Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão da Qualidade Aula 1: A Evolução e o Desenvolvimento da Qualidade INTRODUÇÃO Nesta aula, você vai estudar sobre os conceitos básicos de administração, conhecer suas maiores referências e o propósito de se obter resultados cada vez melhores. OBJETIVOS Estabelecer a importância dos conceitos e princípios para obter resultados cada vez melhores. Conhecer a POC3. Demonstrar a origem dos princípios da Gestão da Qualidade através de um pequeno histórico da gestão da qualidade no mundo. PREMISSA Filoso�camente, a Gestão da Qualidade Total foi incorporada como uma metodologia voltada para a busca pela excelência assegurando que somente as empresas que tinham um diferencial competitivo a oferecer sobreviveriam. O pensamento das organizações ainda estava preso no sentido de que os clientes iriam “aceitar” os seus produtos, pois, já que não havia concorrência, os clientes não tinham mais a quem recorrer. Felizmente esse pensamento foi sendo modi�cado. Com o crescente aumento das ofertas, as organizações foram obrigadas a se adaptar a essa realidade e a oferecer o que realmente os clientes queriam e esperavam. Ou seja, havia uma necessidade de realinhamento interno, por causa das constantes mudanças no ambiente externo. Este ambiente externo propõe situações de oportunidades e ameaças (riscos) que devem ser interpretadas de acordo com a visão da organização. Cada organização, por ser única, deve estabelecer estratégias condizentes com a sua realidade. Para cada tipo de empresa podem ser estabelecidas diferentes formas de administrar em função do segmento que ela atua (ramo de negócio): O CONCEITO DE EMPRESA O conceito de empresa contribui muito quando pensamos numa organização como o conjunto de pessoas interagindo sequencialmente, distribuindo as ações de forma lógica e também cronológica, para obtenção de um objetivo (glossário). Fonte: Shutterstock Um dos grandes desa�os que as organizações enfrentam parte delas mesmas. Na maioria das vezes, elas são vistas pelos seus funcionários como algo segmentado, setorizado, não havendo uma visão de integração entre as ações desenvolvidas. O que queremos dizer é que não há um conhecimento do que é executado internamente, a não ser pelas pessoas que estão envolvidas nos projetos. O que se deve procurar é conhecer essas interações, obter uma visão sistêmica que proporcione enxergar as relações de causas e efeitos, no início, no meio e no �m das ações executadas. As empresas devem ser vistas como um conjunto de partes em constante interação que caracterizará um todo, com o objetivo de atender um �m especí�co e bem determinado. Essa visão sistêmica e o dinamismo do ambiente externo �zeram com que as organizações começassem a transformar ou processar os seus recursos em produtos (bens ou serviços) que venham satisfazer ou encantar os seus pares (acionistas, clientes, fornecedores), sempre em consonância com o seu modelo de gestão, missão, valores, crenças e cultura. Estamos falando de gestão das empresas. Mas o que vem a ser gestão? Baseando-se nas funções básicas da administração (a POC3) e nas mudanças de comportamento do mercado, veri�cou-se que essas cinco funções não bastavam. Constatou-se a necessidade de agregar mais uma função: a melhoria. Portanto, gestão signi�ca: POC3 (glossário) + M (glossário) E cabe aos gestores agirem de forma que os procedimentos executados nas empresas venham contribuir diretamente com os resultados obtidos pela empresa. COMENTÁRIO , O que signi�ca essa “função melhoria”? A mudança de atitudes em função de uma nova realidade do mercado. Quando falamos de mercado, queremos dizer que representa o ambiente em que a organização se propôs a atuar. Veri�camos que o mesmo se tornou mais competitivo entre as organizações como também o per�l do cliente, cada vez mais exigente e conhecedor daquilo que deseja adquirir e com um “leque” de alternativas de ofertas. PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO Fonte: Shutterstock Abaixo, seguem os nomes e curiosidades de alguns dos destaques da história da administração: Frederick Winslow Taylor Conhecido como pai da Administração Cientí�ca, já preconizava uma produção totalmente livre de defeitos, ou seja, zero defeito. Henry Lawrence Gantt Foi contemporâneo de Taylor. Entre as suas contribuições, podemos destacar: concepção de planos de boni�cação e prêmios de produção, propondo um esquema de pagamento conhecido como “tarefa-boni�cação” e a elaboração de grá�cos e métodos de controle da produção: grá�co de Gantt. Frank Bunker Gilbreth Engenheiro que se destacou no estudo de tempos e movimentos, como forma de organização de trabalho e no estudo da fadiga humana, considerada um reduto de e�ciência. Henry Ford Em 1900, fundou a Ford Motor Company e, em 1913, sua empresa já produzia uma média diária de 800 carros do modelo T. Ele é autor da célebre frase: “Você pode comprar qualquer carro, desde que seja Ford, na cor preta e modelo T.” SAIBA MAIS , JUSE: Japanese Union of Scientists and Engineers, como seu signi�cado em português, foi um grupo de cientistas e engenheiros japoneses engajados nos processos de recuperação das organizações japonesas. Kaoru Ishikawa: foi um membro da JUSE de grande destaques nas ações de melhorias. Método Kanban: foi um método implementado na Toyota para identi�car qualquer anomalia na linha de produção. Veja agora as principais características do paradigma industrial e do pós-industrial: EXERCÍCIOS Questão 1: Qual a de�nição mais completa de gestão? a) Planejar, organizar, mandar, coordenar. b) Planejar, observar, para se obter lucro. c) Organizar, controlar em ordem para se ter objetivos. d) Planejar, organizar, comandar, controlar, coordenar para se obter melhorias. Justi�cativa Questão 2: Como dito acima, saber o conceito de empresa contribui muito quando pensamos numa organização como o conjunto de pessoas interagindo sequencialmente, distribuindo as ações de forma lógica e também cronológica para a obtenção de: a) Uma margem. b) Uma empresa. c) De lucro. d) Um objetivo. Justi�cativa Fonte: Shutterstock Glossário OBJETIVO Nesse objetivo podemos incluir a rentabilidade, a maior participação no mercado, o atendimento das necessidades dos clientes através do aumento da qualidade dos seus bens e serviços, a qualidade gerencial, a produtividade e a e�ciência operacional. POC3 Planejar, organizar, comandar, controlar, coordenar. M Melhoria Gestão da Qualidade Aula 2: Principais linhas de pensamento da Gestão da Qualidade INTRODUÇÃO Existe uma variedade de de�nições de "qualidade". Cada pensador aplicou o conceito de qualidade segundo uma perspectiva (ou ótica), baseada no cliente, na execução das ações (produto), no valor, entre outros fatores. Dependendo do segmento (bens ou serviços) ou das áreas envolvidas (administração, vendas, marketing), uma ou outra de�nição terá uma aplicação mais apropriada. OBJETIVOS Obter a de�nição de qualidade de acordo com Edward Demind e o ciclo PDCA. Analisar os três pontos fundamentais propostos por Juran sobre seu conceito de qualidade. Conhecer os principais nomes da escola das ciências humanas. DEFINIÇÃO DE QUALIDADE SOB A ÓTICA DE EDWARD DEMING Deming [...] O Ciclo do PDCA foi desenvolvido na década de 1930 por Walter A. Shewhart nos Estados Unidos, no Bell Laboratories. Ele analisou estatisticamente o controle de processos e criou um modelo para ser aplicado na abordagem de qualquer problema, qualquer situação. Deming, famoso estatístico americano, propagou essas ideias no Japão do pós-guerra e como resultado tivemos a popularização pelo mundo da técnica e da qualidade dos produtos japoneses. Basicamente o ciclo PDCA consiste em agir em quatro fases, representadas pelas iniciais, em inglês, dos procedimentos a serem adotados: Em um primeiro momento, é realizado o planejamento, que envolve estabelecer objetivos, de�nir recursos, estratégias e selecionar indicadores. Depois, o planejamento é implantado (feito) em duas etapas. Uma consiste em capacitaro pessoal em relação ao planejado. A outra, na execução das ações propriamente ditas. O ciclo continua com o monitoramento dos procedimentos e resultados que são observados como indicadores previamente estabelecidos. Esses resultados são comparados com aqueles previstos na etapa do planejamento. A partir dessa fase é necessário agir corretivamente, em uma espiral de contínuas melhorias. [...] A qualidade se de�ne a partir das exigências e necessidades do consumidor, não é mesmo? Por isso, as especi�cações de qualidade devem ser alteradas constantemente. Mas devem ser feitos controles estatísticos em vez de simples inspeção de produtos. Em relação à qualidade, Edward Deming criou o que �cou conhecido como “Os 14 Princípios de Deming”. Veja quais são: DEFINIÇÃO DE QUALIDADE SOB A ÓTICA DE JOSEPH JURAN Juran Os três pontos fundamentais propostos por Juran (glossário) foram: A sua ótica é que a Qualidade pode ser de�nida com adequação ao uso e pode estar relacionada à forma como o produto é utilizado e às características técnicas em que foi desenvolvido para corresponder às necessidades dos clientes. DEFINIÇÃO DE QUALIDADE SOB A ÓTICA DE ARMAND FEIGENBAUM Feigenbaum Segundo Armand (glossário): A qualidade é um instrumento estratégico que deve ser preocupação de todos os trabalhadores. Além de ser uma técnica de eliminação de defeitos, é uma �loso�a de gestão e um compromisso com a excelência. É voltada para o exterior da empresa, baseado na orientação para o cliente. DEFINIÇÃO DE QUALIDADE SOB A ÓTICA DE PHILIP CROSBY Crosby Foi um �lósofo americano e seus estudos estão associados aos conceitos: Para Philip: Qualidade signi�ca conformidade com os requisitos. Ou seja, ele conclui que a qualidade deve ser de�nida em termos quantitativos para ajudar a organização a agir com metas tangíveis. Qualidade seria também um estado de espírito dos funcionários de uma organização sobre a forma de como devem fazer o trabalho. DEFINIÇÃO DE QUALIDADE SOB A ÓTICA DE KAORU ISHIKAWA Ishikawa É considerado um dos discípulos de Deming. Para ele, qualidade deveria ser considerada de forma ampla e signi�ca: Fonte: Shutterstock Qualidade de trabalho, de serviço, de pessoal, incluindo operários, engenheiros, gerentes, executivos, qualidade de sistemas de empresas e de objetivos. O enfoque básico é controlar a qualidade em todas as suas dimensões e manifestações. ESCOLA DAS CIÊNCIAS HUMANAS A escola das Ciências Humanas contribuiu muito na formulação dos conceitos de qualidade. Ela fez perceber a importância de alguns fatores como motivação, atendimento das necessidades das pessoas na busca da obtenção da qualidade. Alguns estudiosos de relações humanas: GEORGES ELTON MAYO Sociólogo australiano que viveu de 1880 a 1949. Foi um dos fundadores e principais expoentes do método sociologia industrial estadunidense. ABRAHAM MASLOW Psicólogo americano conhecido pela Pirâmide das Necessidades ou Pirâmide de Maslow. Viveu de 1908 a 1970. DOUGLAS MACGREGOR Viveu de 1906 a 1964 e foi psicólogo social. É conhecido pela sua Teoria X (gestão autoritária) e Teoria Y (gestão participativa). FREDERICK HERZBERG Psicólogo conhecido pela Teoria da Motivação-Higiene. Viveu de 1923 a 2000. Foi o autor da "Teoria dos dois fatores" que aborda a situação de motivação e satisfação das pessoas. DAVID GARVIN É um dos mais recentes gurus da Qualidade. Ele a�rma que a “qualidade é a principal arma para garantir os lucros e reduzir os prejuízos”. E completa: “Se os gerentes esperam ter sucesso, têm que mudar agressivamente para melhorar seu entendimento das práticas e desempenho da qualidade, com mais detalhes sobre a opinião dos clientes, os níveis da qualidade dos concorrentes e, especialmente, o conhecimento de seu próprio desempenho da qualidade”. EXERCÍCIOS Associe a descrição com seu idealizador: 1. Disse que a qualidade pode ser de�nida com adequação ao uso e pode estar relacionada à forma como o produto é utilizado e às características técnicas em que foi desenvolvido para corresponder às necessidades dos clientes: a) Edward Deming b) Joseph Juran c) Armand Feigenbaum d) Philip Crosby Justi�cativa 2. Criador dos 14 princípios e responsável pela criação do ciclo PDCA: a) Edward Deming b) Joseph Juran c) Armand Feigenbaum d) Philip Crosby Justi�cativa 3. Conceitos de “zero defeito” e do “fazer certo pela primeira vez”: a) Edward Deming b) Joseph Juran Fonte: Shutterstock c) Armand Feigenbaum d) Philip Crosby Justi�cativa 4. Disse “a qualidade é um instrumento estratégico que deve ser preocupação de todos os trabalhadores”: a) Edward Deming b) Joseph Juran c) Armand Feigenbaum d) Philip Crosby Justi�cativa Glossário JURAN Foi um engenheiro romeno, famoso por seu trabalho com qualidade e gerência de qualidade. ARMAND É um cientista americano, nascido em 1922, considerado como o pai do conceito de controle da qualidade total (TQC). Gestão da Qualidade Aula 3: A Gestão da Qualidade como estratégia competitiva INTRODUÇÃO Em um mundo cada vez mais competitivo, as organizações estão sendo obrigadas a implementar estratégias que garantam a sua permanência no mercado. Uma dessas estratégias é a capacidade de desenvolver produtos diferenciais, isto é, com algo que desperte o interesse do cliente, que o faça escolher aquele produto no meio de tantos outros. Fazer com que o cliente decida pelo seu produto e não o do concorrente é o que possibilitará a permanência da empresa no mercado. Nesta aula, demonstraremos como a Gestão da Qualidade pode ser uma estratégia adotada pelos gestores que coopera na preparação da empresa para lidar com a concorrência. OBJETIVOS Estabelecer como a Gestão da Qualidade cooperar com a estratégia da organização. De�nir alguns componentes que nortearão as ações da organização. Descrever a real importância e as consequências da implementação e manutenção da gestão da qualidade nas organizações. PREMISSA É muito importante que as organizações estejam preparadas para o mercado e para isso há uma necessidade de estabelecer alguns componentes que nortearão o seu caminho. Dentre esses componentes estão: o estabelecimento da missão e da visão da organização, seus princípios e valores. MISSÃO É a razão de ser da empresa, determina seu negócio, porque ela existe e ainda (se possível) em que tipos de atividades deverá se concentrar no futuro. Exerce a função orientadora e delimitadora da ação empresarial dentro de um período normalmente longo, período no qual �cam comprometidas suas crenças, expectativas, conceitos e recursos. Representa, en�m, o horizonte no qual a empresa vai atuar respeitadas as viabilidades e realidades do mercado e da clientela a ser atingida. VISÃO DE FUTURO A visão ou visão estratégica é algo que pode como um cenário, uma intuição, um sonho, uma vivência, a ser concretizada em um determinado período de tempo e em uma determinada região. Ela detecta os sinais, identi�cando oportunidades e ameaças e direcionando no lugar de direciona esforços, inspirando, animando e transformando proativamente o propósito em ação, em fato concreto. A visão é um documento “vivo”, conhecido por todos na organização, que pode ser modi�cado a qualquer momento, constituindo um ponto de partida para crescentes níveis de aumento de desempenho. O QUE É QUALIDADE? Signi�cado: quando se atinge ou excede expectativas do cliente. Quando se faz as coisas certas (livre de defeitos). Qualidade é de�nida como adequação ao uso. Sobrevivência e crescimento dependem da ruptura de paradigmas. As necessidades dos clientes são traduzidas nas características dos serviços e dos processos. As perdas crônicas devem ser identi�cadas e eliminadas. A EVOLUÇÃO DA QUALIDADE Ênfase nas seguintes etapas: Inspeção Monitoramento feito nas ações de forma isolada. Processos Inclusão da visão integrada entre as ações e percepção da cadeia de causas e efeitos. Pessoas DIMENSÕES DA QUALIDADE Listadas a seguir, apresentamos as dimensões da qualidade:Conformidade Se o produto atende ao que ele se propõe a fazer ou ao seu uso. Percepção da importância da especialização das pessoas envolvidas nos processos. Sistemas Integração de processos e pessoas visando um objetivo maior. Gestão Percepção e busca de melhores resultados. Con�abilidade Aspecto muito importante, o produto é con�ável e pode ser adquirido. Durabilidade Se atende ao requisito de uso e de tempo, desde que seja feito de forma adequada. Estética O aspecto físico é importante e deve causar uma sensação agradável ao cliente. Desempenho Atender aos requisitos de resultados obtidos com o seu uso. Capacidade de assistência técnica Passar credibilidade de que o produto poderá ser atendido por pro�ssionais quali�cados, caso haja necessidade de qualquer retorno a quem vendeu o produto. Qualidade percebida Talvez seja o mais importante, pois qualidade é algo inerente às pessoas em função das suas expectativas e necessidades individuais. CONCEITO DE DESEMPENHO Desempenho é o que falta para atingir o estágio desejado. A TRILOGIA DE JURAN Representa as três etapas de monitoramento constante de uma atividade: A PIRÂMIDE TQM (TOTAL QUALITY MANAGEMENT) A Pirâmide TQM tem a característica de sustentar a Gestão da Qualidade Total. Podemos perceber que o Cliente está no início e no �m da pirâmide, ou seja, ele está envolvido do início ao �m do processo. Como podemos observar, esse processo passa por vários estágios e todos devem ser atendidos para que se chegue ao último, que corresponde a “clientes encantados”. OS PARADIGMAS DA QUALIDADE ONTEM HOJE O poder hoje migrou, em de�nitivo, do fornecedor para consumidor. O livro Pensar pelo avesso retrata a experiência vivenciada por Benjamim Curiat: pensar e agir como cliente de você mesmo. Ressalta-se a importância das informações para obter o desempenho esperado, enfatizando que as pessoas precisam entender que as informações podem e devem ser compartilhadas. Esse seria o princípio básico da Gestão do Conhecimento. Dessa forma precisamos conhecer as seguintes de�nições: CLIENTE É a razão de ser da empresa, determina seu negócio, porque ela existe e ainda (se possível) em que tipos de atividades deverá se concentrar no futuro. Exerce a função orientadora e delimitadora da ação empresarial dentro de um período normalmente longo, período no qual �cam comprometidas suas crenças, expectativas, conceitos e recursos. Representa, en�m, o horizonte no qual a empresa vai atuar respeitadas as viabilidades e realidades do mercado e da clientela a ser atingida. FORNECEDOR É todo aquele que emite ou produz informações, bens ou serviços, normalmente apoiado em processos pré-de�nidos. CADEIA CLIENTE / FORNECEDOR É, naturalmente, a relação existente entre o cliente e o fornecedor. ATIVIDADE Agora que chegamos ao �nal da aula é hora de checar seu aprendizado. Responda: qual a real importância da Trilogia de Juran no processo de gestão? Resposta Correta Glossário Gestão da Qualidade Aula 4: Administração através de processos INTRODUÇÃO A busca de melhores desempenhos tem obrigado as organizações a pensarem como que as ações desenvolvidas (processos) são vistas sob a ótica do cliente, dos colaboradores e dos acionistas. Um processo implica em relacionamentos entre insumos, transformações desses insumos, prazos estabelecidos, conhecimentos sobre a sua execução e entrega e satisfação aos interessados. Como foi dito na aula anterior, o ambiente organizacional competitivo exige que os resultados dos processos desenvolvidos venham atender e satisfazer plenamente as necessidades e expectativas de todos os envolvidos. OBJETIVOS Reconhecer que as ações desenvolvidas nas organizações devem ter a preocupação constante dos responsáveis em função de obter sempre o melhor desempenho. Avaliar a importância de se conhecer os processos de trabalho, registrá-los e identi�car os seus responsáveis. Reconhecer que qualquer ação desenvolvida desencadeia uma relação de causas e efeitos que caracteriza uma integração entre as ações. PREMISSA Começaremos de�nindo alguns pontos: SOBRE PROCESSOS Conjunto de atividades integradas que recebem insumos, transformando-os, de acordo com uma lógica pré-estabelecida e com efetiva agregação de valores em informações, bens ou serviços que respondam plenamente às necessidades dos clientes ou usuários. PROCESSOS DE TRABALHO Os processos de trabalho não devem ser vistos sob a ótica de feudos de informações, mas sim através de uma visão holística, onde clientes, desenvolvimento, meio ambiente, valores, cultura, organização e o próprio homem sejam privilegiados pelo conhecimento compartilhado e por ideais comuns. Segundo o administradores.com.br: Muitas empresas começam pela revisão das normas da organização, entretanto, fazer isso de imediato é colocar o carro na frente dos bois. Falar em processos é quase um sinônimo de falar em e�ciência, redução de custos e aumento de qualidade, por isso, é recorrente na agenda de qualquer gestor. O atual dinamismo das organizações, aliado ao peso cada vez maior que a tecnologia exerce nos negócios, vem fazendo com que o tema processo e, mais recentemente, gestão por processos (Business Processo Management – BPM) seja discutido e estudado com crescente interesse pelas organizações. COMO IMPLEMENTAR? A implementação de uma gestão por Processos deve obedecer cinco passos fundamentais: 1 Tradução do negócio em processos (entrada – processamento – saída), ou seja, aquisição de insumos, transformação desses insumos em produtos �nais e oferecimento desse produto ao mercado consumidor. 2 Mapeamento detalhado dos processos, que possibilita a visualização das integrações com os agentes envolvidos. 3 De�nição de indicadores, o que deve permitir a execução, a medição e a ação, objetivando sempre o aumento de desempenho. 4 Gerar oportunidade de melhoria ― através da busca constante de aumento de desempenho, os resultados dos processos poderão oferecer e perceber melhores oportunidades. 5 Implantação de um novo modelo de gestão, que implicará mudanças nas organizações no que diz respeito à cultura, princípios e valores. Saiba Mais , De forma geral, esses passos se desdobram em: Conhecer as atividades através do Mapeamento de Processos; De�nir o Processo – o que quero conhecer; Escolher o Responsável – quem é o “dono” do processo; Desenhar o Processo – como ele é desenvolvido e documentar; Validar o Trabalho – veri�car se as ações estão realmente sendo executadas (auditar); Redesenhar o Processo – adequar as ações de acordo com as necessidades; Monitorar o desempenho dos processos através de Indicadores Impulsionadores de Desempenho; Indicadores de qualidade: Representam a e�cácia do processo. Relacionam o que foi feito; Indicadores de produtividade: Representam a e�ciência do processo. Relacionam o que foi produzido com o total de recursos consumidos. INDICADORES DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE O que deve ser medido? Competência, acessibilidade, comunicação, entendimento do cliente, credibilidade, cortesia etc. Porque medir? Se não há como medir processos, não há como aprimorá-los. Onde e quando se deve medir? Em pontos críticos e, principalmente, nos “momentos da verdade”. Quem deve medir? Quem faz o trabalho. Quem estabelece os padrões? A de�nição dos requisitos do cliente. Como medir? De�na seu padrão. A METODOLOGIA DE INDICADORES IMPULSIONADORES DE DESEMPENHO – BALANCED SCORECARD (BSC) Essa metodologia foi desenvolvida por Robert S. Kaplan (à esquerda), professor de Harvard Business School e David P. Norton (à direita), presidente da Renaissance Solution, e possibilitou que as empresas pudessem atuar em um mercado altamente desa�ador e de constantes mudanças. Os autores o de�niram Balanced Scorecard ― “cenários balanceados” ― como uma ferramenta que possibilita medir o desempenho das organizações e agir conforme essa medição (resultados). A Gestão pela Qualidade, se considerada isoladamente, não é su�ciente para tornaruma organização vencedora e fazê- la alcançar a tão desejada excelência. A Gestão pela Qualidade é considerada o mínimo necessário e fundamental para a construção da excelência. Então, torna-se imprescindível que a organização saiba como está o seu desempenho e, para isso, é necessário um sistema de monitoramento através da medição de indicadores de�nidos. O Balanced Scorecard permite aos executivos traduzir os objetivos estratégicos em um conjunto de indicadores de desempenho �nanceiro e não �nanceiros, trabalhados em quatro perspectivas: Finanças, Clientes, Processos Internos e Crescimento e Aprendizagem. Fonte: Shutterstock Atenção , Torna-se importante frisar que essas perspectivas trabalham de forma integrada. Cada indicador das perspectivas cria uma “cadeia de causas e efeitos”, o que possibilita ao gestor veri�car os impactos que os resultados das medições desses indicadores terão nos indicadores subsequentes. INTEGRANDO A ESTRATÉGIA O BSC proporciona o alinhamento estratégico integrado entre as suas perspectivas e as ações desenvolvidas na organização. ATIVIDADE Identi�que e descreva um processo que você executa. Seja detalhista e dê o máximo de informações possíveis ao seu leitor. Não se esqueça de mencionar quem são os envolvidos nas suas ações, isto é, quem deve receber as informações que você desenvolve. Resposta Correta Glossário Gestão da Qualidade Aula 5: A certi�cação dos processos através das normas ISO INTRODUÇÃO Em 1946, na cidade de Londres, Inglaterra, vinte e cinco países se reuniram para decidir sobre como as indústrias dessa época poderiam agir para facilitar o entendimento das normas industriais. Em 1947, essa organização começou a funcionar na cidade de Genebra, Suíça, e foi denominada de International Organization for Standardization (ISO) ou Organização Internacional de Normalização. A ISO é conhecida também por conciliar interesses de produtores, usuários, governos e da comunidade cientí�ca na preparação de normas internacionais. Nesta aula, demonstraremos a importância dessa certi�cação e o seu reconhecimento no âmbito nacional e internacional. OBJETIVOS Reconhecer a importância da certi�cação dos processos organizacionais através das Normas ISO. Avaliar a importância da certi�cação devido ao seu reconhecimento no âmbito nacional e internacional. Exempli�car como o conhecimento dos colaboradores nos processos executados pode garantir a credibilidade entre as organizações, sociedades e indivíduos. SOBRE A ISO A ISO é uma organização não governamental internacional, que reúne uma quantidade muito grande de organizações nacionais de normalização. A normalização é uma atividade que tem como premissa a obtenção de um elevado grau de desempenho em um determinado contexto. Sua missão é proporcionar às organizações condições de competirem no mercado através de permanente transferência de tecnologia, melhoria na qualidade de vida, na saúde, na segurança e na preservação do meio ambiente. Garantindo, ainda, credibilidade entre as organizações, sociedades e indivíduos. OS OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO ECONOMIA Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. COMUNICAÇÃO Proporcionar meios mais e�cientes de troca de informações entre o fabricante e o cliente, melhorando a con�abilidade das relações comerciais. SEGURANÇA Proteger a vida e a saúde. PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR Prover a sociedade de meios e�cazes para aferir a qualidade dos bens e serviços. ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS TÉCNICAS E COMERCIAIS Evitar a existência de regulamentos con�itantes sobre bens e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio comercial. A ABNT A Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade privada e sem �ns lucrativos, reconhecida como Fórum de Normalização. O manual de Gestão aplicado aos cursos de graduação estabelece que, para a ABNT, a ISO 9001-2000 é um dos padrões do sistema de gerenciamento da qualidade da série principal da família ISO 9000. Outros padrões dessa série são: ISO 9000-2000 Estabelece princípios e vocabulários. A ABNT foi fundada em 1940 e é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. A ISO 9000-2000 foi publicada em dezembro de 2000 com o objetivo de atualizar a antiga norma ISO 9000/1994, substituindo as versões ISO 9001, 9002 e 9003 de 1994. A revisão e consequente atualização foram feitas a partir de dados coletados mundialmente para adequar as novas expectativas dos usuários e clientes do sistema de gestão da qualidade. ISO 9004-2000 Enfoca as diretrizes para incremento de performance. ISO-19011-2002 Composta das diretrizes para auditoria da qualidade e/ou sistema de gerenciamento ambiental – cujos princípios estão contidos na ISO 14001-1996. OS NOVE REQUISITOS BÁSICOS DA ISO – 9001/2000 1. A ORGANIZAÇÃO FOCADA NO CLIENTE As organizações dependem de seus clientes e, portanto, têm a obrigação de compreender as necessidades atuais e futuras dos clientes, atender os requisitos dos clientes e lutar para exceder as expectativas. 2. OBJETIVO Especi�car os requisitos de um sistema de gestão da qualidade. Esses requisitos são usados para que uma organização demonstre sua capacidade de fornecer bens ou serviços de acordo com os requisitos do cliente e quanto pretende aumentar a satisfação dele. 3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS Trata dos fundamentos e do vocabulário de um sistema de gestão da qualidade. 4. TERMOS E DEFINIÇÕES A qualidade é de�nida como o grau em que um conjunto de características inerentes satisfaz os requisitos. 5. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Apresenta os requisitos gerais de um sistema de gestão da qualidade. Abrange todo o modelo de processo na sua integração horizontal e vertical. Os principais elementos contemplam a elaboração do manual da qualidade, o controle de documentos e o controle de registros da qualidade. 6. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO Todas as ferramentas que permitem garantir a capacidade de análise da funcionalidade do sistema, sua melhoria contínua, além de promover as necessárias modi�cações no sistema de qualidade, na política de qualidade e nos objetivos e metas de qualidade. 7. GESTÃO DE RECURSOS Foca a disponibilização dos recursos �nanceiros, materiais, de infraestrutura, de pessoal capacitado, tecnológico etc. 8. REALIZAÇÃO DO PRODUTO (BENS OU SERVIÇOS) Compreende o planejamento, o desenvolvimento, a fabricação e os acompanhamentos necessários à adequada execução dos bens ou serviços. 9. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA Compreende o monitoramento interno dos resultados que engloba: auditorias internas, acompanhamento e medição dos processos dos bens e serviços realizados, controle das não conformidades, análise dos indicadores e planejamento de melhoria contínua, ações corretivas e ações preventivas. BENEFÍCIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 9001 Entre os diversos benefícios que podemos veri�car com a implementação da ISO 9001, podemos destacar: 1 A redução de não conformidade de bens e serviços 2 Eliminação de retrabalho e do custo com garantia e reposição 3 Aumento da competitividade 4 Redução do custo operacional 5 Maior sustentação em disputas judiciais 6 Melhoria de imagem e reputação 7 Aumento da participação no mercado nacional e em mercados internacionais 8 Melhor relacionamento técnico e comercial com o cliente 9 Maior integração entre os processos e departamentos da empresa 10 Melhor desempenho organizacional pela promoção do treinamento, da quali�cação e da certi�cação pessoal Os clientes e a sociedade também obtêm benefícios. Veja alguns deles: ATIVIDADE Tendo em vista o requisito básico da ISO 9001-2000 (Medição, Análise e Melhoria), descreva como eles podem ser aplicados em um processo que você vivencia. Resposta Correta Glossário galeria/aula5/img/img04.png Melhor relacionamento técnico com o fornecedor. galeria/aula5/img/img05.png Aumento da segurança, da con�abilidade e da disponibilidadedos bens e serviços adquiridos. galeria/aula5/img/img06.png Mais proteção para o consumidor. galeria/aula5/img/img07.png Menor desperdício e poluição. galeria/aula5/img/img08.png Promoção do incremento no desenvolvimento tecnológico da empresa. Gestão da Qualidade Aula 6: Conceitos das principais ferramentas da Qualidade INTRODUÇÃO A partir de 1950, as ferramentas da qualidade foram sendo utilizadas nos processos de gestão. E com a competitividade cada vez mais acirrada, o gestor não pode "abrir mão" das ferramentas, pois elas possibilitam que este tome decisões que venham a contribuir com o aumento de desempenho das organizações. Nesta aula, demonstraremos a importância do uso de ferramentas para garantia da qualidade e como podem ser utilizadas para garantir o aumento do desempenho. OBJETIVOS Reconhecer a importância do uso de ferramentas para garantia da qualidade. Descrever quais ferramentas e como elas podem ser utilizadas para a garantia do aumento de desempenho. Aplicar as ferramentas de forma a obter a melhor informação para que o gestor possa conquistar os melhores resultados. 1ª FERRAMENTA: CICLO DE DEMING OU CICLO DO PDCA PDCA Plan – Planejar | Do – Executar, Fazer | Check – Checar, Verificar | Action - Agir Trata-se de um método de gestão ou uma forma de trabalho que orienta o processo de tomada de decisão para o estabelecimento das metas e dos meios e ações necessárias para executá-las e acompanhá-las, a �m de garantir a sobrevivência e o crescimento da organização. CONTROLE DE PROCESSOS Também conhecido como Método Gerencial Básico da Qualidade, o PDCA é um método para Controle de Processos. METAS DE MELHORIAS O PDCA se aplica geralmente quando há metas de melhorias, o que con�gura a melhor forma de gestão. Essa é a melhor forma de conquistar os resultados planejados, que, uma vez obtidos, devem ser revistos, buscando sempre a melhoria contínua. PROCESSOS DE ROTINA O PDCA se aplica também a processos de rotina em que já existem procedimentos operacionais padronizados. Nesses casos, ele é também chamado de SDCA ― o S refere-se a STANDARD (Padrão). Sendo aplicado na manutenção dos resultados, mas com garantia da qualidade. Resumindo... PDCA ETAPA FASE OBJETIVO P 1 Identificar osproblemas Definir claramente os problemas e especificar a importância P 2 Priorizar Hierarquizar os problemas em ordem de importância P 3 Analisar Descobrir as causas fundamentais (poucas e vitais) P 4 Geraralternativas Buscar o maior número possível de sugestões de soluções P 5 Refinar eselecionar Analisar cada alternativa e decidir por consenso qual é a mais viável P 6 Elaborar Planode Ação Elaborar um Plano de Ação para bloquear as causas fundamentais P 7 FazerBenchmarking Estabelecer um processo de aprendizagem com um parceiro D 8 Treinar eimplementar Capacitar envolvidos e bloquear as causas fundamentais C 9 Controlar Descobrir as causas fundamentais (poucas e vitais) C 10 Bloqueioefetivo? Se sim, passar à etapa 11. Se não, retornar à etapa 3 A 11 Padronização Prevenir contra o reaparecimento do problema A 12 Reflexão econclusão Recapturar todo processo e buscar melhorias incrementais 2ª FERRAMENTA: DIAGRAMA DE ISHIKAWA O Diagrama de Ishikawa ou “espinha de peixe”, também conhecido como diagrama cadeia de causas e efeitos, é uma ferramenta grá�ca utilizada para o gerenciamento e controle da qualidade, auxiliando na identi�cação de problemas, sendo considerada uma importante ferramenta da qualidade. Criado pelo engenheiro Kaoru Ishikawa, que inicialmente identi�cou quatro causas que poderiam trazer um efeito negativo em uma “linha de produção” ou em uma sequência lógica de procedimentos. Essas quatro causas �caram conhecidas como os 4 Ms (Método, Materiais, Mão-de-Obra e Máquinas). Hoje se inclui mais dois Ms: Métricas (medição) e Meio Ambiente. Passando, então, a ser conhecido como os 6 Ms. Este diagrama é utilizado na fase de análise dos problemas levantados e identi�ca a relação entre uma característica da qualidade e os fatores que a determinam. Constitui-se em um diagrama de registro de possíveis causas de um problema, a partir da análise e da classi�cação das prováveis origens destas causas, razão pelo qual é conhecido como diagrama de causas e efeitos. Este sistema permite estruturar de forma hierárquica as causas de determinados problemas ou oportunidades de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos oferecidos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma grá�ca. 3ª FERRAMENTA: GRÁFICO DE PARETO A regra de Pareto foi criada por um economista italiano do século XIX chamado Vilfredo Pareto. Ele observou que 80% da riqueza estava concentrada em 20% da população. Esta relação (20 X 80) foi veri�cada quando se relacionava outras situações e realidades. Por exemplo, 80% dos problemas de uma organização geralmente resultam de 20% das possíveis causas; 80% dos nossos resultados resultam de 20% dos nossos esforços; 20% dos clientes são responsáveis por 80% dos rendimentos. A análise de Pareto é um método simples para separar as principais causas de um problema. Ajuda a identi�car, atribuir prioridades e a concentrar recursos onde são mais necessários. Ajuda também a visualizar a importância relativa das causas ou outras condições. Trata-se de um instrumento de controle estatístico muito simples e muito útil. 4ª FERRAMENTA: MATRIZ GUT Método utilizado para se estimar a prioridade de problemas identi�cados. Permite classi�car cada problema de acordo com a sua Gravidade (G), Urgência (U) e Tendência (T). Cada um desses parâmetros é pontuado numa escala de 1 a 5, dependendo do nível de G, U e T. Quanto menor o valor atribuído, menos G, menos U e menos T. GRAVIDADE Impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão a longo prazo, caso o problema não seja resolvido. URGÊNCIA Relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema. TENDÊNCIA Potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema. Exemplos Após a pontuação, calcula-se o resultado através de G x U x T. O resultado apontará os problemas de maior prioridade. Pontos Gravidade Urgência Tendência 5 Os prejuízos ou dificuldades são extremamente graves É necessária uma ação imediata Se nada for feito, o agravamento será imediato 4 Muito graves Com alguma urgência Vai piorar a curto prazo 3 Graves O mais cedo possível Vai piorar a médio prazo 2 Pouco graves Pode esperar um pouco Vai piorar a longo prazo 1 Sem gravidade Não tem pressa Não vai piorar ou pode até melhorar Organização: Processo: Problemas G U T Total Priorização 1 2 3 4 5 6 7 8 5ª FERRAMENTA: TÉCNICA DE LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES 5W 2H A técnica 5W 2H é uma ferramenta simples, porém poderosa para auxiliar a análise e o conhecimento sobre um determinado processo, problema ou ação a serem efetivados. Os 5W 2H correspondem à palavra de origem inglesa, que signi�ca: Sigla Inglês Português 5W What Who When Why Where O que, o qual Quem Quando Por quê Onde 2H How How much Como Quanto custa O método 5W 2H pode ser dividido em três etapas na solução de problemas: AÇÃO Investigando um problema ou processo, para aumentar o nível de informações e buscar rapidamente onde está a falha. PLANO DE AÇÃO Montando um plano de ação sobre o que se deve ser feito para eliminar um problema. PADRONIZAÇÃO Padronizando procedimentos que devem ser seguidos como modelo, para prevenir o reaparecimento do problema. Esta técnica consiste em realizar, sistematicamente, sete perguntas sobre o assunto em estudo. A ordem das perguntas pode mudar de acordo com o tipo de análise que se está fazendo, ainda pode-se acrescentar novos campos para melhorar a compreensão. 6ª FERRAMENTA: BENCHMARKING O Benchmarking é a busca das melhores práticas nas organizações que conduzem ao desempenho superior. É vistocomo um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma atividade especí�ca, a �m de melhorar a forma como realiza atividade semelhante. É um processo gerencial permanente. Requer atualização constante da coleta e análise cuidadosa daquilo que há de melhor externamente em práticas e desempenho, para as funções de tomada de decisões e de comunicações, em todos os níveis da empresa. É um processo que obriga ao teste constante das ações internas em relação aos padrões externos das práticas da indústria. A ideia por trás do benchmarking é de que ninguém é excelente em tudo. Então, “copiar” modelos de outras empresas signi�ca “economizar” tempo e trabalho. Em suma, podemos veri�car que o benchmarking é uma técnica que consiste em acompanhar processos de organizações concorrentes ou não que sejam reconhecidas como representantes das melhores práticas funcionais. Identi�camos alguns tipos de benchmarking: COMPETITIVO Tem como alvo especí�co as práticas dos concorrentes. É o menos usado, uma vez que é quase impossível que as empresas se prestem a facilitar dados para as concorrentes, principalmente os que estão ligados diretamente com a sua atividade. Por isso, muitas vezes é necessário contratar uma consultoria externa para obter informações sobre o benchmarking competitivo. INTERNO Neste tipo, a procura pelas melhores práticas ocorre dentro da própria organização, em unidades diferentes (outros departamentos, setores etc.). Tem como vantagens a facilidade para obter parcerias, custos mais baixos e a valorização pessoal interna. GENÉRICO Este tipo ocorre quando o benchmarking é baseado em um processo que atravessa várias funções da organização. Pode ser encontrado na maioria das empresas do mesmo porte. Como exemplo podemos citar o processo desde a entrada de um pedido até a entrega do produto ao cliente. FUNCIONAL Este é baseado na função especí�ca, que pode existir ou não na própria organização. Serve para trocarmos informações acerca de uma atividade bem de�nida como, por exemplo, a distribuição, o faturamento ou a expedição. 7ª FERRAMENTA: FLUXOGRAMA Representação grá�ca do �uxo de informações do processo. O estabelecimento do �uxograma é fundamental para o registro, conhecimento e entendimento do processo. Deve ser representado em duas situações: atual (como o processo é realizado no momento em que está sendo identi�cado e representado) e a proposta (situação que deverá trazer um ganho de desempenho no processo). Baseado na comparação entre os dois �uxos, o gestor poderá optar pelo �uxo que melhor proporcione um aumento de desempenho. Glossário Gestão da Qualidade Aula 7: Ferramentas da Qualidade – Administração através de Indicadores de Desempenho INTRODUÇÃO “Eu não consigo gerenciar aquilo que não consigo medir.” A frase acima de�ne claramente a dependência dos gestores dos sistemas de medição. Eles in�uenciam e orientam o comportamento dos executivos e colaboradores para alcançar os resultados esperados. Em um mercado altamente competitivo, onde a inovação, a rapidez e a qualidade são fundamentais, as empresas precisam saber trabalhar com os seus parceiros, clientes, fornecedores, acionistas e órgãos regulamentadores, a �m de ir sempre à busca de níveis de desempenho nunca antes alcançados. OBJETIVOS Reconhecer a importância do uso de indicadores de desempenho para impulsioná-lo. Avaliar como os indicadores podem ser distribuídos pela organização através das perspectivas da metodologia Balanced Scorecard. Identi�car que o gestor pode usar os indicadores de desempenho através de um processo de monitoramento constante. BALANCED SCORECARD O Balanced Scorecard é mais do que um simples sistema de medição. Pode ser percebido como uma nova forma apresentada ao gestor para abordar e chamar a atenção para quatro passos muito importantes e integrados: ESCLARECER A VISÃO Esclarecer e desenvolver o conceito de visão. Permite ao gestor criar um consenso acerca da Visão e Missão Estratégica da organização. A Visão e a Missão devem ser determinadas como um conjunto integrado de medidas e objetivos bem de�nidos, para que todos dentro da organização tenham o mesmo entendimento do que o gestor estabeleceu e do sucesso esperado. Sempre que o enfoque da organização se expandir ou desviar dos objetivos, deve haver um realinhamento da Visão e da Missão. COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO Comunicar e educar; estabelecer objetivos; Integrar o reconhecimento às medidas de desempenho. Permite ao gestor comunicar as suas próprias estratégias para todos os níveis da organização, interagindo com as ações de todas as áreas. Isso faz com que todos na organização conheçam e entendam a estratégia adotada pela sua área e como ela se integra aos objetivos a longo prazo da organização. Desse modo todos podem e devem contribuir para que as metas e objetivos das áreas e objetivos individuais estejam sempre alinhados com a estratégia macro da organização. PLANEJAMENTO DO NEGÓCIO Especi�car objetivos e metas; alinhar as iniciativas estratégicas; assegurar recursos; e desenvolver planos. Permite à organização integrar os planos �nanceiros e estratégicos. As organizações mantêm vários projetos de melhoria e de mudanças, cada um com seu líder, buscando alocar recursos necessários para execução deles. Esses recursos normalmente são disponibilizados pelo Patrocinador Principal (PP) que corresponde ao maior executivo da organização. APRENDIZADO E CRESCIMENTO Desenvolver uma visão comum, oferecer informação estratégica, facilitar a revisão e o aprendizado estratégico. Mostra às organizações a capacidade que elas têm. Isso é chamado de aprendizado estratégico. Os processos de análise crítica e de reformulação concentram o foco de sua atenção para avaliar se a organização, suas áreas e os colaboradores atingiram os resultados esperados. Como foi visto na aula 4, com a administração através de processos é possível monitorar o desempenho por meio da integração das quatro perspectivas do Balanced Scorecard (BSC): Finanças, Clientes, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. Esse conjunto de perspectivas e de indicadores não só apresenta os resultados obtidos nas diversas áreas da organização, mas incentiva os seus gestores a atingir metas futuras. Muitas organizações estão implementando o BSC devido à falta de integração dessas perspectivas. O primeiro passo a ser dado para o sucesso do negócio é a determinação do foco organizacional. Estabelecer a Visão de Futuro (“o que eu quero ser em um determinado tempo”), a Missão do negócio (“a razão da minha existência”) e os Fatores Críticos de Sucesso. O esquema a seguir exempli�ca isso: PLANO DE AÇÃO Partindo da premissa de que as perspectivas do BSC têm que estar integradas, o quadro a seguir mostra que é possível visualizar essa integração. É bom lembrar que a integração se faz nos dois sentidos e que ela só será verdadeira se conseguirmos demonstrar que existem essas ligações. Abaixo, segue a representação grá�ca das perspectivas do BSC e seus relacionamentos: Finalmente o BSC será considerado um sistema de gestão integrado, se conseguirmos estabelecer um mapa estratégico que possibilitará dar ao gestor uma visão macro de uma cadeia de causas e efeitos. MAPA DE RELACIONAMENTO DE INDICADORES Veja a seguir o exemplo de um Mapa de Relacionamento de Indicadores. Podemos perceber nele que as ligações dos indicadores irão apresentar os re�exos em outros indicadores independente do resultado (positivo ou negativo) da medição desses indicadores. O gestor saberá exatamente onde a medição foi ruim e visualizará os re�exos em outros indicadores. Glossário Gestão da Qualidade Aula 8: Auditoria da Qualidade INTRODUÇÃO Uma Auditoria da Qualidade é um exame sistemático e, principalmente, independente para determinar se as atividades da qualidade e os seus resultados estão atendendo todos os objetivos planejados, se estes estão sendo desenvolvidos com e�cácia e se estão adequados para atingiresses objetivos. A Auditoria da Qualidade pode ser realizada para atingir tanto propósitos internos como externos. OBJETIVOS Reconhecer a importância da Auditoria da Qualidade como um exame sistemático dos processos desenvolvidos na organização. Estabelecer como a Auditoria da Qualidade pode agir nas organizações para que esta obtenha o desempenho esperado. Avaliar como a Auditoria da Qualidade pode atuar nas organizações de forma preventiva e de detecção de possíveis não conformidades. AUDITORIA Uma Auditoria pode ter como resultados as seguintes informações: A medida de quanto o sistema de qualidade está em conformidade com os requisitos especi�cados. As sugestões básicas e incentivos para a ação corretiva de qualquer não conformidade. A veri�cação de que a ação corretiva foi efetuada em tempo e de maneira e�ciente. ASPECTOS IMPORTANTES DE UMA AUDITORIA Um dos aspectos é que os resultados da Auditoria devem ser sempre documentados e registrados. Nunca se deve deixar de fazer a documentação do que foi feito. O registro é muito importante para se tenha sempre a “memória” do que aconteceu. Outro aspecto muito importante é que a Auditoria é uma tentativa de avaliar a efetividade de um sistema de qualidade, não a qualidade do produto. O processo de Auditoria enfatiza a evidência objetiva e incorpora as respostas objetivas e claras às indagações. O auditor deve ter sempre a atitude de veri�car se o que o entrevistado falou é realmente executado e como é feito. Isso con�gura a constatação da execução do processo. TIPOS DE AUDITORIA Podemos veri�car alguns tipos de Auditoria da Qualidade, como: AUDITORIA DE SISTEMA Chamada também de Auditoria de Documentação. É planejada para veri�car se os procedimentos documentados estão em conformidade com a norma apropriada (NBR ISO 9001). AUDITORIA DE CONFORMIDADE Serve para veri�car se as atividades atuais de operação estão em conformidade com os procedimentos documentados. RESPONSABILIDADE As Auditorias deverão ser realizadas por funcionários que não tenham responsabilidade direta nas áreas que estão sendo auditadas, mas nada impede que trabalhem em conjunto com o pessoal da área em questão. OS NÍVEIS DE AUDITORIA AUDITORIA DE PRIMEIRA PARTE É uma Auditoria de sistema de qualidade conduzida por uma organização nos seus próprios sistemas. O propósito é assegurar à gestão que os sistemas da qualidade da organização estão alcançando os objetivos referentes a este quesito. Estas auditorias podem ser efetuadas tanto pelo pessoal da própria organização (desde que não tenham participação direta nas ações que estão sendo auditadas) como por alguém externo. AUDITORIA DE SEGUNDA PARTE Ocorre quando uma organização conduz uma auditoria em outra organização na qual tem, ou pretende ter, um contrato de compra de insumos ou serviços. O propósito é assegurar à organização compradora que o sistema da qualidade do fornecedor pode garantir a entrega do produto sob contrato ou já acordado. Estas auditorias podem ser efetuadas tanto pela organização compradora como por outra indicada por ela. AUDITORIA DE TERCEIRA PARTE É conduzida por um organismo independente que pode ser credenciado. O propósito desta auditoria é prover a garantia da efetividade do sistema de qualidade de acordo com a norma NBR ISO 9000. A auditoria, que veri�ca a conformidade com a norma, poderia, por sua vez, ser usada para prover garantia aos clientes atuais e futuros dos produtos. SOBRE OS AUDITORES Em geral, os auditores são pessoas altamente quali�cadas, motivadas e experientes, que possuem paciência e principalmente persistência para transpor qualquer tipo de obstáculo criado pelos sistemas confusos, na recepção dos funcionários que trabalham nas ações, no esforço de construir um sistema da qualidade efetivo, funcional, adequado e principalmente rentável. Assim sendo, o auditor é uma pessoa que tem as especi�cações para executar qualquer parte de uma auditoria, incluindo os deveres de liderar a equipe envolvida, como representante da administração da organização. Já os chamamos auditores líderes são pessoas quali�cadas para organizar e dirigir uma auditoria, reportar não conformidades e avaliar as ações corretivas. Assumem toda a responsabilidade por todas as fases da auditoria. A eles, portanto, deve ser dada a autoridade para tomar decisões �nais no que diz respeito à condução da auditoria, bem como quaisquer observações ela. RESPONSABILIDADES Veja quais são as responsabilidades de um auditor líder: • Participação na seleção dos outros membros da equipe de auditores; • Preparo do plano de auditoria; • Representação da equipe de auditores junto à administração do auditado; • Submissão o relatório da auditoria. DEVERES Veja quais são os deveres de um auditor líder: • De�nir os requisitos para cada tarefa na auditoria, incluindo as quali�cações dos auditores e outros membros da equipe; • Agir de acordo com os requisitos aplicáveis de auditoria e outras diretrizes aplicáveis; • Planejar a auditoria; • Preparar os documentos de trabalho; • Instruir a equipe de auditoria; • Revisar a documentação das atividades do sistema de qualidade existente para determinar sua adequação; • Reportar imediatamente as não conformidades críticas ao auditado; • Reportar os principais obstáculos encontrados durante a auditoria; • Reportar os resultados de forma clara, conclusiva e sem demora. PIRÂMIDE DE QUALIDADE O sistema da qualidade documentado é geralmente descrito como um conjunto de documentos de três níveis. O nível superior é o Manual da Qualidade, que fornece um guia para o auditor e fornece as evidências de que todos os requisitos do cliente estão sendo atingidos. O Manual deve descrever como o sistema da qualidade atende a cada tópico dos requisitos. Tópicos não aplicáveis aos requisitos do cliente deverão ser identi�cados. A razão pela qual esses tópicos não se aplicam também deve ser especi�cada. Os outros dois níveis são os procedimentos e instruções de trabalho relacionadas ao sistema, com todo este sendo sustentado por uma série e�ciente de formulários e relatórios para assegurar a manutenção e a e�cácia dos registros da qualidade. O MANUAL DA QUALIDADE... Descreve o sistema. Estabelece a política. Estabelece comprometimento com a qualidade. PROCEDIMENTOS RELACIONADOS AO SISTEMA Relaciona autoridades, responsabilidades e inter-relacionamentos. Implementa o sistema. Como o sistema é implementado. INSTRUÇÕES Controles operacionais para processos e para sistemas da qualidade. Fluxos e controles interdepartamentais (cross-function). Para manuseio de equipamentos e materiais. O CICLO DA QUALIDADE EM 3 ETAPAS Etapa I: Planejamento da Pré-auditoria As atividades de planejamento da pré-auditoria contêm os seguintes itens: PREPARAÇÃO • Requisitos contratuais; • Requisitos regulamentares; • Manual da Qualidade; • Procedimentos relacionados ao sistema; • Instruções de Trabalho; • Política da Qualidade; • Organograma; • Responsabilidades Funcionais da Qualidade. REUNIÃO / VISITA DE PRÉ-AUDITORIA • Visitar o auditado, se necessário; • Analisar documentação; • De�nir escopo e critérios da auditoria; • Avaliar requisitos do produto e regulatórios; • Discutir responsabilidades do auditado; • Melhorar a compreensão; • Entender o layout da organização; • Planejar o programa da auditoria; • Determinar adequação das condições da auditoria; • Discutir o relatório da auditoria. Detalhadas para que as pessoas desempenhem as suas funções especí�cas, preencham os formulários de forma adequada e informações sobre como tratar as atividades intradepartamentais. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA • Ajudar na seleção e organização da equipe de auditoria; • Selecionar atividades e áreas de auditoria; • Analisar relatórios de auditorias anteriores; • Desenvolver e avaliar listas de veri�cação; • Elaborar plano de auditoria; • Analisar manual da qualidade e documentação; • Prover treinamentos para auditores.NOTIFICAÇÃO • De�nir o quadro de horário para a auditoria; • Apresentar os membros da equipe auditora entre si; • Estabelecer a data e hora para reunião de abertura. Etapa II: Atividades da auditoria As atividades da auditoria contêm as seguintes atividades: REUNIÃO DE ABERTURA • Apresentar pessoalmente os membros da equipe e as responsabilidades de cada um; • Identi�car as contrapartes do auditado; • Planejar para cobrir o que puder sair errado e a maneira como se lidará com as diferentes condições; • Descrever áreas especí�cas e procedimentos a serem auditados; • Pedir cópias dos documentos necessários para referência; • Estabelecer as regras básicas para a auditoria e facilidades administrativas em geral; • Programar reuniões de grupo e reuniões de esclarecimentos com o pessoal auditado; • Discutir relatório �nal; • Propor data para a reunião de encerramento. CONDUÇÃO DA AUDITORIA • Reunir-se diariamente com a equipe para discutir as observações; • Manter os auditados plenamente informados do que está sendo observado e obter resultados pelas observações potenciais; • Relatar as condições conformes, assim como as não conformes; • Assegurar-se de que os membros da equipe estão desempenhando suas atividades; • Documentar observações (cada membro da equipe avaliará resultados para observações potenciais); • Con�rmar dia e hora para a reunião de encerramento. REUNIÃO DE ENCERRAMENTO • Relatar os resultados da auditoria; • Obter da administração do auditado o compromisso de que as ações corretivas especí�cas serão adotadas em uma programação mutuamente acordada; • Colher a assinatura da administração do auditado sobre as não conformidades; • Rea�rmar responsabilidades do auditado para ações corretivas; • Estabelecer data aproximada para o envio do relatório da autoria. Etapa III: Atividades de acompanhamento O relatório da auditoria e atividades de acompanhamento contém as seguintes atividades: RELATÓRIO DA AUDITORIA • Reunir todas as informações pertinentes dos membros da equipe; • Preparar relatório da auditoria; • Obter as análises e aprovações necessárias para o relatório da auditoria; • Emitir relatório da auditoria; • Certi�car-se de que o relatório indica quando as ações corretivas serão feitas, bem como quando serão atingidos os resultados das ações. AÇÃO CORRETIVA • Indicar a responsabilidade do auditado para determinar e iniciar as ações corretivas necessárias para corrigir as não conformidades. ACOMPANHAMENTO APÓS EMISSÃO DO RELATÓRIO • Avaliar os resultados das ações corretivas efetuadas; • Determinar se as de�ciências estão corrigidas; • Avaliar a e�cácia das ações corretivas efetuadas. • Registrar e arquivar documentos; • Responder ao auditado com relação aos resultados da avaliação; • Estabelecer a data da reauditoria para veri�car a implementação satisfatória da ação corretiva e sua e�cácia. AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO • Veri�car a e�cácia e adequação da ação corretiva tomada; • Encerrar a solicitação da ação corretiva, se a ação tomada for satisfatória. Se não, emitir outra solicitação de ação corretiva e programar auditorias adicionais. SUPERVISÃO • Programar e conduzir visitas periódicas de supervisão para garantir que o sistema da qualidade não seja degradado. Glossário Gestão da Qualidade Aula 9: Fundação do Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ) e o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) INTRODUÇÃO Nesta aula, veri�caremos a importância do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), sua organização e funcionamento para o desenvolvimento das organizações. Analisaremos também como a conquista desse prêmio dá um destaque competitivo para a organização vencedora. Conheceremos, por �m, o papel da Fundação do Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ) e o processo de avaliação das organizações candidatas ao PNQ. OBJETIVOS Avaliar o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), sua organização e funcionamento. Reconhecer a Fundação do Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ) e seu papel diante do processo de avaliação das organizações candidatas ao PNQ. De�nir a �nalidade e formas do processo de premiação das organizações. Aplicar e reconhecer os benefícios da premiação para as organizações. FUNDAÇÃO NACIONAL DO PRÊMIO DA QUALIDADE (FNPQ) Criada em 1991, a FNPQ é uma instituição sem �ns lucrativos, fundada por 39 organizações privadas e públicas. Seu objetivo é disseminar amplamente os Fundamentos da Excelência em Gestão para organizações de todos os setores e portes, contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão, o aumento da competitividade das organizações e, por extensão, para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. Trata-se de uma instituição responsável por realizar, anualmente, o ciclo de avaliação do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), criando uma forma de reconhecer as organizações que praticam a Excelência em Gestão no Brasil. A FPNQ é considerada um centro brasileiro de estudo, debate e irradiação de conhecimento sobre excelência em gestão e o PNQ é o seu principal instrumento voltado ao reconhecimento de empresas brasileiras de classe mundial. Para isso, a FNPQ desenvolve e oferece cursos e workshops de capacitação, seminários nacional e internacional, publicações especializadas, webcastings (transmissões via web) e encontros semanais sobre a temática da gestão, programa de visitas às empresas vencedoras do PNQ, além de conferir o Prêmio Nacional da Qualidade, que é o maior reconhecimento à qualidade da gestão brasileira. Compete a ela desenvolver atividades voltadas à educação, à mobilização, à inovação e à premiação, vinculadas à gestão estratégica e operacional das organizações, a �m de promover a geração e troca de conhecimentos sobre a excelência da gestão entre seus públicos de relacionamento. Saiba Mais , A FNPQ se baseia nas melhores práticas de organizações nacionais e internacionais, líderes dos diversos setores, para de�nir os conceitos e valores a serem perseguidos por aquelas instituições que desejam adotar os critérios de excelência do PNQ, como meio de aprimorar a sua gestão. Estes conceitos e valores, que analisaremos a seguir, constituem os fundamentos da Gestão orientada para a melhoria da competitividade e de resultados, comumente encontrados nas organizações de Classe Mundial e que permeiam a cultura organizacional como um todo. PENSAMENTO SISTÊMICO • Aprendizado organizacional; • Cultura de inovação; • Liderança e constância de propósitos; • Orientação por processos e informações; • Visão de futuro. GERAÇÃO DE VALOR • Valorização das Pessoas; • Conhecimento sobre o cliente e o mercado; • Desenvolvimento de Parcerias; • Responsabilidade Social e Ambiental. O MODELO DE EXCELÊNCIA Por outro lado, o conhecimento, a experiência e o trabalho de pesquisa de uma boa quantidade de especialistas e organizações, tanto do Brasil como do exterior, servem de elementos de comparação para a introdução de melhorias no Modelo de Excelência da Gestão (MEG). Esse modelo, que pode ser considerado um guia para a prática da melhoria contínua nas organizações dos diferentes tamanhos e setores, é constituído dos critérios de excelência e se vale da abordagem sistêmica, visando à introdução e disseminação da excelência do desempenho na cultura organizacional. Os critérios de excelência, oito ao todo, são: Liderança Estratégias e Planos Clientes Sociedade Informações e Conhecimento Pessoas Processos e resultados Saiba Mais , A vantagem em adotar o MEG como modelo de gestão está, particularmente, na sua simplicidade, linguagem e �exibilidade, decorrentes de sua forma não prescritiva das ferramentas e práticas especí�cas de gestão. O MEG representa um excelente instrumento de gestão para a avaliação, diagnóstico e orientação de organizações de qualquer tipo e tamanho, com ou sem �ns lucrativos. Possivelmente, a melhor contribuição do MEG seja permitir que as organizações possam ser geridas com base na visão sistêmica. Esta abordagem é recheada de princípios da teoria Geral dosSistemas, tal como holismo, vida em ciclo etc. e que permitem um estilo de gestão diferenciado, no qual é possível gerenciar as partes sempre pensando na sua integração com o todo. Dessa forma o Modelo enfatiza a integração dos Fundamentos da Excelência às operações da organização, de maneira continuada e em consonância com seu per�l e suas estratégias, onde todos os critérios relacionam-se de forma harmoniosa e integrada, voltados para a geração de resultados. Por estas e outras razões o MEG é tido, atualmente, como um dos mais inovadores modelos de gestão do mundo, especialmente no que se refere ao processo de formação e capacitação dos examinadores do PNQ. O PNQ, considerado também um dos maiores reconhecimento da excelência na gestão, visa estimular a introdução e a continuidade de melhoria da qualidade e, em consequência, o aumento da competitividade das organizações brasileiras. Fonte: Shuttershock FINALIDADES DO PNQ Veja quais são as �nalidades do processo de premiação do PNQ: Promover e estimular o desenvolvimento cultural, político, cientí�co, tecnológico, econômico e social do país. Servir de modelo e referência de melhoria contínua para as organizações brasileiras, no que se refere ao sistema de gestão da qualidade. Disseminar as melhores práticas de gestão para facilitar a realização do benchmarking, seja ele interno (entre os departamentos de uma mesma organização) ou externo (entre diferentes organizações). Servir de instrumento de reconhecimento público e notório da excelência da qualidade da gestão para organizações de classe mundial. Glossário Gestão da Qualidade Aula 10: Critérios de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) INTRODUÇÃO Nesta aula, conheceremos os Critérios de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), originados do estudo de um grupo de pesquisadores que analisou uma série de organizações bem-sucedidas, consideradas como "ilhas de excelência". Veremos como se dá seu desdobramento em itens, a sua abordagem e uso no Modelo de Excelência de Gestão. OBJETIVOS Listar os Critérios de Excelência do PNQ. Identi�car o detalhamento dos Fundamentos do PNQ. Demonstrar como os Critérios de Excelência são desdobrados para que as organizações possam usá-los em seu modelo de gestão. OS CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA E ESTRATÉGIAS QUE GARANTEM A QUALIDADE Os critérios de Excelência da FPNQ, atualmente adotados por várias organizações brasileiras de classe mundial, constituem um modelo sistêmico de gestão. Os critérios construídos sobre uma base de conceitos fundamentais formam o Modelo de Excelência de Gestão (MEG – visto na aula anterior), instrumento essencial à obtenção da excelência do desempenho. O MEG é reconhecido como uma referência importante para as organizações dos setores público ou privado, com ou sem �nalidade de lucro, sejam de porte pequeno, médio ou grande. O modelo enfatiza a incorporação dos conceitos fundamentais de excelência em gestão às práticas da organização, de maneira continuada e em consonância com seu per�l e estratégias. Ao empregar os Critérios de Excelência como referência, a organização pode realizar a autoavaliação para obter o diagnóstico da sua gestão, bem como candidatar-se ao Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ). DETALHAMENTO DOS FUNDAMENTOS DA EXCELÊNCIA Os onze fundamentos da Excelência, adotados pela FPNQ, se referem aos valores organizacionais percebidos como parte da cultura organizacional, sendo fundamentais na formação de uma gestão orientada para a melhoria da competitividade e para a busca de resultados. PENSAMENTO SISTÊMICO Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo. APRENDIZADO ORGANIZACIONAL Busca o alcance de um patamar de conhecimento para a organização por meio da percepção, re�exão, avaliação e compartilhamento de experiências. CULTURA DE INOVAÇÃO Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização. LIDERANÇA E CONSTÂNCIA DE PROPÓSITOS Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando o desenvolvimento da cultura da excelência, a promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses das partes interessadas. ORIENTAÇÃO POR PROCESSOS E INFORMAÇÕES Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização, que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisão e execução de ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identi�cados. VISÃO DE FUTURO Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo em curto e longo prazo. GERAÇÃO DE VALOR Alcance de resultados consistentes pelo aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas. VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS Criação de condições para que as pessoas se realizem pro�ssional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de espaços para empreender. CONHECIMENTO SOBRE O MERCADO E CLIENTE Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando a criação de valor de forma sustentada para o cliente e, consequentemente, gerando maior competitividade nos mercados. DESENVOLVIMENTO DE PARCERIAS Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais de cada uma, objetivando benefícios para ambas as partes. RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA Atuação de�nida pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-se também à inserção da empresa no desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização. O MEG E A VISÃO SISTÊMICA DA ORGANIZAÇÃO O Modelo de Excelência de Gestão (MEG) simboliza a organização, considerada um sistema orgânico e adaptável, o qual interage com o ambiente externo, sugerindo que os elementos do Modelo, imersos num ambiente de informação e conhecimento, relacionem-se de forma harmônica e integrada, voltados para a geração de resultados. CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA E ITENS DE AVALIAÇÃO Critérios e Itens Pontuação Máxima 1. Liderança 100 1.1. Sistema de Liderança 30 1.2. Cultura da Excelência 40 1.3. Análise Crítica do Desempenho Global 30 2. Estratégias e Planos 90 2.1. Formulação das Estratégias 30 2.2. Desdobramento das Estratégias 30 2.3. Planejamento da Medição do Desempenho 30 3. Clientes 60 3.1. Imagem e Conhecimento do Mercado 30 3.2. Relacionamento com Clientes 30 4. Sociedade 60 4.1. Responsabilidade Socioambiental 30 4.2. Ética e Desenvolvimento Social 30 5. Informações e Conhecimento 60 5.1. Gestão das Informações da Organização 20 5.2. Gestão das Informações Comparativas 20 5.3. Gestão do Capital Intelectual 20 6. Pessoas 90 6.1. Sistema de Trabalho 30 6.2. Capacitação e Desenvolvimento 30 6.3. Qualidade de Vida 30 7. Processos 90 7.1. Gestão de Processos Relativos ao Produto 30 7.2. Gestão de Processos de Apoio 20 7.3. Gestão de Processos Relativos a Fornecedores 20 7.4. Gestão Econômica e Financeira 20 8. Resultados 450 8.1. Resultados de Clientes e Mercado 100 8.2. Resultados Econômicos e Financeiros 100 8.3. Resultados Relativos a Pessoas 60 8.4. Resultados Relativos a Fornecedores 30 8.5. Resultados dos Processos dos Produtos 80 8.6. Resultados Relativos a Sociedade 30 8.7. Resultados dos Processos de Apoio e Organizacionais 50 TOTAL DE PONTOS 1000 Glossário
Compartilhar