Buscar

RESUMO - Farmacologia da Asma e da DPOC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Farmacologia da Asma e da DPOC 
Asma 
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias 
aéreas inferiores caracterizada por 
hiperresponsividade brônquica a variados 
estímulos, com consequente obstrução ao fluxo 
aéreo, de caráter recorrente e tipicamente 
reversível. 
As principais manifestações são sibilância, 
dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à 
noite e pela manhã ao despertar. Ela é uma resposta 
imunomediada IgE específica e possui diversos 
fatores de risco intrínsecos e extrínsecos, como 
herança genética e exposição ambiental a alérgenos 
e irritantes. 
Classificação da gravidade da asma 
A classificação da gravidade tem como objetivo a 
determinação do manejo terapêutico adequado. A 
avaliação usual da gravidade da asma pode ser feita 
através dos seguintes aspectos: 
➢ Frequência dos sintomas 
➢ Tolerância ao exercício 
➢ Medicação necessária para estabilização 
dos sintomas 
➢ Quantidade de visitas ao consultório e ao 
pronto-socorro 
➢ Número anual de cursos de corticosteroide 
sistêmico 
➢ Número de hospitalizações por asma 
Segundo os critérios da IV Diretriz Brasileira para 
o Manejo da Asma, a doença pode ser considerada 
intermitente, persistente leve, persistente moderada 
e persistente grave, conforme a tabela abaixo: 
 
 
 
 
Fisiopatologia da Asma 
 
A resposta inflamatória alérgica é iniciada pela a 
interação de alérgenos ambientais com algumas 
células que têm como função apresentá-los ao 
sistema imunológico, mais especificamente os 
linfócitos Th2. Estes, por sua vez, produzem 
citocinas responsáveis pelo início e manutenção do 
processo inflamatório. A IL-4 tem papel importante 
no aumento da produção de anticorpos IgE 
específicos ao alérgeno. 
Vários mediadores inflamatórios são liberados 
pelos mastócitos, pelos linfócitos T, pelos 
eosinófilos, pelos neutrófilos e pelas células 
epiteliais. Através de seus mediadores as células 
causam lesões e alterações na integridade epitelial, 
anormalidades no controle neural autonômico e no 
tônus da via aérea, alterações na permeabilidade 
vascular, hipersecreção de muco, mudanças na 
função mucociliar e aumento da reatividade do 
músculo liso da via aérea. Esses mediadores podem 
ainda atingir o epitélio ciliado, causando-lhe dano 
e ruptura. 
Como consequência, ocorre o espessamento da 
membrana basal e as lesões irreversíveis que 
podem ocorrer em alguns pacientes com asma. 
Outras alterações, incluindo hipertrofia e 
hiperplasia do músculo liso, elevação no número de 
células caliciformes, aumento das glândulas 
submucosas e alteração no depósito e degradação 
dos componentes da matriz extracelular, são 
constituintes do remodelamento que interfere na 
arquitetura da via aérea, levando à irreversibilidade 
de obstrução que se observa em alguns pacientes. 
 
Tratamento Farmacológico 
A base do tratamento medicamentoso da asma 
persistente é o uso continuado de corticosteroides 
inalatórios associado a medicamentos de alívio 
com efeito broncodilatador. O corticoide oral não 
tem papel no controle, exceto em casos de 
exacerbação grave em considera o curso de 
corticosteróide oral por cerca de 7 dias. 
• Asma intermitente: Indicado 
broncodilatadores de curta ação para alívio 
dos sintomas. 
• Asma leve persistente: Corticosteróide 
inalatório (CI) em dose média continuada e 
broncodilatadores de curta ação para alívio 
dos sintomas. 
• Asma moderada persistente: CI em dose 
média a alta. Para alívio, broncodilatadores 
de curta ação conforme necessidade. 
• Asma grave persistente: CI em dose alta 
associado a broncodilatadores de longa 
ação até 2x ao dia. Para alívio, 
broncodilatadores de curta ação conforme 
necessidade. 
 
DPOC 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 
caracteriza-se por sinais e sintomas respiratórios 
associados à obstrução crônica das vias aéreas 
inferiores, geralmente em decorrência de exposição 
inalatória prolongada a material particulado ou 
gases irritantes. O tabagismo é sua principal causa. 
O substrato fisiopatológico da DPOC envolve 
bronquite crônica e enfisema pulmonar, os quais 
geralmente ocorrem de forma simultânea, com 
variáveis graus de comprometimento relativo num 
mesmo indivíduo. Os principais sinais e sintomas 
são tosse, dispneia, sibilância e expectoração 
crônicos. A DPOC está associada a um quadro 
inflamatório sistêmico, com manifestações como 
perda de peso e redução da massa muscular nas 
fases mais avançadas. 
Classificação da gravidade da DPOC 
 
Fisiopatologia da DPOC 
Na DPOC, ocorre inflamação crônica das vias 
aéreas centrais e periféricas, parênquima e vasos 
pulmonares em resposta à inalação de partículas e 
gases nocivos, com acúmulo principalmente de 
macrófagos, neutrófilos e linfócitos T (sobretudo 
CD8). Essas células inflamatórias, quando 
ativadas, liberam vários mediadores (leucotrieno 
B4, interleucina 8, fator de necrose tumoral alfa, 
entre outros), que são capazes de lesar estruturas 
pulmonares e manter a inflamação neutrofílica. 
Nas vias aéreas centrais, ocorre infiltração de 
células inflamatórias no epitélio, hipertrofia e 
hiperplasia de glândulas mucosas com 
hipersecreção de muco e redução do número de 
cílios. Nas vias aéreas periféricas (menores que 2 
mm de diâmetro), ocorrem ciclos repetidos de lesão 
e reparo de suas paredes, promovendo 
remodelamento estrutural por meio da deposição 
de colágeno e formação de tecido cicatricial, o que 
reduz o lúmen e leva à obstrução fixa. 
O principal mecanismo para a destruição do 
parênquima pulmonar, em geral envolvendo 
inicialmente as regiões superiores e, com o avançar 
da doença, todo o pulmão, inclusive com destruição 
do leito capilar pulmonar, é o desequilíbrio entre 
proteinases e antiproteinases (desencadeado por 
fatores genéticos ou por ação de células e 
mediadores inflamatórios). Estresse oxidativo 
também é um fator contributivo. 
Na vasculatura pulmonar, ocorre espessamento da 
íntima, seguido por hipertrofia da musculatura lisa 
e infiltração de células inflamatórias e colágeno na 
parede dos vasos, o que ocorre precocemente na 
história natural da doença. 
As alterações descritas determinam hipersecreção 
de muco e disfunção ciliar, que determinam tosse e 
expectoração crônica. Limitação ao fluxo aéreo, 
mais bem avaliada pela espirometria, é um ponto 
fundamental no diagnóstico da doença, ocorrendo 
por obstrução fixa, com aumento da resistência nas 
vias aéreas. Em quadros mais avançados, ocorre 
redução da capacidade pulmonar para trocas 
gasosas, produzindo hipoxemia e, posteriormente 
hipercapnia, em função de obstrução das vias 
aéreas periféricas, destruição do parênquima e 
alterações vasculares. Hipertensão pulmonar, que é 
a principal complicação cardiovascular da doença, 
e cor pulmonale em geral se desenvolvem 
tardiamente e pioram o prognóstico. 
 
Tratamento farmacológico 
A base do tratamento medicamentoso são os 
broncodilatadores por via inalatória, os quais 
proporcionam alívio sintomático. Na presença de 
sintomas leves e intermitentes, recomendam-se 
preferencialmente ao B2CA em esquema de 
administração conforme a necessidade. 
 
Diferenças entre Asma e DPOC 
 
FÁRMACOS 
Corticosteróides Inalatórios (CI) 
Os corticosteróides inalatórios são os fármacos que 
oferecem melhor relação custo/risco/benefício para 
o controle da asma persistente. Sua utilização tem 
sido associada à redução da mortalidade e das 
hospitalizações por asma. 
Existem, entretanto, diferenças de potência clínica 
quando as doses nominais das diversas preparações 
são comparadas: flunisolida ≈ triamcinolona < 
beclometasona < budesonida < fluticasona. 
Broncodilatadores Beta-agonistas 
Os broncodilatadores mais usados na prática 
clínica são os b2-agonistas, que podem ser 
classificados em de curta ação, como o salbutamol, 
a terbutalina e o fenoterol, cujo efeito 
broncodilatadordura aproximadamente quatro a 
seis horas, ou de longa ação, como o salmeterol e o 
formoterol, com efeito de até 12 horas. 
A maioria dos efeitos dos b2-agonistas é mediada 
pela ativação da adenilciclase e da produção 
intracelular de AMP cíclico. O b-receptor é 
constituído de sete domínios inseridos na 
membrana celular, dispostos em círculo. Os b2-
agonistas de curta duração estimulam domínios 
alcançados externamente, enquanto os de longa 
duração devem penetrar na membrana para 
estimular lateralmente o receptor, daí seu início 
retardado de ação. O formoterol exibe os dois 
mecanismos de ação, sendo de longa duração e de 
início rápido de ação. 
O b-receptor é acoplado à proteína G e sua ligação 
leva a subunidade da proteína G a estimular a 
adenilciclase e a produção de AMP cíclico. Este 
ativa a proteína quinase A, que produz a maioria 
dos efeitos celulares do b-receptor. 
Anticolinesterásicos 
As vias aéreas são inervadas por nervos pós-
gangliônicos, parassimpáticos. Estes nervos 
liberam acetilcolina, que regula o tônus muscular, 
a broncoconstrição de pequenos brônquios e 
bronquíolos e a resistência em vias aéreas maiores. 
O antagonista muscarínico é capaz de reduzir a 
broncoconstrição induzida pela acetilcolina, e com 
isto amplificar a broncodilatação causada pelo β2-
agonista, através da estimulação direta dos 
receptores β. 
Os LAMA, também chamados de agentes 
muscarínicos, incluem o tiotrópio, o umeclidínio e 
o glicopirrôneo. O tiotrópio é o LAMA mais 
estudado e está disponível no Brasil desde 2003. O 
tiotrópio melhora a função pulmonar, reduz a 
hiperinsuflação dinâmica, diminui o grau de 
dispneia e o risco de exacerbações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-asma-completo-sanarflix 
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-
obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-dpoc#v8575447_pt 
https://www.asmabronquica.com.br/medical/fisiopatologia.html 
https://www.sanarmed.com/medicina-intensiva-dpoc 
https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n4/pt_1806-3713-jbpneu-43-04-00290.pdf 
http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2017/n_01/05-artigo.pdf 
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3032/doenca_pulmonar_obstrutiva_cronica_dpoc.htm#:~:text
=Na%20DPOC%2C%20ocorre%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20cr%C3%B4nica,linf%C3%B3citos%2
0T%20(sobretudo%20CD8). 
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-doencas-pulmonares-
toracicas/Paginas/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc.aspx 
http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=871 
 
https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-asma-completo-sanarflix
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v8575447_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v8575447_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc#v8575447_pt
https://www.asmabronquica.com.br/medical/fisiopatologia.html
https://www.sanarmed.com/medicina-intensiva-dpoc
https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n4/pt_1806-3713-jbpneu-43-04-00290.pdf
http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2017/n_01/05-artigo.pdf
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3032/doenca_pulmonar_obstrutiva_cronica_dpoc.htm#:~:text=Na%20DPOC%2C%20ocorre%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20cr%C3%B4nica,linf%C3%B3citos%20T%20(sobretudo%20CD8)
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3032/doenca_pulmonar_obstrutiva_cronica_dpoc.htm#:~:text=Na%20DPOC%2C%20ocorre%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20cr%C3%B4nica,linf%C3%B3citos%20T%20(sobretudo%20CD8)
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3032/doenca_pulmonar_obstrutiva_cronica_dpoc.htm#:~:text=Na%20DPOC%2C%20ocorre%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20cr%C3%B4nica,linf%C3%B3citos%20T%20(sobretudo%20CD8)
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-doencas-pulmonares-toracicas/Paginas/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc.aspx
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-doencas-pulmonares-toracicas/Paginas/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc.aspx
http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=871

Continue navegando