Buscar

Resumo AV1 - Principais Patologias de Neonatos Ruminantes - Clínica Médica de Grandes Animais

Prévia do material em texto

TATHIELY COSTA 1 
 
 
 
 
Colostro 
 •O colostro é a primeira secreção produzida pela 
glândula mamária após o período seco e é fonte de 
imunoglobulinas, nutrientes, hormônios e fatores de 
crescimento 
 
 •Cronômetro (20 a 25°C) e refratômetro 
↓Qualidade (vermelho) quando Ig < 20 mg/mL 
Moderado (amarelo) para o intervalo de 20 – 50 mg 
Excelente (verde) para valores de Ig maiores que 50 
mg/Ml 
 
 •Refratômetro de proteína sérica 
- 5,5 g/dL: suscesso na transferência de imunidade 
- 5,0 – 5,4 g/dL: transferências de imunidade passiva 
moderada 
- 5,0 g/dL: falha na transferência de imunidade 
passiva 
 
Onfalites, onfaloflebite e 
onfaloarterite 
 
Etiologia 
 •Contaminação do umbigo originaria de ambientes 
contaminados, má absorção de imunoglobulinas, ou 
seja, quando a imunidade do bezerro se encontra 
baixa devidos os fatores citados 
 
 
 
Agentes etiológicos 
 •Staphylococcus spp., Streptococcus spp., 
Actinomyces pyogenes, Escherichia coli e Proteus spp. 
 
Profilaxia 
 •A desinfecção do cordão umbilical e do ambiente 
 •Administração do colostro de forma correta e em 
concentrações corretas para o bezerro 
 •Imunização e nutrição pré-parto da mãe 
 
Tratamento 
 •Penicilina G 10.000 a 15.000 UI/kg, podendo 
associar Gentamicina 2mg/kg a 4mg/kg 
 essa associação ocorre devido sua 
potencialização, uma favorece a ação da outra 
 
Persistência do úraco 
 •No úraco persistente, também conhecido como 
úraco patente, não ocorre a oclusão do mesmo, o que 
promove um coto umbilical sempre úmido ou o 
gotejamento de urina através do umbigo 
 •Pode ocorrer de forma primaria/congênita ou 
secundaria/adquirida às infecções, sendo mais 
prevalente em potros do que em bezerros 
 •Também pode ocorrer de forma total ou parcial, 
com ou sem ruptura do úraco, sendo mais rara em 
animais adultos 
 
 
 
Principais patologias de neonatos 
 
TATHIELY COSTA 2 
 
 •Algumas causas do úraco não conseguir regredir 
completamente são o rompimento precoce do cordão 
umbilical 
 •Partos prematuras 
 •Predisposição genética do feto 
 •Inflamação e/ou infecção umbilical 
 •Excessiva manipulação física do neonato 
Diagnostico 
 •Exame clinico (inspeção física geral, palpação na 
região onde tem aumento de volume, presença de 
umidade, eliminação de urina pela região) 
 
Profilaxia 
 •Cura do umbigo 
 •Nutrição adequada da mãe (muitas vezes a mãe 
terá parto prematuro devido à má condição 
nutricional) 
 
Tratamento 
Se dar a partir da gravidade da doença 
 •Se estiver uma infecção: administração de iodo a 
10% ou uso de nitrato de prata dentro do canal do 
uraco para que assim ocorra o seu fechamento 
 •Se existir comprometimento de umbigo, 
inflamação de veia o tratamento é cirúrgico 
 
Diarreia em bezerros 
 •É uma doença multifatorial, resultante da interação 
entre o bezerro, ambiente, nutrição e os agentes 
infecciosos 
 •A doença engloba toxinas bacterianas, inflamações 
induzidas por parasitas ou bactérias, atrofia e 
vilosidades intestinais determinadas pela ação viral ou 
de protozoários 
 •Essas condições determinam uma hipersecreção 
intestinal e má absorção e digestão, que tem como 
resultado a diarreia 
 
A infecção ocorre na maioria das vezes por contato 
com fezes de animas infectados, como por baldes de 
uso comum ou qualquer objeto inanimado sujo com 
fezes e camas mal manejadas, currais sujos, 
superlotação em potreiros de parição e até contato 
com pele do períneo e do úbere da vaca 
Os animais infectados são reservatórios e através das 
fezes realizarem sua disseminação 
Um animal infectado serve como agente 
multiplicador, pis tem contato com um número 
pequeno de bactérias e elimina muito mais do que 
teve contato, sendo os bezerros diarreicos os mais 
extremos multiplicadores 
 
Etiologia 
Fatores predisponentes para diarreia: 
 •Hipogamaglobulinemia, causado por deficiência em 
ingestão de colostro 
 •Alta lotação e método de criação 
 •Fatores meteorológicos, como alta umidade 
 •Má ventilação e acesso ao sol 
 •Qualidade de dieta 
 
Agente etiológico 
 •Os principais agentes que estão envolvidos podem 
ser bactérias Escherichia coli, Salmonella spp, 
Clostridium perfringens), vírus (coronavírus e 
rotavírus) ou protozoários (Cryptosporidium sp. e 
Eimeria spp.) 
 •Podendo estes agentes causarem infecção juntos 
ou isolados, sendo primeira situação de maior 
ocorrência 
 •Quando causada por bactéria acomete bezerros de 
45 dias de vida (mas pode ser a partir do primeiro 
dia também). Rotavirus e E. cole e Coranavirus a partir 
do segundo, terceiro dia ou até um mês de vida. 
Cryptosporidium e Eimeria até seis meses de idade. 
 
 
 
TATHIELY COSTA 3 
 
Patogenia 
 •A destruição das células epiteliais do intestino 
favorece a perda de líquidos da corrente sanguínea 
para luz intestinal por diferença de osmolaridade, 
assim ocorrendo a diarreia e a consequente 
desidratação do animal, sendo que os animais jovens 
tem maior percentagem de liquido extracelular, sendo 
assim mais grave do déficit hídrico para essa 
categoria 
Existem três mecanismos de modificação de absorção 
e secreção que envolvem a alteração da função da 
mucosa do sistema digestivo 
 •Primeira: é a hipersecreção passiva, causada por 
fatores hemodinâmicos, inflamação ou por 
substancias osmótico-ativas, como lactose mal 
digerida, causando diarreia nutricional 
 •Segunda: é a hipersecreção ativa, causada por 
toxinas bacterianas oriundas de E coli e Salmonella 
spp. 
 •Terceira: redução da absorção e reabsorção de 
água e eletrólitos, normalmente causada por corona e 
rotavírus 
 em geral as modificações do metabolismo 
e do equilíbrio acido-basico são decorrentes das 
perdas de eletrólitos, como ions sódio (hiponametria), 
cloro (hipocloremia) e potássio, que em particular 
cursa com hipercalemia. As perdas mais severas 
conduzem a progressiva hipovolemia e 
hemoconcentracao, a hipoglicemia frequentemente 
ocorre casos severos de diarreia, devido ao aumento 
do catabolismo, além de se desenvolver desvio do 
equilíbrio-ácido-básico, com manifestação de acidose 
metabólica. 
 
Diagnostico 
 •É um pouco complicado pois nem sempre se 
espera para confirmar o diagnostico 
 •O tratamento é iniciado de imediato devido o risco 
que o animal tem de evoluir para a morte 
 •Deve-se observar o estado clinico do animal, se o 
prognostico é favorável ou não 
 •O diagnóstico é feito através da análise 
microscópica das fezes (Cryptosporidium ou Eimeria) 
Pode ser feito também algum tipo de cultura ou DNA 
desses microrganismos 
 
E.. cole – fezes bem fétidas e muito fermentadas 
formando bolhas e/ou espumas (bem amareladas) 
Salmonela – normalmente observa-se bastante 
coagulo de leite junto das fezes e o cheiro fétido 
(bem amareladas) 
Coronavirus e Rotavirus – observa-se presença de 
muito muco oriundo do intestino 
Eimeria – pode apresentar o aparecimento de sangue 
 
Profilaxia 
 •Limpeza do ambiente 
 •Cura do umbigo 
 •Boa quantidade ingerida de colostro pelo bezerro 
 
Tratamento 
 •Se dá através do uso de antibióticos e terapia de 
suporte 
 •Antibióticos: Faz a associação de Sulfa com 
Trimetropim na dose de 22mg /kg ao dia e o 
tratamento dura em media 5 dias. Enrofloxacino 
2,2mg/kg dependendo da evolução pode ser de 12/12 
horas e 24/24 perdurando por volta também de 3 a 5 
dias 
 •Terapia suporte: fluidoterapia para restabeler o 
equilíbrio eletrolítico 
 •Para alguns autores o ideal é fazer a retirada do 
leite porque o leite também causa fermentação 
dentro do intestino, pois esse animal vai e estar 
impossibilitado de ingerir por causa da infecção 
causada na mucosa intestinal não conseguindo digerir 
e absorver os nutrientes do leite e isso acaba 
causando sua fermentação (tirar o leite do animal 
administrando só água) 
 •A nutrição do bezerro o ideal é fazer pela via 
parenteral e por via enteral administração sóde 
líquidos, fluidos, para a estimulação do intestino

Continue navegando