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AN02FREV001/REV 4.0 57 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE ISO 9001 – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 58 CURSO DE ISO 9001 – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 59 MÓDULO IV 4 ANÁLISE CRÍTICA O restante da norma refere-se aos meios para implementar as ações necessárias, visando assegurar que a política se torne realidade (por exemplo, divulgação e implementação da política). O planejamento está relacionado ao estabelecimento de objetivos da qualidade como parte do processo de desdobramento da política em todos os níveis organizacionais, bem como à necessidade de mensurar se tais objetivos foram atingidos. É necessário que haja um mecanismo formal de Planejamento da Qualidade e um amplo processo de melhoria relacionados ao Sistema de Gestão da Qualidade, conforme detalhado no item 4.1 – Requisitos Gerais (a norma associa este requisito de planejamento ao item 7.1 “a” – Planejamento da Realização do Produto). O estabelecimento de um Sistema de Gestão da Qualidade requer muito "planejamento" para garantir que a organização seja capaz de prover produtos/serviços que sejam compatíveis com sua política. A saída do planejamento em forma de procedimentos e instruções de trabalho precisa ser periodicamente avaliada sob a luz da alteração nas circunstâncias ou de problemas encontrados. Assim, estaremos envolvidos em uma sequência de ações que inclui “planejar”, “fazer”, “checar” e “agir”. A subseção referente à “responsabilidade, autoridade e comunicação” está relacionada com a administração do Sistema de Gestão da Qualidade como um todo e inclui os requisitos para que sejam definidas as responsabilidades e autoridades, para que seja indicado um representante da direção e para que sejam estabelecidos mecanismos internos de comunicação. Deve também ser estabelecida a comunicação quanto à eficácia do sistema. AN02FREV001/REV 4.0 60 Uma empresa é constituída de uma equipe grande e complexa e, para que funcione bem e torne-se uma equipe vencedora, é essencial que todos os membros da equipe compreendam claramente como se espera que atuem e os papéis e responsabilidades dos outros membros da equipe. As responsabilidades, limites de autoridades e inter-relacionamentos precisam ser definidos. O requisito é para que seja nomeado um “representante da direção” e não para que seja indicado um gerente da Garantia da Qualidade, mas é importante que um membro da alta direção tenha a responsabilidade e autoridade necessárias para assegurar que os processos necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade sejam instituídos, implementados e mantidos e relatar à alta direção o desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade. Finalmente, o processo de análise crítica pela direção requer entradas específicas para o processo e as saídas que precisam ser fornecidas. O desempenho de auditorias e processos estão incluídos como entradas importantes e melhorias são saídas fundamentais. Registros de análise crítica precisam ser mantidos para demonstrar a eficácia da revisão do processo. Existe aqui uma grande ênfase na avaliação das oportunidades de melhoria. Periodicamente, a direção necessita analisar criticamente o Sistema da Qualidade para assegurar que este é eficaz e continua adequado para atender completamente às necessidades do negócio, particularmente à luz das alterações das exigências competitivas e nova legislação. A eficácia é indicada por detalhes a respeito do que vem acontecendo de errado na organização, tais como relatórios de reclamações de clientes, produto/serviço não conforme etc., e também pelos resultados das auditorias da qualidade (existe aqui uma ligação com o requisito de Auditoria Interna da Qualidade, 8.2.2, onde a auditoria prevê um mecanismo de resposta para a direção sobre o desempenho do sistema da qualidade). O objetivo principal da análise crítica pela direção é assegurar a contínua pertinência, adequação e eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade quanto ao atendimento às necessidades da organização, com saídas que estejam ligadas à política e aos objetivos da qualidade. 5.4 PLANEJAMENTO 5.4.1 Objetivos da qualidade A Alta Direção deve assegurar que os objetivos da qualidade, incluindo aqueles necessários para atender aos requisitos do produto (ver 7.1.a), AN02FREV001/REV 4.0 61 sejam estabelecidos nas funções e nos níveis pertinentes da organização. Os objetivos da qualidade devem ser mensuráveis e consistentes com a política da qualidade. (ISO 90012008, NORMA). Ou seja, as metas devem ser desdobradas nos níveis pertinentes da organização, cada um tem que contribuir com seu grau de responsabilidade para com o SGQ. E os objetivos da qualidade devem ser provenientes da política da qualidade, deverão ser mensuráveis e claros. Um exemplo de objetivo da qualidade pode ser: promover a satisfação dos clientes externos da organização. E um indicador seria: Índice de Satisfação do Cliente. Outro exemplo que chamamos de uma “boa prática” seria determinar em forma de quadro os objetivos, indicadores e metas alinhados com a política em forma de quadros de acompanhamento, conforme exemplo a seguir. TABELA 1 - OBJETIVOS DA QUALIDADE E INDICADORES DE META Política da Qualidade Objetivos da Qualidade Indicadores Buscar a liderança no segmento de produção de blocos cerâmicos por meio da melhoria contínua de nossa produtividade e qualidade baseada na ISO 9001:2008 e buscando a satisfação de nossos clientes e o atendimento aos requisitos. Produção - Volume de produção mensal Qualificação de mão de obra - Horas de treinamento no mês - Índice de acidentes Investir em tecnologia - Hora máquina parada por defeito - Taxa de crescimento do valor de investimento anual em novos equipamentos Cumprir exigências técnicas - Taxa de conformidades na avaliação dos produtos em ensaios laboratoriais Satisfação do cliente - Índice de satisfação do cliente na pesquisa anual de satisfação do cliente externo Conservação do Meio ambiente - Taxa de uso de lenha x taxa de uso de combustíveis menos impactantes para o meio ambiente (ex: uso cavaco). Manter a Qualidade - Diminuição de perdas de produtividade mensais - % de índice de produtos de primeira linha - Índice de reclamações de clientes externos procedentes Atendimento as NBR ISO 9001:2008 e requisitos - Índice de aprovação de lotes dos produtos em análises externas e internas - Nota na auditoria interna x nota da ultima auditoria interna. FONTE: Arquivo pessoal do autor. AN02FREV001/REV 4.0 62 A imagem a seguir demonstra mais claramente esta relação. FIGURA 9 - OBJETIVOS, INDICADORES E METAS FONTE: Arquivo pessoal do autor. O planejamento tratado no requisito 5.4.1 deve levar em conta todo o requisito 4.1 e os objetivos da qualidade. Neste planejamento é obrigatório definir os recursos e competências, mapear processos, estabelecer medidas, enfim tudo que permita futuramente que o SGQ seja implementado, controlado, mantido e melhorado continuamente. Ao definir objetivos, a organização precisa alocar recursos. E cabe à alta direção este planejamento, o que significa que a alta direçãodeve planejar de forma eficaz esse processo de planejamento. Mesmo que seja coordenado por uma equipe, a alta direção deve aprovar o planejamento após a sua análise crítica. Política Objetivos Indicadores Meta Indicadores Meta Indicadores Meta Indicadores Meta Objetivos Indicadores Meta Indicadores Meta Indicadores Meta Indicadores Meta AN02FREV001/REV 4.0 63 É importante também administrar as mudanças para garantir que, ao serem implementadas as mudanças, o SGQ continue íntegro e estabelecido. Um bom exemplo é a prática de definir planos de ações para mudanças, o que precisa ser feito na hora de conduzir mudanças, e se a mesma não irá afetar o SGQ. Por exemplo: mudar a forma de comunicação interna, a capacidade de um processo ou a forma de execução de uma tarefa pode ferir em algum ponto o SGQ, se será necessário documentar algum procedimento, ou se vai ser necessário alterar procedimentos já existentes, se será necessário treinamentos da equipe. O impacto deve ser analisado criticamente e todas as áreas impactadas devem ser alertadas. É importante confirmar que as mudanças não são proibidas, ao contrário, são bem vindas; elas podem acontecer, desde que de forma planejada e sem comprometer a integridade do SGQ. Vamos ver o que diz a norma neste requisito: 5.4.2 Planejamento do sistema de gestão da qualidade A Alta Direção deve assegurar que: o planejamento do sistema de gestão da qualidade seja realizado de forma a satisfazer aos requisitos citados em 4.1, bem como os objetivos da qualidade; e a integridade do sistema de gestão da qualidade seja mantida quando mudanças no sistema de gestão da qualidade são planejadas e implementadas. (ISO 90012008, NORMA). A subseção referente à “responsabilidade, autoridade e comunicação” está relacionada com a administração do Sistema de Gestão da Qualidade como um todo e inclui os requisitos para que sejam definidas as responsabilidades e autoridades, para que seja indicado um representante da direção e para que sejam estabelecidos mecanismos internos de comunicação. Deve também ser estabelecida a comunicação quanto à eficácia do sistema. Uma empresa é constituída de uma equipe grande e complexa e, para que funcione bem e torne-se uma equipe vencedora, é essencial que todos os membros da equipe compreendam claramente como se espera que atuem e os papéis e responsabilidades dos outros membros da equipe. As responsabilidades limites de autoridades e inter-relacionamentos precisam ser definidas de forma documentada ou verbal, o que importa é que isso realmente seja evidente na empresa, sem ambiguidades. AN02FREV001/REV 4.0 64 O requisito ainda define que é para ser nomeado um “representante da direção” e não para que seja indicado um gerente da Garantia da Qualidade, mas é importante que um membro da alta direção tenha a responsabilidade e autoridade necessárias para assegurar que os processos necessários para o sistema de gestão da qualidade sejam instituídos, implementados e mantidos e relatar à alta direção o desempenho do sistema de gestão da qualidade. O item 5.5 ainda trata da forma que a alta direção estará determinando as responsabilidades e autoridades dentro da organizando, bem como a forma que estará comunicando a equipe estas responsabilidades e autoridades, incluindo a designação do RD. É comum a organização elaborar um organograma e descrição detalhada dos cargos, porque é preciso mostrar quem é responsável por qual processo e os graus de autoridade e essas ferramentas estão alinhadas com o que a norma orienta. Outra ferramenta muito utilizada é a matriz de responsabilidades, que mostra os responsáveis na organização pelas atividades ou requisitos da norma. Com ela você pode definir quem na empresa responde por cada requisito. Nesta mesma matriz também fica evidente quem é responsável na ausência do principal responsável. Sendo que a matriz determinará as responsabilidades após o empregado ter obtido experiência, competência e treinamento para aquela responsabilidade. Vejamos a seguir uma demonstração prática desta matriz, bem como de um organograma com os cargos definidos na empresa. FIGURA 10 - EXEMPLO DE ORGANOGRAMA FUNCIONAL FONTE: Arquivo pessoal do autor AN02FREV001/REV 4.0 65 TABELA 2 - MATRIZ DE CARGOS X FUNÇÕES Matriz de cargo x atividades Revisão Nº: 00 Data: 10/11/12 Atividade/Cargo D ir e to r E x e c u tiv o D ir e to r a d m in is tr a tiv o fin a n c e ir o G e re n te d e a te n d im e n to G e re n te d a q u a lid a d e A g e n te e v ia g e n s A n a lis ta d a q u a lid a d e A u x ili a r a d m in is tr a tiv o fin a n c e ir o G e re n te d e re c u rs o s h u m a n o s S e rv iç o s g e ra is Emitir Voucher x Agendamento de transporte x Atendimento de clientes x x Atendimento e contração de fornecedores x X Atendimento e pagamento de fornecedores x X Realização de check-in x Monitorar reclamações de clientes e aprovar ações corretivas X x x Aprovar recrutamento e seleção de pessoal x Limpeza x FONTE: Arquivo pessoal do autor. Vejamos o que diz o requisito da norma. 5.5 RESPONSABILIDADE, AUTORIDADE E COMUNICAÇÃO 5.5.1 Responsabilidade e autoridade A Alta Direção deve assegurar que as responsabilidades e autoridades sejam definidas e comunicadas em toda a organização. (ISO 90012008, NORMA). A norma exige que uma pessoa seja o representante da direção (RD). Essa pessoa será a figura principal na condução dos requisitos da norma pela organização. Em geral, é alguém da área de produção ou de qualidade que tenha muito respeito e AN02FREV001/REV 4.0 66 envolvimento com as pessoas da organização e que vai passar a ter mais uma nova responsabilidade na organização, além disso, tem acesso direto à alta direção, sem portas fechadas, e bem informada de tudo que acontece na organização. Será o responsável por conscientizar e promover os requisitos da norma, do cliente e sua importância, o que não significa que ele atuará sempre diretamente, mas essas ações estão sob sua coordenação. Em uma grande empresa é comum que o RD dirija uma equipe ou o Comitê da Qualidade e delegue as atividades do SGQ que estão sob seu controle. Na pequena empresa, realiza diretamente as ações envolvendo de alguma forma o restante da equipe da empresa, para que também participe e colabore com a manutenção do SGQ. Algumas atividades do RD incluem cobrar prazos e resultados das ações corretivas e preventivas, preparar as atas de reunião da análise crítica, pode ainda ser responsável por treinamentos e programas de sensibilização dos colaboradores, ser o contato direto com auditores e certificadoras, controlar datas do cronograma de auditorias, realizar o controle de documentos e registros, enfim, vai ser o elo entre a alta direção e a organização em tudo o que se refere a Sistema de Gestão da Qualidade. Muitas organizações acabam tendo o RD como a referência para os assuntos da qualidade, mas é bom lembrar que ele não é um “xerife” da Qualidade, as ações podem acontecer nos setores, independente da presença do RD, desde que o mesmo esteja ciente das ações e possa fazer a gestão dos resultados das ações e seu impacto no SGQ. Quanto mais os RDs forem competentes, estimados e bem treinados, mais fácil o processo de “amadurecimento” da organização na prática da qualidade segundo a norma ISO 9001:2008. Em projetos de implementação é muito recomendado que os primeiros momentos sejam designados pela alta direção, de forma documentada ao RD, e logo após capacitar o RD para que este possa ser o elo entre direção etoda empresa. Vamos ler o que a norma diz neste requisito: 5.5.2 Representante da direção A Alta Direção deve indicar um membro da administração da organização que, independentemente de outras responsabilidades, deve ter responsabilidade e autoridade para: assegurar que os processos necessários para o sistema de gestão da qualidade sejam estabelecidos, implementados e mantidos; AN02FREV001/REV 4.0 67 relatar à Alta Direção o desempenho do sistema de gestão da qualidade e qualquer necessidade de melhoria; e assegurar a promoção da conscientização sobre os requisitos do cliente em toda a organização. NOTA: A responsabilidade de um representante da direção pode incluir a ligação com partes externas em assuntos relativo ao sistema de gestão da qualidade. (ISO 90012008, NORMA). O requisito 5.5.3 trata da comunicação interna. Este requisito deve ser algo já existente na empresa, pois dificilmente uma empresa sem comunicação interna poderia obter a implantação da norma ISO 9001:2008. A comunicação interna, mesmo que falha na organização deve existir na empresa. Durante a implantação da norma, a organização deve buscar meios para melhorar ou ampliar os canais de comunicação interna existentes, que podem ser intranet, cartazes, palestras, e- mails, enfim, tudo que puder promover a comunicação interna, isso para que o desempenho SGQ seja comunicado eficazmente. Um exemplo é que os indicadores de desempenho e seus resultados devem estar disponíveis para toda a organização, a política e objetivos da qualidade devem ser divulgados, a certificação de novas filiais e qualquer atividade relevante poderá também ser comunicada. Se a empresa já possui um canal de comunicação como informativos mensais, por exemplo, pode aproveitá-lo para divulgar também informações sobre a Qualidade. A comunicação interna eficaz favorece a melhoria do desempenho do SGQ, que obtém resultados perenes quando atinge toda a equipe. Essa comunicação deve ser sem ruídos e acessível a todos os envolvidos e devem ser de duas vias, favorecendo tanto a comunicação do SGQ com a equipe, como da equipe com a SGQ. Mais adiante teremos um requisito exclusivo que trata da comunicação com o cliente como outro fator essencial para a implantação da norma. A seguir, façamos a leitura do requisito. 5.5.3 Comunicação interna A Alta Direção deve assegurar que sejam estabelecidos na organização os processos de comunicação apropriados e que seja realizada a comunicação relativa à eficácia do sistema de gestão da qualidade. (ISO 90012008, NORMA). AN02FREV001/REV 4.0 68 O requisito 5.6, encerra a Seção 5, que tem os requisitos ligados diretamente às ações da alta direção. O item 5.6 apresenta a obrigatoriedade da análise crítica pela direção do desempenho do SGQ a intervalos periódicos, é comum que esta análise seja feita em uma reunião, ou ainda em várias reuniões, o que não é obrigatório, porém é uma das melhores formas de realizar a análise crítica do SGQ a intervalos planejados. O processo de análise crítica pela direção requer entradas específicas para o processo que foi definido pela norma no item 5.6.2 e consequentemente faz-se necessário a definição das saídas da análise crítica que precisam ser fornecidas conforme definido no requisito 5.6.3. O desempenho de auditorias e processos são entradas essenciais para a análise crítica e as melhorias são saídas fundamentais para que a análise resulte no giro do PDCA, tão enfatizado no início do nosso estudo. Os Registros de Análise Crítica devem ser mantidos para demonstrar a eficácia da revisão do processo e constituem um dos registros obrigatórios requeridos pela ISO 9001:2008. Na análise crítica, a alta direção de demais convidados para a realização da análise crítica deve dar grande ênfase na avaliação das oportunidades de melhoria e registrá-las como plano de ação a ser concretizado. Por que realizar a análise crítica? Porque é essencial que, periodicamente, a direção necessite analisar criticamente o Sistema da Qualidade para assegurar que este é eficaz e continua adequado para atender completamente às necessidades do negócio, particularmente à luz das alterações das exigências competitivas, exigências dos clientes e de novas legislações. A eficácia é indicada por detalhes a respeito do que vem acontecendo de errado na organização, tais como relatórios de reclamações de clientes, produto/serviço não conforme etc., e também pelos resultados das auditorias da qualidade sejam internas ou externas. Existe aqui uma ligação com o Requisito de Auditoria Interna da Qualidade, 8.2.2, onde a auditoria prevê um mecanismo de resposta para a direção sobre o desempenho do sistema da qualidade. O objetivo principal da análise crítica pela direção é assegurar a contínua pertinência, adequação e eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade quanto ao atendimento às necessidades da organização, com saídas que estejam ligadas à política e aos objetivos da qualidade para atendimento das metas propostas nos seus indicadores de desempenho. AN02FREV001/REV 4.0 69 Vejamos o que diz o requisito: 5.6 ANÁLISE CRÍTICA PELA DIREÇÃO 5.6.1 Generalidades A Alta Direção deve analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade da organização, a intervalos planejados, para assegurar sua contínua adequação, suficiência e eficácia. Essa análise crítica deve incluir a avaliação de oportunidades para melhoria e necessidade de mudanças no sistema de gestão da qualidade, incluindo a política da qualidade e os objetivos da qualidade. Devem ser mantidos registros das análises críticas pela Alta Direção (ver 4.2.4). (ISO 90012008, NORMA). Ou seja, a intervalos, que não são definidos pela ISO 9001, mas sim definidos pela sua organização. Os responsáveis pela implementação e manutenção dos requisitos da norma ISO 9001 (em especial a alta direção) devem se reunir para discutir sobre a eficácia do SGQ. Em geral, as organizações realizam uma reunião de análise crítica por ano e sempre realizam outras pequenas reuniões que parcialmente discutem as entradas da análise crítica e geram as saídas propostas, porém a grande análise crítica é a que é registrada, documentada e alimenta o sistema com as ações corretivas necessárias para melhoria do SGQ de maneira mais ampla. Como as auditorias (interna ou externa) são anuais, a análise crítica é realizada logo após a auditoria interna, por vezes uma única reunião será necessária para discutir os resultados da auditoria interna, pois isso gera muito insumo para as reuniões. Nessa reunião, oportunidades de melhorias devem ser analisadas ou mudanças no SGQ não se devem esquecer a política da qualidade e os objetivos, lembre-se que estes, a intervalos planejados, devem ser reavaliados. Geralmente o representante da direção (RD) prepara uma ata e a mesma depois é aprovada e assinada pelos participantes. E esta ata servirá para acompanhamento das ações de melhorias propostas na análise crítica. É uma boa prática, embora não obrigatória pela norma, elaborar um procedimento documentado para orientar a realização da análise crítica, pois este requisito é muito relevante, é o momento estratégico da ISO 9001 onde a alta direção fica a par de tudo que está acontecendo na organização em relação à qualidade de maneira organizada, com metodologia. Vejamos a seguir, no requisito da norma, de maneira resumida os itens que devem ser analisados na análise crítica: AN02FREV001/REV 4.0 70 5.6.2 Entradas para análise crítica As entradas para análise crítica pela direção devem incluir informação sobre: resultados de auditorias; realimentação de cliente; desempenho de processo e conformidade de produto; situação das ações preventivas e corretivas; ações de acompanhamento sobre as análises críticas anteriores pela direção; mudançasque possam afetar o sistema de gestão da qualidade; e recomendações para melhoria. (ISO 90012008, NORMA). Percebemos então que esses elementos constituem a pauta de reunião de análise crítica e devem ser levados em consideração pelo RD ou outro responsável na hora de preparar essa reunião, ou por outro responsável por prepará-la. E, finalmente, os resultados dessas reuniões deverão ser as saídas da análise crítica, conforme o próximo requisito: 5.6.3 Saídas da análise crítica As saídas das análises críticas pela direção devem incluir quaisquer decisões e ações relacionadas a: melhoria da eficácia do de gestão da qualidade e de seus processos; melhoria do produto em relação aos requisitos do cliente; e necessidade de recursos sistema. (ISO 90012008, NORMA). A ISO 9001 não exige um procedimento documentado para esse requisito, mas as pessoas que participam da análise crítica devem ter definido em suas mentes o passo a passo de como preparar, elaborar e tratar as informações de uma reunião de análise crítica. Percebemos ainda que é possível apreender que, além dos procedimentos documentados exigidos por esta norma (controle de documentos, controle de registros, controle de produto não conforme, auditorias e ações corretivas e preventivas), outros procedimentos poderão também ser elaborados e implementados para facilitar o gerenciamento do SGQ, os demais procedimentos documentados pela empresa, porém não obrigatórios pela norma, devem também ser controlados conforme item 4.2.3. Por meio da finalização desta seção, percebemos que o PDCA está se montando, sendo o item 5.6 o agir corretivamente (action), pois as saídas da análise são os planos de ação que promoverão a melhoria contínua. FIM DO MÓDULO IV