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PROVA AV1 pratica 4

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CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
	DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA IV 
	DOCENTE: NADIA MARIA BENTES
	TURMA: CCJ0150 - 2003
	SEMESTRE LETIVO: 2021.1 
	TURNO: VESPERTINO
	DISCENTE: GABRIEL SILVA REIS
	MATRÍCULA: 201801149402
DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM/PA
Número do processo: 0010000-55.0000.814.0301
CARLOS ALBERTO SILVA, brasileiro, divorciado, torneiro mecânico, portador do RG nº…, inscrito no CPF nº. XXXXXXXXX, residente e domiciliado na Avenida Pedro Miranda, nº. 00, Pedreira, Belém/PA, propôs na AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO c/c DANOS MATERIAIS E MORAIS, já transitado e julgado, vem através de Advogado(a), com procuração em anexo, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 528 do Código de Processo Civil, propor:
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
Em face BANCO GRANA PRETA S/A, pessoa jurídica de direito privado, instituição bancária, inscrita no CNPJ com nº…, com sede na Avenida Presidente Vargas, nº 000, Campina, Belém/PA, pelos fatos e fundamentos que passa a expôs.
1- SÍNTESE DOS FATOS
A ação de indenização se teu por ato ilícito cometido pelo Banco Grana Preta, pois o réu retirou da conta do autor a quantia de R$ 7.000,00 (sete mil reais)
Ocorre que o autor depositou no dia 29/11/2019, através de um cheque n quantia que foi retirado, deixando na conta apenas a importância de R$ 710,00 (setecentos e dez reais).
Além disso, foi deixado devedora da importância de R$ 710,00 (setecentos e dez reais), onde apresentava um saldo anterior ao deposito de R$ 10,00 (dez reais), acrescido de dois saques, um no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) e outro no valor de R$ 700,00 (setecentos reais), efetuado no dia 29/11/2019.
Em razão deste ocorrido o autor sofreu danos materiais e morais, pois a retirada do valor que já estava incorporado ao seu patrimônio, bem como, a inclusão do nome do autor no SERASA e SPC, pela devolução de cheques.
Deste modo, o presente juízo determinou o seguinte:
“ANTE O EXPOSTO, com fundamento no art. 487, Inc. I, do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por CARLOS ALBERTO SILVA, nesta AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO C/C DANOS MORAIS - nº 0010000-55.0000.814.0301, que promoveu em face de BANCO GRANA PRETA S.A., ambos qualificados nos autos. Em consequência, condeno o réu a restituir ao autor a importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais), a título de danos materiais, bem como, condeno o réu ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Ambas as quantias deverão ser corrigidas monetariamente pelo INPC, e acrescidas de juros legais à razão de 1% ao mês e 6% ao ano, a contar da data do fato ilícito (30.11.2019), de conformidade com a Súmula nº 54 do STJ. Face ao princípio da sucumbência, condeno o réu ao pagamento integral das custas judiciais e demais despesas processuais devidas, bem como, ao pagamento de honorários advocatícios, fixados estes em 20% sobre o valor atualizado da condenação
P.R.I.
Belém, 05 de fevereiro de 2021”.
Portanto, visto que o réu no cumpriu a obrigação proferida pela sentença do juízo da 1ª vara cível empresarial de Belém, vem requer o cumprimento da sentença, através da presente peça.
É importante relatar.
2- DO DIREITO 
O Código de Processo Civil, no art. 509, especificamente no § 2º, assegura que quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença. 
Bem como, o cumprimento da sentença será feito segundo o que está previsto no art. 513 do CPC, o cumprimento reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo:
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
Outrossim, o devedor será intimado para cumprir a sentença, através de Diário de Justiça ou aviso de recebimento, bem como, por meio eletrônico ou por edital, com fulcro no § 2º do art.513 do CPC:
Art. 513 (…)
§ 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246 , não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256 , tiver sido revel na fase de conhecimento.
Conforme a narrativa dos fatos, este juízo fixou em sentença datada de 05 de fevereiro de 2021, onde condeno o Banco a restituir a importância de R$ 7.000,00, a título de danos materiais pela retirada do valor da conta do autor, pelo fato, do dinheiro fazer parte do patrimônio, pois a quantia já estava incorporada.
Além disso o juízo foi fixado a indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil), devido o requerente ter o seu nome inscrito no SPC e SERASA, pela devolução dos cheques.
Contudo, o requerido não efetuo pagamentos alimentos fixados, desde o proferimento da sentença no mês de fevereiro de 2021, tampouco justificou porque não fez o pagamento. 
Portanto, o total ao se pago pelo dano material, atualizado desde a data do ato ilícito até a presente data, é de R$ 8.858,69 (oito mil oitocentos e cinquenta e oito reais e sessenta e nove centavos), conforme o demonstrativo de cálculo abaixo:
	VALOR NOMINAL
	VALOR CORRIGIDO
	VALOR DO JUROS 
	TOTAL
	R$ 7.000,00
	R$ 7.619,29
	R$ 1.239,40
	R$ 8.858,69
Cumpre informa que no cálculo a correção monetária foi efetuada utilizando-se a Tabela Prática do E. TJSP (DJe, TJSP, administrativo, 10/02/2018, p. 2), mais taxa de 1 % de juros moratórios legais, além dos honorários de 20 % sobre o valor atualizado, aplicados sobre a obrigação mensal, desde o dia 30 de novembro de 2019 até o dia 1 de abril de 2021.
Assim como, o requerido foi condenado ao pagamento de danos morais no valor de R$ 6.000,00, que deverá se corregido monetariamente a partir da data do ato ilícito, aplicando juros legais de 1% ao mês, acrescidos de honorários sucumbência de 20 % sobre o valor atualizado, desde o ato ilícito até o dia 1 de abril de 2021, com base no demonstrativo de cálculo, utilizando a Tabela Prática do E. TJSP - INPC (DJe, TJSP, administrativo, 10/02/2018, p. 2):
	VALOR NOMINAL
	VALOR CORRIGIDO
	VALOR DO JUROS 
	TOTAL
	R$ 6.000,00
	R$ 6.530,82
	R$ 1.062,35
	R$ 7.593,17
Com isso, o valor do dano moral será de R$ 7.593,17 (sete mil quinhentos e noventa e três reais e dezessete centavos), deste modo, ainda é acrescido 20 % de honorários sucumbenciais no valor da condenação devido pelo requerido, sendo assim, o valor total será de R$ 19.742,23 (dezenove mil setecentos e quarenta e dois reais e vinte e três centavos), devidamente corrigido monetariamente.
Se tratando de uma quantia certa, conforme os cálculos acima, requer que o requerido seja intimado a pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, caso não pague, que seja acrescido multa de 10% (dez por cento), conforme o art. 523, § 1º, do CPC.
De acordo com Marcus Vinicius Rios Gonçalves (2016, p. 975), “A penhora é ato de constrição que tem por fim individualizar os bens do patrimônio do devedor que ficarão afetados ao pagamento do débito e que serão executados oportunamente.” 
Portanto, esse instrumento é uma maneira de restringir a venda ou a transferência de ativos financeiros, como maneira de garantir o pagamento do inadimplemento devido ao credor.
Vale disse que os horarias sucumbenciais são devidos pela parte perdedora e fixados pelo juízo na sentença, são gerados em todas as situações processuais, que ocorrerá nas etapas de reconvenção, na execução resistida ou não, cumulativamente, nos recursos interpostos, sendo cabível também no cumprimento de sentença, conforme art. 85, § 1º do Código de ProcessoCivil:
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
Assim, a sentença fixou honorários no percentual de 20% em cima do valor da condenação, que equivale ao valor de R$ 3.290,37 (três mil duzentos e noventa reais e trinta e sete centavos) do valor total da condenação.
Por fim, caso o requerido não efetue o pagamento devido voluntariamente, que seja expedido, desde logo, mandado de penhora das contas bancárias, assegurado no art. 523, § 3º do CPC/2015, pois o requerido é uma instituição financeira, que possui ativos suficientes para realizar o pagamento ao autor.
3- DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer ao juízo:
A) Requer a intimação do requerido, para efetuar o pagamento do quantum demonstrado, no prazo de 15 dias, sob pena de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação, na forma do art.523 do CPC;
B) Caso não ocorra o pagamento voluntário no prazo de 15 dias, requer acréscimo de multa de 10%, com fulcro no art. 523, § 1º, do CPC;
C) A condenação dos honorários sucumbenciais fixados na sentença pelo juízo, em 20% sobre o valor atualizado da condenação, conforme o art. 85, § 1º do Código de Processo Civil;
D) Que seja expedido o mandado de penhora das contas, com base no art. 523, § 3º do CPC.
4- DAS PROVAS 
A produção dos meios de prova em direito admitidos, especialmente pelos documentos colacionado, os meios perícias, bem como depoimento pessoal das partes, oitivas de testemunhas, para provar o alegado, com base no art. 369 do Código de Processo Civil.
Dá-se o valor a causa de R$ 19.742,23 (dezenove mil setecentos e quarenta e dois reais e vinte e três centavos).
Nestes termos, pede e espera o deferimento
Local…, Data…
Advogado(a)…
OAB/UF…

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