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Roteiro 01 - Introdução e Tributo

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Roteiro 01: Direito tributário: definição, fontes, legislação. Tributo.
1. Introdução ao Direito Tributário
I. Atividade financeira do Estado
Para realização dos seus objetivos o Estado precisa de dinheiro. A gestão desses recursos será regulada pelo direito financeiro.
A atividade financeira do Estado se desenvolve basicamente em 3 campos:
· Receita
· Gestão
· Despesa
Isso é um tema de interesse primordial do direito financeiro.
É importante saber que a receita do Estado pode ser:
· Receita originária: advém da exploração do próprio patrimônio do Estado. O Estado não vai se valer do seu poder de império para angariar esses recursos. Ele aufere fundos a partir de relações de direito privado que ele estabelece com particulares. Ex.: imóvel do Estado que está alugado a particulares; Estado vende um bem a um particular; lucros das empresas estatais.
Aqui o Estado atua como particular. 
· Receita derivada: tem como característica básica o exercício do poder de império pelo Estado. É obtida essa receita de modo compulsório e coercitiva. Ex.: as multas e tributos.
Veja, tributo é receita derivada.
II. Fontes do Direito Tributário
a) Constituição
No campo tributário, a Constituição regula as competências dos entes federativos, instituindo os limites ao poder de tributar, os direitos e deveres do cidadão perante o fisco, além de trazer os princípios que fundamentam, orientam, limitam essa atividade de tributar do Estado.
b) Lei complementar
Normas gerais de Direito Tributário serão tratadas pela lei complementar. 
CTN: lei ordinária anterior à CF. CTN do ponto de vista de seu conteúdo é constitucional, foi recepcionado como lei complementar, formalmente é lei ordinária, mas materialmente é lei complementar. 
Lei complementar exige maioria absoluta, não existindo hierarquia entre lei complementar e lei ordinária.
Mas se uma lei ordinária tratar de lei complementar esta será inconstitucional.
Em direito tributário, a Constituição vai dizer que as normas gerais em matéria tributária deverão ser regulamentadas por lei complementar.
Lembre-se que o Código Tributário Nacional traz normas gerais de direito tributário, ainda que se trate de uma lei ordinária. No entanto, a Constituição recepcionou o CTN com status de lei complementar. A Constituição dispensa elementos formais do antigo ordenamento, bastando que haja a compatibilidade material.
Portanto, o CTN é formalmente uma lei ordinária, mas materialmente é uma lei complementar. Dessa forma, para alterá-lo será necessária lei complementar para as questões relativas às normas gerais de direito tributário. Não sendo normas gerais, poderá ser alterado por lei ordinária.
Em matéria tributária, a lei complementar vai tratar de:
- Conflitos de competência tributária
- Limites constitucionais ao poder de tributar
- Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária
- Estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência (art. 146-A)
Roberval Rocha destaca algumas normas gerais que a lei complementar vai trazer:
 Definição dos tributos
 Fatos geradores
 Base de cálculo
 Contribuintes
 Obrigação
 Lançamento
 Crédito
 Prescrição e decadência
 Tratamento diferenciado para as cooperativas
 Tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte
Segundo a jurisprudência, este rol é exemplificativo. Lei complementar vai veicular a instituição de tributos determinados pela Constituição. Isto é, a Constituição determina que certos tributos sejam discriminados ou instituídos por lei complementar.
A alíquota não é prevista no rol do art. 146 da CF, motivo pelo qual não precisa ser tratada por lei complementar.
Portanto, são tributos que devem ser instituídos por lei complementar:
 Empréstimo compulsório (EC)
 Imposto sobre grandes fortunas (IEG)
 Impostos residuais
 Contribuições previdenciárias residuais
Determinadas proibições são elencadas na Constituição. Uma delas é a matéria que deve ser regulada por lei complementar. Ou seja, o que deve ser regulado por lei complementar não pode ser tratado por medida provisória.
Ainda, a Constituição proíbe que seja utilizada lei delegada em matéria tributária no tocante as matérias reguladas por lei complementar.
c) Lei ordinária
A lei ordinária é a comum, que acontece sempre. Para aprovação, basta a maioria simples.
Determina as hipóteses de incidência tributária. Uma vez ocorrido o lançamento, constitui-se o crédito tributário. 
É o veículo normativo que vai determinar as hipóteses de incidência tributária, prevendo a hipótese em abstrato.
A lei ordinária trata das obrigações acessórias, as quais são deveres que vão instrumentalizar a tarefa de arrecadar e fiscalizar do Estado, em relação à matéria tributária.
d) Atos do Poder Executivo federal majoradores de alíquotas de tributos
Alguns tributos de competência da União podem ter suas alíquotas majoradas por ato do Poder Executivo Federal (e não apenas do Presidente). Logo, é possível que o Ministro da Fazenda venha a prolatar o ato de majoração.
São tributos que admitem a majoração de alíquotas por ato do poder executivo federal:
São tributos que tem como finalidade uma finalidade extrafiscal, regulamentam comportamentos: 
 Imposto de importação (II)
 Imposto de exportação (IE)
 Imposto de produtos industrializados (IPI)
 Imposto sobre operações financeiras (IOF)
 CIDE-combustível 
e) Lei delegada
Lei delegada pode tratar de matéria tributária.
f) Medida provisória
A medida provisória pode tratar de matéria tributária, desde que não seja reservada à lei complementar.
No caso da medida provisória que institua ou majore impostos, a Constituição estabelece que essa medida provisória só vai produzir efeitos no exercício financeiro seguinte (princípio da anterioridade) se ela houver sido convertida em lei até o último dia do exercício financeiro em que foi editada.
Ficam excetuadas dessa regra do princípio da anterioridade o II, IE, IPI, IOF, CIDE-combustível e ICMS-monofásico combustível. Esses impostos têm caráter de extrafiscalidade, incidem imediatamente. 
g) Tratado internacional
O CTN, no art. 98, diz que os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna e são observados pela legislação que lhe sobrevenha.
Portanto, o tratado internacional revoga legislação anterior incompatível, mas a legislação posterior a ele deverá observar esse tratado (ou seja, não revogaria o tratado).
Pode uma lei superveniente revogar as disposições que existirem em um tratado?
O entendimento prevalente é no sentido negativo, mas há duas posições:
1ªC: Segundo Luciano Amaro, deverá ser observada essa regra, pois o tratado é especial em relação à lei posterior. Norma especial prevalece sobre a norma geral.
2ªC: Hugo de Brito Machado diz que o tratado deve prevalecer, pois somente poderia ser revogado por um instrumento adequado no âmbito do direito internacional, que é a denúncia do conteúdo do tratado.
CTN: tratados e convenções internacionais revogam leis internas. O tratado na verdade susta a eficácia, se o tratado for denunciado a norma interna readquire aptidão para produzir efeitos. 
A ESAF considerou que a expressão “revogam” não cuida, a rigor, de uma revogação, mas de uma suspensão da eficácia da norma tributária nacional, que readquirirá a sua aptidão para produzir efeitos se e quando o tratado for denunciado.
h) Convênio
O convênio é um ato normativo executivo que tem caráter infralegal e expressa, em matéria tributária, um ajuste de vontade entre os entes federativos.
A Constituição excepciona o princípio da legalidade quando trata dos convênios, pois permite que esses convênios normativos tenham força de lei.
A deliberação dos Estados, que é feita por convênio, pode conceder ou revogar benesses fiscais relativas ao ICMS, evitando-se assim a guerra fiscal entre os estados.
No que concerne ao ICMS, alguns convênios têm previsão constitucional, sendo, portanto, normas primárias, de hierarquia legal, não podendo ser classificados como atos meramente complementares.Portanto, são passíveis de serem questionados por ação direta de inconstitucionalidade, ADIN.
Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que concede, sem autorização de convênio interestadual, dedução de ICMS para empresas que patrocinarem bolsas de estudo para professores. O Estado-membro só pode conceder isenção de ICMS se isso tiver sido combinado com os demais Estados-membros/DF por meio de um convênio. É o que prevê o art. 155, § 2º, XII, “g”, da CF/88 e o art. 1º da LC 24/75 (Inf. 856).
No mesmo informativo 856, ficou decidido que é inconstitucional lei estadual que concede, sem autorização de convênio interestadual, vantagens no parcelamento de débitos do ICMS para empresas que aderirem à programa de geração de empregos. O Estado-membro só pode conceder benefícios de ICMS se isso tiver sido previamente autorizado por meio de convênio celebrado com os demais Estados-membros e DF, nos termos do art. 155, § 2º, XII, “g”, da CF/88 e o art. 1º da LC 24/75. A concessão unilateral de benefícios de ICMS sem previsão em convênio representa um incentivo à guerra fiscal.
i) Norma complementar
O CTN, no art. 100, vai arrolar as normas complementares:
 Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas
São as portarias e instruções das autoridades administrativas, bem como as circulares. Elas derivam do poder regulamentar, não podendo inovar na ordem jurídica.
 Decisões administrativas que tenham caráter normativo
São as decisões singulares ou colegiadas de órgãos de jurisdição administrativas. Essas decisões conferem eficácia normativa, ditando normas a partir de então. É chamado de jurisprudência administrativa em matéria tributária, expressando o posicionamento dos órgãos fiscais, conferindo uma certa segurança jurídica sobre o que o contribuinte pode ou não fazer.
 Práticas reiteradas da atividade administrativa (costume administrativo)
 Convênios que sejam celebrados entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios
Esses convênios não têm eficácia de lei. São os chamados convênios de cooperação. São convênios firmados entre os fiscos de diferentes esferas que visa uma mútua assistência a fim de ajudar a fiscalização dos tributos respectivos. Há uma permuta das informações.
Objetivo: alinhar a política de fiscalização. Convênios de cooperação. 
j) Legislação tributária
Segundo o art. 96 do CTN, a expressão legislação tributária, que verse sobre tributos e relações jurídicas ligadas aos tributos, compreende:
 Leis
 Tratados e convenções internacionais
 Decretos
 Normas complementares
 Constituição
 Leis complementares
Portanto, o conceito de legislação tributária é muito maior do que o conceito de lei tributária.
2. Tributo
I. Definição
A definição de tributo está prevista no art. 3º do CTN.
Segundo a definição legal, tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída por lei, e cobrada mediante atividade plenamente vinculada da administração.
Portanto, tributo é:
 Toda prestação pecuniária compulsória: portanto deve ser em dinheiro e é obrigatória.
 Em moeda: não pode ser cobrado in natura.
 Não constitua sanção de ato ilícito: assim, multa não pode ser tributo.
 Instituído por lei: é reflexo do princípio da legalidade.
 Cobrado mediante atividade plenamente vinculada da administração: a administração não tem a faculdade de escolher se vai ou não cobrar o tributo. Ela é obrigada a cobrar o tributo. 
II. Natureza jurídica
A natureza jurídica de um tributo é determinada pelo fato gerador (art. 4º). Com base nisso é que se descobre se estamos diante de um imposto, taxa, contribuição de melhoria etc.
Segundo o art. 4º do CTN, basta o fato gerador para identificar a natureza jurídica do tributo. Logo, denominação, outros pontos formais e a destinação do tributo não são importantes!
Esse art. 4 só tem relevância para a teoria tripartida, que é adotada pelo CTN, a qual não é adotada pela CF, pois, conforme o STF, é adotada a teoria quintapartida/pentapartida dos tributos.
 Se o fato gerador é uma situação que independe de qualquer atividade estatal específica, estaríamos diante de um imposto.
 Se o fato gerador é uma atividade de poder de polícia ou uma utilização efetiva ou potencial de um serviço público e divisível prestado ao contribuinte, ou ao menos posto à disposição, estaríamos diante de uma taxa.
 Se o fato gerador é a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública, estaríamos diante de uma contribuição de melhoria.
Perceba que os arts. 3º, 4º e 5º adotam a teoria tripartida. Portanto, seriam espécies de tributo os impostos, taxas e as contribuições de melhoria. No entanto, existem outras modalidades de tributo, tais como as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios.
Dessa forma, a doutrina mais atualizada entende que foi acolhida a teoria pentapartida.
Com isso, a doutrina também afirma que para saber a natureza jurídica do tributo, é necessário saber o fato gerador. Contudo, além dessa análise, é preciso verificar qual a finalidade da contribuição ou se é possível ou não a devolução do montante arrecadado, pois se estivermos diante de uma finalidade específica podemos estar diante de uma contribuição especial. E se houver a possibilidade de regulamentação da devolução, estaríamos diante de um empréstimo compulsório.
Fato gerador, finalidade da contribuição e se é possível ou não a devolução em algum momento do tributo: contribuição especial ou empréstimo compulsório. 
III. Características dos tributos quanto à sua finalidade
São características do tributo quanto à sua finalidade:
 Fiscalidade:
Não existe uma finalidade específica, pois a finalidade é arrecadar o montante financeiro para os cofres públicos. É a regra geral dos tributos.
Um tributo é fiscal quando o sujeito ativo da obrigação tributária é o mesmo sujeito titular da competência tributária para institui-lo. Ex.: IPTU.
 Parafiscalidade:
Há uma atuação paralela. Ocorre quando o sujeito competente institui determinado tributo, mas delega a outra pessoa jurídica de direito público a capacidade tributária (capacidade de arrecadar), atribuindo a essa pessoa jurídica o produto dessa arrecadação. Ex.: INSS é o sujeito ativo de certas contribuições sociais instituídas pela União. INSS tem capacidade tributária, vai cobrar imposto instituído pela União. 
 Extrafiscalidade:
Não há aqui uma atividade puramente arrecadatória. A finalidade maior é regular comportamentos, sejam econômicos, sociais, sanitários etc. Ex.: Imposto de importação ou imposto de exportação, que podem regular as mercadorias que entram e saem do país.
IV. Classificações relevantes de tributos
São algumas classificações importantes:
 Tributo vinculado: é o tributo cujo fato gerador vai se relacionar a alguma contraprestação do Estado. Típico de taxa e contribuição de melhoria. Este último poderá ter como fato gerador o fato de ter ocorrido uma obra pública, gerando a valorização imobiliária do imóvel.
 Tributo não vinculado: o fato gerador não depende ou se vincula a qualquer contraprestação específica do Estado. Ex.: IPVA. Esse imposto não é pago para que o Estado asfalte e tape os buracos. O art. 16 do CTN é claro ao dizer que imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer atividade do Estado.
Os tributos podem ser também de arrecadação vinculada ou não vinculada:
 Tributos de arrecadação vinculada: são os tributos cuja arrecadação deve ser necessariamente utilizada no fim que justificou aquela criação do tributo. Ex.: Empréstimo Compulsório e Contribuições especiais. Por exemplo, é feito um empréstimo compulsório para determinada finalidade. Caso não seja aplicado, será inconstitucional.
 Tributos de arrecadação não vinculada: nesse caso, a receita poderá ser utilizada livremente para as despesas gerais da administração pública. Ex.: imposto, taxas e contribuições de melhoria. As taxas e contribuições de melhoria de tributos vinculados, ou seja, o Estado presta umserviço, ou faz uma obra, e arrecada, mas não é de arrecadação vinculada, pois o produto dessa arrecadação o Estado emprega como quiser.
A CF, em seu art. 168, diz que são vedados a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a repartição do produto da arrecadação e a destinação desses recursos para:
 Saúde
 Educação
 Atividade da administração tributária
É possível vincular os impostos para prestação de garantias das operações de crédito por antecipação de receitas.
Ressalte-se que em relação a imposto não se trata apenas de um tributo de arrecadação não vinculada, pois, geralmente, o imposto não pode ter vinculação. É ao chamado princípio da não afetação. A taxa e a contribuição de melhoria, ao contrário, podem ter afetação.
O tributo ainda poderá ser:
 Tributo real: quando é graduado unicamente em função da coisa, em função do aspecto econômico da operação. Ex.: João comprou um carro e pagou 50 mil reais. Antônio também comprou um carro de 50 mil reais. O primeiro financiou em 60 meses, enquanto o Antônio pagou à vista. No caso, o IPVA é o mesmo para os dois. Na verdade, é um tributo real, pois é unicamente determinado pelo aspecto econômico da operação.
 Tributo pessoal: é graduado em função das condições de cada contribuinte. Por exemplo, o imposto de renda. No IR, além de variar o caráter progressivo do imposto, ele pode sofrer deduções. Apesar de José e João ganharem 10 mil reais, é possível que José pague menos imposto que João, caso ele demonstre que gastou com saúde, educação dos filhos etc.
O tributo poderá ser proporcional ou progressivo:
 Tributo proporcional: deve incidir sempre a mesma alíquota, independentemente do valor da base de cálculo. Ex.: se a base de cálculo é 50 mil reais, e o IPVA seja de 3%, será pago 1.500 reais. Se houver um carro de 100 mil reais, o IPVA será de 3.000 reais.
 Tributo progressivo: a alíquota aumenta à medida que aumenta a base de cálculo. É o caso do imposto de renda.
 Tributo regressivo: é aquele em que a carga tributária é maior daquele que tem uma renda mais baixa. À medida que a base de cálculo diminui, a alíquota aumenta. Há uma crítica a essas espécies tributárias em relação ao caráter regressivo.
Caráter regressivo em razão da alta carga tributária. 
V. Imposto
O art. 16 do CTN diz que imposto é tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Os impostos, a princípio, são numerus clausus, estando discriminados na Constituição.
Ressalva-se apenas a possibilidade de a União valer-se de sua competência residual para, por meio de lei complementar, instituir um novo imposto. Além disso, há ainda a competência extraordinária da União.
O art. 154 da CF diz que a União pode instituir, mediante lei complementar, impostos não previstos (é a competência residual da União), desde que se observe os requisitos:
 Sejam não cumulativos
 Não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já discriminados na CF
Além disso, a União pode, na iminência ou no caso de guerra externa, instituir impostos extraordinários (IEG), estando ou não compreendidos dentro de sua competência tributária. É uma situação excepcional.
A competência constitucional para instituir tributos está na Constituição e é basicamente a seguinte:
 Competência da União:
São de competência da União:
o Imposto de importação
o Imposto de exportação
o Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
o Imposto sobre grandes fortuns (IGF)
o Imposto territorial rural (ITR)
o Imposto sobre operações financeiras (IOF)
o Imposto extraordinário de guerra (IEG)
o Impostos residuais, desde que não seja cumulativo ou base de cálculo ou fato gerador dos demais impostos.
 Competência dos Estados e do DF
São de competência dos Estados e do DF:
o Imposto sobre transmissão por causa mortis e doação (ITCMD)
o Imposto sobre circulação de mercadorias e transporte intermunicipal (ICMS)
o Imposto sobre veículos automotores (IPVA)
 Competência dos Municípios
São de competência dos Municípios:
o Imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU)
o Imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI)
o Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN)
VI. Taxas (tributo vinculado, poder de polícia ou serviço público específico e divisível, ou pelo menos coloca o serviço à disposição do contribuinte)
a) Noções gerais
Os entes políticos podem instituir taxa em razão do exercício decorrente do poder de polícia ou em razão da utilização efetiva ou potencial de um serviço público, desde que esse serviço seja específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
As taxas, segundo expressa disposição constitucional, não podem ter base de cálculo própria de impostos. Então não é possível a plena coincidência das bases de cálculo de uma taxa e de um imposto.
As taxas são, em princípio, de arrecadação não vinculada, apesar de serem tributos vinculados. Ou seja, a utilização do produto da arrecadação é discricionária pelo poder executivo. É tributo vinculado de arrecadação não vinculada. 
A CF não discrimina as taxas que são passíveis de instituição por cada entidade da federação. A entidade que prestou o serviço, podendo prestar, ou que exerceu o poder de polícia, podendo exercer, tem direito de cobrar a taxa.
Por ser um tributo vinculado a uma atuação específica do Estado, a entidade política atuante, que preste o serviço ou desenvolva a atividade considerada geradora do fato tributário, vai ser o sujeito ativo desse tributo.
Segundo o STF, o Município não pode cobrar IPTU de Estado estrangeiro, embora possa cobrar taxa de coleta domiciliar de lixo, tendo em vista que os Estados estrangeiros possuem imunidade tributária e de jurisdição, segundo os preceitos das Convenções de Viena de 1961.
A taxa de coleta domiciliar de lixo pode ser cobrada, aqui o município está prestando um serviço e o Estado estrangeiro não pode se enriquecer sem causa. 
b) Vedação de base de cálculo idêntica à de impostos
Com relação às taxas, é necessário lembrar que o art. 145, §2º, da CF diz que as taxas não podem ter base de cálculo idêntica à dos impostos.
Portanto, o fato gerador do imposto não é o mesmo fato gerador da taxa, motivo pelo qual não pode ter coincidência. O fato gerador do imposto é um fato relacionado ao contribuinte, enquanto as taxas têm como fato gerador uma atuação do Estado, e não do contribuinte.
Mas o STF já pacificou pela Súmula Vinculante 29 que é constitucional a adoção no cálculo de uma taxa de um ou mais elementos da base de cálculo de um determinado imposto, desde que não haja uma integral identidade de uma base e outra.
O exemplo disso é a taxa de coleta de lixo municipal com relação ao IPTU. Isso porque o IPTU tem como fato gerador o valor do imóvel, mas a taxa de coleta de lixo poderá ter como fato gerador o tamanho da frente do imóvel, pegando uma parte do tamanho do imóvel, ainda que se trate de um elemento que se faz necessário para se chegar ao valor da base de cálculo do imóvel para se cobrar o IPTU. Veja, é apenas uma parte, e não a integralidade coincidência da base de cálculo. Por tudo isso, a taxa de coleta de lixo é constitucional.
c) Tipologia das taxas
As taxas podem ser de 2 tipos:
 Exercício do poder de polícia (taxa de polícia):
 Prestação de um serviço (taxa de serviço): esta taxa se dá pela utilização efetiva de serviços públicos específicos e divisíveis, ou mesmo pela utilização potencial de serviços públicos e divisíveis que foram postos à disposição do contribuinte.
O STF, na súmula vinculante 19, entende que a taxa cobrada exclusivamente em razão do serviço de coleta, remoção e tratamento e destinação de lixos e resíduos provenientes de imóvel não viola à Constituição. Portanto, é constitucional a taxa de coleta de lixo.
Ou seja, ainda que a pessoa não resida no imóvel, ou que esteja abandonada, poderá ser cobrada essa taxa, pois o serviço é posto à disposição. Serviço específico e divisível. 
d) Taxa decorrente da prestação de um serviçopúblico
A principal característica do serviço público que vai habilitar o serviço público de ser remunerado por meio de taxa será a sua divisibilidade.
Em se tratando de serviço indivisível, não vai admitir que seja instituída uma taxa para remunerá-lo. Ex.: iluminação pública não se admite que haja a cobrança de taxa, pois não há como dividir o quanto a pessoa se utilizou do serviço. Admite-se a contribuição de iluminação pública. 
A limpeza da rua também não admite, pois não há como cobrar o quanto a pessoa sujou a rua.
Segurança pública também não admite a cobrança de taxa, pois é imensurável.
→ Distinção entre taxa e preço público
Taxa é espécie de tributo. A taxa não depende da utilização do serviço.
Preço público, ou tarifa, não é tributo. Preço público é uma remuneração devida por um serviço público, mas de sujeição alternativa, originada de uma relação contratual estabelecida entre o cidadão e o poder público, que quase sempre está representado por um concessionário ou permissionário de serviço público. A tarifa exige a utilização do serviço para ser cobrado.
É exemplo de tarifa, de acordo com o STF e STJ, a cobrança do serviço de água e esgoto, pedágio. 
→ Custas e emolumentos
Custas e emolumentos são as chamadas taxas judiciárias.
A natureza jurídica é de taxa, pois há a prestação de serviço pelo Estado. O serviço é específico e divisível. A base de cálculo é o valor da atividade estatal que foi ali prestada ao contribuinte, devendo guardar uma proporcionalidade com a atividade prestada pelo Estado.
Base de cálculo: valor da causa. Mas deve encontrar um limite. 
Nesse sentido, o STF editou a Súmula 667, estabelecendo que viola a Constituição e a garantia de acesso à jurisdição taxa judiciária que é calculada sem limite sobre o valor da causa.
A EC 45 incluiu o § 2º ao art. 98 da CF, dizendo que custas e emolumentos serão destinados exclusivamente aos serviços afetos à Justiça. Neste caso, parcela da doutrina afirma que se tornou uma espécie tributária sui generis. Isso porque haveria um tributo de arrecadação constitucionalmente vinculada. Há a prestação de um serviço específico e divisível, mas a finalidade da arrecadação também já está discriminada na Constituição.
e) Taxa relativa ao exercício regular do poder de polícia
O CTN diz no art. 78 que se considera poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Basicamente, esse dispositivo traz um conceito de poder de polícia.
Perceba que, diferentemente da taxa de prestação de serviços, na taxa pelo poder de polícia exige-se um exercício efetivo do poder de polícia para promover a cobrança.
Dessa forma, não se pode cobrar a taxa de poder de polícia se este serviço não foi efetivamente exercido.
O STF entende que é constitucional a taxa de renovação do funcionamento e localização municipal, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de fiscalização.
São exemplos de atividade de polícia que ensejam a cobrança de taxa:
 Taxa de fiscalização de anúncio
 Taxa de fiscalização dos mercados e títulos de valores mobiliários
 Taxa de localização e funcionamento de estabelecimentos em geral
 Entre outras
Segundo o STF, a área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo aproximado da atividade estatal de fiscalização para fins de cobrança de taxa.
Por outro lado, é inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos.
VII. Contribuição de melhoria
Execução de obra pública que gera valorização imobiliária, que justifica a instituição da contribuição de melhoria. Primeiro teto: custo da obra ao poder público. Segundo teto: valorização efetiva do imóvel. 
A contribuição de melhoria pode ser cobrada por qualquer ente no âmbito de suas atribuições. Ou seja, a União, os Estados, o DF e os municípios podem cobrá-la.
Reputam-se feitas pela União as obras executadas pelos Territórios.
A contribuição de melhoria tem como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas.
O princípio que fundamenta o tributo da contribuição de melhoria é a vedação do enriquecimento sem causa do particular.
A base de cálculo será o quantum de valorização experimentada pelo imóvel. Desse modo, a base de cálculo nunca poderá ser o custo da obra e nem mesmo o valor da obra.
A contribuição de melhoria possui duas limitações, sendo denominada de sistema de duplo limite:
 Limite geral (total): as contribuições de melhoria não podem exceder o custo da obra. Se 10 casas experimentaram a valorização de 50 mil reais cada, mas na obra o poder público gastou 200 mil para fazer, cada casa só poderá pagar 20 mil, a despeito de ter valorizado 50 mil.
 Limite individual: é o valor da correspondente valorização do imóvel. Se o poder público gastou 500 mil reais com a obra e 10 casas foram valorizadas no montante de 20 mil reais. Dessa forma, não poderá cobrar mais do que 20 mil reais de cada casa, ainda que a obra não tenha sido integralmente paga pelo contribuinte. Veja, o limite individual é a valorização do imóvel.
Nada impede que a administração exija um valor menor. Ex.: a obra foi de 1 milhão, tendo 10 casas experimentado uma valorização enorme, mas ainda assim o poder público resolveu cobrar 50 mil ao invés de 100 mil de cada uma.
Cumpre salientar que o recapeamento de via pública já asfaltada não pode gerar cobrança de contribuição de melhoria, pois não gera a valorização aos contribuintes, os quais já experimentaram a valorização quando da realização da obra.
Por outro lado, a pavimentação asfáltica de via pública pode gerar a cobrança de contribuição de melhoria, pois o tributo tem por fato gerador benefício resultante de obra pública.
A contribuição de melhoria sub-roga-se na pessoa dos respectivos adquirentes do imóvel, salvo quando conste do título a prova de sua quitação, conforme art. 130 do CTN. Caráter propter rem. 
A contribuição de melhoria somente poderá ser cobrada após o término da obra, que é o fato gerador. Do contrário, não poderia se aferir o quantum de valorização que a obra gerou.
Segundo o art. 2º do DL 195, será devida a contribuição de melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:
 Abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas;
 Construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos;
 Construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema;
 Serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;
 Proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação;
 Construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem;
 Construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;
 Aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.
De acordo com o art. 82, a lei relativa à contribuição de melhoria deverá publicar previamente edital, contendo:
 Memorialdescritivo do projeto;
 Orçamento do custo da obra;
 Determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
 Delimitação da zona beneficiada;
 Determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
O edital também fixará prazo não inferior a 30 dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos contidos no edital.
O edital trará a regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
De acordo com o art. 177, salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria, pois se trata de tributos bilaterais.
Isenção a imposto não se estende a taxas e contribuições de melhoria. 
VIII. Empréstimo compulsório
Empréstimos compulsórios são tributos temporários e restituíveis. Só se justifica em situações de anormalidade e é restituível. 
A União, compulsoriamente, cobra dos administrados o valor para custear uma despesa urgente, ficando obrigada a devolver esse valor logo que solucionar aquela causa que justificou a sua instituição. Ex.: guerra, calamidade pública. 
A União deverá devolver em dinheiro e corrigido monetariamente, conforme decidiu o STF.
São motivos para criação de empréstimo compulsório:
 Atendimento de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa, ou de sua iminência;
 Investimento público de caráter urgente ou de relevante interesse nacional.
Ressalte-se que esses motivos não são considerados fatos geradores! São situações deflagrantes, conforme a doutrina majoritária entende.
O fato gerador do empréstimo compulsório pode vir com o mesmo fato gerador de outros impostos. Ex.: mesmo fato gerador do ICMS, IR, etc.
A situação calamitosa deve ser limítrofe, por exemplo, hecatombes avassaladoras, cataclismos ou catástrofes. Além disso, quanto à guerra externa (iminente ou eclodida), tal contexto pode ensejar dois tributos no Brasil: imposto extraordinário de guerra e o empréstimo compulsório.
Atente-se que também não é necessário que haja a decretação do estado de calamidade pública para que haja a instituição do empréstimo compulsório.
Vale atentar que, com relação ao empréstimo compulsório para investimento público de caráter urgente ou de relevante interesse nacional, é preciso observar o princípio da anterioridade.
No caso de empréstimos compulsórios para atendimento de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa, ou de sua iminência, não é preciso observar o princípio da anterioridade anual e nonagesimal. Aqui a exigência é imediata.
A aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios é vinculada às despesas que justificou a instituição do tributo. Por essa razão, é inconstitucional o empréstimo compulsório criado em face de conjuntura econômica que exija a absorção temporária de poder aquisitivo da moeda, pois não se encontra na CF, além de que o art. 15, III, CTN não foi recepcionado pela CF/88.
A competência para instituir é exclusiva da União, que o fará por meio de lei complementar.
É necessário fazer uma diferença entre os empréstimos compulsórios e o imposto extraordinário de guerra:
 Empréstimo compulsório: aqui há um caráter temporário, pois será necessária a restituição posterior. É instituído por meio de lei complementar. É um imposto vinculado.
 Imposto extraordinário de guerra: não é restituível, pois não se trata de empréstimo. É instituído por meio de lei ordinária. Não é vinculado a uma atividade específica, pois é imposto.
São características comuns entre o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário de guerra:
 São de competência da União.
 Têm como característica a temporariedade, pois acabando a guerra o tributo se exaure.
 Não observam o princípio da anterioridade.
Cabe ressaltar que o parágrafo único do art. 148 da CF menciona que a receita do empréstimo compulsório deve estar vinculada à sua despesa. Não pode haver tredestinação ou desvio de finalidade!
IX. Pedágio
Pedágio é preço público. 
Por meio de tributo não posso limitar a liberdade, excepcionando a cobrança de pedágio. 
Tem natureza contratual e não tributário. Só paga porque utilizou aquele dia, aquela rodovia. Não está sujeito ao princípio da legalidade. 
A Constituição Federal, ao instituir limitação ao poder de tributar, vai vedar que sejam estabelecidas limitação ao tráfego de pessoas ou de bens por meio de tributos, mas a Constituição excepciona a cobrança de pedágios.
Segundo STF, na ADI 800, pedágio é preço público (tarifa). Portanto, pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovia não tem natureza tributária.
Em consequência disso, não está o pedágio sujeito ao princípio da legalidade.

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