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Análise Morfológica
	Sabemos que a análise morfológica é o estudo da formação das palavras e da classe gramatical dos elementos sem que estes sejam alterados. A Língua Portuguesa é uma das mais complexas de serem escritas e faladas, acrescentamos em nosso vocabulário palavras de outras línguas, e das regiões distintas do país. Além disso, construímos em nosso sistema linguístico novas unidades léxicas e para que possamos estruturar essas palavras semanticamente.
	 Neste estudo de palavras analisaremos os conceitos e aplicação de morfemas que se juntam as palavras, que são os prefixos, sufixos, prefixal, sufixais e parassintéticas, para formarem outras palavras com outros significados, ou seja, derivam da palavra primitiva e podem sofrer além de alterações de significados modificações gramaticais.
	As palavras analisadas neste trabalho foram retiradas da REVISTA ISTO É. 15 de maio de 2019. Ano 42. Nº2576, e comparadas pelos conceitos de Evanildo Cavalcante Bechara e Valter Kehdi.
· Sufixos é um afixo que se adiciona ao final de um radical, ele é o responsável pela criação de outras palavras, as chamadas palavras derivadas. Exemplo: palavra primitiva lamentável (que significa triste, doloroso), acrescenta-se a essa palavra o prefixo – mente – lamentavelmente (merecedor de compaixão)
	As palavras lamentavelmente, principalmente e culturalmente são sufixos e foram retiradas da página nº 8. Essas três palavras que são advérbios, acrescidas do sufixo mente. Segundo Evanildo Bechara, (p.205) em sua obra Moderna Gramática Portuguesa, em relação a esse sufixo ele afirma que “em função de modificar o substantivo principalmente quando é entendido não tanto enquanto substâncias, mas enquanto qualidade que este substantivo apresenta.” Ele ainda destaca que a utilização do sufixo – mente na formação de nominais fica “a meio caminho, fonológico e morfologicamente, da derivação e da composição.”
	Valter Kehdi, (p.7) apresenta a palavra mente, que pode ser empregado de forma livre, como também pode ser empregada como sufixo de adjetivos e advérbios.
	Exemplo: Cultura [palavra primitiva] + Mente [sufixo] = culturalmente
	
· Prefixos, são palavras que sofrem uma modificação morfológica quando se acrescenta os elementos CON-, IN-, e DES-. Assim as palavras internacional (retirada da página 08), incompetência e desnecessária, (ambas retirados da página 24).
	Segundo Bechara (p.338) prefixos são elementos mórficos “que se unem ao início da base, dando um novo significado ao radical. Os prefixos estão semanticamente relacionados com as preposições.” Ele ainda coloca que com menos frequência os prefixos antecedem os substantivos “os que mais ocorrem são, na realidade, deverbais, como em des- empate.”
	Para Kehdi,(p.208) alguns prefixos também podem ser empregados de forma livre como preposições. Exemplo: contra + por = contrapor. Para ele, nem todos os prefixos podem
ser empregados de forma livre, pois dependem do radical para terem significado, por
exemplo, desleal e reler, não existe significado para as formas livres des e re.
	Exemplo: Des [prefixo] + necessária [substantivo feminino] = desnecessária
· Prefixal, é relativo de dois gêneros, feito por meio de derivação. Sendo a derivação prefixal um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva. 
· Sufixal, relativo ou pertencente ao sufixo, ou feito por meio dele, processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva. 
	A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado. 
	Conforme KEHDI (2002, p. 8), a distinção de prefixo e sufixo não é somente quanto à posição dos afixos. Diferentemente dos sufixos, os prefixos só se juntam a adjetivos e verbos, como um tipo de vocábulo ligado ao verbo. 
	Encontramos em Bechara (1972), exemplos de derivação prefixal e sufixal que contemplam a análise aqui estudada: deslealdade, ele considerada que a definição dada de sufixo e prefixo não entram na formação da palavra simultaneamente, ela daria outro sentido a palavra como oposição. Em termos funcionais isso nem sempre ocorre. 
	As palavras aqui selecionadas para análise desestabilização, (página 13), ultraconservadores (página 48) e embaixadores (página 32) são prefixal e sufixal. São primitivas, porém derivam do sufixo e do prefixo e dão outro sentido.
	Exemplo: des [prefixo] + estabilização [palavra primitiva] = desestabilização
· Parassintéticas, este processo ocorre quando há um acréscimo de um prefixo e um sufixo simultaneamente a um radical. As seguintes palavras: anotar, aprofundar e inviabilizar, (foram retiradas da página 13), são exemplos de parassintéticas.
	Em Bechara (p.343) lemos que os afixos mais comuns na formação de palavras parassintéticas na língua portuguesa são os “prefixos es-, a-, em-, e os sufixos -ear, -ejar, ecer, -izar. 
	De acordo com Kehdi, “a derivação parassintética é a adjunção simultânea de um prefixo e de um sufixo e um radical, de forma que a exclusão de um ou de outro, resulta em uma forma inaceitável da língua.”
	Exemplo: a [ prefixo] + notar [palavra primitiva] = anotar 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo: Nacional, 1972.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37 ed. Rio de Janeiro: Lucema, 2009.
KEHDI, Valter. Formação de palavras em português. 3 ed. São Paulo: Ática, 2002.

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