Buscar

Complicações de Suturas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI 
Complicações de suturas 
É uma tentativa biológica de restauração da 
integridade de algum tecido. Ela pode ser de: 
 1ª Intensão: quando a cicatrização envolve a 
reepitelização, na qual a camada externa da pelo 
cresce fechada – sutura. 
 2ª Intensão: quando envolve perda excessiva de 
tecido. A ferida é deixada aberta e se fechará por 
meio de contração e reepitelização. 
 3ª Intensão: quando intencionalmente a ferida é 
mantida aberta para permitir a diminuição de 
edema ou infecção para então ser suturada 
posteriormente. 
 
O processo de formação de uma cicatriz ocorre em 
3 etapas distintas – Inflamatória, Proliferativa e 
Maturação. 
 
 
 
Inicia-se no exato momento em que a lesão é 
produzida. O sangramento, trazendo plaquetas, 
hemácias e fibrina, sela os bordos da ferida através de 
um coágulo – tampão. 
Há então liberação local de histamina (mastócito), 
serotonina e bradicinina provocando vasodilatação, 
consequentemente provocando calor, rubor e 
facilitando a migração de células – neutrófilos e 
macrófagos. 
Os neutrófilos liberam quimiocinas que atraem os 
macrófagos que por sua vez liberam citocinas, 
principais sinalizadores do processo inflamatório. 
 
 
É composta de três eventos importantes que se 
sucedem o período de mais atividade da fase 
inflamatória – neoangiogênese, a fibroplasia e a 
epitelização. 
Nesse período forma-se o tecido de granulação 
constituído por um leito capilar, muitos fibroblastos, 
macrófagos, um frouxo arranjo de colágeno, 
fibronectina e ácido hialurônico. É o marco inicial da 
formação de cicatriz. 
Na neoangiogênese novos vasos sanguíneos são 
formados a partir de brotos sólidos que migram da 
periferia para o centro da lesão. É responsável não 
apenas pela nutrição e oxigenação do tecido, mas 
também pelo aumento do aporte de células como 
macrófagos e fibroblastos para o local da ferida. 
Na fibroplasia (por volta do 5º dia) muitas células 
mesenquimais são transformadas em fibroblastos com 
Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI 
função primordial de sintetizar colágeno, responsável 
pela sustentação e força tênsil da cicatriz. 
Na epitelização células epiteliais migram dos bordos 
para o centro da lesão induzindo a contração da ferida. 
 
Aqui o processo de contração é mais intenso, 
reduzindo a quantidade e o tamanho da cicatriz 
desordenada. Esse processo é importante aliado da 
cicatrização das feridas, principalmente as abertas. 
A remodelação da ferida tem início na terceira 
semana e caracteriza-se por um aumento da 
resistência, sem haver aumento na quantidade de 
colágeno – no processo esperado. O desequilíbrio 
entre produção e degradação do colágeno favorece 
o aparecimento de cicatrizes hipertróficas e queloides. 
A remodelação perdura por toda a vida da ferida, 
embora a força tênsil se estabilize após um ano, sendo 
causada pela remodelagem das fibras de colágeno e 
um melhor alinhamento ao longo das linhas de tensão. 
 
 
Existem fatores que levam a defeitos de cicatrização 
que podem ser divididos em fatores locais e fatores 
sistêmicos. 
 
Dimensão e 
profundidade da lesão 
Idade 
Tipo de tecido lesado 
Estado nutricional - 
obesidade e desnutrição 
Localização da lesão Estado imunológico 
Infecção local ou grau 
de contaminação 
Diabetes e doenças 
crônicas 
Presença de secreções 
e corpos estranhos 
Uso de corticoides, 
esteroides e outros 
Necrose tecidual 
Quimioterapia e 
radioterapia 
Tensão na ferida Alcoolismo 
Falta de oxigenação Tabagismo 
Hemorragia e 
hematomas 
Desordem de neutrófilos 
e macrófagos 
Bordos não cooptados 
Deiscência da sutura 
Mobilidade excessiva 
 
Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI 
Existem abordagens que otimizam alguns fatores que 
interferem no processo de cicatrização. São eles: 
 Nutrição. 
 Perfusão. 
 Evitar e controlar processos infecciosos. 
 Otimizar o controle de exsudato. 
 Remover tecido necrótico. 
 Evitar o fechamento excessivo da ferida. 
 Evitar força excessiva na tensão da sutura. 
 Promover o processo de reepitelização e 
granulação – não remover o tampão. 
 
Acúmulo de sangue dentro de alguma cavidade. O 
hematoma não é visível na superfície, porém é 
notável uma protuberância quando próximo a pele – 
“bola de sangue”. 
 
Hematoma abaixo da sutura com equimose. 
 
Ocorre quando os pontos de uma sutura se soltam 
ou quando a cicatriz se abre. 
 
 
Qualquer sinal de infecção. 
 
 
É tecido desvitalizado. Têm aspecto preto, 
escurecido. 
 
 
 
Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI 
Essa cicatriz respeita o limite da lesão, porém há um 
acúmulo maior de colágeno. 
 
 
Essa cicatriz não respeira o limite da lesão e há 
acúmulo maior de colágeno. 
 
 
Acontece quando o tecido por baixou ou em volta 
da cicatriz fica colado, o que impede a sua 
movimentação. 
 
 
Ocorrem quando há perda de grande quantidade de 
tecido.

Outros materiais