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SISTEMA CARDIOVASCULAR CICLO CARDÍACO: refere-se ao processo de contrações repetitivas que começam com o início da contração do músculo cardíaco e termina com o início da contração seguinte. As alterações de pressão movimentam o sangue de áreas de maior pressão para áreas de baixa pressão. • Duração normal: 0,7 - 0,8 segundos (depende da capacidade contrátil do músculo cardíaco e da integridade funcional do sistema de condução • Sístole: contração • Diástole: dilatação Períodos do ciclo: começa quando o nó AS gera um potencial de ação (despolarização), que estimula a contração atrial • No início: átrio e ventrículos relaxados, valvas AV abertas e válvulas semilunares fechadas → Enchimento ventricular ativo: início do ciclo (nó AS) • Contração dos átrios → bomba de escorva: durante o último terço da diástole ventricular • Pressão atrial >>> pressão ventricular • Passagem de mais sangue para os ventrículos → Contração isovolumétrica: o potencial de ação passa pelo nó AV, desce pelo feixe AV, pelas ramificações do feixe AV e pelas fibras de Purkinge • Contração dos ventrículos: aumento da pressão ventricular • Fluxo de sangue de volta aos átrios → fechamento de todas as valvas → sangue não sai dos ventrículos • Volume diastólico final: 120 – 130 mL de sangue → não muda durante esse período → Período de ejeção: contração ventricular continua... • Pressões ventriculares >>> pressão no tronco da artéria pulmonar e na aorta • Válvulas semilunares são forcadas a abrir • Sangue flui dos ventrículos para as artérias • Pressão ventricular esquerda sobe até cerca de 120 mmHg → válvula semilunar aórtica abre com pressão ventricular de 80 mmHg (circulação sistêmica) • pressão ventricular direita aumenta até cerca de 25 mmHg → válvula semilunar pulmonar abre com pressão ventricular de 8mmHg (circulação pulmonar) → relaxamento isovolumétrico: diástole ventricular (repolarização) • relaxamento dos ventrículos → pressão ventricular cai abaixo das pressões no tronco das artérias pulmonar e aorta • sangue começa a fluir de volta → fechamento das válvulas semilunares • todas as válvulas fechadas → nenhum sangue fluir para os ventrículos • volume ventricular permanece constante pois todas as válvulas estão fechadas → Enchimento ventricular passivo: diástole ventricular – valvas AV se abrem • O sangue se move para os átrios (seja pelas veias cavas ou pelas veias pulmonares) → primeiro terço da diástole ventricular • Parte desse volume se move passivamente aos ventrículos devido a abertura das valvas AV e também devido a pressão atrial, que é ligeiramente maior do que a pressão ventricular • Ventrículos quase cheios: cerca de 70% do volume diastólico final • Sem esforço físico: átrios funcionam como reservatório Sons cardíacos: sons produzidos pelas contrações do coração → bulhas → 1ª bulha: som de baixa frequência (‘’lubb’’) • Causado pela vibração das valvas atrioventriculares e pela circulação de fluido nas valvas fechadas com o início da sístole ventricular • Sibilo (som) imediatamente após essa bulha: valva tricúspide ou bicúspide incompetente → regurgitação de sangue → 2ª bulha: som mais agudo (‘’dupp’’) • Fechamento das válvulas semilunares aórtica e pulmonar, no início da diástole ventricular • Sibilo (som) imediatamente após essa bulha: válvulas semilunares incompetentes → regurgitação de sangue → 3ª bulha: pode ser ouvida em pessoas saudáveis, magras e jovens • Causada pelo fluxo sanguíneo turbulento em direção aos ventrículos • Pode ser detectada perto do fim do primeiro terço da diástole ventricular Curva de pressão aórtica: as mensurações da pressão arterial realizadas para fins clínicos refletem as mudanças de pressão que ocorrem na aorta, e não no ventrículo esquerdo • A pressão aórtica em adultas jovens em repouso oscila entre 120 mmHg (sístole) e 80mmHG (diástole) ELETROFISIOLOGIA DO CORAÇÃO: depende da despolarização ordenada das células cardíacas. A ativação elétrica ordenada se da pela propagação, em sequência, de potenciais de ação despolarizantes. • O batimento cardíaco tem inicio no nó sinoatrial, com um potencial de ação gerado de maneira espontânea • Nó sinoatrial → nó atrioventricular → feixe atrioventricular → feixe de His → fibras de Purkinge • Distribuição da onda de despolarização – impulso cardíaco – em todo miocárdio Potenciais de ação: são gerados por despolarização e seguidos por repolarização em direção ao potencial de repouso da membrana • São gerados por alterações na função de canais iônicos de membrana e, consequentemente, por alterações na permeabilidade da membrana plasmática que produzem os potenciais de ação. • Demoram cerca de 200 – 500 ms • Fase de despolarização → fase de repolarização precoce → fase de platô (repolarização lenta) → fase de repolarização final • Membrana polarizada (valor de repouso): mais íons positivos do lado externo do que do lado interno → bomba sódio-potássio (3 Na+ pra fora em troca de 2 K+ pra dentro) → Despolarização: resultado de alterações na permeabilidade da membrana para o Na+, K+ e Ca+2 • Adição de carga positiva no interior da célula Infarto do miocárdio: falta de fluxo sanguíneo a uma parte do músculo cardíaco → falta de oxigênio → morte celular. Varia em gravidade, dependendo da quantidade de músculo cardíaco e da parte do coração que é afetada. A causa mais comum de infarto é a formação de trombos, levando ao bloqueio de uma artéria coronária. • Abertura de canais de Na+ dependentes de voltagem: início da fase de despolarização → o Na+ difunde-se para dentro da célula (até uma voltagem de 20 mV) • O movimento de K+ é diretamente responsável pelo estabelecimento do potencial de repouso → com a despolarização, os canais se fecham → diminuição da permeabilidade da membrana a esse íon • Abertura lenta dos canais de Ca+2 dependentes de voltagem (abrem e fecham mais lentamente) → Repolarização inicial (precoce): saída de carga positiva da célula para o meio extracelular • Canais de Na+ se fecham → a entrada desse íon diminui • Alguns canais de Ca+ se fecham • Pequeno número de canais de K+ se abrem → alguns íons se dirigem para o meio extracelular → Fase de platô: • Canais de Ca+ estão abertos → movimento de entrada de Ca+ e de Na+ • Neutralização da mudança de potencial criada pela saída de K+ → Repolarização final: íons positivos saem da célula • Fechamento dos canais de Ca+ → para de entrar na célula • Abertura dos canais de K+ → difusão para o meio extracelular • Canais de Na+ já estão fechados → para de entrar na célula • Essas alterações levam a membrana ao valor de repouso Eletrocardiograma (ECG): é o registro da atividade elétrica do coração (somatório de todos os potenciais de ação transmitidos pelas células musculares cardíacas em determinado momento) • Muito valiosa para o diagnostico de uma serie de anormalidade no ritmo cardíaco e outra anormalidades • Indolor, de fácil realização e não invasiva • Análise de frequência cardíaca e dos ritmos cardíacos anormais, informações sobre as vias de condução anormais, hipertrofia ou atrofia do coração e localização aproximada de lesões cardíacas → Onda P: resultado dos potenciais de ação que causam a despolarização do miocárdio atrial • Sinaliza o início da contração atrial → Ondas Q, R e S: composto por 3 ondas individuais • Resulta da despolarização ventricular → sinaliza o início da contração dos ventrículos → Onda T: precede o relaxamento ventricular • Representa a repolarizacao dos ventrículos → sinaliza a diástole ventricular Bloqueadores de canais de cálcio → impedem a entrada de Ca+2 na célula → retardam a geração do potencial marca-passo → reduzem a frequência cardíaca → tratamento de taquicardias e arritmias Adrenalina e noradrenalina→ abrem os canais de Ca+2 → aumentam a frequência e força cardíaca REGULAÇAO NERVOSA DA FUNÇÃO CARDÍACA: para manter a homeostase, o volume de sangue bombeado pelo coração tem que variar. Portanto, existem mecanismo de regulação intrínsecos e extrínsecos (neural e hormonal) Regulação intrínseca: depende da manutenção das características funcionais normais do coração. Opera tanto com o órgão na caixa torácica, quanto com o coração isolado, removido e mantido fora do corpo • Conhecida como mecanismo de Frank-Starling • Maior distensão do miocárdio → maior força de contração → mais sangue bombeado • Força de contração esta relacionada com o grau de estiramento das fibras musculares cardíacas • Retorno venoso alto → aumento do volume diastólico final → estiramento das paredes ventriculares → aumento da pré-carga (pressão no ventrículo esquerdo necessária para vencer a pressão na aorta) → aumento do débito cardíaco Regulação extrínseca: envolve um sistema de controle neural e hormonal • Mantem a pressão arterial, os níveis de oxigênio, os níveis de dióxido de carbono e o pH sanguíneo normal → Controle neural: depende do sistema nervoso simpático e parassimpático • No coração, há fibras tanto simpáticas quanto parassimpáticas, mas a influência simpática é maior • Controle parassimpático: influência inibitória sobre o coração → redução da frequência cardíaca ∙ Nervo vago: as fibras pré-ganglionares se estendem do tronco encefálico para os gânglios terminais dentro das paredes do coração → as fibras pós-ganglionares estendem-se dos gânglios diretamente para o nó AS, nó AV, coronárias e para o miocárdio atrial ∙ Repouso → inibição da atividade cardíaca ∙ Exercício físico: inibição parassimpática ∙ Exerce pouco efeito sobre o volume de ejeção ∙ Neurotransmissor: acetilcolina ∙ Receptor colinérgico do tipo muscarínico ∙ Acetilcolina → aumenta a permeabilidade das membranas plasmáticas cardíacas ao K+ → hiperpolarização da membrana → aumenta-se o tempo para a despolarização e para a geração do potencial de ação → frequência cardíaca diminui • Controle simpático: aumenta tanta a frequência cardíaca quanto a força de contração ∙ Fibras pré-ganglionares se originam na região torácica da medula espinal → sinapse no gânglio cervical e na cadeia simpática torácica superior → nervos pós-ganglionares (cardíacos) → inervam o nó AS, o nó AV e o miocárdio atrial e ventricular ∙ Aumento na força de contração → aumento do volume de ejeção ∙ Neurotransmissor: noradrenalina → receptor: adrenérgicos beta ∙ Constrição das artérias coronárias → Controle hormonal: influenciado pela adrenalina e noradrenalina liberadas pela medula da suprarrenal • Atividade física/excitação emocional → estimulação simpática → secreção de adrenalina e noradrenalina • Esses hormônios são carregados pelo sangue (coronárias), em direção as células cardíacas, onde se ligam a receptores beta adrenérgicos
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