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Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR DE ARRUDA Autor MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA DE MORAIS Desenvolvedor/Programador CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS https://www.telesapiens.net/ Autor MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA DE MORAIS Olá, o meu nome é MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA DE MORAIS. Sou formada em relações públicas com especialização em administração em marketing, com uma vasta experiência técnico-profissional na área de gestão da cadeia de suprimentos, com mais de 10 anos. Passei por empresas como a TIM Nordeste, Ericsson Gestão de Sistemas (EGS), Estaleiro Atlântico Sul e vários outros empreendimentos, sempre nas áreas de logística e supply chain. Participei da implantação do sistema SAP-R3 na TIM e de vários outros sistemas de automação e de gestão empresarial. Estruturei vários projetos logísticos, como a Rede TELEPORT de Educação, com unidades de ensino espalhadas em 13 estados da federação. Sou apaixonada pelo que faço e adora transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Então, conte comigo! Trilha de Aprendizagem Olá, meu nome é ANDRÉA CÉSAR PEDROSA! Sou responsável pela direção editorial deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua trilha de aprendizagem. Você está iniciando seus estudos sobre Logística de Transporte, e o nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das competências necessárias ao seu exercício profissional. Para isto, distribuímos os conteúdos didáticos deste livro em quatro semanas de estudo, onde, em cada uma delas, haverá uma competência a ser construída. Cada uma dessas competências será desenvolvida por meio de quatro atividades de estudo, que podemos chamar de “aulas”. Em cada aula, você terá uma introdução ao tema abordado, os objetivos a serem alcançados, uma atividade de autoaprendizagem proposta e uma lista de exercícios a serem respondidos. Quer saber quais serão as competências que você irá desenvolver ao longo dessas quatro semanas de estudo? Então vamos a elas: Aplicar as técnicas, as ferramentas e os procedimentos para a unitização de cargas em preparação para o seu transporte; Conhecer os aspectos técnicos e administrativos dos modais de transporte terrestre e aeroviário; Conhecer os modais de transporte aquaviário e dutoviário, além da intermodalidade e multimodalidade no transporte de cargas; Conhecer as normas técnicas de segurança do trabalho nas atividades de transporte de cargas e de pessoas. Ao longo dessa semana, iremos desenvolver a competência de número 3. Ao trabalho! Introdução Agora que você já conhece os modais de transporte terrestre e aéreo, resta-nos abordar os dois restantes: aquaviário (que se divide em marítimo e hidroviário) e dutoviário. Depois que analisarmos os aspectos físicos do veículo e da via em cada um desses modais, faremos a junção de todos eles no estudo do transporte multimodal. Preparado para mais uma viagem rumo ao conhecimento? Então, aperte os seus cintos e boa viagem para todos! OBJETIVOS Ao término do desenvolvimento desta semana de estudos, você aprenderá muito sobre: • Transporte marítimo; • Transporte hidroviário; • Transporte dutoviário; • Inter e multimodalidade no transporte de cargas. Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA quando forem necessários observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR algo precisa ser mais bem explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO quando o desenvolvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Sumário AULA 09 – MODAIS DE TRANSPORTES MARÍTIMOS .......................................................................................... 8 1.1 Modais Marítimos ................................................................................................................................................. 8 1.1.1 Portos......................................................................................................................................................................................8 1.1.1.1 Divisão de um Porto em Componentes ...................................................................................... 8 1.1.1.2 Classificação dos Portos quanto à Localização ................................................................ 9 1.1.1.3 Classificação dos Portos quanto à Natureza ....................................................................... 9 1.1.1.4 Classificação dos Portos quanto a sua Utilização.......................................................... 9 1.1.1.5 Profundidade e Acessibilidade ....................................................................................................... 10 1.1.1.6 Elementos Físicos ...................................................................................................................................... 10 1.1.1.7 Elementos Operacionais ........................................................................................................................11 1.1.1.8 Transbordo .......................................................................................................................................................11 1.1.2 Vias ......................................................................................................................................................................................... 12 1.1.3 Veículos .............................................................................................................................................................................. 13 1.1.3.1 Classificação dos Navios ..................................................................................................................... 13 1.1.3.2 Componentes de uma Embarcação .......................................................................................... 14 1.1.3.3 Velocidade e Peso dos Navios ........................................................................................................ 14 1.1.3.4 Navios Cargueiros ...................................................................................................................................... 15 Considerações Finais ..................................................................................................................................................... 19 Atividades de Autoaprendizagem ....................................................................................................................... 19 Questionário Avaliativo .................................................................................................................................................19 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................................................... 20 Logística de Transporte | 8 Aula 09 – MODAIS DE TRANSPORTES MARÍTIMOS INTRODUÇÃO O objetivo desta aula é capacitar você para compreender os processos inerentes ao modal marítimo, discorrendo sobre as características da via e dos veículos desse modal. IMPORTANTE Conhecer o modal marítimo, entendendo a dinâmica dos portos e das embarcações. 1.1 Modais Marítimos Principal vertente do modal aquaviário, o transporte marítimo é o mais importante no âmbito da logística internacional, pois conecta o fluxo de mercadorias entre países de diferentes continentes. 1.1.1 Portos Compreendemos um porto como um tipo de abrigo, isto é, uma instalação devidamente equipada cuja finalidade é proteger as embarcações contra as principais intempéries da natureza, como vento, ondas e as correntes marítimas, possibilitando o acesso à costa para carga e descarga de materiais, além de possibilitar o embarque e desembarque de pessoas. O processo pelo qual uma embarcação consegue ter acesso à costa para embarque e desembarque, e carga e descarga, recebe o nome de acostagem. 1.1.1.1 Divisão de um Porto em Componentes Porto Dársenas Retroporto Bacia de Evolução Anteporto • Porto: Apesar de nos referirmos ao porto, normalmente, como um todo, o termo porto, propriamente dito, refere-se ao conjunto compreendido pelos seguintes componentes: Cais: área para à atracação e movimento de carga em solo. Bacia de Evolução: área marítima abrigada por diques, destinada para a proteção das embarcações atracadas ou em manobra. Dársenas: área aquática escavada para carga e descarga, ou embarque e desembarque de passageiros, em frente à área de atracagem. Figura 2 – Projeto do Porto Presidente Kennedy, no Espírito Santo. Fonte: adaptado de http://midias.gazetaonline.com.br/_midias/jpg/2 014/07/28/porto_central_min_dedfdbb- 1435596.jpg Acesso em: 20/10/2018 Figura 1 – Navio transatlântico. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transat l%C3%A2ntico_-_panoramio_(1).jpg Acesso em: 20/10/2018 https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reefer_ship_Chiquita_Italia_rear_view.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reefer_ship_Chiquita_Italia_rear_view.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reefer_ship_Chiquita_Italia_rear_view.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reefer_ship_Chiquita_Italia_rear_view.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reefer_ship_Chiquita_Italia_rear_view.jpg Logística de Transporte | 9 • Anteporto: reúne a porção marítima destinada à aproximação das embarcações, formado pelo canal principal de acesso e fundeadouros de espera. • Retroporto: são as áreas terrestres que reúne as vias e instalações para a movimentação, armazenagem e despacho de cargas, formado por: - Rodovias; - Ferrovias; - Dutovias; - Unidades de Armazenagem; - Instalações Auxiliares; - Administração Portuária. 1.1.1.2 Classificação dos Portos quanto à Localização Quanto ao seu posicionamento geográficos, os portos se dividem em: • Interiores: Localizam-se dentro de uma bacia hidrográfica, podendo ser: - Lagunares: Localizados em lagos ou lagoas; - Fluviais: Localizados em rios. • Exteriores: Localizam-se na região costeira do continente, sendo classificados como: - Salientes à Costa (ou Ganhos de Água): Quando aterrados sobre o mar; - Encravados em Terra (ou Ganhos à Terra): Quando forma bacias, canais e dársenas. • Ao Largo (ou Off-Shore): Localizados distante da costa ou da área de arrebentação. 1.1.1.3 Classificação dos Portos quanto à Natureza Quanto à sua composição natural, os portos se dividem em: • Naturais: Quando já são providos de um formato topográfico e geológico pré-existente, favorecendo a sua implantação; • Artificiais: Quando a natureza são favorece, forçando a execução de obras para modificar o formato geológico e topográfico do local. 1.1.1.4 Classificação dos Portos quanto a sua Utilização Quanto ao tipo predominante de carga a ser despachada ou recebida pelos portos, eles podem ser divididos em: • Portos de Carga Geral: quando movimentam carga em geral, quer sejam unitizáveis ou a granel. Nesse tipo de porto qualquer carga pode ser movimentada, sem restrições quanto à natureza do produto transportado, normalmente sendo unitizados e carregados em contêineres; • Portos de Carga Específica: são terminais especializados na movimentação de certos tipos de cargas, como granéis líquidos, sólidos, produtos pesqueiros, militares, etc. Logística de Transporte | 10 1.1.1.5 Profundidade e Acessibilidade Um dos fatores mais relevantes na escolha de uma localização para se construir um porto está na profundidade das águas que o rodearão. Essa profundidade deve ser superior ao maior calado possível para uma embarcação que possa nele atracar. Outro aspecto muito importante para o dimensionamento de um porto está na largura de seus acessos, que deve ser compatível com o comprimento e boca das embarcações a serem recebidas. Como pode ser observado na ilustração, ao lado a boca é a largura máxima da embarcação, e o calado, a medida entre a linha d’água e ponto mais baixo da embarcação. O comprimento é a medida da popa à proa, considerando sempre os pontos mais extremos. SAIBA MAIS Além do calado, boca e comprimento, existem outras medidas intrínsecas às embarcações, como o calado aéreo, que é a distância vertical medida desde a linha d’água (ou linha de flutuação) até o ponto mais alto da embarcação, dependendo o quanto a embarcação está carregada ou não, em flutuação pesada ou leve. 1.1.1.6 Elementos Físicos Chamamos de elementos físicos de um porto as partes infra estruturais constituídas do canal de acesso, baía de evolução, baias de atracação, entre outros locais por onde passam as embarcações. • Canais de Acesso: devem apresentar um calado compatível com a maior e mais pesada embarcação prevista para atracar no porto. Esses canais podem ser uni ou bidirecionais, como mostram as figuras abaixo em sequência, uma ao lado da outra: Boca C Ca Figura 3 – C=Calado e Ca=Calado Aéreo. Fonte: adaptado de https://pt.wikipedia.org/wiki/Calado_a%C3%A9re o#/media/File:Calado_Aereo.PNG Acesso em 20/10/2018 Lc a Lc Figura 4 – Exemplo de Fluxo Unidirecional. Fonte: (LIMA, 1988) e Fluxo Bidirecional, Fonte: (LIMA, 1988). https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Methanier_aspher_LNGRIVERS.jpg#/media/File:Calado_Aereo.PNG https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Methanier_aspher_LNGRIVERS.jpg#/media/File:Calado_Aereo.PNG Logística de Transporte | 11 • Estruturas de Atracação: as estruturas mais comuns são: - Píer: plataforma que se projeta sobre o mar; - Cais: plataforma por onde são desembarcadas pessoas e descarregadas as mercadorias; 1.1.1.7 Elementos Operacionais Chamamos de elementos operacionais o conjunto de procedimentos que são executados em função da movimentação do navio, como por exemplo: a atracação, a rebocagem, a praticagem etc. VOCÊ SABIA? Você sabia que a “praticagem” é uma atividade exercida pelos profissionais que são altamente qualificados? O “prático” de navios é considerado um dos profissionais com uma das melhores remunerações do mundo. Sua função é a de orientar os navios desde sua aproximação (no anteporto) até a sua completa atracação no cais. Alguns práticos chegam a ganhar, no Brasil, até R$ 300.000,00 por mês. Os procedimentos aos quais nos referimos envolve extrema responsabilidade por parte de todos os atores. Qualquer deslize pode provocar o naufrágio ou sérias avarias em navios e suas cargas, gerando prejuízos incomensuráveis. 1.1.1.8 Transbordo DEFINIÇÃO Diz respeito aoprocesso de transferência de carga do terminal para o navio e o contrário, assim como ao transporte dessas cargas até o armazém, e vice-versa. (BOTTER & GUALDA, 1984). Portanto, transbordo consiste nos procedimentos que norteiam a movimentação e transferência dos produtos, desde a embarcação, até o CD (Centro de Distribuição) ou outro veículo de transporte. Por exemplo, o transbordo pode ser encarado como os atos necessários para se transferir um contêiner de um navio para um vagão ferroviário, e deste para um galpão de armazenagem ou outro modal qualquer. O transbordo de cargas em um complexo portuário faz nascer um outro conceito, que iremos tratar detidamente mais adiante. Trata-se do “Sistema Terminal”. Figura 5 - Estruturas de atracação: cais (acima) e píer (abaixo). Fontes: adaptado de https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo ns/8/8d/Porto_Ceresio_pontile_210713.jpg e https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Porto_ Ceresio_pontile_210713.jpg respectivamente Acesso em: 20/10/2018 http://midias.gazetaonline.com.br/_midias/jpg/2014/07/28/porto_central_min_dedfdbb-1435596.jpg http://midias.gazetaonline.com.br/_midias/jpg/2014/07/28/porto_central_min_dedfdbb-1435596.jpg https://youtu.be/LrqgZt8OtX0 https://youtu.be/LrqgZt8OtX0 Logística de Transporte | 12 DEFINIÇÃO “Sistema Terminal” é todo e qualquer conjunto de subsistemas integrados e articulados para realizar o transbordo de cargas até a unidade de armazenamento, e vice-versa. São esses os subsistemas de um terminal marítimo: • Marítimo Rodoviário: o descarregamento se dá diretamente em caminhões; • Marítimo Ferroviário: o descarregamento se dá diretamente em vagões de trem; • Marítimo Rodoferroviário: não necessariamente nesta ordem, esse sistema prevê a articulação dos modais rodoviário e ferroviário para realizar o transbordo completo das mercadorias. 1.1.2 Vias Tal como ocorre no modal aeroviário, o transporte marítimo não apresenta vias materializadas e bem definidas. Em vez disto, ele contempla um traçado planejado, conectando os pontos de origem e destino, a ser seguido pelas embarcações. A esses traçados damos o nome de rota. DEFINIÇÃO Diz respeito ao processo de transferência de carga do terminal para o navio e o contrário, assim como ao transporte dessas cargas até o armazém, e vice-versa. (BOTTER & GUALDA, 1984). As rotas podem ser de: • Longo Curso: trata-se das rotas nacionais ou internacionais por meio de mares e oceanos; NOTA O Brasil não possui rotas nacionais que cruzam oceanos, como ocorre em alguns países que possuem braços de mar ou baías extensas em sua área continental. • Capotagem: são as rotas que preveem o deslocamento das embarcações na faixa costeira, o que normalmente é realizado ao longo de portos situados em um mesmo país. Figura 6 – Principais portos brasileiros. Fonte: adaptado de imagens do Google Maps©. Logística de Transporte | 13 1.1.3 Veículos No campo da logística de transportes, os veículos tipicamente utilizados no modal marítimo são os navios, mas existem outros tipos de embarcação que compõem o sistema de transporte marítimo como um todo, incluindo pequenas embarcações de apoio, além dos navios de passageiros. 1.1.3.1 Classificação dos Navios De um modo geral, podemos classificar os navios da maneira: • Quanto à Navegação: - De Longo Curso: aplicados ao transporte marítimo internacional; - De Capotagem: empregados no transporte marítimo nacional ou intercontinental; - Da Navegação Costeira: para cabotagem de pequeno porte, ao longo do litoral brasileiro; - De Apoio Portuário: para pequenos percursos, com o objetivo de dar suporte a outras embarcações e aos terminais marítimos, na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do país. VOCÊ SABIA? A Convenção sobre o Direito Marítimo da ONU determinou que as nações banhadas pelo mar podem declarar uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE), estabelecendo uma área demarcada por um traçado imaginário, limitada a duzentas milhas da costa, dividindo as águas nacionais e internacionais. Em sua ZEE, o país pode realizar projetos de pesquisa científica, explorar recursos naturais e realizar atividades de pesca, além de controlar o acesso por parte das embarcações estrangeiras. • Quanto à Operação: - De Linha (Liners Trade); - À Frente ou Tramos (Trade); - De Tráfego Privado (Private Trade); - Especializados; • Quanto à Atividade Mercantil: - Cargueiros (ou de Carga); - De Passageiros; - Mistos. Figura 7 – Segundo maior navio cargueiro do mundo. Fonte: http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2013/1 1/segundo-maior-navio-cargueiro-do- mundo.html Acesso em: 20/10/2018 Figura 8 – Transatlântico em panorâmica. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transat l%C3%A2ntico_-_panoramio_(1).jpg Acesso em: 20/10/2018 https://pt.wikipedia.org/wiki/Calado_aéreo https://pt.wikipedia.org/wiki/Calado_aéreo https://pt.wikipedia.org/wiki/Calado_aéreo http://www.portosdoparana.pr.gov.br/arquivos/File/dicionario2011.pdf http://www.portosdoparana.pr.gov.br/arquivos/File/dicionario2011.pdf Logística de Transporte | 14 1.1.3.2 Componentes de uma Embarcação A figura a seguir mostra os componentes mais frequentemente encontrados em uma embarcação, junto com a sua respectiva terminologia técnica. Proa: significa a dianteira do navio, mas também pode ser entendido como sendo a direção frontal a ser seguida, como no termo “à proa”; Bulbo: componente que serve de referência para medição do calado; Âncora: ferramenta pesada de metal cuja função é fixar a embarcação em um local desejado; Casco: superfície de vedação que impede a entrada de água, mantendo o navio emerso; Hélice: dispositivo girante cuja função é gerar um fluxo de água no sentido inverso ao do movimento desejado – em outras palavras, é o motor que impulsiona o navio para frente ou para trás; Popa: parte traseira do navio, mas também pode ser entendido como sentido para ré (para trás); Chaminé: funciona como um “cano de escape” dos motores do navio; Ponte: passarela ou ambiente de onde o navio é comandado; Convés: é a superfície de cobertura superior do casco do navio. VOCÊ SABIA? Quer saber mais sobre a terminologia técnica e o jargão usados pelos profissionais do transporte marítimo? Recomendamos ler “Dicionário Náutico” (Governo do Estado do Paraná, 2011). www.portosdoparana.pr.gov.br/arquivos/File/dicionario2011.pdf Acesso em: 06/04/2018. 1.1.3.3 Velocidade e Peso dos Navios A velocidade náutica é medida normalmente em “nós”. Uma embarcação consegue navegar, em média, com velocidades entre 19 e 27 nós. Já no que concerne ao peso de um navio, podemos encontrar diversas formas de expressá- lo. Uma delas é por meio do conceito de deslocamento, ou seja, o peso deslocado pelos motores do navio, que pode considerar apenas o navio, ou incluindo sua carga transportada. 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Figura 9 – Componentes de um navio típico. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio Acesso em: 20/10/2018 1 nó = 1,85 km/h http://4.bp.blogspot.com/-EKmJ1HQmuKc/TXofV3KcT4I/AAAAAAAAExA/hAVG905P4CM/s1600/01+Fjord.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lash_vessel.JPG Logística de Transporte | 15 • Peso em deslocamento bruto (gross displacement): peso máximo deslocado pelo navio, considerando motor, casco, equipamentos, tripulação, bagagens, combustível e carga; • Deslocamento líquido (net displacement): peso considerando apenas motor, casco e equipamentos; • Tonelagem de porte: - Bruto: É a subtração entre o deslocamento bruto e o líquido, representando assim o peso máximo que pode ser transportado, incluindo carga, combustível e equipagem (peso morto); - Líquido: Representa o peso máximo considerando apenas a carga e os passageiros; - Operacional: É a diferença entre a tonelagem de porte bruto e ade porte líquido, o que resulta no peso da equipagem e do combustível. VOCÊ SABIA? O maior e mais pesado navio do mundo é o Knock Nevis, com 458 m de comprimento e 69 m de largura, com 564.763 toneladas com plena carga de petróleo. 1.1.3.4 Navios Cargueiros Os navios cargueiros são considerados os mais importantes para a logística de transportes, dada a imensa variedade de produtos que conseguem transportar. Esses navios podem ser classificados quanto aos recursos embarcados, à capacidade e ao tipo de carga. • Classificação quanto aos Recursos Embargados: - Gearless: dependem completamente dos equipamentos portuários para a movimentação das cargas, pois não dispõem de nenhum equipamento como guindaste, ponte rolante, pau de carga, etc.; - Self-Sustaining Ship (ou Self-Loading/Unloading): Diferentemente dos Gearless, esses navios são providos dos equipamentos necessários para realizar as operações de carga e descarga sem ajuda dos equipamentos portuários. São conhecidos como navios autossuficientes. Tabela 1 – Tipos de navio cargueiro e suas características. Fonte UFMG, 2007. Tipo do navio Capacidade de carga Dispositivo de armazenagem Aframax 80.000 - 120.000 tdw Tanque Capesize 80.000 - 200.000 tdw Graneleiro Handsize 10.000 - 40.000 tdw Graneleiro Handymax 40.000 - 60.000 tdw Graneleiro Panamax 60.000 - 80.000 tdw Graneleiro/Tanque Logística de Transporte | 16 Tabela 2 – Tipos de navio cargueiro e suas características. Fonte UFMG, 2007. Tipo do navio Capacidade de carga Dispositivo de armazenagem Suezmax 120.000 - 200.000 tdw Tanque ULCC - Ultra Large Crude Carrier > 320.000 tdw Tanque VLCC - Very Large Crude Carrier 200.000 - 320.000 tdw Tanque VLOC - Very Large Ore Carrier > 200.000 tdw Graneleiro • Classificação quanto ao Tipo de Carga - General Cargo Ship (Navio de Carga Geral): destinados ao transporte de carga seca, embalada e unitizada (em pallets ou breakbulk1). Veja um exemplo deste tipo de navio na figura ao lado. - Full Container Ship (Navio Porta Contêiner): destinados ao transporte de contêineres de todos os tipos, tais como: reefer, tanks, plataforma, dry etc. Veja um exemplo deste tipo de navio na figura ao lado. - Reefer Vessel (Navio Frigorífico): equipados com maquinário para refrigeração, esses navios são adequados ao transporte de cargas perecíveis e sensíveis a altas temperaturas, como medicamentos, alimentos, produtos químicos etc. Veja um exemplo deste tipo de navio na figura ao lado. 1 Breakbulk é o termo que se utiliza para indicar o transporte de carga solta, mas não graneleira. Figura 10 - Navio de carga geral. Fonte: http://maritime- connector.com/ship/edamgracht-9081370/ Acesso em: 20/10/2018 Figura 11 - Navio de porta contêineres. Fonte:https://en.wikipedia.org/wiki/Cargo_ship# /media/File:MV_American_Tern_at_McMurdo_So und.jpg Acesso em: 20/10/2018 Figura 12 – Navio frigorífico. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reefer_ship_Chiquita_Italia_rear_view.jpg Acesso em: 20/10/2018 https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transatlântico_-_panoramio_(1).jpg#/media/File:MV_American_Tern_at_McMurdo_Sound.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transatlântico_-_panoramio_(1).jpg#/media/File:MV_American_Tern_at_McMurdo_Sound.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transatlântico_-_panoramio_(1).jpg#/media/File:MV_American_Tern_at_McMurdo_Sound.jpg https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transatlântico_-_panoramio_(1).jpg Logística de Transporte | 17 - Bulk Carrier (Navio Graneleiro): voltados ao transporte de cargas sólidas a granel, tais como grãos, açúcar, minérios, fertilizantes etc. Alguns modelos, como o da figura seguinte, sevem também para o transporte de granéis líquidos. - Tanker Ship (Navio Tanque): fabricados sob medida para o transporte de granéis líquidos (água, combustíveis, álcool, etc.) ou gasosos (gás natural, nitrogênio, hidrogênio, etc.). - Roll-On Roll-Off (Ro-Ro): voltados para o transporte de veículos automotores, em suas versões: - Container Carrier (Ko-Ro): transporte de veículos em contêineres acomodados no porão e/ou no deque principal; - Pure Truck & Car Carrier (Ro-Ro/PTCC): transporte de veículos automotores soltos, tais como: caminhões, automóveis, tratores, etc. Os Ro-Ro/PTCC também podem transportar contêineres. - Multi-Purpose Ship (MPV) (Navio para Multi Cargas e Multi Propósitos): polivalentes, esses navios transportam cargas de diversos tipos, podendo substituir os porta-contêineres e os Ro- Ro. Elas podem ser divididas em até quatro categorias, como podemos verificar logo abaixo: embarcações com ou sem os equipamentos de carga, navios costeiros e embarcações marítimo-fluviais. Figura 14 – Navio tanque para granéis gasosos. Fonte:https://commons.wikimedia.org/wiki/File: Methanier_aspher_LNGRIVERS.jpg Acesso em: 20/10/2018 Figura 15 – Navio Ro-Ro (Ko-Ro), transporte de veículos. Fonte: https://fairplay.ihs.com/commerce/article/4277 386/mol-expands-car-shipping-in-southeast-asia Acesso em: 20/10/2018 http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio Logística de Transporte | 18 - Chatas (Navio Porta Barcaças): servem para transportar outras embarcações, podendo se apresentar como: - Lash: podem transportar até 83 barcaças por vez. - Seabee (Sea Barge): maiores que os do tipo Lash, os navios Seabee conseguem transportar outras embarcações ao largo2, sem a necessidade de atracação. Esses navios são semissubmersíveis, ou seja, navegam praticamente ao nível da linha d´água. 2 Ao largo significa na água, o mesmo que off-shore (fora da praia). Figura 16 – Porta barcaças do tipo "lash". Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lash_vess el.JPG Acesso em: 20/10/2018 Figura 17 – Navio porta barcaças do tipo Seabee. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/- EKmJ1HQmuKc/TXofV3KcT4I/AAAAAAAAExA/h AVG905P4CM/s1600/01%2BFjord.jpg Acesso em: 20/10/2018 https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/Porto_Ceresio_pontile_210713.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/Porto_Ceresio_pontile_210713.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/Porto_Ceresio_pontile_210713.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/Porto_Ceresio_pontile_210713.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/Porto_Ceresio_pontile_210713.jpg Logística de Transporte | 19 Considerações Finais SAIBA MAIS Quer se aprofundar no tema desta aula? Nós recomendamos o acesso à uma seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Vídeo: “Pesquisa CNT do Transporte Marítimo 2012 aponta problemas e soluções para o setor” (CNT, 2012), https://youtu.be/LrqgZt8OtX0 (Acesso em: 20/10/2018) Atividades de Autoaprendizagem ATIVIDADES Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o enunciado de sua atividade de autoaprendizagem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? Submeta o resultado em uma postagem diretamente em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! Questionário Avaliativo TESTANDO Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você estiver fazendo este cursoa distância, acesse o QUIZ (banco de questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! https://en.wikipedia.org/wiki/Cargo_ship Logística de Transporte | 20 BIBLIOGRAFIA • BALLOU, R. H. (2006). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. Porto Alegre - RS: Editora BOOKMAN. • BANZATO, E. (2005). Tecnologia da Informação aplicada à Logística . São Paulo - SP: Instituto AMAM. • BERTAGLIA, P. R. (2015). Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São José dos Campos - SP: Editora SARAIVA. Logística de Transporte | 21
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