Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
“Teoria Social Cognitiva: Bandura e a TSC” é um vídeo integrante da série Teoria Social Cognitiva, desenvolvida pelo projeto Teoria Social Cognitiva e apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O vídeo introduz a teoria psicológica de Albert Bandura e seus principais conceitos. Bandura iniciou sua pesquisa nos anos 50 e continua, até hoje, a desenvolver estudos na área da psicologia. Em 1962, propôs sua primeira teoria, a Teoria da Aprendizagem Social, e continuou a aprimorá-la até 1977, quando propôs a Teoria da Autoeficácia. Por fim, em 1986, Bandura desenvolveu a Teoria Social Cognitiva (TSC), unindo as teorias anteriores aos resultados de suas pesquisas mais recentes. A TSC é uma teoria psicológica contemporânea e em desenvolvimento, que une diferentes conceitos para tentar explicar o pensamento e ação humanos. Em sua teoria, Bandura afirma que o ser humano é dotado de agência, ou seja, tem capacidade de alterar e ser alterado pelo ambiente. Assim, os indivíduos são, ao mesmo tempo, produtos e produtores do meio em que vivem, e formam sua individualidade através da interação entre indivíduo e meio social. A teoria sociocognitiva defende que os indivíduos não necessariamente são um produto automático de suas histórias e ambientes: por serem agentes e produtores, e não só produtos, moldam, manobram e direcionam energia, persistência e atenção para os resultados e objetivos que significam como importantes. Este processo de constituição da individualidade e comportamento por meio da interação mútua entre variáveis pessoais e ambiente denomina-se determinismo recíproco. Citando Bandura, a prof.ª Diana Vieira afirma que as pessoas, através de suas ações, influenciam situações, que, por sua vez, influenciam pensamentos e emoções, que estão por trás das ações e comportamentos – formando a tríade bidirecional comportamento-pessoa-contexto. Esta é a base do conceito de modelagem, que parte do princípio de que aprendemos e desenvolvemos agência por meio da observação social da interação comportamento-pessoa-contexto de outros indivíduos (modelos), o que influencia nosso processo de individualização e nosso comportamento. A exposição a modelos pode gerar efeitos: modelador, inibitório e desinibitório e de facilitação da resposta. O efeito modelador diz respeito a aquisição de novos comportamentos, quando o observador passa a reproduzir os comportamentos do observado. Como exemplo, podemos citar o hábito de comer vegetais, que tende a ser reproduzido pelos filhos que observam os pais o fazendo. Os efeitos inibitórios e desinibitórios estão ligados às consequências prováveis de um comportamento observado; se forem positivas, isso aumenta a chance de reprodução daquele comportamento, ou seja, desinibe-o; se negativas, isso inibe aquele comportamento e reduz as chances de reprodução. Podemos, por exemplo, observar alguém ficar muito rico roubando, mas a provável consequência negativa de ir para a prisão inibe o comportamento de roubar. Por outro lado, a observação de alguém ser reconhecido por ser um grande estudioso desinibe o comportamento de estudar pela possível consequência de reconhecimento social. Por fim, o efeito de facilitação da resposta ocorre quando a situação de observação é facilitadora da emissão de uma resposta. Como exemplo, temos a observação de várias pessoas carregando sacolas de uma determinada loja, o que facilita a ocorrência da resposta de comprar naquela loja. A aprendizagem observacional possui quatro processos: atenção, retenção, produção e motivação ou incentivo. Os processos de atenção compreendem o desenvolvimento de habilidades cognitivas suficientes para a observação e imitação de modelos. Os processos de retenção dizem respeito à memorização de comportamentos para reprodução futura. Os processos de produção são a transformação das representações simbólicas do modelo para nosso próprio comportamento. Os processos motivacionais ou de incentivo envolvem a percepção de que o comportamento do modelo é bem-sucedido e a expectativa de que a aprendizagem e reprodução destes comportamentos tenha a mesma consequência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TEORIA social cognitiva: Bandura e a TSC. Núcleo de Estudos Avançados em Psicologia Cognitiva e Comportamental, Faculdade de Educação, UNICAMP. 22’33”. Disponível em <www.teoriasocialcognitiva.net.br>. Acesso em 6 nov. 2017.
Compartilhar