência de transmissão a bebês e crianças 
mais velhas, reduzindo também o número de 
portadores crônicos ao HBV. A prevenção do HBV 
crônico pode diminuir a incidência de PHC. 
- As vacinas de HBV são compostas de partículas 
em formato de vírus. A vacina inicial contra o HBV 
derivou-se de partículas de HBsAg de 22 nm em 
plasma humano obtido de pessoas com infecção 
crônica. A vacina atual foi geneticamente 
construída pela inserção de um plasmídeo 
contendo o gene S para HBsAg em uma levedura, 
a Saccharomyces cerevisiae. Após a expressão, a 
proteína sofre uma montagem no formato de 
partículas virais, o que intensifica sua 
imunogenicidade. 
A vacina deve ser aplicada em uma série de três 
injeções, com a segunda e a terceira doses 
administradas dentro de 1 e 6 meses após a 
primeira dose. O sorotipo único e a faixa limitada 
de hospedeiros (homem) ajudam a assegurar o 
sucesso de um programa de imunização. 
 
 
Diagnóstico Laboratorial(sorologia) 
-O diagnóstico inicial de hepatite pode ser 
realizado com base nos sintomas clínicos e na 
presença de enzimas hepáticas no 
sangue.Entretanto,a sorologia da infecção por 
HBV descreve o curso e a natureza da doença.As 
infecções agudas e Crônicas por HBV podem ser 
diferenciadas pela presença de HBsAg e de HBeAg 
no soro e pelo padrão de anticorpos aos 
antígenos individuais do HBV. 
- Os antígenos HBsAg e HBeAg são secretados no 
sangue durante a replicação viral. 
IMPORTANTE: 
- A detecção do HBeAg é o melhor correlato à 
presença do vírus infeccioso. Uma infecção 
crônica pode ser diferenciada pela descoberta 
continuada de HBeAg, HBsAg ou de ambos e pela 
falta de anticorpo detectável contra esses 
antígenos. Anticorpos anti-HBsAg indicam a 
resolução da infecção ou a vacinação. 
- A presença de anticorpos anti-HBcAg é 
indicativa de infecção prévia ou em andamento 
por HBV, e IgM anti-HBc é a melhor maneira de 
diagnosticar infecção aguda recente, 
especialmente durante o período em que nem o 
HBsAg nem o anti-HBs podem ser detectados 
(janela). 
- A detecção de anticorpos anti-HBeAg e anti-
HBsAg é complicada durante a infecção porque 
eles estão complexados com antígenos no soro. 
A quantidade de vírus no sangue pode ser 
determinada pela quantificação do genoma por 
meio do ensaio da reação em cadeia da 
polimerase (PCR) e técnicas relacionadas. O 
conhecimento da carga viral pode auxiliar na 
determinação do estágio de infecção crônica por 
HBV e na eficácia de tratamento antiviral. 
 
 
 
Vírus da Hepatite C(HCV) 
-O HCV foi identificado em 1989 após isolamento 
de um RNA viral de um chimpanzé infectado com 
sangue de pessoa portadora de NANBH (hepatite 
não A, não B). O RNA viral obtido do sangue foi 
convertido em DNA com transcriptase reversa, 
suas proteínas foram expressas e os anticorpos 
de pessoas com NANBH foram usados para 
detectar as proteínas virais. Esses estudos 
resultaram no desenvolvimento de um teste de 
ELISA e de outros testes genômicos para 
detecção do vírus, que ainda não pode crescer 
em cultivo celular. 
Estrutura e Replicação: 
- Família Flaviviridae, gênero Hepacivirus 
- 11 genótipos, mais de 100 subtipos 
- Envelopado – proteínas E1 e E2 
- ssRNA +(Fita simples de RNA positivo) 
- Genoma traduzido em uma unica poliproteína, 
que é clivada em 10 proteínas (estruturais e não 
estruturais) 
- Regiões hipervariáveis na E2 são responsáveis 
pela variabilidade genética e escape imunológico. 
Replicação: 
- Ligação das proteínas E1 e E2 aos receptores 
celulares. 
- Entrada por endocitose. 
- Fusão do envelope ao endossomo, 
- Liberação do genoma no citoplasma e sua 
tradução no RER. 
RespostaImunológica: 
- Infecções crônicas associadas a evasão do 
sistema imune e ativação de resposta Th2 
- Produção de IFN gama associada à replicação 
viral 
– ativação de NK, macrófagos, resposta imune 
celular 
- Evasão: inibição da expressão de PRR – 
diminuíndo a síntese de IFN alfa (ação antiviral) 
- Infecção crônica associada a resposta imune 
celular fraca 
Hepatite C( HCV) e colesterol: 
-HCV replica em vesículas membranosas 
envolvidas na montagem das “very low density 
lipoproteins” (VLDL), produzidas em hepatócitos 
para secretar triglicerídeos e colesterol. 
-A co-localização da replicação do HCV e 
montagem desecreção de HCV + VLDL. 
-Tratamento de células com agentes que 
bloqueiam especificamente a secreção de VLDL 
inibem a produção de HCV ao mesmo tempo, 
sugerindo que estas drogas podem ser úteis no 
tratamento de HCV infection. 
 Transmissão: 
- contatos familiares(lamina de barbear) 
- Transfusão/ Transplante 
- Via parenteral( perforo cortantes como 
compartilhamento de agulha) 
- Profissionais da saúde 
- Incubação: média de 6 a 7 semanas 
- Doença clinica(ICTERÍCIA): 30 a 40% dos casos 
- Desenvolve Hepatite Crônica:705 dos casos 
- Infecção persistente: 85 a 100% dos casos 
Imunidade: Sem indução de anticorpos 
protetores 
Patogênese: 
- A detecção do RNA do HCV no soro de pacientes 
infectados ocorre após 7 a 21 dias da exposição 
ao vírus 
- Apesar de os níveis de RNA viral no soro 
aumentarem rapidamente e alterações nos 
marcadores bioquímicos hepáticos, como a ALT e 
a bilirrubina, serem indicativas de lesão hepática 
e observadas nas semanas seguintes à infecção, 
menos de 20% dos indivíduos infectados 
apresentam sintomas na fase aguda e, quando 
estes existem, raramente são associados com a 
hepatite C 
-Isso ocorre porque as manifestações 
inespecíficas como dor abdominal, anorexia, 
prostração, náusea ou vômito geralmente 
precedem os sintomas clássicos de hepatite como 
icterícia, colúria (urina escura cor de café, 
apresentando espuma amarela, por acúmulo de 
bilirrubina direta no sangue e consequente 
excreção pela urina) e acolia fecal (fezes 
esbranquiçadas pela ausência de estercobilina 
derivada da bilirrubina direta), cuja duração é de 
2 a 12 semanas. 
 
- Formas de hepatite fulminante são raras (menos 
de 1% dos casos), mas podem ser observadas em 
coinfecções com o HBV ou HAV. 
IMPORTANTE: 
- A habilidade do HCV em permanecer associado 
com a célula e prevenir a morte da célula 
hospedeira promove infecção persistente, mas 
resulta em posterior doença hepática. A resposta 
imune mediada por célula é a responsável tanto 
pela resolução da infecção quanto pelo dano ao 
tecido. Assim como para o HBV, a infecção 
crônica pode esgotar as células T citotóxicas CD8+ 
para impedir a resolução da infecção. A extensão 
da infiltração linfocítica, inflamação, fibrose 
portal e periportal e da necrose lobular em 
biópsias hepáticas pode ser utilizada para 
classificar a intensidade da doença. Tem-se 
sugerido que a inflamação por citocinas, o reparo 
contínuo do fígado e a indução da multiplicação 
celular que ocorrem durante a infecção crônica 
por HCV são fatores predisponentes no 
desenvolvimento de PHC. Anticorpos anti-HCV 
não são protetivos. 
Síndromes Clínicas: 
- O HCV causa três tipos de doença: 
1) hepatite aguda com resolução da infecção e 
recuperação em 15% dos casos. 
2) infecção crônica persistente com possível 
progressão para a doença (a longo prazo durante 
a vida) para 70% das pessoas infectadas. 
3) progressão rápida e intensa para cirrose em 
15% dos pacientes. 
- A viremia pode ser detectada dentro de 1 a 3 
semanas após a transufsão de sangue 
contaminado e dura entre 4 e 6 semanas em 
pessoas com infecção aguda,porém mais de 10 
anos naquelas com infecção persistente. 
- Em sua forma aguda, a infecção por HCV é 
semelhante àquela por HAV e HBV, mas a 
resposta inflamatória é menos intensa e os 
sintomas são normalmente mais leves. 
- Com mais frequência (acima de 70%), a doença 
inicial é assintomática, mas estabelece doença 
crônica persistente. 
- O sintoma predominante é a fadiga crônica. A 
doença crônica persistente geralmente progride 
para a hepatite crônica ativa dentro de 10 a 15 
anos, para a cirrose (20% dos casos crônicos) e 
para a insuficiência hepática (20% dos casos 
cirróticos) após 20 anos. O dano hepático 
induzido pelo HCV pode ser exacerbado po 
álcool, certos medicamentos e outras hepatites 
virais que provocam a cirrose. O HCV promove o 
desenvolvimento de carcinoma hepatocelular 
após 30 anos em até 5% dos pacientes 
cronicamente infectados. 
Hepatite C crônica; 
- Definida como mais de 6 meses de viremia 
- Viremia também considerada causa primaria de 
hepatoma 
- O quadro de hepatite C crônica é 
essencialmente igual o de Hepatite B crônica. 
 
 
Diagnóstico Laboratorial: 
- O diagnóstico e a detecção da infecção por HCV 
se baseiam no reconhecimento por ELISA do 
anticorpo anti- HCV ou detecção do genoma do 
RNA. A soroconversão ocorre dentro de 7 a 31 
semanas da infecção. O teste de ELISA é usado 
para triagem do suprimento de sangue de 
doadores normais. Assim como para o HIV, os 
resultados podem ser confirmados por 
procedimentos como Western immunoblot. Nem 
sempre o anticorpo é detectável em pessoas 
virêmicas, em pacientes imunocomprometidos ou 
naqueles submetidos a tratamento de 
hemodiálise. 
A detecção e a quantificação pela reação da 
cadeia da polimerase após transcrição reversa 
(RT- PCR), o teste b-DNA (branched-DNA) e outras 
técnicas moleculares são o “padrão-ouro” para 
confirmação do diagnóstico de HCV e para 
garantir o sucesso da terapia com drogas 
antivirais. Ensaios genéticos são mais específicos, 
independentemente das variações do vírus, 
podendo detectar o RNA do HCV em pessoas 
soronegativas. 
Tratamento,prevenção e controle: 
- não tem vacina 
-O α-interferon recombinante ou peguilado 
(tratado com polietilenoglicol para intensificar 
sua vida biológica), isolado ou combinado com 
ribavirina, é o único tratamento conhecido para o 
HCV. O tratamento com interferon peguilado e 
ribavirina por períodos estendidos pode resultar 
em taxas de recuperação de até 50%. 
Esse tratamento pode agora ser suplementado 
com dois inibidores de protease, boceprevir ou 
telaprevir. Assim como para HIV, a adição de um 
inibidor de protease como protocolo antiviral 
prévio pode fazer diferença significativa na 
eficácia do tratamento. 
As precauções para a transmissão do HCV são 
similares às do HBV e outros patógenos 
transmitidos pelo sangue. Doadores de sangue e 
órgãos são diagnosticados quanto à presença de 
HCV. Indivíduos infectados com HCV não devem 
dividir itens de higiene pessoal e agulhas de 
seringa que possam estar contaminados com 
sangue e devem praticar sexo seguro. A ingestão 
de álcool deve ser limitada porque exacerba os 
danos ao fígado causados pelo HCV. 
Vírus da Hepatite D(HDV) 
-Cerca de 15 milhões de pessoas no mundo estão 
infectados com HDV (agente delta) e o vírus é 
responsável por causar 40% dos casos de 
infecções de hepatite fulminante. O HDV é 
singular, pois usa o HBV e as proteínas das 
células-alvo para se replicar e produzir sua única 
proteína. Ele é um parasita viral, provando que 
“mesmo pulgas têm pulgas”. O HBsAg é essencial 
para o empacotamento do vírus. O agente delta 
lembra os vírus satélites de plantas e viroides em 
seu tamanho, estrutura genômica e exigência de 
vírus auxiliar para replicação. 
Estrutura: 
- Partícula viral defectiva – virus-like 
- Responsável pela maior gravidade das infecções 
pelo HBV. 
- Mólecula de RNA, antígeno HDAg, envoltos pelo 
antígeno de superfície do HBV (HBsAg) – 
necessária a co-infecção com HBV. 
- RNA CIRCULAR 
- O genoma do RNA do HDV é muito pequeno 
(cerca de 1.700 nucleotídeos) e, diferentemente 
de outros vírus,o RNA de fita simples é circular e 
em formato de haste como resultado de seu 
pareamento extensivo de base. O virion tem 
quase o mesmo tamanho do virion do HBV (35 a 
37nm de diâmetro). O genoma é cercado pelo 
nucleocapsídeo do antígeno delta, que, por sua 
vez, é revestido por um envelope contendo 
HBsAg. O antígeno delta existe com uma forma 
pequena (24 kDa) ou grande (27 kDa), mas a 
forma pequena é predominante. 
IMPORTANTE; 
O agente delta adere e é internalizado pelos 
hepatócitos da mesma maneira que o HBV, pois 
tem HBsAg em seu envelope. 
Patogênese: 
- O genoma viral é liberado no núcleo celular. 
Devido a sua estrutura dobrada em forma de 
haste-alça,é reconhecido pelas RNA polimerases 
celulares como genoma DNA fita dupla, 
ocorrendo sua replicação. 
- Vírus altamente patogênico associado a doenças 
agudas e crônicas 
- manifestações clínicas dessa infecção podem 
variar desde estado assintomático a hepatite 
fulminante e cirrose. 
- A superinfecção por HDV em indivíduos 
carreadores de HBsAg induz elevação rápida das 
enzimas hepáticas. 
- O antígeno delta (HDAg) aparece no soro, 
seguido de IgM e IgG anti-HDAg; 
- A IgG pode atingir níveis elevados. A 
superinfecção aguda pelo HDV é acompanhada 
por uma redução nos níveis de HBsAg. A condição 
sorológica permanece a mesma na infecção 
aguda ou crônica. 
- Da mesma forma que o HBV, o agente delta é 
disseminado em sangue, sêmen e secreções 
vaginais. Entretanto, ele pode replicar-se e causar 
doença somente em pessoas com infecções 
ativas por HBV. Uma vez que dois agentes sejam 
transmitidos pelas mesmas vias, uma pessoa 
pode ser coinfectada com HBV e com o agente 
delta. Uma pessoa com HBV crônica também 
pode ser superinfectada com o agente delta. A 
progressão mais rápida e intensa ocorre em 
portadores de HBV superinfectados com HDV do 
que em pessoas coinfectadas com HBV e o agente 
delta, porque durante a coinfecção, o HBV precisa 
primeiro estabelecer sua infecção antes que o 
HDV possa se replicar, enquanto na 
superinfecção por HBV, o vírus permite que o 
agente delta se replique imediatamente. 
 
- A replicação do agente delta resulta em 
citotoxicidade e dano hepático. A infecção 
persistente por agente delta é estabelecida, com 
frequência, em portadores de HBV. Embora os 
anticorpos sejam produzidos contra o agente 
delta, a proteção provavelmente se origina da 
resposta imune ao HBsAg porque ele é o antígeno 
externo e a proteína de adesão viral para o HDV. 
Diferentemente da doença por HBV, o dano ao 
fígado acontece como resultado do efeito 
citopático direto do agente delta combinado com 
a imunopatologia subjacente da doença por HBV. 
 
 
IMPORTANTE: 
- Na Hepatite D, o vírus causa lise do hepatócito e 
levando ao danp.Enquanto que na hepatite B, é a 
resposta imune que causa o Dano e não a 
liseprovocada pelo patogeno,O sistema imune faz 
a lise celular e não o patógeno. 
Síndromes Clínicas: 
- O agente delta aumenta a intensidade das 
infecções por HBV. A hepatite fulminante tem 
mais probabilidade de se desenvolver em pessoas 
infectadas com o agente delta do que naquelas 
infectadas com outros vírus de hepatite. Essa 
forma muito séria de hepatite causa alteração na 
função cerebral (encefalopatia hepática), icterícia 
extensa e necrose hepática significativa, que é 
fatal em 80% dos casos. A infecção crônica com o 
agente delta pode ocorrer em pessoas com HBV 
crônico. 
Diagnóstico Laboratorial; 
-A presença do agente pode ser notada pela 
detecção do genoma de RNA, do antígeno delta 
ou de anticorpos anti-HDV. Os procedimentos por 
ELISA e radioimunoensaio estão disponíveis para 
essa detecção. O antígeno delta pode ser 
detectado no sangue durante a fase aguda da 
doença em amostra de soro tratada com 
detergente. Técnicas de RT-PCR podem ser 
utilizadas para detectar o genoma do virion no 
sangue. 
Tratamento,Prevenção e Controle: 
-Não existe tratamento específico conhecido para 
a hepatite por HDV. Uma vez que o agente delta 
dependa do HBV para replicação e seja 
disseminado pelas mesmas vias, a prevenção da 
infecção com HBV evita a infecção por HDV. A 
imunização com a vacina de HBV protege contra a 
infecção subsequente com o vírus delta. Se uma 
pessoa já adquiriu o HBV, a infecção com o 
agente delta pode ser prevenida suspendendo-se 
o uso intravenoso de drogas ilícitas e evitando-se 
produtos de sangue contaminado com HDV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vírus da Hepatite E 
-O HEV (E-NANBH) (E para entérico ou epidêmico) 
é disseminado predominantemente pela via 
fecal-oral, em especial pela água contaminada. O 
HEV é único, mas lembra o calicivírus, pelo 
tamanho (27 a 34 nm) e estrutura. Embora o HEV 
seja encontrado em todo o mundo, é mais 
problemático nos países emergentes. 
Epidemias foram informadas na Índia, no 
Paquistão, no Nepal, na Birmânia, no Norte da 
África e no México. Os sintomas e o curso da 
doença por HEV são semelhantes aos da doença 
por HAV; o vírus causa apenas uma doença 
aguda. Entretanto, os sintomas para HEV podem 
ocorrer mais tarde que aqueles da doença por 
HAV. A taxa de mortalidade associada com 
doença por HEV é de 1% a 2%, aproximadamente 
10 vezes maior do que aquela associada com 
doença por HAV. A infecção por HEV é 
especialmente grave em gestantes (taxa de 
mortalidade de cerca de 20%). 
Vírus da Hepatite G 
-O HGV (também conhecido como vírus GB tipo C ou 
GBV-C) lembra o HCV em muitos aspectos. Trata-se de 
um flavivírus, é transmitido pelo sangue e tem 
predileção por infecção hepática crônica. Ele é 
identificado pela detecção do genoma por RT-PCR ou 
por outros métodos de detecção de RNA.

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