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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto PCR e Uso do DEA Objetivos de aprendizagem: • Descrever como se reconhece uma PCR em vítimas adultas e pediátricas; • Demonstrar a técnica da Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e o uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) de acordo com o protocolo da American Heart Association 2020. CONCEITOS IMPORTANTES • PCR – parada cardiorrespiratória; Interrupção da atividade mecânica do coração caracterizada por apneia, ausência de respiração e inconsciência; • RCP – ressuscitação/reanimação cardiopulmonar; Série de ações coordenadas de salvamento que aumentam a chance de sobrevivência após uma PCR. • DEA – Desfibrilador externo automático; é um dispositivo que verifica os batimentos cardíacos de uma pessoa e aplica um choque elétrico se ele parar de bater normalmente. Introdução Principais causas de morte no mundo: ▪ 1º lugar: Doenças cardiovasculares. ▪ 2º lugar: Neoplasias. ▪ 3º lugar: Trauma. ▪ 4º lugar: Doenças respiratórias. Morte Súbita Cardíaca ❖ No Brasil: ▪ 160.000 mortes súbitas por ano. É a causa de morte mais frequente depois dos 40 anos e em maior número do que somados os casos fatais de AIDS, acidentes com armas de fogo e automobilísticos, câncer de mama e de pulmão. ❖ Nos Estados Unidos da América: ▪ 330.000 pessoas por ano. ▪ 2 a 5% sobrevivem (sem DEA). Atendimento de Emergência ❖Objetivos: • Salvar vidas; • Preparar a vítima para tratamento definitivo. • Diminuir a intensidade e a consequência do agravo sofrido; Ritmos de Parada Cardíaca Importância do Atendimento Pré-Hospitalar ❖ A taxa de sobrevivência a uma PCR por FV declina de 7% a 10% por minuto de atraso entre o colapso e a primeira desfibrilação. ❖ 85% dos casos atendidos de morte súbita em ambiente pré-hospitalar tem como ritmos cardíacos a FV e a TV sem pulso, para os quais o único tratamento efetivo é a desfibrilação elétrica e a rápida implementação das manobras de suporte básico de vida. Tempo é músculo! O que é preciso para respirar? ▪ Ter uma via aérea pérvia; ▪ Ter sangue circulante. ▪ Ter uma ventilação efetiva; E quanto tempo tenho para começar a RCP? As melhores chances de sobrevivência dependem da RCP e da desfibrilação precoce. 4 min: inicia-se a lesão cerebral 10 min: Morte cerebral estabelecida Cadeias de sobrevivência para adultos De acordo com a American Heart Association (AHA), é recomendado o uso de cadeias de sobrevivência distintas que identifiquem as diferentes vias de cuidado dos pacientes que sofrem uma PCR no hospital ou no ambiente extra-hospitalar. O atendimento de todos os pacientes após a PCR, independentemente de onde esta ocorra, converge ao hospital, geralmente em uma unidade de cuidados intensivos onde são fornecidos os cuidados pós- PCR. Os elementos da estrutura e os processos Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto necessários antes dessa convergência são muito diferentes para os dois ambientes. Pacientes que têm uma PCREH (PCR em ambiente Extra- Hospitalar) dependem da assistência da comunidade. Os socorristas leigos precisam reconhecer a PCR, pedir ajuda, iniciar a RCP e aplicar a desfibrilação, ou seja, ter acesso público à desfibrilação (APD) até que um time de serviço médico de emergência (SME) com formação profissional assuma a responsabilidade e, em seguida, transporte o paciente para um pronto-socorro e/ou um laboratório de hemodinâmica. O paciente é finalmente transferido para uma unidade de cuidados intensivos (UTI), onde se dará continuidade ao tratamento. Por outro lado, pacientes que têm uma PCRIH (PCR em ambiente Intra- Hospitalar) dependem de um sistema de vigilância adequado (por exemplo, resposta rápida ou sistema de alerta imediato) para evitar a PCR. Ao ocorrer uma PCR, os pacientes dependem da interação harmoniosa dos vários departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de profissionais, que inclua médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros. Cadeia de Sobrevivência em Pediatria A cadeia de sobrevivência pediátrica inclui a prevenção, a ressuscitação cardiopulmonar precoce, o rápido acesso ao sistema de urgência-emergência, o precoce suporte avançado de vida, seguido do cuidado integrado pós-PCR. O reconhecimento da criança que está prestes a entrar em PCR é primordial para evitá-la. Adulto x Crianças adulto criança ▪ PCR primária (isquemia aguda); ▪ Sem sinais premonitórios (súbita); ▪ FV e TV s/ pulso; ▪ Média taxa sobrevida; ▪ Prevenção e desfibrilação imediata. ▪ PCR secundária (falência cardiopulmonar); ▪ Com sinais insuficiência respiratória ou choque; ▪ Assistolia e AESP; ▪ Baixa taxa sobrevida; ▪ Prevenção e reconhecimento precoce. RCP- Avaliação inicial Ambiente/cena: seguro(a)? Alerta: paciente consciente? “O(A) Senhor(a) está bem? “ ❖ Paciente Consciente: • Avaliar causas; • Chamar socorro; • Reavaliar (sinais vitais); • Colocar paciente em posição de segurança (PLS). ❖ Paciente inconsciente; PEÇA AJUDA!!! Ligue 192: Peça um DEA e uma Unidade Avançada. Depois checar sinais vitais: Respira? Tem pulso? Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Protocolo CABD – Avaliação Inicial ❖ C - Circulation: Circulação. ❖ A - Airway: Ar / Vias aéreas. ❖ B - Breathing: Boa Ventilação/Respiração. ❖ D - Desfibrilation: Desfibrilação. C – Circulação PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE: CHECAR PULSO em 05 a 10 segundos: Carotídeo → em adultos e crianças; Braquial → em crianças < 1 ano. ➢ Se pulso ausente: FAZER 30 COMPRESSÕES TORÁCICAS trocando o compressor a cada 2 min. • As compressões torácicas ajudam o sangue a circular com base em dois princípios: elas elevam a pressão na cavidade torácica, fazendo o coração bombear e fornecem compressão direta no próprio coração. • Para as compressões torácicas externas, a vítima deve estar na posição de decúbito dorsal (deitada de costas), sobre superfície firme e plana. As roupas da vítima não impedem você de fornecer compressões torácicas eficazes, mas podem impedir o posicionamento correto das mãos; se necessário, afaste as roupas. • Ajoelhe-se perto dos ombros da vítima, a distância entre seus joelhos deve ser a mesma que entre seus ombros. Compressões Torácicas ▪ Coloque a região hipotênar de uma mão, no centro do tórax, na metade inferior do esterno e o da outra mão sobre a primeira. Estique os braços e posicione seus ombros diretamente sobre as mãos. ▪ Travar os membros superiores retos e comprimir o tórax para baixo, deprimindo no mínimo 5 cm e no máximo 6 cm, num adulto, permitindo o retorno total do gradil costal. ▪ Frequência mínima de 100/ min e máxima de 120/ min. ▪ Relação universal com 1 socorrista: 30:2. ▪ Minimizar as interrupções das compressões torácicas, tentando limitá-las a menos de 10 seg. Compressão em Crianças (1 ano até à puberdade) ▪ Usa-se 1 ou 2 mãos, a depender da estrutura da criança, com frequência mínima de 100/ min. e máxima de 120/ min., rebaixando aproximadamente 5 cm. ▪ Se 1 socorrista, a relação é de 30:2; se 2 socorristas, a relação é de 15:2. Compressão em Bebês (lactente até 1 ano) ▪ Usa-se 1 mão ou dois dedos a depender da estrutura da criança, com frequência mínima de 100/ min. e máxima de 120/min, rebaixando aproximadamente 4 cm. ▪ A relação é de 30:2 com 1 socorrista, e 15:2 com 2. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Compressão em Neonatos (abaixo de 28 dias) ▪ Usa-se apenas 2 dedos ou envolve-se o tórax da vítima com as mãos. A relação é de 3:1. A– Abrir Vias Aéreas ▪ Manobra de Head Tilt + Chin Lift: inclinação da cabeça + elevação do queixo (pacientes sem história de trauma). B – Boa Respiração • Ausência de movimentos respiratórios 2 VENTILAÇÕES DE RESGATE: Priorizar o uso de Dispositivo de Barreira. ▪ Boca - a – Boca; ▪ Boca - Boca – Nariz; Ventilação boca-a-boca Ventilação Bolsa-Valva-Máscara Com 1 socorrista Com 2 socorristas D – Desfibrilador Externo Automático Aparelho capaz de aplicar uma corrente elétrica determinada no coração, com o objetivo de cessar o ritmo anormal e reestabelecer as funções normais (elétricas e mecânicas). 1º Passo: Ligue o DEA 2º Passo: Conecte as pás adesivas no peito do paciente Analisando o ritmo: NÃO TOQUE NO PACIENTE! Choque Indicado: Certifique-se de que todos se afastaram ANTES DE DISPARAR O CHOQUE! Com 2 socorristas Com 1 socorrista Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Reinicie imediatamente RCP por 2 minutos; Condições Especiais do DEA Peito cabeludo - Se o paciente tiver muitos pelos no tórax, a aderência dos eletrodos na pele será prejudicada, impedindo a análise do ritmo e o choque. Por isso, se for esse o caso, é necessário raspar o peito da vítima antes do procedimento; Marcapasso - Não podemos colar o eletrodo em cima do marca-passo, pois ele pode interferir a ação do DEA; Peito molhado - Antes que você possa preparar o DEA, é importante se certificar de que o tórax da vítima não está molhado, pois ao colocar o DEA, a zona de rebaixamento DEA tem que estar seca. (apenas a área onde vamos colocar os eletrodos); Patch medicamentoso - Não podemos colar os eletrodos em cima de medicamentos adesivos, como os de nicotina ou anticoncepcional. É preciso retirá-los para então seguir com o procedimento. Obs. SUCESSO SEM DEA: 2 - 5 % SUCESSO COM DEA: 50 - 80 % Quando parar? • Paciente Reanima; • Suporte Avançado Chega; • Exaustão da Equipe; • Ambiente Torna-se de Risco; • Mudança de Prioridade. Quando não começar? • Ressuscitação Cardiorrespiratória • Carbonização • Degola • Rigor Mortis • Decomposição • Evisceração Extensa do Cérebro ou Coração IMPORTANTE LEMBRE-SE: Compressões Torácicas de Qualidade! ▪ Comprima forte e rápido; ▪ Mantenha uma frequência de no mínimo 100/min. e no máximo 120/min.; ▪ Deixe o tórax voltar à posição de repouso, após cada compressão; ▪ Minimize as interrupções; ▪ Alterne os socorristas a cada 2 min.; ▪ Sem hiperventilar.
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