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Crenças - Central e Intermediária - e Distorções Cognitivas

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São nossas ideias e conceitos mais enraizados e 
fundamentais sobre nós mesmos, as pessoas e o 
mundo. 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 
 
 
 
 
 Conceitualização 
A TCC possui três características que são comuns 
em todas as suas abordagens: 
① A atividade cognitiva influencia o comporta-
mento; 
② A atividade cognitiva pode ser monitorada e 
alterada; 
③ O comportamento desejado pode ser influen-
ciado mediante a mudança cognitiva. 
 
Também possui duas premissas básicas: 
“Um fato/evento pode gerar diferentes formas 
de sentir, mas não é o fato em si que gera as emoções 
e comportamentos e sim o que pensamos sobre ele.” 
 “O objetivo da TCC é corrigir as distorções 
cognitivas” 
Há vários fatores que participam da formação das 
crenças e dos pressupostos que vão determinar quais 
eventos da nossa vida irão acionar reações mal adapta-
tivas, como os genéticos, ambientais, culturais, físicos, 
familiares, de desenvolvimento e personalidade. 
Todos nós temos crenças e pressupostos positivos 
e negativos, mas, normalmente, quando falamos nesses 
conceitos, nos referimos aos disfuncionais. 
 
 Crenças Centrais (ou nucleares) 
 
 
 
 
Independente das situações, o modo de pensar vai 
ser um que seja condizente com as crenças. 
Elas vão se construindo a partir das primeiras expe-
riencias de aprendizagem e vão se moldando ao longo 
da vida. É o que explica o funcionamento do sujeito, 
nossa percepção, interpretação dos fatos, formadas 
pela nossa interação com o mundo, com outras pes-
soas, pela educação e pelo modelo que se tem na in-
fância e etc. Com relação as crenças disfuncionais, se 
não houver nenhuma ação para corrigi-las, elas se tor-
nam cristalizadas como verdades absolutas. 
As crenças centrais disfuncionais podem ser de três 
tipos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Desamparo 
A A pessoa tem certeza que vai ser abando-
nada/deixada/solitária; 
A Remete a condições de fragilidade, impotência, 
lidar com situações, vulnerabilidade e carência; 
A Está vinculada a ideia de falta de apoio e su-
porte de vida 
 
 Desamor 
A A pessoa tem certeza que será rejeitada; 
A Remete a não ser digno de ser amado, dese-
jado ou querido por outras pessoas; 
A Vinculado a ideia de falta de merecimento e 
atributos em si para despertar afeto nas outras 
pessoas. 
 
 Desvalor 
A A pessoa acredita ser inaceitável, incapaz, falho, 
sem valor algum; 
A Se refere a condições de incapacidade, incom-
petência e ausência de valores morais; 
A Vinculadas a ideia de desvalorização das pró-
prias habilidades enquanto pessoa. 
 
 
 
Também temos crenças disfuncionais sobre outras 
pessoas (ex. as pessoas são más e traiçoeiras) e sobre 
o mundo (ex. o mundo é injusto e perigoso). 
Elas tendem a permanecer latentes o tempo, de 
forma inconsciente, porém podem ser ativadas por al-
gum fato, evento e/ou transtorno emocional. Quando 
ativadas, as informações processadas tornam-se ten-
denciosas e o sujeito só leva em conta aquilo que con-
firme a sua crença, desconsiderando informações con-
trárias. Quando passa esse período – seja pela corre-
ção da crença ou pela suspensão do evento (ex. pes-
soa que foi despedida e depois arranja outro emprego) 
– ela vota a ficar em estado de latência e só ressurge 
quando situações parecidas ocorrem. 
 
 
 
 
 
Existe uma crença central mais forte, chamada 
crença primária, e outras menos evidentes chama-
das crenças secundárias 
São pensamentos distorcidos que podemos ter 
quando interpretando o mundo pelas nossas cren-
ças e analisamos as coisas fora da realidade. 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 Crenças intermediárias 
 
 
 
Essas crenças pressupõem que desde que deter-
minadas regras, normas e atitudes sejam cumpridas 
não há problemas e o indivíduo se mantém estável e 
produtivo, porém se os pressupostos não estão sendo 
cumpridos o indivíduo se torna vulnerável ao transtorno 
emocional quando as crenças centrais são ativadas. 
 
 Estratégias Compensatórias 
Essas crenças utilizam de estratégias compensató-
rias, que são comportamentos que o indivíduo tem para 
tentar lidar com suas crenças centrais, crenças disfun-
cionais, mas que acabam confirmando e reforçando 
elas. 
 Ex. um individuo com a CC “sou inca-
paz de ser amado”, o pressuposto “é 
muito perigoso interagir com as pes-
soas” e a regra “para não ter proble-
mas, não devo interagir com as pes-
soas”, sua estratégia compensatória 
provavelmente será não se expor a 
situações que a interação social seja 
necessária. 
 
 Distorções cognitivas 
 
 
 
 
Elas podem se sobressair, então o indivíduo pode 
ter mais de uma distorção na mesma situação, mas 
existem uma distorção ligada a crenças principal. A me-
dida em que a pessoa aprende a identificar suas distor-
ções, é trabalhado respostas alternativas para ir contra 
o impacto negativo que elas causam. 
 
 Rotulagem 
A Quando colocamos um rotulo fixo, global e ge-
ralmente negativo em mim e nos outros; 
A Ex: ao invés de pensarem “não sei nadar, mas 
logo eu aprendo”, pensam “sou burro, não sei 
nadar”. 
 
 Personalização 
A A pessoa se sente culpada por algo ter dado 
errado, mesmo não sendo a única participante 
do evento ou pior, mesmo não presenciando 
o acontecimento; 
A Ex: Quando uma pessoa morre em um aci-
dente de carro e a outra acha que a culpa foi 
sua porque se tivesse falado para a pessoa ir a 
pé, isso não teria acontecido. 
 
 Supergeneralizações 
A Essas são comuns e uma das mais fáceis de 
identificar; 
A Pega casos isolados e generaliza, tomando isso 
como padrão negativo; 
A Pensamentos como “nunca irei me casar” ou 
“nunca consigo terminar de fazer X ou Y”. 
 
 Ampliação (maximização) e minimização 
A A maximização acontece quando aumentamos 
nossos erros e maximizamos os acertos dos 
outros. 
A A minimização é o oposto, ou seja, quando mi-
nimizamos nossos acertos e diminuímos os er-
ros dos demais. 
A É quando pensamos “mesmo se eu tive todos 
esses acertos, isso não importa mais. O que 
importa é que o erro que cometi agora não 
tem como arrumar”. 
 
 Pensamento dicotômico 
A Essa distorção consiste em valorizar ao má-
ximo certos acontecimentos sem analisar as-
pectos que influenciam. 
A Pensamento do tipo tudo ou nada/ preto ou 
branco/ polarizado 
A Ex: “Se esse livro que eu escrevi não ficar bom 
e ter boas vendas, meu esforço terá sido em 
vão”. Ou quando uma pessoa reprova em al-
guma disciplina e pensa ser muito burra. 
 
 Raciocínio emocional 
A Baseia tudo através das emoções e deixa elas 
guiarem atitudes e julgamentos; 
A Ex: Se uma pessoa se sente incompetente, ela 
tende a achar ser incompetente. Quando se 
sente triste, acredita que sua vida é triste. É a 
regra do “se eu me sinto de determinado jeito, 
é porque minha vida deve ser assim” 
 
 Afirmações do tipo “deveria/tenho que” 
A É quando dizemos “deveria ter feito x”, “devo 
fazer y”, “tenho que fazer x e y..”; 
A Digo a mim mesmo que os acontecimentos, os 
comportamentos das pessoas e minhas pró-
prias atitudes deveriam ser da forma que es-
pero e não como realmente são; 
A Foca muito no passado ou no futuro, não vi-
vendo o presente. 
 
São regras, padrões, normas, premissas e atitudes 
que adotamos e que guiam a nossa conduta. É a 
forma de lidar com as crenças centrais. 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 Leitura mental 
A Ocorre quando se acredita que conhece os 
pensamentos e intensões das pessoas (ou que 
elas conhecem os meus) mesmo não havendo 
evidências que comprovem o pensamento; 
A Ex: “Fulano olhou para mim e riu para sua na-
morada porque não gosta de mim e fica fa-
lando mal de mim”, ou então “Ciclana só está 
comigo porque tem pena de mim”. 
 
 Previsão do futuro/ Catastrofização 
A Quando fazemos previsões do futuro em ter-
mos negativos; 
A Quando achamos que o pior está semprepor 
vir; 
A Pode estar presente em transtornos de ansie-
dade; 
A Ex: “não vão gostar de mim”, “não vou passar 
na prova/entrevista de emprego”, “duvido que 
eu consiga fazer x e y”, etc. 
A Ex: “não vou andar de Cruzeiro porque vai 
afundar”, “meu marido não me responde por-
que foi assaltado” e “nunca mais vou conseguir 
encontrar alguém que queira ser meu amigo” 
são exemplos dessa distorção. 
 
 Culpabilização – Vitimização 
A Quando culpamos os outros por algum acon-
tecimento ou por todos os problemas que en-
frenta, nossas falhas e erros são sempre culpa 
de alguém; 
A Quando tudo é culpa do outro e nos tornamos 
a vitima da situação; 
A Ex: “não consegui X por causa de Fulano” ou 
“eu não consigo fazer Y porque tem muita 
gente que quer me ver falhar” são exemplos 
comuns. 
 
 Comparações injustas 
A Quando fazemos comparações injustas, sem 
levar em consideração vários fatores que influ-
enciam, como: formação, condição social, habi-
lidades e personalidade de cada um; 
A Quando fazemos comparações com outras 
pessoas que parecem se sair melhor do que 
eu e me coloco em posição de desvantagem; 
A Ex: “Fulano tem mais dinheiro que eu”, “Ciclano 
viajou o mundo e eu não” e outras do mesmo 
estilo. 
 
 
 Conclusões precipitadas 
A Tirar conclusões (positivas ou negativas) a par-
tir de poucas evidencias; 
A Pode estar atrelado à catrastrofização e sup-
pergeneralização 
A Ex: Seu olhar parecia suspeito, logo conclui que 
ele foi o responsável pelo acidente. 
 
 Desqualificação dos aspectos positivos 
A Desqualifico e desvalorizo as experiências e 
acontecimentos positivos insistindo que eles 
não são importantes; 
A Não é um foco no negativo, é uma justificativa 
para desqualificar o positivo; 
A Ex: Fui aprovado na prova, mas foi apenas 
sorte. 
 
 Abstração seletiva/ Filtro Mental/ Visão em 
Túnel 
A Um aspecto de uma situação complexa é o 
foco da atenção, enquanto outros aspectos re-
levantes da situação são ignorados; 
A Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de 
toda uma situação é realçada, enquanto todo o 
restante positivo não é percebido; 
A Ex: “Miguel apontou um erro em meu trabalho. 
Então, posso ser despedido.” (Não conside-
rando o retorno positivo de Miguel.). 
 
 E se? 
A Focar o evento naquilo que poderia ter sido e 
não foi; 
A Culpar-se pelas escolhas do passado e questio-
nar-se por escolhas futuras; 
A Fico me fazendo perguntas do tipo “e se acon-
tecer alguma coisa?”; 
A Ex: E se o novo emprego não der certo? Se 
eu não tivesse viajado, isso não teria aconte-
cido.

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