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Ereção, Disfunção Erétil e Ejaculação Precoce

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Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
 
Ereção Peniana 
 
Definição 
 
Processo neurovascular iniciado pelo 
estímulo sexual através de fenômenos 
físicos e/ou psicológicos, sendo mediado 
por substâncias que agem no endotélio 
vascular. 
 
Fenômenos Envolvidos 
 
♦ Relaxamento do músculo liso do 
corpo cavernoso. 
♦ Aumento do fluxo arterial 
peniano. 
♦ Restrição do fluxo venoso de 
saída. 
 
 
Ereção e Detumescência 
 
Fase 0 - Flácida 
 
 Domínio do sistema nervoso simpático. 
 
Fase 1 - Latente ou de Preenchimento 
 
Ocorre após o estímulo sexual, gerando 
uma diminuição da neurotransmissão 
simpática e crescente domínio da 
enervação parassimpática. 
 
Fase 2 - Tumescência 
 
Ocorrem alterações hemodinâmicas 
resultantes de um pequeno aumento do 
fluxo sanguíneo local. 
 
, 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Fase 3 – Ereção Completa 
 
Ocorrem alterações hemodinâmicas 
resultantes do crescente aumento do 
fluxo sanguíneo local. 
 
Fase 4 – Ereção Rígida 
 
Ocorrem alterações hemodinâmicas 
resultantes do preenchimento total dos 
sinusoides cavernosos. 
 
Fase 5 - Transição 
 
Há aumento da neurotransmissão 
simpática, indicando o início do retorno 
ao estado inicial. 
 
Fase 6 – Detumescência Inicial 
 
Início da diminuição da pressão 
intracavernosa. 
 
Fase 7 – Detumescência Rápida 
 
Queda da pressão intracavernosa e 
inativação dos mecanismos veno-
oclusivos. 
 
Mecanismos da Ereção 
 
Vias Neuroefetoras 
 
 Vias adrenérgica, colinérgica e NANC. 
Corpo Cavernoso 
 
As 3 vias neuroefetoras atuam 
modulando o tônus desse músculo. 
 
Processo 
 
Primeiro 
Ocorre o estímulo, que é recebido por 
qualquer um dos 5 sentidos e é 
processado pelo hipotálamo. 
Segundo 
Como resultado, há inibição do tônus 
simpático, liberação de óxido nítrico 
pelas vias NANC e por células 
endoteliais das arteríolas do pênis, e 
aumento da neurotransmissão 
parassimpática. 
Terceiro 
O NO ativa a enzima guanilato ciclase, 
que é responsável pela síntese 
guanosina monofosfato cíclica (cGMP). 
Quarto 
O cGMP na musculatura vascular e no 
corpo cavernoso gera uma queda do 
influxo de cálcio nos tecidos, gerando o 
relaxamento muscular. 
Quinto 
Consequentemente, permite a entrada de 
sangue nos sinusoides cavernosos, 
produzindo a ereção. 
Sexto 
Em seguida, os inibidores PDE 5 
(sildenafil, vardenafil e taladafil), 
bloqueiam a hidrólise do cGMP em GMP. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Sétimo 
Como resultado, há uma ereção mais 
duradoura. 
 
Disfunção Erétil 
 
Definição 
 
Incapacidade persistente (6 meses no 
mínimo) de obter e manter uma ereção 
que permita atividade sexual. 
 
Epidemiologia 
 
Disfunção sexual que apresenta mais de 
11 milhões de casos no Brasil. 
 
Fatores de Risco 
 
 Homens acima de 40 anos. 
 
Etiologia 
 
Maus hábitos de vida 
Sedentarismo, obesidade, tabagismo, 
alcoolismo, uso de drogas e estresse. 
Neurológicos 
Trauma raquimedular, acidente 
vascular cerebral, paraplegias, 
polineuropatias e esclerose múltipla. 
Vasculares 
Aterosclerose, síndrome de Leriche e 
microangiopatias (diabética, etílica, 
vasculites). 
Medicamentosas 
Hipotensores, diuréticos, drogas 
psicotrópicas, digoxina, antiácidos, 
antimicóticos e antiandrogênicas. 
Hormonais 
Hipogonadismo, diabetes e 
hipotireoidismo. 
 
Tratamento da Disfunção Erétil 
 
Inibidores da Fosfodiesterase-5 
 
Fármacos 
Sildenafil, Tadalafil, Vardenafil, 
Lodenafil e Udenafil. 
Mecanismo de ação 
Atuam como inibidores seletivos da 
PDE-5, impedindo a degradação do 
GMPc, o que leva ao aumento de sua 
concentração, permitindo a 
desfosforilação das cadeias leves 
miosínicas e, como resultado, há o 
relaxamento do músculo liso, gerando a 
ereção. 
 
Injeção Intracavernosa 
 
Substâncias vasoativas 
Prostaglandina E1 (PGE1), papaverina, 
fentolamina e clorpromazina. 
Mecanismo de ação 
Injeção de substâncias vasoativas no 
corpo cavernoso do pênis, resultando em 
vasodilatação peniana e ereção. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI IV | P4 - MEDICINA 
Ejaculação Precoce 
 
Definição 
 
Distúrbio psicossomático caracterizado 
por ejaculação que ocorre por estímulo 
mínimo antes que o indivíduo a deseje. 
 
Classificação 
 
Primária ou ao longo da vida 
A ejaculação ocorre em todas ou quase 
todas as relações com todos (ou quase 
todos) os parceiros desde o primeiro 
relacionamento. 
Secundária ou adquirida 
Ejaculação rápida que inicia as 
ocorrências em determinado ponto da 
vida, em indivíduos que não 
apresentavam queixas sexuais. 
 
Etiologia 
 
Reflete uma predisposição biológica à 
latência ejaculatória rápida, associada 
a elementos psicossociais. 
Primária 
Hipersensibilidade dos receptores de 
serotonina, hormônios sexuais, variação 
na excitabilidade sexual ou reflexo 
ejaculatório hipersensível, doença 
associada e cópula rápida. 
Secundária 
 Eventos estressores e vulnerabilidade. 
Fisiopatologia 
 
A EP está associada a baixos níveis 
simpáticos de 5-HT (serotonina) em 
regiões do sistema nervoso central, as 
quais modulam a ejaculação, devido às 
variações na sensibilidade do receptor 
5-HT. 
 
Referências 
 
AFIF-ABDO, J. O. Ã. O.; ABDO, CARMITA HN. 
Abordagem e Tratamento da Ejaculação Precoce. 
Urologia Essencial. V.3, N.1, 2013. 
GIAMI, Alain. Da impotência à disfunção erétil: 
destinos da medicalização da sexualidade. Physis, Rio 
de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 637-658, 2009. 
NEVES, Gilda et al. Agentes dopaminérgicos e o 
tratamento da disfunção erétil. Quím. Nova, São 
Paulo, v. 27, n. 6, p. 949-957, dezembro de 2004. 
SARRIS, Andrey Biff et al. FISIOLOGIA DA 
EREÇÃO PENIANA: UMA BREVE REVISÃO. Visão 
Acadêmica, v. 18, n. 3, 2017. 
SARRIS, Andrey Biff et al. Fisiopatologia, avaliação e 
tratamento da disfunção erétil: artigo de 
revisão. Revista de Medicina, [S. l.], v. 95, n. 1, p. 18-
29, 2016.

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