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PATOLOGIAS DO ESOFÁGO PATOLOGIA ESOFÁGICA - Qual a diferença de vômito e regurgitação? Vômito: expulsão ativa de material do intestino ou estômago, geralmente é uma gosma branca/amarela, podendo vir com sangue. Regurgitação: material expulso do esôfago, vê o conteúdo nitidamente. ***É importante sempre pedir o aspecto e detalhes se o paciente vomitou ou regurgitou**** - Na região do TÓRAX É INDICADO SEMPRE PEDIR RAIO X. - Na região do ABDOME É INDICADO SEMPRE PEDIR ULTRASSOM. MEGAESOFÂGO - Dilatação anormal associado a deficiência de motilidade (peristaltismo). - Megaesôfago congênito: diagnosticado na fase de desmame (em torno de 40 dias de vida). - Megaesôfago secundário: ocorre em animal adulto, com doença primária (principalmente grave), ocorrendo entre os 7 a 15 anos de vida do animal. CAUSA: no megaesôfago congênito o nervo vaga irriga a enervação das vísceras, toda vez que o vago é estimulado ele libera acetilcolina, no esôfago aumenta o peristaltismo, ocorrendo deficiência ou falha na maturação do nervo vago (genético). O animal regurgita muito. No megaesôfago secundário ocorre a miastenia grave, a acetilcolina não consegue se ligar ao seu receptor. SINAIS CLÍNICOS: regurgitação, pneumonia aspirativa, dispneia, secreção óculo nasal muco purulenta, crepitação, tosse, febre. - Raça predisposta: pastor alemão!!!!!!!!!!! Pastor australiano. SINAIS CLÍNICOS DO MEGAESÔFAGO CONGÊNITO: pneumonia aspirativa = 45 dias= regurgitação, febre, tosse, secreção óculo nasal mucopurulenta, dispneia, crepitação na ausculta pulmonar. SINAIS CLÍNICOS DO MEGAESÔFAGO SECUNDÁRIO: ocorre em animais de 7 a 15 anos de idade, ocorrendo pneumonia aspirativa devido a regurgitação, febre, tosse, secreção óculo nasal mucopurulenta, dispneia, crepitação na ausculta pulmonar. DIAGNÓSTICO: raio x contrastado, endoscopia. Raio x simples e contrastado torácico e cervical = Esofagograma ou Esofagografia. TRATAMENTO: Omeprazol (1mg/kg 1 vez ao dia, VO) OU Ranitidina (2mg/kg IV, SC, IM ou VO). Posição bipedal: evita regurgitação, deixar de 10 a 15 minutos após a alimentação, famosa cadeirinha. Alimentação mais pastosa, hipercalórica e oferecer o alimento mais vezes ao dia. ** Pode levar a uma pneumonia aspirativa= o tratamento é com ATB = Amoxicilina (22 a 30mg/kg 12h/12h, IV, SC, VO, IM) + Clavulanato de potássio. Pode utiliza expectorante, Bromexina (3mg/kg 12/12h, IV, SC, VO, IM). ESOFAGITE - Inflamação da mucosa esofágica. CAUSA: ingestão de substancias tóxicas (pH diferente da mucosa), vômito crônico, corpo estranho esofágico, cândida spp. SINAIS CLÍNICOS: regurgitação, pneumonia aspirativa, febre, tosse, secreção óculo nasal mucopurulenta, dispneia, crepitação a ausculta pulmonar. DIAGNÓSTICO: endoscopia (método padrão ouro) o animal deve estar estável e anestesiado, o exame mostra pode mostrar lesões na mucosa esofágica hiperemias, edemaciadas e com pontos de hemorragias, esofagograma (raio x contrastado). TRATAMENTO: mesmo do Megaesôfago, mas não precisa da posição bicúspide. Omeprazol (1mg/kg 1 vez ao dia, VO) OU Ranitidina (2mg/kg IV, SC, IM ou VO). Em caso de dispnéia utilizar broncodilatador (Aminofilina, 6 a 10 mg/kg IV, SC, IM). Utilizar Sucralfato a cada 8h/8h. ** Pode levar a uma pneumonia aspirativa= o tratamento é com ATB = Amoxicilina (22 a 30mg/kg 12h/12h, IV, SC, VO, IM) + Clavulanato de potássio. Pode utilizar expectorante, Bromexina (3mg/kg 12/12h, IV, SC, VO, IM). ANOMALIA DO ANEL VASCULAR - Má formações congênitas dos principais vasos do coração que não se rompem ao nascimento e comprimem externamente o esôfago. CAUSA: persistência do 4º arco aórtico do lado direito (4º AALD). SINAIS CLÍNICOS: idênticos ao do Megaesôfago primário: regurgitação, febre, tosse, secreção óculo nasal mucopurulenta, dispneia, crepitação na ausculta pulmonar. - O megaesôfago ocorre antes da obstrução, e depois o esôfago é normal. - O animal com Anomalia do anel vascular tem Megaesôfago secundário. DIAGNÓSTICO: raio x simples (cervical e torácico) e esofagograma contrastado, tomografia, endoscopia, ECG. TRATAMENTO: cirúrgico. Quanto mais cedo a cirurgia melhor (2 a 3 meses de idade). PATOLOGIAS DO ESTÔMAGO GASTRITE - Inflamação da mucosa gástrica. CAUSA: antiinflamatórios, automedicação, corpo estranho linear e bola de pelo (felinos), em cães é normal ossos, brinquedos, parvovirose, cinomose, piometra. SINAIS CLÍNICOS: vômito (gosma branca= ácido clorídrico = vem do estômago), vômito amarelo (bile= vem do intestino), vomito com sangue (hemato êmese), caso o vômito vir com sangue, indica que há úlcera gástrica, anorexia, emagrecimento. **Felinos não podem paracetamol e aspirina** DIAGNÓSTICO: endoscopia (padrão ouro), US abdominal (suspeita de piometra ou corpo estranho), raio x simples e contrastado = gastrograma, hemograma, snap test. - Exemplos de hemograma: aumento de PPT, aumento do hematócrito, aumento de eritrócitos, aumento de hemoglobina. - Hemograma de estresse: leucocitose por neutrofilia, sem desvio a esquerda, linfopenia, eosinopenia. - Leucograma de animal com parvovirose ou cinomone, no caso doenças virais: tem linfopenia e anemia. - Gastrite por piometra: leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda, neutrófilos tóxicos (bactérias), desidratação e anemia. - Gastrite por corpo estranho: depende, se for alguma meia irá ter vômito e desidratação. - Gastrite por osso de galinha: animal poderá estar desidratado ou com anemia, mesmo que por gastrite por piometra. ***O SNAP TEST É IMPORTANTE, PORÉM APENAS DETECTA A DOENÇA SE ESTIVER NA FASE AGUDA!!!!! NA FASE CRÔNICA DA DOENÇA, IRÁ DEMOSNTRAR NEGATIVO. *** TRATAMENTO: tratar a causa primária. Antiemético (Maropitant 1a 8 mg/kg, 1 vez ao dia, SC), Dramin (4 a 8 mg/kg, 12h/12h, IV, IM) apenas no caso de vômito quando anda de carro, Omeprazol (1mg/kg 1 vez ao dia, VO) OU Ranitidina (2mg/kg IV, SC, IM ou VO) e Sucralfato (5 a 10 mL/kg, VO, 8h/8h). ** Ùlcera gástrica: ATB = Amoxilina (22 a 30 mg/kg de 12h/12h) + clavulanato OU Sulfadiazina (30mg/kg, IV, 12/12 horas) e Metoclopramida (0,4 a 0,6 mg/kg IV, SC, IM ou VO 6/6 horas ou 8/8 horas) OU Ondasetrona (0,1 a 1 mg/kg IV, VO forma lenta 12/12 horas) OU Maropitant (1mg/kg 1 vez ao dia SC, VO). ** EM CASOS NECESSÁRIOS, PODE UTILIZAR 2. **Tríade ideal para Gastrite: antiemético, antiácido e sucralfato. *** - Fluído = IV, VO (apenas em casos que o animal não estiver muito desidratado). - Solicitar dosagem de sódio e potássio. - É válido manter o animal em jejum por 24 horas, mas só se tiver nutrição parenteral e fluídoterapia!!!!!!!!!!! - No caso de hemato êmese, utilizar ATB porque tem úlcera gástrica, Amoxiciclina + Clavulanato OU Cefalotina OU Sulfadiazina (30mg/kg IV,12/12h). - Sempre em hematoemese utilizar ATB!!!!!! * Úlcera é caso de emergência, risco de peritonite. * *Mastocitoma dá gastrite, e vomito. * SDVG (SINDROME DA DILATAÇÃO VOLVO GÁSTRICA) - Condições agudas onde o estomago dilata e gira em torno do seu próprio eixo. CAUSA: acomete mais cães e em felinos é raro, mais frequente em cães de grande porte (fila, labrador, Golden), animal acima de 5 anos ou mais, animais com parentesco a animais com SDVG tem mais chance de ter a doença, retardo no esvaziamento do estômago, alimentar o animal apenas uma única vez ao dia predispõe, não pode exercício após alimentação (pós prandial). - Alta letalidade em 90% dos casos. ** Lavagem abdominal é 1L/kg** - Fisiopatologia da SDVG: - Complicação pós cirúrgica: arritmia. - Em casos de torção é essencial fazer acesso e fluído: veia jugular e cefálica (prof indica fazer nas duas cefálicas), jamais fazer em femoral e safena. SINAIS CLÍNICOS: distensão abdominal esquerda acentuada, muita dor, pode-se pegar o animal muito agitado ou apático, agitado depois de 6h ocorre o estágio da depressão, vômito improdutivo, choque. · SINAIS DE CHOQUE: MUCOSA: PÁLIDA PULSO: FILIFORME EXTREMIDADES: FRIAS TPC: PROLONGADO, ACIMA DE 3 SEGUNDOS. CORAÇÃO: TAQUICARDICO DIAGNÓSTICO: clínico (principalmente), raio x simples, laparotomia exploratória. TRATAMENTO:estabilizar o paciente e cirurgia. A maioria morre nas primeiras 24h. Caso emergencial. - É necessário fazer a Gastropexia para fixação, e não ocorrer novamente a patologia. Passos para estabilizar o paciente: O² Fluídoterapia (jugular ou nas 2 cefálicas), a dose de choque é 90ml/kg/hora. Solução hipersaturada (cloreto de sódio a 7,5%). Há duas opções para esvaziar o estômago, cateter e sonda. Sonda é a melhor opção para esvaziar o estômago. É necessário fazer uma sedação no animal: Diazepam (0,5 mg/kg) + Metadona (0,3mg/kg). A sonda é oronasal, portanto vai do focinho até a última costela. - É necessário entrar com Flunexim Meglumine. - Tratar a dor: opioide (metadona ou tramadol 9ml/kg). - Flunexim meglumine (0,1 mg/kg 1 vez ao dia IV) evita o choque. - Ampicilina (30mg/kg de 8/8h, IV) + enrofloxacina (5mg/kg de 12/12h, IV) + metronidazol (25 mg/kg de 12/12h, IV). - Omeprazol (1mg/kg, 1 vez ao dia, VO). - No raio x se vê no local um C reverso. O piloro está deslocado dorso cranialmente, separado do resto do corpo por uma prega de tecido. - Cuidados pós cirúrgicos: alimentar o animal mais de 1 vez ao dia, não brincar com ele após alimentação. Retardo no esvaziamento gástrico Distenção gástrica crônica Afrouxamento dos ligamentos (hepato duodenal e hepato gástrico) Vólvulo --> vólvulo baço (ligamento gastro esplênico) Fechamento do Cárdia e Pilóro Aprisionamento de comida (fermenta) e água Dilatação acentuada (menor fluxo sanguíeno), necrose da parede, compressão do diafragma Compressão da veia cava caudal e porta Congestão abdominal (IRA, hepatite, enterite, pancreatite, miocardite). 8
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