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ANGINA ESTÁVEL

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Fernanda F. Ferreira - TXI
ANGINA ESTÁVEL
· forma clínica de apresentação da doença arterial coronária crônica
· ocorre quando a demanda de O2 para o músculo cardíaco é maior que a oferta pelas artérias coronárias
· equivale à isquemia miocárdica estresse - induzida
· *Paciente no repouso está estável
· A angina é uma síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em quaisquer das seguintes regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores. 
· desencadeada ou agravada: atividade física e estresse emocional
· Atenuada: nitroglicerina e derivados
· A angina usualmente acomete portadores de DAC com comprometimento de, pelo menos, uma artéria epicárdica. Entretanto, pode também ocorrer em casos de doença cardíaca valvar, cardiomiopatia hipertrófica e hipertensão não controlada. 
· Pacientes com coronárias normais e isquemia miocárdica relacionada ao espasmo ou disfunção endotelial também podem apresentar angina.
· Exame clínico: um dos mais importantes passos para a avaliação do paciente com dor torácica, alto grau de acurácia para estimar a probabilidade de DAC significativa 
· DAC signifivativa: definida angiograficamente pela presença de estenose ≥ 70% do diâmetro, pelo menos um segmento de uma das artérias epicárdicas maiores, ou estenose ≥ 50% do diâmetro do Tronco da Coronária Esquerda (TCE). 
· Lesões com menor grau de estenose podem causar angina, mas têm significado prognóstico menor . 
Características da dor torácica:
• qualidade: constritiva, aperto, peso, opressão, desconforto, queimação e pontada; 
• localização: precordial, retroesternal, ombro, epigástrio, cervical, hemitórax e dorso; 
• irradiação: membros superiores (direito, esquerdo ou ambos), ombro, mandíbula, pescoço, dorso e região epigástrica; 
• duração: segundos, minutos, horas e dias; 
• fatores desencadeantes: esforço físico, atividade sexual, posição, alimentação, respiração, componente emocional e espontânea; 
• fatores de alívio: repouso, nitrato sublingual, analgésico, alimentação, antiácido, posição e apneia; 
• sintomas associados: sudorese, náusea, vômito, palidez, dispneia, hemoptise, tosse, pré-síncope e síncope. 
a)Típica: desconforto ou dor retroesternal desencadeada pelo exercício ou estresse emocional, aliviada com o repouso ou uso de nitroglicerina
b)Atípica: presença de somente dois dos fatores acima 
c) Não cardíaca: presença de somente um ou nenhum dos fatores acima
Graduação da angina de peito:
Classe I: Atividade física habitual, como caminhar, subir escadas, não provoca angina. Angina ocorre com esforços físicos prolongados e intensos 
Classe II: Discreta limitação para atividades habituais. A angina ocorre ao caminhar ou subir escadas rapidamente, caminhar em aclives, caminhar ou subir escadas após refeições, ou no frio, ou ao vento, ou sob estresse emocional, ou apenas durante poucas horas após o despertar. A angina ocorre após caminhar dois quarteirões planos ou subir mais de um lance de escada em condições normais 
Classe III :Limitação com atividades habituais. A angina ocorre ao caminhar um quarteirão plano ou subir um lance de escada 
Classe IV :Incapacidade de realizar qualquer atividade habitual sem desconforto − os sintomas anginosos podem estar presentes no repouso
Angina instável:
· Exame clínico: um dos mais importantes passos para a avaliação do paciente com dor torácica, alto grau de acurácia para estimar a probabilidade de DAC significativa 
· DAC significativa: definida angiograficamente pela presença de estenose ≥ 70% do diâmetro, pelo menos um segmento de uma das artérias epicárdicas maiores, ou estenose ≥ 50% do diâmetro do Tronco da Coronária Esquerda (TCE). 
· Lesões com menor grau de estenose podem causar angina, mas têm significado prognóstico menor . 
Diagnósticos diferenciais dor torácica:
· Cardiovascular não isquêmica: Dissecção da aorta; Pericardite
· Pulmonar: Embolia; hiperventilação; Pneumotórax, Pneumonia, Pleurite
· Gastrointestinal : esofagite, espasmo e refluxo; Vesícula biliar: cólica, colecistite, litíase, colangite, úlcera péptica, Pancreatite
· Parede torácica: Costocondrite; Fibrose; Fratura de costela; Artrite esternoclavicular; Hepes zóster 
· Psiquiátrica: Distúrbios de ansiedade; Distúrbios de pânico; Distúrbios de afetividade: depressão ; Distúrbios somáticos
Condições que podem provocar ou exacerbar isquemia por consumo aumentado ou oferta diminuída de oxigênio:
· Causas não cardíacas :Anemia; Hipertermia; Pneumonia; Asma; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Hipoxemia; Hipertensão pulmonar; Fibrose pulmonar intersticial; Apneia do sono obstrutiva; Policitemia e hiperviscosidade; Leucemia; Doenças falciformes; Trombocitose Hipertireoidismo; Toxidade simpatomimética (por exemplo: uso de cocaína); Hipertensão Fístula arteriovenosa; Hipergamaglobulinemia; Ansiedade 
· Causas cardíacas: Cardiomiopatia hipertrófica; Taquicardia ventricular; Estenose aórtica; Taquicardia supraventricular; Cardiomiopatia dilatada
Avaliação da dor torácica e Angina estável:
· Anamnese
· Exame físico
· Exames complementares
Exames Complementares
· ECG de repouso
· Radiografia de tórax
· Exames laboratoriais
· Teste ergométrico
· Cintilografia do miocárdio
· Ecocardiograma (com estresse)
· Angiotomocoronariografia
· Cineangiocoronariografia (Cateterismo)
· Ressonância cardíaca ( viabilidade)
Escore Framingham	
 
1. Angina estável
2. Síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis sem supradesnivelamento do segmento ST (SIMISSST) ou Síndrome Coronariana Aguda sem supra de ST : Angina instável e IAM sem supra
3. Síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis com supradesnivelamento do segmento ST (SIMISSST) ou Síndrome Coronariana Aguda com supra de ST: IAM com supra de ST
Objetivos Tratamento DAC
(1) prevenir o infarto do miocárdio e reduzir a mortalidade; 
(2) reduzir os sintomas e a ocorrência da isquemia miocárdica, propiciando melhor qualidade de vida.
Tratamento medicamentoso
Antiagregantes plaquetários : 
1- AAS: maior uso é para prevenção secundária, se já tem angina ou já infartou
AAS como prevenção primária não é mais usado
· os efeitos antitrombóticos advêm da inibição irreversível da ciclo-oxigenase-1, com consequente bloqueio da síntese do tromboxano A2. 
· Dose 100mg/dia a 325mg dias alternados
· Deve ser sempre prescrito − exceção a contraindicação (alergia ou intolerância, sangramento ativo, hemofilia e úlcera péptica ativa) ou alta probabilidade de sangramento gastrintestinal ou geniturinário.
· Reduz angina instável, IAM, morte cardiovascular
2- Derivados Tienopiridínicos: Ticlopidina e Clopidogrel
· na contraindicação absoluta do uso de aspirina; 
· e associado com aspirina após intervenção com stents, por, pelo menos, 30 dias 
· inibição específica da ativação da glicoproteína IIb/IIIa pelo ADP(inibem ativação plaquetária ADP induzida)
· Clopidogrel: dose 75mg/dia
· Ticlopidina causa neutropenia e é menos potente clopidogrel
Anticoagulantes: 
· Presença de alto risco trombótico, pode ser usado associada à aspirina; especialmente após infarto do miocárdio. 
· Grau de recomendação I, Nível de evidência A: Como alternativa à completa intolerância à aspirina. 
· Grau de recomendação IIa, Nível de evidência A: INR 2-3
Hipolipemiantes: estabilizam a placa, ao diminuir LDL, diminuindo também a inflamação!
1. Estatinas
2. Fibratos
3. Ezetimibe
4. Omega 3
5. Resina
Em paciente que já infartou:
 LDL-c < 50 mg/dL e não HDL-c < 80 mg/dL;
Escore de Risco Global (ERG): estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, ou insuficiência cardíaca, fatais ou não fatais, ou insuficiência vascular periférica em 10 anos.
1. Estatinas: principal efeito colateral é dor musc., por isso indicamos usar após a janta
· melhor opção terapêutica para o controle dos níveis séricos da LDL-c
· devem ser suspensas: no aumento das aminotransferases maior que 3X os valores normais, ou se houver dor muscular ou aumento da creatinoquinase maior que 10X o valor normal.
· Inibição da enzima HMG CoA redutase, responsável pela síntese de colesterol no interior doshepatócitos.
· Nível de colesterol intracelular reduz aumenta expressão receptores de LDL na membrana fígado depura excesso de LDL na circulação
	
2- Fibratos: tratamento da hipertrigliceridemia na falha das MEV ou quando (> 500 mg/dL) – trat. Da hipertrigliceridemia isolada trata se acima de 500 pois tem alto risco de pancreatite
3- Ezetimibe: na intolerância à estatina e essa tem que ser reduzida, situação na qual a estatina pode ser associada com ezetimibe, ou nos casos em que as estatinas, fibratos e o ácido nicotínico não são tolerados pelo paciente
 
4- Omega 3
· Em altas doses (4 a 10 g ao dia), reduzem os triglicérides e aumentam discretamente o HDL-c, mas podem aumentar também o LDL-c. 
· Meta-análises não mostram benefício na redução de eventos clínicos, não sendo recomendados, assim, para prevenção cardiovascular
5- Resina:
· Associadas às estatinas, quando a meta de LDL-c não é alcançada, apesar do uso de estatinas potentes em doses efetivas
· No Brasil está disponível somente a colestiramina
Vai ter IECA se tem problema no controle da pressão, ICC (disfunção ventricular) ou DM2. Se não tiver esses problemas não precisar receitar e o BRA também!
IECA: De rotina, quando há disfunção ventricular, e/ou insuficiência cardíaca e/ou diabetes melitus. Grau de recomendação, I Nível de evidência A.
melhora do perfil hemodinâmico, da perfusão subendocárdica e da estabilização de placas ateroscleróticas justificaria seu uso 
BRA: alternativa para os pacientes que não toleram IECA
Para reduzir sintomas e isquemia
1. B-bloqueadores – o principal, 1ª escolha
2. Antagonistas canais de cálcio
3. Nitratos
4. Trimetazidina
5. Ivabradina
6. Alopurinol
Betabloqueadores: bloqueadores beta-adrenérgicos constituem os medicamentos de primeira escolha no tratamento da angina estável, além de benefícios quanto à mortalidade e à redução de infarto após evento agudo coronário -Poupa o coração diminui FC e consumo de O2;
Antagonistas canais de cálcio
· Vasodilatador coronariano e sistêmico (pp arterial e arteriolar)
· Eficazes na angina estável de limiar variável devido efeito coronariodilatador e na Prinzmetal (vasoespasmo)
· Bloqueia canais L de Cálcio na membrana da célula muscular lisa vascular
· Diidropiridinas (anlodipina e nifedipina – não é tão mais usada, dá taquicardia reflexa): efeito coronariodilatados mais potente.
· Nifedipina de ação curta não usar, taquicardia reflexa
· Não Diidropiridinas: Verapamil (age pp nos canais L dos miócitos cardíacos, nódulo sinusal e AV) > reduz MVO2 por reduzir fc e contratilidade e Diltiazem (coronariodilatador, brdicardizante e inotrópico negativo)
 Nitratos: aumenta a vasodilatação coronariana, mas com o tempo dá o fenômeno de taquifilaxia
· Equivalente farmacológico do Óxido nítrico endógeno
· Potentes coronariodilatadores e ramos colaterais
· Venodilatadores (reduz retorno venoso e pré carga)
· Nitroglicerina (Tridil), dinitrato de isossorbida (Isordil), mononitrato de isossorbida (Monocordil)
· Dinitrato é pró droga e depende metabolização hepática
· Taquifilaxia (tolerância aos nitratos): para agir usam grupos sulfidrilas(-SH), estoques celulares desses radicais podem esgotar após várias administrações do fármaco. Para restaurar reserva de -SH, paciente deve permanecer 12h sem tomar o remédio (tempo para repor os radicais, se não o paciente para de ter benefício da droga)
· Posologia 6/6h pulando a 4ª dose (exemplo 8h, 14h e 20h)
Trimetazidina - Vastarel 
· Efeitos metabólicos e anti-isquêmicos sem qualquer efeito na hemodinâmica cardiovascular. 
· Benefícios :
(1) preservação dos níveis intracelulares de Trifosfato de Adenosina (ATP) e da fosfocreatina, com o mesmo oxigênio residual
(2) redução da acidose, sobrecarga de cálcio e acúmulo de radicais livres induzidos pela isquemia, e 
(3) preservação das membranas celulares
Ivabradina
· é um inibidor específico da corrente no nó sinusal 
· redutora da frequência cardíaca (quando não tem FC bem reduzida pelo beta-bloq. Ou tem alergia ao beta-bloq)
· estudo BEAUTIFUL demonstrou que a ivabradina reduz a ocorrência de infarto, bem como a necessidade de revascularização, em um subgrupo de pacientes − aqueles com DAC associada à disfunção ventricular e com frequência cardíaca em repouso ≥ 70 bpm
· pode ser utilizada como alternativa em pacientes que não toleram betabloqueadores 
Alopurinol – poupa o coração, diminuindo isquemia
· inibidor da xantina oxidase capaz de reduzir os níveis de ácido úrico em indivíduos com gota; 
· também possui propriedades antianginosas.
· Em um estudo, a dose de 600 mg/dia de alopurinol aumentou o tempo para depressão do segmento ST e o tempo para aparecimento de angina
· Em pacientes com angina estável sintomática em uso de terapia antianginosa maximamente tolerada. 
Tratamento com medidas invasivas
· Cirurgia de Revascularização do miocárdio
· Revascularização do miocárdio percutânea ( Angioplastia)
Indicação de revascularização miocárdica em pacientes com DAC estável em terapia médica otimizada 
Grau de recomendação I:
· 1-Estenose ≥ 50% em TCE ou na situação de tronco equivalente (Descentende Anterior − DA e Cx no óstio, ou antes da saída de ramos importantes) Nível de evidência A. 
· Estenoses proximais (> 70%) nos três vasos principais, com ou sem envolvimento de DA proximal, principalmente nos pacientes com FE < 50%, ou com prova funcional mostrando isquemia moderada a importante. Nível de evidência B.
· Estenose em dois vasos principais, com lesão proximal de DA, em pacientes com FE < 50%, ou com prova funcional com isquemia de grau moderado a importante. Nível de evidência B.
· 4 Estenoses em uma ou duas artérias principais, sem envolvimento da DA, mas com prova funcional com isquemia de grau importante270. Nível de evidência B. 
· 5 Angina incapacitante, com qualquer número de artérias envolvidas, esgotadas todas as opções terapêuticas não invasivas, mesmo sendo artéria secundária, e na impossibilidade técnica de tratamento por cateter. Nível de evidência B. 
· Estenoses em uma ou duas artérias, sem comprometimento da DA, após evento de morte súbita reanimada ou taquicardia ventricular sustentada. Nível de evidência B.
Indicações Angioplastia
· Lesão uniarterial
· Impossibilidade RVM cirúrgica
	
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