Solução Atividade Prática - 2

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1. No meu ponto de vista, os estilos de liderança latino-americanos e japoneses encontram-se nas 
seguintes teorias:
Os latinos-americanos utilizam a teoria da administração operacional moderna que foi 
desenvolvida por Henri Fayol na administracion Industrielle et Génerale (1916), onde criou uma 
divisão de actividades industriais e formulou principios da administração nas quais alguns deles 
se destacam como autoridade e responsabilidade, unidade de comando e esprit de corps, mas em 
um contexto resumido e coligado, as posições de liderança devem ser ocupadas por pessoas 
dotadas de inteligência, experiência e valor moral, pois não existe a centralização no que tange a 
velocidade de tomada de decisões, essa actividade é liberada e delegada aos subordinados como 
consequência do mesmo a resposabilização dos resultados das acções tomadas sejam elas, 
fracasso ou sucesso, sendo assim o maior foco da actividade singe-se no resultado apresentado;
Existe uma maior abertura de expressão de opinião por parte dos colaboradores na organização, a 
rotação de colaboradores, por vezes é notável ou seja, são desenvolvidos vários programas para 
crescimento dos mesmos de modo a motivar a sua permanência na organização, incentivos, 
treinamentos entre outros, as empresas preocupam-se em proporcionar o bem-estar ao 
colaborador e sua familia, pois elas acreditam que um colaborador que esteja bem e/ saúdavel no 
seu meio familiar, estará ainda melhor no profissional.
E os japoneses utilizam a teoria de sistemas que foi desenvolvida pelo Chester Barnard, The 
funtions of the Executive (1938), defendiam que a tarefa dos gerentes é manter um sistema de 
esforço cooperativo em uma organização formal, por outras palavras, existe uma morosidade na 
tomada de decisão, devido a elevada interação de pessoas para que seja decidido algo, a 
responsabilidade recai sobre o grupo ou departamento, a enfâse na avaliação do processo ou 
metodologia para alcance de uma meta ou objectivo, importa conhecer como as coisas serão 
executadas, na gestão de risco as metas pré-estabelecidas podem estar um pouco abaixo do que 
poderia ser relativamente a entrega de actividades, preocupam-se muito com a harmónia no 
trabalho deve e/ tende a ser muito positiva e existe pouca rotação de colaboradores nas 
organizações ou posições, estes colocam o trabalho em primeiro lugar, como mostram-se 
disponíveis em trabalhar distante da familia sem dificuldades, não é um factor condicionante 
para eles.
ATIVIDADE PRÁTICA – ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO DE EMPRESAS
1. Quais as estratégias operacionais, táticas e estratégicas – capítulo 3 – seriam adequadas para minimizar os efeitos adversos das reformas em telecomunicações na América Móvil?
 A ação reguladora do Governo Mexicano pode ser caracterizada como uma descontinuidade do ambiente competitivo e cria desafios para a empresa América Móvil. Para formular estratégias adequadas seria interessante explorar as abordadas no livro “Competindo para o Futuro”, onde são destacados três níveis de ações por HAMEL e PRAHALAD (1994):
1. a reestruturação de portfólio e de downsizing, normalmente ações rápidas e que levam as organizações a reduzirem seu porte e seus custos; 2. a reengenharia de processos e a melhoria contínua, que permitem às organizações realizarem as atuais atividades de forma mais eficiente; 3. a reinvenção da indústria e a regeneração das estratégias, possibilitando às organizações a construção de seu futuro. (p.5)
Cabe ainda, esclarecer um pouco mais sobre downsizing, com o conceito formulado por CASTRO (2000):
O downsizing surgiu em 1970 nos Estados Unidos onde tinha o objetivo de ser um fator diferenciador e competitivo, chegou ao Brasil em 1980 como uma estratégia de redução de custos e redução estrutural de empresas, normalmente associada a crises econômicas, nesta época aconteceram muitos movimentos de fusões, aquisições e incorporações de empresas em diversos segmentos como as indústrias metalúrgicas, petroquímicas, e telecomunicações, que utilizaram esta ferramenta para se manter no mercado (p. 27).
Ainda, sob enfoque semelhante, segundo LACOMBE (2009):
Downsizing é uma expressão da língua inglesa que significa literalmente reduzir o tamanho de uma organização, especialmente pela redução planejada do número de empregados e de níveis hierárquicos da organização (p.228).
Nesse sentido, acredito que para a empresa América Móvil seria adequado adotar as seguintes estratégias nos diferentes níveis:
a. Nível estratégico
 1) Serem adotadas estratégias de reestruturação de portfólio com o desmembramento das áreas, reduzindo os ativos e os custos, seria um desinvestimento e obtenção de capital para aplicar em outro setor. Nesta estratégia, a empresa poderia optar em realizar a divisão do setor de telecomunicações por áreas de interesse a serem mantidas e outras a serem disponibilizadas à concorrência.
 2) Após o desmembramento, nas empresas mantidas poderiam ser adotadas estratégias competitivas, como a de empresa líder, agindo de forma a controlar a maior parcela do mercado. 
 b. Nível Tático
 Formulação e implantação de programas para atender as estratégias adotadas e o seu controle. Assim, seriam formuladas estratégias de reestruturação para a melhor forma de desmembramento, selecionando as empresas mais rentáveis para a criação de planos e programas mais sustentáveis, programas para a redução de custos em pessoal e na produção, com a criação de novos usos dos produtos, como os programas de aumento de vendas, de marketing, programas de defesa da empresa contra a ação da concorrência e fidelização dos clientes. Ainda, na formulação de planos para divisão de seguimento do mercado com as empresas desmembradas.
c. Nível Operacional
 Caberia a formulação dos planos de ação e processos para atender as estratégias dos níveis superiores. 
2. A partir de um enfoque da teoria de sistemas – capítulo 1 – explique quais forças de entorno mundial podem favorecer ou ir contra a estratégia de recuperação do Grupo Carso. 
No estudo da estratégia de recuperação do Grupo Castro há de se considerar a influência das 5 forças de PORTER (1989):
A meta final da estratégia competitiva é lidar com, e em termos ideais, modificar estas regras em favor da empresa. Em qualquer indústria, seja ela doméstica ou internacional, produza um produto ou um serviço, as regras da concorrência estão englobadas em cinco forças competitivas: a entrada de novos concorrentes, a ameaça de substitutos, o poder de negociação dos compradores, o poder de negociação dos fornecedores e a rivalidade entre os concorrentes existentes (p.89).
a. Nesse sentido, podem ser identificas contra a estratégia de recuperação do Grupo Carso e seus atores: 
1) O Governo e a sua estrutura regulatória que poderia intervir desfavoravelmente, particularmente, na estratégia de desmembramento, ainda que mantendo a autonomia das empresas repassadas à concorrência.
2) A concorrência filiada a grandes grupos com capital suficiente para confrontar as empresas mantidas seria desfavorável e precisaria ser estudada a forma de confronto ou a abertura daquele nicho para a concorrente. Esses novos entrantes impactariam desfavoravelmente.
3) A manutenção da fidelização dos clientes e conquista de novos seria um desafio em razão da nova concorrência, fazendo surgir a rivalidade, exigindo a redução de custos e diferenciais nos produtos ou serviços.
4) A mudança do cenário para a negociação com os fornecedores diante de novos compradores.
5) A possibilidade da concorrência apresentar produtos substitutivos abarcando parte do mercado.
b. Forças favoráveis identificadas na recuperação do Grupo Carso e seus atores: 
 1) No sistema interno da empresa, a experiência, o nível tecnológicoe o padrão de qualidade alcançados poderão ser aspectos favoráveis na concorrência com os novos entrantes no mercado. 
 2) A globalização e abertura dos mercados externos poderá ser favorável para a empresa aumentar a sua parcela no comércio exterior.
 3) A obtenção de capital excedente da venda de ativos e de outras empresas do grupo poderão contribuir para investimentos e melhores condições para concorrer com os novos entrantes. 
3. Ordene, da mais importante para a menos importante, as áreas funcionais da América Móvil quanto à contribuição feita para a estratégia de recuperação – capítulo 2. 
 Diferentes áreas funcionais da América Móvil terão importância no processo de recuperação, dentre elas, possivelmente a essencial será a de Recursos Humanos, como pode ser evidenciado no artigo de Francine Medeiros (2013):
O estudo buscou reportar a importância da área de recursos humanos e no papel que poderá desenvolver na promoção de mudanças organizacional. Nesse trabalho não foi identificado como o protagonista, mas é um importante coadjuvante do processo pois proporciona o ponto crucial para o encontro das transformações: as pessoas. (p.20)
Na seguinte ordem: recursos humanos; comercial; pesquisa, desenvolvimento e inovação, qualidade, administração, logística e operações. 
a. Recursos humanos; justifica-se por ser necessário reservar a mais capacitada parcela para permanecer nas áreas a serem mantidas. O pessoal capacitado com espírito de liderança transformadora continuará a ser o grande diferencial para a recuperação. 
b. Comercial: os novos entrantes serão a grande ameaça para a sobrevivência da empresa, dessa forma, marketing e vendas terão importância fundamental para manter a posição desejada de líder nos segmentos escolhidos. 
c. Pesquisa, desenvolvimento e inovação: a ameaça da concorrência exigirá produtos novos e a atualização constante para ser o diferencial na escolha do cliente. 
d. Qualidade: o compromisso pela qualidade de produtos e serviços será fundamental para a fidelização do cliente e a manutenção da liderança nos segmentos escolhidos.
e. Administração: a venda de ativos, a redução de custos em determinados segmentos e o aumento de investimentos em outros setores exigirá uma gestão financeira e contábil eficazes para a recuperação.
f. Logística: a logística desde o recebimento de insumos até a chegada no cliente necessitará ser eficiente para concorrer com as novas empresas.
g. Operações: a produção e a operação dos serviços elencados serão postos à prova com a nova concorrência. 
4. Quais as estratégias de inovação e desenvolvimento tecnológico – capítulo 7 – Carlos Slim deveria implementar na América Móvil para manter uma sólida vantagem competitiva quanto a seus competidores? 
De acordo com o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DO BRASIL/SEADE (2010):
Inovações tecnológicas correspondem à implementação de produtos e processos tecnologicamente novos e/ou aperfeiçoamentos tecnológicos significativos em produtos e processos. Uma inovação tecnológica pode ser considerada implementada se ela foi introduzida no mercado (inovação de produto) ou efetivamente utilizada no processo de produção (inovação de processo). O produto ou processo deve ser novo (ou significativamente melhorado) para a empresa. Não necessariamente tem que ser novo para o mercado da empresa. Atividades de inovação tecnológica são todos os passos necessários para desenvolver e implementar produtos ou processos tecnologicamente novos ou aperfeiçoados. (P. 47)	 
Com a finalidade de manter uma sólida vantagem competitiva, a estratégia de inovar em termos de produtos e serviços, aliados à sua experiência de mercado, seria a forma da América Móvil manter a liderança nos segmentos escolhidos. Ainda, a estratégia de inovar em termos comerciais, por meio de novos canais de comercialização, marketing e distribuição, atuando em setores da internet, nas redes sociais e outras áreas seriam formas de manter posição privilegiada perante a concorrência. 
5. Imagine que Carlos Slim pede para você criar uma nova linha de negócios que se adeque as atuais do Grupo Carso. Para isso lhe concede 100 milhões de dólares de orçamento e pede para que apresente o modelo de negócio sintético – capítulo 8. (Pode utilizar o modelo CANVA).
 A proposta de negócio é relativa à Produção e comercialização de energia eólica com a construção de uma planta energética no estado do Ceará, conforme o modelo canvas anexo. 
REFERÊNCIAS
BRASIL_MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DO /SEADE, publicação Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2010, p. 47
BERTALANFFY, Ludwig von. Teoria geral dos sistemas. Rio de Janeiro: Vozes, 2008. ISBN 85-3263690-x
CALDAS, M. P. (2002). «Downsizing, o dia seguinte: consequências organizacionais de demissões coletivas». Comportamento organizacional e gestão. 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6.ed. São Paulo: Campos, 2000
HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competing for the future. Boston : Harvard Business School Press, 1994. p. 01-25
LACOMBE, Francisco José Masset. Dicionário de Negócios . São Paulo: Saraiva, 2009, p. 228.
MATERIAL DE APOIO DO CURSO: D026 – Administração e Direção de Empresas, ISBN: 978-84-96542-36-5.
MEDEIROS, F, O Papel do RH em Gestão da Mudança Organizacional. Artigo, 2013, p.20. 
PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.