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METAIS EM ALIMENTOS COMPOSTO TOXICOCINÉTICA TOXICIDADE COMENTÁRIOS Arsênio Formas tri e pentavalente amplamente distribuídas na natureza Bem absorvido TGI Formas pouco solúveis (arsenato de chumbo e sulfeto de arsênio) são pouco absorvidas Excreção principalmente como ácido cacodílico ou ácido dimetilarsínico (DMA) Maiores concentrações em cabelo/unha Letal se >2mg As/Kg Exposição crônica em água potável associada a lesão de pele e câncer Crianças são mais suscetíveis Derivados orgânicos introduzidos VO causam efeitos neurológicos Organoarsenicais (arsenobetaína) são menos tóxicos que compostos inorgânicos As neutraliza toxicidade do Se Se ↓ efeito citotóxico e teratogênico do As Etanol exacerba toxicidade do As Coexposição ao Cd tem ↑ toxicidade renal Suplementação com Cr e Zn ↓ arsenismo crônico Cádmio Principal fonte de exposição é alimentar Captação pelas plantas ↑ com a ↓ pH Captação pelos peixes ↑ com ↑ temperatura da água Abs TGI ↑ se deficiência de Fe Abs TGI ↓ com fibras dietéticas Atravessa BHE só em ↓ concentrações Acúmulo no fígado e córtex renal em exposição longo prazo Falência renal Itai-Itai (endêmica no Japão – cultivo de arroz) – doença óssea Exposição VO ↓ captação Fe - anemia Estima exposição diária com dosagem Cd fecal ou determinação Cd da dieta Influência negativa em sistemas enzimáticos – substitui íons (principalmente Zn) nas metalotioneínas Previne anemia com a adm de ácido ascórbico, e reverte com suplemento de Fe Chumbo Organismos aquáticos captam e acumulam Pb Acúmulo em carapaças de mariscos Pode ter migração de Pb dos ossos de carnes durante cozimento Abs ↓ com Ca (leite) e fosfato da dieta Abs ↑ se deficiência Fe e Ca Maior carga de Pb em adultos é óssea Concentração óssea é biomarcador de acúmulo em exp. prolongada Tem 2 compartimentos ósseos – 1 estável, com ½ vida de dezenas de anos; e outro lábil que mantem eq Pb ossos-tc moles-sg Tem ↑ plumbemia em gravidez Mecanismo adaptativo? Tem ↓ progressiva da absorção conforme ↑ ingestão Cardiovascular, renal, hematológica e SN em desenvolvimento Inibe ALA-D (importante p/ síntese Heme) Em ↓ concentrações: ↓ TFG, interfere crescimento ósseo e mineralização dos dentes Se ↑ plumbemia: encefalopatia Em crianças inibe formação do citP450 Zn reativa a ALA-D Deficiência Fe ↑ toxicidade do Pb Mercúrio Mudança da forma inorgânica p/ metilada é CRUCIAL para bioacumulação aquática Metilação é dependente de 90% MeHg ligado a Hemoglobina, é facilmente transferido a feto e seu SNC (↑ lipossolubilidade) MeHg excretado principalmente nas fezes como Hg inorgânico Hg+2 em maiores níveis no rim Declínio funções SNC e demência, alterações auditivas e visuais, principalmente com MeHg Hg orgânico associado a miocardite Efeitos renais principalmente com Hg+2 Exposição a Hg + deficiência Se – fator Selênio interfere distribuição, excreção e relação Hg inorgânico/MeHg nos tecidos Selenito ↑ concentração MeHg no SNC Cd protege das ações nefrotóxicas do Hg inorgânico (leva a depleção de Hg nas proteínas renais) metilcobalamina (análogo vit B12, produzida por bactérias) Último depósito de Hg em corpos aquáticos é como sulfeto (↑ insolúvel) ambiental na ELA (provável) Piridoxina em excesso ↑ toxicidade Hg Etanol potencializa toxicidade MeHg Hg0 – elementar / Hg+1 – mercuroso Hg+2 – mercúrico / MeHg – metilmercúrio (orgânico) MICOTOXINAS EM ALIMENTOS COMPOSTO QUEM PRODUZ / ALIMENTOS TOXICIDADE COMENTÁRIOS Aflatoxinas Derivadas de difuranocumarinas B e M tem anel pentanona Principais: AFB1 e 2 (fluorescência azul) e AFG1 e 2 (fluorescência verde) Aspergillus flavus (apenas AFB) A. parasiticus (B e G, amendoim) A. nomius e pseudotamari Substratos oleaginosos Hepatotóxicas Intox crônica: imunossupressão e câncer AFB1 tem efeito genotóxico (metabólito epóxido) Reação de Fase I da AFB1 forma metabólito AFB1 8,9-epóxido Aflatoxina M1 Principal metabólito da AFB1 Leite de animais alimentados com alimento contaminado (com AFB1) Hepatotóxico Contaminação do leite é ↓ no verão (alimento de pastagem e não ração) Presença no leite materno é biomarcador de exposição Ocratoxinas 7 metabólitos, só ocratoxina A (OTA) é de importância – átomo de Cl confere toxicidade B-fenilalanina + isocumarina A. ochraceus Penicillium verrucosum Cereais, café, uva, cerveja, vinho, chocolate, leite, tecidos animais (tem ↑ ½ vida e ↑ afinidade albumina sérica) Nefrotóxica Inibição de enzimas que tem a fenilalanina como substrato Inibição síntese proteica e peroxidação lipídeos Detecção sérica até 280d depois de exposição Pode ter absorção por inalação Zearalenona Fusarium Cereais, sorgo, mandioca, feijão e principalmente milho Compete com receptor de ligação do estradiol nas células brancas – efeito estrogênico Atrofia testicular, infertilidade, inflamação útero, mamas e vulva Mais comum em estações frias e úmidas Isômero α é 10x mais ativo estrogenicamente que composto precursor Tricotecenos Núcleo tetracíclico comum, grupo epóxido nas posições 12 e 13 confere grande reatividade e toxicidade Divididos em macrocíclicos e não macrocíclicos (tipo A, B, C, D) Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma Trigo, arroz, milho, aveia, cevada, centeio Inibem síntese DNA, RNA e proteínas Imunossupressores e hemorrágicos Afetam o maior número de funções em animais: SNC, TGI, hematopoiese, pele... Intoxicação: êmese, hemorragia, Contaminação principalmente em colheita com chuva e baixas temperaturas Pode ter contaminação concomitante por outras toxinas de Fusarium, como fumosinas (tem adição de efeitos) Tipo A – toxina T-2, HT-2 e diacetoxiccirpenol (DAS) Tipo B – desoxinivalenol (DON ou vomitotoxina) e nivalenol (NIV) DON é + frequente, T-2 é mais tóxica recusa alimentar, angina necrótica, destruição medula óssea, desordens nervosas Aleucia Tóxica Alimentar (ATA) na Rússia (2ª guerra) – lesão TGSuperior, dano hematopoiético, alterações sistema nervoso e endócrino Usados como arma química em 83 Fumosinas B1, B2 e B3 são as mais comuns B1 é mais tóxica e mais comum das três Fusarium verticillioides F. proliferatum Aspergillus niger* (produz FB2 e FB4) Milho e rações Maior incidência câncer esôfago onde milho é base da dieta Inibem di-hidroceramida sintase – 3ª enzima da via de biossíntese dos esfingolipídeos (importantes para integridade de membrana) Causam leucoencefalomalacia em equinos e edema pulmar em suínos Patulina Lactona Heterocíclina Penicillium, Aspergillus e Byssochlamys Cereais, vegetais e frutas – principalmente maçã Imunossupressora Isolada inicialmente por propriedades antibióticas Não destrói com aquecimento, pode reduzir sua quantidade com estocagem prolongada, ação de sulfito e alta temperatura, ácido ascórbico, fermentação alcoólica e carvão ativado FONTE: Oga, S. Fundamentos de Toxicologia. 4. ed. 2014, p. 517-542. Mnemônico para os efeitos tóxicos: ZErei a ESTRada, mas AFLOrou a HErpes. NEm liguei para o OTÁrio que FUMava um CAchimbo ESOtérico. HElena, de TRInta anos, PArecia IMUNe. Zearalenona – efeito estrogênico / Aflotoxinas – hepatotóxicas / Nefrotoxicidade – OTA / Fumosinas – Câncer esôfago / Hemorragia – Tricotecenos Patulina – Imunodepressão RESOLUÇÃO RDC Nº 487, DE 26 de Março DE 2021 - https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-487-de-26-de-marco-de-2021-311593455 Dispõe sobre os limites máximos tolerados (LMT) de contaminantes em alimentos, os princípios gerais para o seu estabelecimento e os métodos de análise para fins de avaliação de conformidade. INSTRUÇÃO NORMATIVA - N° 88, DE 26 DE MARÇO DE 2021 - https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-88-de-26-de-marco-de-2021-311655598 Estabelece os limites máximos tolerados (LMT) de contaminantes em alimentos. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-487-de-26-de-marco-de-2021-311593455 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-88-de-26-de-marco-de-2021-311655598 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-88-de-26-de-marco-de-2021-311655598
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