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Abdome agudo não traumático

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1 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
aul� 1 - image�
Abdome agudo não traumático
Rotina radiológica de abdome
Incidências Raio X simples
•Tórax em ortostase e PA
•Abdome em decúbito dorsal (AP)
•Abdome em ortostase em AP
Quando o paciente não apresenta condições clínicas
para �icar em ortostase, usa-se as incidências de
decúbito lateral direito (DLD) ou decúbito lateral
esquerdo (DLE), com raios horizontais.
➔ DLD é preferível pelo fator de mostrar com
mais facilidade o pneumoperitônio.
*Não é necessário nenhum preparo especí�ico para se
obter uma radiogra�ia simples do abdome, exceto na
pesquisa de cálculos urinários, quando o uso prévio de
laxante e a restrição alimentar podem contribuir para
melhorar a e�icácia do método.
Radiografia simples
Pne����er��ôni�
De�inição - é a presença de gás dentro da cavidade
peritoneal.
Etiologia
A causa mais comum de pneumoperitônio é o
rompimento da parede de uma víscera oca.
•víscera oca perfurada
•úlcera péptica
•intestino isquêmico
•obstrução intestinal
•enterocolite necrosante
•apendicite
•diverticulite
•doença in�lamatória intestinal
•perfuração mecânica
•trauma
•colonoscopia
•corpos estranhos
Características radiográ�icas
Radiogra�ia simples
Radiogra�ia de tórax
Uma radiogra�ia de tórax ereto é provavelmente a
radiogra�ia simples mais sensível para a detecção de
gás intraperitoneal livre. Se um pneumoperitônio de
grande volume estiver presente, ele pode estar
sobreposto a um pulmão normalmente aerado com
marcações pulmonares normais.
Radiogra�ia de tórax ereto
Paciente sentado ereto por 10 minutos (o gás vai
subir para o topo da cavidade peritoneal)
- visto abaixo (delineando) o diafragma
Radiogra�ia abdominal
O gás livre na cavidade peritoneal pode ser detectado
em uma radiogra�ia abdominal. Os sinais criados pelo
ar livre intraperitoneal podem ser divididos por
compartimentos anatômicos em relação ao
pneumoperitônio:
Sinais relacionados ao intestino
✓Sinal de parede dupla (sinal Rigler)
- quando o gás está delineando ambos os lados da
parede intestinal, ou seja, gás dentro do lúmen do
intestino e gás dentro da cavidade peritoneal. É
observado com grandes quantidades de
pneumoperitônio (> 1000 mL).
✓Sinal de triângulo revelador
- A aparência de um triângulo radiotransparente de
gás formado entre três alças intestinais ou entre
duas alças intestinais e a parede abdominal
2 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
Sinais relacionados ao ligamento peritoneal
✓Sinal de ligamento falciforme
- É caracterizado pelo ligamento falciforme ser
contornado com gás abdominal livre nos casos
de pneumoperitônio em grande quantidade.
✓Sinal do ligamento umbilical lateral (sinal de "V"
invertido)
- visualização de uma forma de "V" invertido na
pelve na visão supina de radiogra�ias
abdominais. Representa o gás livre delineando
os ligamentos umbilicais laterais.
✓Sinal de urachus
- representa o contorno do ligamento umbilical
mediano com gás abdominal livre em um
paciente em decúbito dorsal
Sinais do quadrante superior direito
✓Sinal de cúpula
Espera-se que o ar intraperitoneal livre demonstre
movimento com a posição do paciente.
Chi����it�
De�inição - é a interposição do intestino, geralmente
cólon, entre a super�ície inferior do hemidiafragma
direito e a super�ície superior do �ígado.
*Pode ser mal interpretado como um verdadeiro
pneumoperitônio, resultando em investigações e / ou
terapia adicionais desnecessárias (
pseudopneumoperitônio)
- A presença de dor associada, sintomas
respiratórios, sintomas retroesternais,
obstrução ou suboclusão intestinal e atribuída
ao sinal é denominada síndrome de Chilaiditi
Epidemiologia
•Inclui todas as faixas etárias (aumenta nos maiores de
60 anos)
•Mais prevalente no sexo masculino
•Pode estar associado a ascite, cirrose, HAS, apendicite,
anomalias congênitas
Características radiográ�icas
Radiogra�ia simples
3 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
•Gás entre o �ígado e o diafragma
•Haustra dentro do gás sugerindo que está dentro do
intestino e não está livre
Tomogra�ia
Se houver suspeita clínica de perfuração visceral
abdominal e as aparências radiográ�icas simples não
forem claras, a TC abdominal pode ser realizada para
esclarecer se há pneumoperitônio.
A TC pode demonstrar claramente a presença de alças
colônicas interpostas entre o hemidiafragma direito e o
�ígado sem ar livre intraperitoneal.
Abdome agudo inflamatório
Ape���c��e
De�inição - é a in�lamação do apêndice vermiforme.
Epidemiologia
•Mais prevalente em crianças e adultos jovens com um
pico de incidência na 2ª a 3ª décadas de vida.
Apresentação clínica
A apresentação clássica consiste em dor periumbilical
(referida) que mais tarde localiza-se no ponto de
McBurney (FID) com febre, náuseas e vômitos
associados.
*Essa progressão é observada apenas em uma minoria
de casos e não é útil em crianças, que geralmente
apresentam sinais e sintomas vagos e inespecí�icos.
Os sinais e sintomas gerais incluem:
•febre
•dor localizada e sensibilidade
•dor no quadrante inferior direito sobre o apêndice (
sinal de McBurney )
•dor pélvica, diarreia e tenesmo (apêndice pélvico)
•dor no �lanco (apêndice retrocecal)
•dor no quadrante superior direito (apendicite
sub-hepática)
•leucocitose
•náusea e vômito
Escore de Alvarado - escore clínico que pode ser útil
para estrati�icar pacientes de risco.
Patologia
A apendicite é tipicamente causada pela obstrução do
lúmen apendicular, com o acúmulo de líquido
resultante, in�lamação supurativa, infecção secundária,
congestão venosa, isquemia e necrose.
A obstrução pode ser causada por:
•hiperplasia linfóide (60%)
•apendicólito (33%)
•corpos estranhos (4%)
•Doença de Crohn
•Estenose, tumor, parasita
Características radiográ�icas
Um dos maiores desa�ios da imagem do apêndice é
encontrá-lo.
A localização da base do apêndice é relativamente
constante, localizada aproximadamente entre a válvula
ileocecal e o ápice do ceco. Essa relação é mantida
mesmo quando o ceco é móvel.
A localização da ponta do apêndice é muito mais
variável, principalmente porque o comprimento do
apêndice é extenso (2-20 cm). A distribuição de
posições é descrita como:
✓atrás do ceco (retrocecal ascendente): 65%
✓inferior ao ceco (subcecal): 31%
✓atrás do ceco (transverso retrocecal): 2%
✓anterior ao íleo (paracaecal ascendente pré-ileal):
1%
✓posterior ao íleo (retroileal paracaecal ascendente):
0,5%
Radiogra�ia simples
A radiogra�ia simples raramente é capaz de fornecer o
diagnóstico, no entanto, é útil para identi�icar gás livre e
pode mostrar um apendicólito em 7-15% dos casos.
4 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
As radiogra�ias geralmente são feitas em caso de
suspeita de perfuração ou obstrução intestinal.
• Apendicolito
• Alça sentinela: alça hipotônica com nível hidroaéreo
em fossa ilíaca direita
• Obliteração da linha do psoas maior direito
• Inde�inição das margens do músculo psoas direito.
• Pneumoperitônio (incomum)
• Coleções líquidas, especialmente quando perfurada
• Escoliose antálgica (concavidade direita)
*No cenário clínico correto, encontrar um
apendicólito aumenta a probabilidade de apendicite
aguda em até 90%.
Se um �legmão in�lamatório estiver presente, o
deslocamento de gás cecal com espessamento mural
pode ser evidente.
O padrão de obstrução do intestino delgado com
dilatação do intestino delgado e níveis de ar-líquido
está presente em ~ 40% das perfurações
Enema opaco
•Apêndice não preenchido por bário (pode ser um
achado normal em até um terço dos pacientes.)
•Espessamento mural focal da parede medial do ceco.
•Deformidade do ceco e íleo terminal por efeito
compressivo extrínseco (exercido por coleção
extraluminal ou massa in�lamatória).
Ultrassom
Investigação de escolha em pacientes jovens,
pediátricos, mulheres e gestantes
A ultrassonogra�ia é con�iável na identi�icação de
apêndices anormais, especialmente em pacientes
magros
- Limitação: pacientes obesos
A identi�icação de um apêndice normal não descarta
o diagnóstico de apendicite.
Achados
•Apêndice não compressível, espessado(> 7/8 mm de
diâmetro).
•Apendicolito hiperecoico com sombra acústica
posterior
camadas distintas da parede do apêndice
- implica estágio não necrótico (catarral ou
phlegmon)
- perda de estrati�icação da parede com estágios
necróticos (gangrenados)
•Fluido, �legmão, abscesso na fossa ilíaca direita.
•Fluxo aumentado ao Doppler na parede apendicular
- o �luxo vascular pode ser perdido com estágios
necróticos
gordura pericaecal e periapendicular proeminente
ecogênica
aparência do alvo (seção axial)
USG da FID demonstrando uma apêndice cheio de �luido
contendo um apendicolito com sombra acústica posterior.
A USG do quadrante inferior direito demonstra apêndice
aumentado (> 11 mm) com estrutura hiperecóica
periapendicular circundante medindo> 10 mm. Aumento da
vascularização.
*A con�irmação de que a estrutura visualizada é o
apêndice é claramente essencial e requer a
demonstração de sua terminação cega e surgindo da
base do ceco. Identi�icar o íleo terminal com segurança
também é útil.
Tomogra�ia
A TC é a modalidade mais sensível para detectar
apendicite.
Vantagem - permite que causas alternativas de dor
abdominal também sejam diagnosticadas.
*A necessidade de contraste (IV, oral ou ambos) é
discutível.
5 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
Achados
•dilatação apendicular (> 6 mm de diâmetro)
- Não compressível
•espessamento da parede (> 3 mm) e realce
•preenchimento do ori�ício apendicular pelo contraste
positivo, quando administrado contraste luminal
•in�lamação periapendicular
•Hipersinal da gordura adjacente
•Presença do apendicolito
•�luido extraluminal (sugere perfuração)
•phlegmon (massa in�lamatória)
•abscesso
*O não realce da parede focal que representa necrose -
(apendicite gangrenosa) e um precursor da perfuração
Ressonância
Recomendada como modalidade de segunda linha para
suspeita de apendicite aguda em pacientes grávidas.
•T2 + supressão de gordura
Achados
•Distensão e alargamento luminal
•Espessamento da parede
•Líquido livre periapendicular.
Tratamento e prognóstico
O tratamento é a apendicectomia, que pode ser aberta
ou laparoscopicamente.
Complicações
•perfuração : em 10-20% dos casos
- mais especi�icamente sugerido por abscesso
apendicular ou ar extraluminal
•peritonite generalizada devido à perfuração livre
•abscesso hepático
Pontos práticos
✓Na TC, identi�ique primeiro a válvula ileocecal, que
geralmente tem lábios gordurosos, e depois procure
o apêndice mais inferiormente do mesmo lado
✓ > 6 mm de diâmetro externo é uma medida
con�iável para caracterizar a apendicite em todas as
modalidades de imagem
✓A in�lamação pode ser inicialmente limitada à
extremidade distal do apêndice (apendicite da
ponta). É crucial (principalmente com US) avaliar
completamente o apêndice e considerar uma
avaliação mais aprofundada com imagens em corte
transversal se for apenas parcialmente visualizado,
mas o paciente está clinicamente suspeito
✓A apendicectomia anterior não descarta
completamente uma apendicite recorrente do coto,
cujo risco é signi�icativo se o remanescente
apendicular for maior que 5 mm
Col����ti��
De�inição - é a in�lamação aguda da vesícula biliar.
Epidemiologia
•É uma causa comum de internação hospitalar e é
responsável por aproximadamente 3-10% de todos os
pacientes com dor abdominal.
•A colelitíase é o principal fator de risco (95% dos
casos)
- Outros fatores de risco incluem AIDS, uso de
�ibrato e ascaríase.
Apresentação clínica
Dor constante no quadrante superior direito que pode
irradiar para o ombro direito. A dor geralmente
persiste por mais de seis horas, em contraste com a dor
intermitente no quadrante superior direito da cólica
biliar. Náuseas, vômitos e febre também são
freqüentemente relatados.
Classi�icação
✓Colecistite aguda calculosa
✓Colecistite aguda acalculosa
Patologia
Colecistite aguda calculosa - 90-95% dos casos são
devidos a cálculos biliares
6 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
obstrução do colo da vesícula biliar ou ducto cístico pelo
cálculo biliar
⇩
in�lamação por lesão química da mucosa por sais biliares
⇩
produção reativa de muco, levando ao aumento da pressão
intraluminal e distensão
⇩
aumento da distensão luminal restringindo o �luxo
sanguíneo para a parede da vesícula biliar ( hidropsia da
vesícula biliar )
⇩
aumento da espessura da parede de edema e alterações
in�lamatórias
⇩
infecção bacteriana secundária em ~ 66% dos pacientes
Colecistite aguda acalculosa - 5-10% dos casos
É mais frequentemente observada em pacientes
debilitados (doenças cardiovasculares e autoimunes,
diabetes, SIDA, sépsis), muitas vezes em regime de
terapia intensiva e recebendo dieta exclusivamente por
via parenteral.
O diagnóstico clínico é muito di�ícil, pois os pacientes
costumam apresentar diversas comorbidades,
podendo estar sob sedação, ventilação mecânica, etc.
A colecistite aguda alitiásica costuma ter um curso
mais fulminante, podendo progredir rapidamente
para gangrena e perfuração, sendo fundamental o
diagnóstico precoce.
Características radiográ�icas
Ultrassom
A ultrassonogra�ia (US) é a modalidade inicial preferida
na investigação da dor no quadrante superior direito.
É mais sensível que a cintilogra�ia HIDA e a TC no
diagnóstico de colecistite aguda e está mais
prontamente disponível.
Achados
O achado de US mais sensível na colecistite aguda é a
presença de colelitíase em combinação com o sinal de
Murphy ultrassonográ�ico.
Achados menos especí�icos
•Espessamento da parede da vesícula biliar (> 3 mm)
•Líquido pericolecístico
•Distensão da vesícula biliar
•Lama biliar
•Sinal de Murphy ultrassonográ�ico
•Presença de cálculos
- cálculo impactado no infundíbulo vesicular ou
ducto cístico, �ixo às mudanças de decúbito.
•Imagens gasosas intramurais ou intraluminais na
vesícula (colecistite en�isematosa)
Vesícula biliar distendida mostra parede edematosa, cálculos
e lodo com coleção pericole cística.
Colecistite aguda acalculosa
•distensão da vesícula biliar
•espessamento parietal (> 3-4 mm)
•líquido adjacente à vesícula
•bile espessa
•sem cálculos
Cintilogra�ia
A colecintilogra�ia HIDA na colecistite aguda
demonstrará a não visualização da vesícula biliar.
A colecintilogra�ia não é capaz de demonstrar muitas
complicações da colecistite, nem os diagnósticos
alternativos que podem ser encontrados com a
ultrassonogra�ia.
- Portanto, é reservado para a avaliação de casos
ultrassonográ�icos equívocos.
Tomogra�ia
7 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
Indicação - quando a suspeita clínica de colecistite
aguda não é tão evidente.
Vantagem - a TC também permite uma melhor
avaliação de outras patologias ao mesmo tempo
Achados
•cálculos biliares
•parede da vesícula biliar espessada
realce da mucosa
•coleções de �luido pericolecístico
•edema subseroso
•Densi�icação dos planos adjacentes
•distensão da vesícula biliar
•lama
A fase contrastada pode demonstrar alterações
perfusionais no parênquima hepático adjacente ou
densi�icação dos planos gordurosos, devido à
extensão do processo in�lamatório aos tecidos
perivesiculares.
Ressonância
Indicação- Gestantes e pacientes pediátricos.
Tratamento e prognóstico
A remoção cirúrgica urgente da vesícula biliar é para a
doença não complicada.
- Colecistectomia
Complicações
•colecistite gangrenosa (mais comum - 20%)
•perfuração da vesícula biliar (~ 5%)
•abscesso pericolecístico
•�ístula colecistoentérica
•�ístula colecistocutânea
•complicações vasculares (hemorragia da vesícula
biliar , trombose da veia porta , pseudoaneurisma da
artéria cística )
Diagnóstico diferencial
•coledocolitíase
•pancreatite
•úlcera péptica
•hepatite aguda
•absceso hepático
•apendicite sub-hepática
Div����cu����
De�inição - é a presença de múltiplos divertículos.
- Divertículos são pequenas saculações de
mucosa e submucosa que se projetam através
da camada muscular da parede da alça, entre a
teniae coli e o mesentério, no ponto de
penetração do vaso sanguíneo, razão pela qual
têm propensão ao sangramento.
Epidemiologia
•É muito comum em países ocidentalizados e costumaser encontrada em indivíduos mais velhos.
•Aos 40 anos de idade, (5%) da população tem
divertículos; em 60 (30%), aumentando para 50-80%
aos 80 anos
Apresentação clínica
A grande maioria das pessoas com diverticulose é
assintomática. No entanto, como a prevalência é alta, os
divertículos são um motivo comum de apresentação e
internação hospitalar.
Os pacientes queixam- se de dor abdominal
intermitente no lado esquerdo e constipação frequente.
Apresentação sintomáticas da doença diverticular
•diverticulite
•hemorragia gastrointestinal inferior ("hemorragia
diverticular")
Patologia
Os divertículos são quase todos falsos divertículos: a
mucosa herniada através de um defeito na musculatura
e coberta por serosa sobreposta (quando presente).
Acredita-se que estejam relacionados ao aumento da
pressão intraluminal, que pode ser resultado de fezes
de baixo volume. Acredita-se que o aumento da pressão
esteja relacionado à constipação crônica e esforço. O
cólon é encurtado e hipertro�iado.
8 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
•São mais comuns no cólon sigmóide e, em menor
extensão, no cólon descendente .
•Todo o cólon pode ser afetado (mais comum no lado
esquerdo)
*Em pacientes da Ásia, os divertículos do lado direito
são mais comuns e podem ser únicos ou múltiplos.
Características radiográ�icas
Enema baritado
Os enemas de bário com contraste simples e duplo são
capazes de demonstrar divertículos como bolsas
preenchidas com bário.
Ultrassom
Os divertículos podem ser visualizados como bolsas
preenchidas com gás do cólon, especialmente se o uso
de uma sonda de matriz linear for permitido pela
anatomia do paciente.
Tomogra�ia
•Os divertículos são geralmente delineados por gás.
•O cólon pode �icar mais espesso e encurtado.
Tratamento e prognóstico
•A maioria dos pacientes permanece assintomática ao
longo da vida e nenhum tratamento é necessário.
•Uma dieta rica em �ibras pode reduzir a incidência de
divertículos e a taxa de complicações.
*O tratamento geralmente é reservado para
diverticulite ou hemorragia diverticular.
Div����cu����
De�inição - é uma complicação da diverticulose colônica
e uma das apresentações da doença diverticular.
Apresenta-se como a in�lamação e infecção de um ou
mais divertículos.
Epidemiologia
•Mais prevalente em pacientes idosos
•Daqueles com diverticulose, 4% irão desenvolver
diverticulite
Apresentação clínica
•Os sintomas de diverticulite colônica geralmente
começam na fossa ilíaca esquerda com dor persistente
e sensibilidade concomitante.
•A dor é acompanhada por febre , leucocitose e
alteração da evacuação.
•Uma massa mal de�inida também pode ser palpável
representando o �legmão in�lamatório.
A avaliação clínica isolada pode ser insu�iciente no
diagnóstico inicial de diverticulite e a evidência
radiológica de in�lamação é necessária para o
diagnóstico de�initivo.
Patologia
Acredita-se que o desenvolvimento diverticular do
cólon envolva anormalidade da parede intestinal,
aumento da pressão intraluminal e falta de �ibra
alimentar. O cólon sigmóide possui a maior pressão
intraluminal e o calibre mais estreito, sendo, portanto, o
local mais comum de formação de divertículos.
A diverticulite é o resultado da obstrução do colo do
divertículo, com subsequente in�lamação, perfuração e
infecção. As alterações iniciais do �legmão in�lamatório
local podem progredir posteriormente para a formação
de abscesso e peritonite generalizada.
Características radiográ�icas
Ultrassom
9 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
•Os divertículos são caracterizados como uma bolsa
para fora do intestino brilhante mostrando algum grau
de sombra acústica devido à presença de gás ou fezes
inspissadas
•gordura ecogênica e não compressível, sugerindo um
processo in�lamatório dos planos de gordura
circundantes
•parede intestinal espessada (> 4 mm) 4
•presença de coleções organizadas implica abscesso e,
portanto, diverticulite complicada, o que requer
avaliação tomográ�ica adicional
Tomogra�ia
TC é a modalidade de escolha para o diagnóstico e
estadiamento da diverticulite.
•Espessamento parietal do cólon ou do próprio
divertículo;
•Hiperecogenicidade (US) ou densi�icação (TC) da
gordura mesentérica pericolônica;
•Ingurgitamento da vasa recta que nutre o cólon (sinal
da centopeia);
•Espessamento das fáscias retroperitoneais;
•Habitualmente são vistos divertículos nos demais
segmentos colônicos;
•Líquido na raiz do mesocólon;
•Líquido peritoneal livre;
•espessamento segmentar da parede intestinal
•realce da parede do cólon
Perfuração diverticular
•extravasamento de gás e �luido para a pelve e cavidade
peritoneal
•formação de abscesso (visto em até 30% dos casos)
•pode conter �luido, gás ou ambos
formação de �ístula (geralmente uma complicação
crônica)
•gás na bexiga
•visualização direta de um trato �istuloso
Tratamento e prognóstico
O tratamento depende de uma série de fatores,
especialmente comorbidades do paciente e estágio da
doença.
Para doença localizada ( estágio I e II ), o manejo
conservador com antibióticos IV e reidratação
geralmente é su�iciente. Se o primeiro ataque de
diverticulite for tratado com sucesso sem cirurgia, a
maioria dos pacientes não apresenta episódios
adicionais (66-75%). Mas alguns têm vários ataques
repetidos e precisam de cirurgia.
Se o abscesso for grande, a drenagem percutânea sob
TC ou US pode ser bené�ica (bem-sucedida em 70-90%
dos casos).
Complicações
•formação de abscesso
•formação de �ístula
•bexiga: �ístula colovesical
•vagina: �ístula colovaginal
•intestinal: �ístula coloenteric ou �ístula colocolic
•pele: �ístula colocutânea
•obstruções do intestino delgado por aderências ou
•edema da parede do intestino
•perfuração resultando em pneumoperitônio ,
peritonite e sepse
Espessamento mural circunferencial localizado do cólon
sigmóide com coleção adjacente de �luido localizado. Os
divertículos do cólon são observados. A ultrassonogra�ia
con�irma a presença de abscesso pericólico localizado.
Colites
Do�nça d� C���n
10 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
Considerações
•Doença in�lamatória intestinal
•Pode acometer qualquer parte do tubo digestivo,
desde a boca até anus
•Os locais mais comumente acometidos são o íleo
terminal e o cólon ascendente
- Íleo terminal acometido em 95%
- Cólon acometido em 22%-55%
- Intestino delgado e cólon simultaneamente
em 60%
- Reto acometido em 14%-50%
•Não acomete o trato intestinal de forma homogênea,
contínua. É descontínuo (intercala áreas normais de
mucosa e áreas in�lamadas) - Lesões salteadas
- Pode acometer diferentes locais ao mesmo
tempo
•Alterações transmurais (todas as camadas da parede
do intestino)
- Isso explica o espessamento da parede
intestinal, com estreitamento do lúmen
(formação de estenoses), e também explica a
potencialidade para formação de �ístulas para o
mesentério e órgãos contíguos
•Há períodos de remissão e recidiva
•Não possui etiologia conhecida, mas está ligada a
fatores genéticos, ambientais, infecciosos,
imunológicos e psicológicos.
•Apresenta dois picos característicos:
- Primeiro: 15 – 25 anos
- Menor: 50 – 80 anos
Quadro clínico
•Intensa dor abdominal
•Diarreia crônica invasiva
•Febre, anorexia e perda de peso;
•Fístulas
•Massa palpável no quadrante inferior direito;
- Pode representar uma alça intestinal
edemaciada, de diâmetro bastante aumentado,
geralmente dolorosa à palpação, ou um
abscesso intra-abdominal.
•Doença perianal
•A presença de sangue nas fezes é pouco frequente
*Pode ocasionar obstrução do intestino delgado e
grosso
O acometimento extenso e crônico do intestino
delgado geralmente cursa com síndrome
disabsortiva
grave, seguida por desnutrição e debilidade crônica;
Complicações
•Sangramentos
•Obstruções
•Fístulas
•Abcessos
•Estenose
•Megacólon tóxico
•Neoplasias
Achados de imagem
Radiogra�ia
Trânsito intestinal e enema opaco
Alterações precoces Alterações tardias
Hiperplasia linfóide
(elevação da mucosa)
Nodularidade
Úlceras mucosas
Fístulas
Espessamento mural
In�lamação transmural
Áreas normais intercaladas
com segmentos
acometidos;Aspecto de pedra de
calçamento
Perda de haustrações (sinal
do cano de chumbo)
Abscesso intramural
Estreitamento luminal
segmentar (sinal da
corda)
Estenoses
11 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
Fissuras
Estenoses Padrão pedras de calçamento
Úlceras murais Fístulas
Tomogra�ia computadorizada + contraste
É importante para a detecção das complicações
extra colônicas comumente associadas,
especialmente comprometimento inflamatório
mesenterial, abscessos e fístulas.
Sinal do halo (estrati�icação das camadas com
hiperrealce mucoso e hipoatenuação da submucosa)
Sinal do pente (ingurgitamento dos vasos
mesentéricos)
Fístulas e abcessos
Estenoses
Deformidade e encurtamento do cólon
Densi�icação in�lamatória da gordura pericólica
Sinal do halo
Sinal do pente Sinal do cano de chumbo
Ret����it� ���er����a
Considerações
•Doença exclusiva do cólon e reto
•Acomete somente a mucosa (super�icial)
•É tipicamente ascendente e uniforme (contínua)
•Está ligada a fatores genéticos, ambientais, neurais,
hormonais, infecciosos, imunológicos e psicológicos.
- Idiopática
Epidemiologia
Apresenta dois picos de incidência:
- 15 – 25 anos
- 55 - 65 anos
Quadro clínico
•Diarreia invasiva (sangue, muco e pus), que variam de
intensidade e duração e são intercalados por períodos
assintomáticos.
•Diarreia sanguinolenta (frequente)
•Dor abdominal
•Febre (muitas das vezes)
•Sintomas gerais nos casos mais graves
•Náuseas e vômitos
•Tenesmo
•Perda de peso
Início dos sintomas é insidioso (o diagnóstico é feito em
média após 9 meses do início do quadro), com:
•Crescente urgência para defecar (re�letindo a
diminuição da complacência do reto in�lamado)
•Leves cólicas abdominais baixas
•Aparecimento de sangue e muco nas fezes
A doença localiza-se geralmente em:
- Reto - 30%
- Reto até a �lexura hepática (cólon esquerdo)
40%
- Pancolite - 30%
12 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
O reto sempre é envolvido na RCU.
Inflamação
Retossigmóide - fezes estão normais ou endurecidas,
podendo haver constipação.
In�lamação difusa no cólon - fezes tornam-se
amolecidas, e sobrevém diarreia, cólicas intensas e
tenesmo
Geralmente não há pausa à noite, as fezes são
pastosas ou líquidas-pastosas e costumam conter
sangue, muco e pus.
Achados de imagem
Enema opaco e colonoscopia identi�icam alterações
super�iciais da mucosa, não aparentes na TC.
USG
Tomogra�ia
A TC avalia:
•Demais camadas do cólon
•Sinais in�lamatórios agudos
•Alterações in�lamatórias pericolônicas
Alterações precoces Alterações tardias
•Estreitamento colorretal
por espasmo e
irritabilidade
•Espessamento haustral
•Padrão mucoso �inamente
granular por edema e
hiperemia.
•Padrão mucoso pontilhado
devido a erosão de
abscessos das criptas.
•Úlceras em "botão de
camisa".
•Pólipos, Pseudopólipos
in�lamatórios e pseudo
in�lamatórios.
•Encurtamento do cólon.
•Perda das haustrações,
assumindo o aspecto de
"cano de chumbo".
•Ileíte ele re�luxo
(10%-40% dos pacientes):
válvula ileocecal �ixa e
aberta, associada a íleo
distal dilatado e com
padrão granular mucoso.
•Anormalidade valvar retal:
espessamento valvar maior
que 6,5mm.
Perda das haustrações Padrão mucoso granular
13 Imagem│ Mariana Oliveira │UCI XIV
A- Espessamento do reto B- Espessamento da parede
intestinal
Diagnóstico
•Avaliação da história clínica
•Exames das fezes, exame endoscópico e achados
histopatológicos
Tratamento
Medicamentoso
- Corticoides
- Imunossupressores
- Antibióticos
Cirúrgico
- Proctocolectomia com ileostomia
- Colostomia
Apendicite epiplóica (apendagite)
Apêndices epiplóicos são estruturas adiposas
pedunculadas relacionadas com a superfície serosa
do cólon e que se projetam da face externa da alça
para a cavidade peritoneal.
São distribuídos em duas fileiras longitudinais, desde
o ceco até a transição retossigmóide.
Estão sujeitos a torção ou trombose venosa, pois
possuem pedículo estreito, por onde passam um ou
dois ramos arteriais terminais, além de veia tortuosa.
- Podem sofrer torção
Majoritariamente as alterações ocorrem na junção
retossigmóidea (57%), seguida da ileocecal (26%),
cólon ascendente (9%), transverso (6%) e
descendente (2%).
*Os apêndices epiplóicos estão mais localizados
do cólon descendente.
Achados clínicos
•Dor abdominal aguda localizada nos flancos ou
fossas ilíacas; (+ comum do lado esquerdo)
•Não costuma apresentar outros sinais infecciosos:
febre, toxemia, alterações do hábito intestinal ou
leucocitose.
Tratamento: expectante, podendo usar
anti-inflamatórios.
USG
•Nodulação hiperecóica, não compressível,
projetando-se a partir da parede colônica e envolta
por halo hipoecóico;
•Aspecto de massa hipoecóica da gordura pericólica.
Tomogra�ia
•Nodulação paracolônica com densificação da
gordura adjacente (densificação em "dedo de luva”)
•Espessamento/compressão parietal colônica
•Veia trombosada - ponto hiperatenuante no centro
do apêndice epiplóico
•Espessamento do peritônio visceral - realce anelar
em torno do apêndice epiplóico

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