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PAPER VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

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2
	CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS EXCLUSIVAMENTE PELA INSTITUIÇÃO
	Atividades
	Peso
	Template
	Apresenta os objetivos, contextualização, objeto de análise e justificativas do trabalho na seção de Introdução.
	1 ponto
	Seção 1 do Template (INTRODUÇÃO)
	Desenvolve a fundamentação teórica (no mínimo 10 parágrafos) de forma articulada ao objetivo da pesquisa.
	3 pontos
	Seção 2 do Template (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA)
	Citações: uma citação direta curta; uma citação direta longa; uma citação indireta (utilizar a norma NBR6023). OBS.: serão pontuadas apenas citações de fontes acadêmicas, como livros e periódicos científicos. Fontes meramente informativas, como Brasil Escola, Winkipedia, entre outras, não serão consideradas fundamentos.
	1 ponto
	Seção 2 do Template (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA)
	Descreve o tipo de pesquisa realizada (qualitativa, quantitativa, etc.) e o objeto de análise, conforme orientações da trilha (podem ser livros didáticos, fragmentos de entrevistas, músicas, cartas etc.). Obrigatoriamente, apresenta um objeto de análise. Observação: Pesquisas de revisão bibliográfica receberão nota 0,0 neste critério avaliativo.
	2 pontos
	Seção 3 do Template (MATERIAIS E MÉTODOS)
	Apresenta os resultados da pesquisa de forma clara, discutindo-os e articulando-os com o respaldo teórico da pesquisa. Para isso, é preciso apresentar dados empíricos (como transcrições fonéticas da fala do informante, dados de variação linguística observados nas entrevistas, trechos de livros didáticos com abordagem de variação linguística, músicas analisadas, cartas, etc.). Além disso, obrigatoriamente, a seção deverá apresentar um gráfico/tabela/quadro/imagem.
	2 pontos
	Seção 4 do Template (RESULTADOS E DISCUSSÃO)
	Escrever as referências de acordo com as normas apresentadas no livro de Metodologia Científica.
	1 ponto
	REFERÊNCIAS no Template.
A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Vanessa Przylepa¹
Tutor externo: Josiane Amaral Gois Reis²
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso: Licenciatura Letras-Português
Turma: FLX 5068
Disciplina: Prática Interdisciplinar
Data: 05/12/2020
1. INTRODUÇÃO
	A Língua Portuguesa não é, como muitos acreditam, imutável ou homogênea. Ela muda no decorrer no tempo e o processo em si, nunca para. Essa modificação é universal, todas as línguas mudam gradualmente, embora apresentem considerável estabilidade.
Essa concepção de língua estática e imutável está ligada principalmente à gramática tradicional normativa, considerada a mais correta e harmoniosa esteticamente do que qualquer outro tipo de linguagem.
Como, nos revela Bagno:
Esse mito é muito prejudicial à educação porque, ao não reconhecer a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor sua norma lingüística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os 160 milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização etc. (BAGNO, 1999, p.15).
Este trabalho enfatiza a importância do ensino da variação linguística em sala de aula, pois o papel da escola não é o de ensinar a língua de forma homogênea, mas sim apresentar as variações entre todos os falantes da língua.
Desta forma, levando em consideração as diferenças linguísticas que podem ser percebidas na Língua Portuguesa , seja nos níveis fonéticos-fonológicos, morfológicos, lexicais, sintáticos ou semânticos, devido às diferenças geográficas, sociais, históricas ou contextuais, o presente estudo pretende investigar como se dá o tratamento da variação linguística nos livros didáticos de Língua Portuguesa e de que maneira as atividades podem ser realizadas no objetivo de uso real da língua.
 Nesse contexto, considerando o livro didático como um dos principais guias para as aulas de LP nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, pretendemos abordar a sua importância e utilização como ferramenta de auxílio em sala de aula tanto para alunos como para docentes, como nos orienta os PCN: “O livro didático é um material de forte influência na prática de ensino brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos.” (BRASIL, 1997, p. 67).
Apresentaremos assim, uma análise em três Livros Didáticos de Língua Portuguesa dos 7°, 8° e 9° ano do ensino fundamental, respectivamente, visando investigar e analisar os pontos positivos e negativos do conteúdo sobre variação linguística que o compõe e de que forma eles são adaptados à realidade escolar.
O trabalho está dividido da seguinte forma: no primeiro tópico, serão apontadas as variações linguísticas provenientes do contexto social; no segundo tópico, serão explicitadas as metodologias de ensino das variações linguísticas no contexto escolar através do uso de livros didáticos como apoio pedagógico; posteriormente, a metodologia será apresentada para realização desta pesquisa; e, finalizando, explicitaremos a discussão dos resultados.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	 2 .1 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A língua é a identidade cultural de um povo, constitui-se como um de seus principais patrimônios. É através dela que se constrói a sociedade, determinam-se as estruturas sociais que norteiam os conceitos e valores desta e efetivam-se as transmissões de sua cultura.
“As línguas caracterizam as sociedades que as falam, e vivem enquanto essas sociedades mantêm sua cultura.” (CASTILHO, 2017, p.20).
Com o passar do tempo, as línguas transformam-se e evoluem, atendendo às necessidades da comunidade dos falantes que as utilizam. Assim, a língua não é única, mas possui uma imensidão de variações influenciada pelas circunstâncias geográficas, socioculturais e históricas.
De acordo com Castilho:
Sendo um fato social, é natural que as línguas variem, para melhor atender às necessidades de seus usuários. Línguas são faladas por pessoas, e as pessoas são muito diferentes umas de outras. Elas diferem de acordo com sua região geográfica, classe social, sexo, idade, situação de fala. Diferem quando falam de quando escrevem. (CASTILHO, 2017, p.11).
O Brasil é um país com imensas extensões territoriais, rico em diversidades, o que gera variações em todos os níveis estruturais e de uso da língua. Fato este, fácil de se notar já que convivemos com pessoas que trazem consigo formas diferentes de falar, de acordo com a região em que estão inseridas, caracterizando assim, a variação linguística geográfica ou diatópica. Com base na grande extensão territorial do nosso país, Silva (2013, p.22) nos traz uma reflexão: “Sabendo que a língua varia geograficamente, imagine as variantes que podem ser encontradas em nossa língua (...)” (SILVA, 2013. p.22).
 As diferenças de uso da linguagem podem ser notadas em vários contextos além das regionais, os grupos socioculturais também diferem nos padrões de uso da língua. Essas variações são chamadas diastrásticas e variam conforme a idade, gênero, escolaridade. Nestes grupos podemos encontrar gírias ou vício de linguagem próprias. Assim nos evidencia Mollica (2010, p.16): “Entre os fatores sociais as categorias mais atuantes parecem ser idade, sexo, nível socioeconômico e formação escolar.” (MOLLICA, 2010, p.16).
As diferenças socioeconômicas também influenciam muito nessa variação, desprivilegiando a classe que não teve acesso à norma culta da língua em relação à classe elitizada, detentora do norma padrão. Dessa maneira, Mollica (2010, p.51) faz uma distinção entre a variação linguística e a dinâmica social: “As formas de expressão socialmente prestigiadas das pessoas consideradas superiores na escala socioeconômica opõem-se aos falares das pessoas que não desfrutam do prestígio social e econômico.” (MOLLICA, 2010, p.51).
As variações históricas ou diacrônicas, tratam das mudanças ocorridas na língua com o decorrer do tempo e se dão de forma lenta e gradual. Através da leitura de textos antigos, podemos perceber as mudanças da línguae até nos deparamos com palavras em desuso que deram lugar a novas palavras.Tais mudanças ocorrem visando se adequar às novas necessidades linguísticas.
Mollica explica como ocorrem essas transformações:
Esta mudança a longo prazo, através dos séculos, não se processa de maneira instantânea ou abrupta, como se numa determinada manhã a população inteira acordasse falando de maneira diferente da do dia anterior. De fato, as mudanças linguísticas se processam de maneira gradual em várias dimensões. (MOLLICA, 2010, p.43).
Nas situações de uso, chamadas diafásicas, entram as questões de linguagem formal ou informal, exigindo adaptação da fala ao estilo dela, assim, a maneira de falar com os amigos não será a mesma que em uma entrevista de emprego.
 Outra variedade comum na língua caracteriza-se pelas diferenças entre a modalida escrita ou falada, definida como variação diamésica , nesta exitem termos e palavras que quando escrevemos usamos a norma gramatical padrão, o que não utilizamos na linguagem oral.
Considerando que toda variedade linguística atende às necessidades da comunidade dos sujeitos que a empregam, é importante destacar, de acordo com Silva (2013, p.32), que todas as variedades linguísticas se equivalem, não há nenhuma em condição superior ou inferior, mais ou menos completa, tampouco mais ou menos perfeita do que a outra. 
Assim, cada comunidade tem sua própria forma de se expressar, sua maneira particular de usar a língua. Negar essa diversidade é ignorar a riqueza de uma língua.
2.2 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
A variação linguística é uma realidade presente em toda sociedade, inclusive no contexto escolar. Sabe-se que o livro didático é um dos principais guias de orientação nas aulas de Língua Portuguesa, este pautado nas diretrizes dos PCN que orientam:
[...] é importante que o aluno, ao aprender novas formas linguísticas, particularmente a escrita e o padrão de oralidade mais formal orientado pela tradição gramatical, entenda que todas as variedades linguísticas são legítimas e próprias da história e da cultura humana. Para isso, o estudo da variação cumpre papel fundamental na formação da consciência linguística e no desenvolvimento da competência discursiva do aluno, devendo estar sistematicamente presente nas atividades de Língua Portuguesa. (BRASIL, 1998, p.82).
Portanto, o reconhecimento das variedades linguísticas é fundamental para que as escolas desempenhem seu papel principal de levar os alunos a conhecerem outras formas de falar e escrever.
O ensino da língua, assim, deve ressaltar a exposição das variantes que podem ocorrer numa comunidade linguística, sem que estas sejam rotuladas de melhores ou piores, mas sim educando para uma adequação linguística. Silva (2013, p.30) corrobora esta orientação: “Existem situações convencionadas como formais e outras como informais (familiar, pessoais ou coloquial) e cada uma exige um estilo de fala.”(SILVA, 2013, p.30).
Por isso, o estudo da variação nos LD cumpre um papel fundamental, visando desconstruir as crenças do certo e errado e contribuindo para a integração do aluno na cultura escolar.
 
3. METODOLOGIA
	A abordagem da variação linguística no contexto escolar representa um desafio para o professor e há a necessidade de repensar constantemente as práticas pedagógicas que envolvem esse tema.
Pensando nesse problema, buscamos através deste trabalho, analisar os conteúdos do Livros Didáticos de Língua Portuguesa, no que concerne às atividades pedagógicas voltados ao tema almejado.
Adotamos o método de pesquisa qualitativo, no qual a análise dos livros didáticos foram aliadas à pesquisa bibliográfica.
Optamos por analisar a coleção Tecendo Linguagens, dessa forma, são três livros analisados, (7°, 8° e 9° anos), sendo cada exemplar composto por 4 unidades.
Foi feita uma análise geral das atividades propostas em cada coleção para verificar se estas estão, e de que maneira, orientando as atividades a respeito das questões sobre variação linguística. 
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	
A língua é considerada a identidade de um povo, objeto histórico e passível de de transformações. Assim, é importante dentro do contexto escolar, a exposição dos alunos às variedades linguísticas e às diversidades culturais, visando a formação integral do discente em todos os contextos sociais.
O objetivo geral do presente trabalho é investigar como se dá o tratamento da variação linguística nos livros didáticos de Língua Portuguesa e de que maneira as atividades podem ser realizadas no objetivo de uso real da língua.
Há que se destacar que o livro não é o único material do professor em sua prática pedagógica e que seu uso em sala se faz de forma não linear, podendo o uso ser alternado com outros materiais didáticos. É preciso, também, que o educador promova a integração, de modo que os alunos compreendam as diferenças na língua portuguesa.
4.1 A ANÁLISE
Considerando o livro didático um importante material de apoio no processo de ensino e aprendizagem, verificamos como este trata das variações linguísticas e como os professores adaptam seus conteúdos à realidade em sala de aula.
Para analisar as questões pertinentes à reflexão e uso da língua, selecionamos os livros didáticos de Língua Portuguesa da coleção Tecendo Linguagens, dos 7°, 8° e 9° anos do ensino fundamental.
A coleção apresenta abordagem da variação linguística de maneira semelhante nos três exemplares, diferenciando-se na opção dos gêneros textuais e nos diferentes temas conforme a faixa etária dos educandos.
Vale ressaltar que os livros apresentam essencialmente escrita de acordo com a norma padrão do português brasileiro, trazendo algumas reflexões a respeito da variedade linguística. Em certos momentos, os livros solicitam aos alunos que diferenciem a norma padrão da linguagem informal e aplicando cada uma delas em diferentes momentos.
Ao longo dos livros, outras abordagens que se referem a formas da linguagem são contempladas com explicações e exercícios, o que leva o aluno a refletir sobre a língua que fala.
 
 FIGURA 01 – ATIVIDADE NA TRILHA DA ORALIDADE (7°ano).
 FONTE: Tecendo Linguagens (2018, p.113).
 A crônica é uma das atividades que mais sugere aos alunos uma reflexão sobre a função de uma variante linguística dentro de um determinado gênero de texto. 
 
 FIGURA 02 – ATIVIDADE LINGUAGEM DO TEXTO (9° ano). 
 FONTE: Tecendo Linguagens (2018, p.159).
 Utilizando-se de diferentes gêneros, a maioria das produções textuais orientam a escrita na norma padrão da língua portuguesa, e, a fim de intensificar esta prática, solicita-se revisões e reescritas. Evidenciando-se assim, a importância da norma padrão da língua, o que nos remete a uma reflexão segundo Bagno (1999): “É claro que é preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia oficial, mas não se pode fazer isso tentando criar uma língua falada ‘artificial’ e reprovando como ‘erradas’ as pronúncias que são resultado natural das forças internas que governam o idioma.”( BAGNO, 1999, p.52).
Entretanto, em algumas atividades propostas, incentivam a reflexão a respeito do contexto de uso da língua, conduzidas de forma que se percebam as características estruturais do gênero, bem como suas funções comunicativas, levando o aluno assim, a escolha da linguagem mais adequada.
 
 FIGURA 03 – ATIVIDADE PRODUÇÃO DE TEXTO (9°ano).
 FONTE: Tecendo Linguagens (2018, p.118).
Nas atividades que incentivam a leitura, os alunos são estimulados a buscarem diferenças entre as linguagens oral e escrita, sem fazer discriminações ou rotular a oralidade como “errada” e a escrita como “certa”, mas, encontramos a proposta de um debate, no qual os alunos assumem papéis e discutem, um determinado assunto que foi lido.
As informações do quadro a seguir concernem ao conteúdo, às atividades propostas na prática de linguagem.Escolhemos algumas atividades de modo a exemplificar como o livro orienta as práticas pedagógicas com base na reflexão de uso da língua.
QUADRO 1 – ABORDAGEM DAS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS NO LIVRO DIDÁTICO
	Variações Linguísticas
	Atividades Pedagógicas
	Didático Referência do Livro
	Pluralidade da língua no Brasil
	O livro traz uma reflexão importante a respeito das diferentes variações da língua portuguesa e orienta aos alunos a pesquisarem sobre o conteúdo, discutirem as informações coletadas e elaborarem um roteiro com a finalidade de expor uma narrativa sobre os dados da pesquisa.
	Tópico: A hora da pesquisa
9° ano
	Variedades regionais
	Utilizando-se do poema de cordel o livro expõe a linguagem popular e as diversas palavras associadas ao universo da roça.
	Tópico: Por dentro do texto
8° ano
	Mudança linguística histórica
	A explicitação se dá através de uma imagem fotográfica de uma propaganda, cujo texto evidencia algumas palavras escritas de modo diferente de como grafamos atualmente, solicitando aos alunos a sua transcrição.
	Tópico: Linguagem do texto
9° ano
	Gêneros textuais adequados conforme contexto
	Nas produções textuais os livros orientam o planejamento seguindo os seguintes critérios:
-público leitor;
-linguagem adequada;
-estrutura textual;
-onde o texto vai circular.
	Tópico: Produção de texto
7° ano
8° ano
9° ano
	Tratamento da norma padrão
	Apresenta atividades para que aluno conheça a ortografia da língua e a implemente no contexto de uso mais formal
	Tópico: De olho na escrita
7° ano
8° ano
9° ano
	Variação entre fala e escrita
	Com a intenção de orientar os alunos a adequarem-se às situações reais de uso da oralidade, os alunos são incentivados a produzirem uma narração de um jogo de futebol,atentando para a entonação, ritmo, gírias e jargões típicos dessa modalidade.
	Tópico: Na trilha da oralidade 
7° ano
FONTE: Produção própria a partir da análise da Coleção Tecendo Linguagens (2018).
Pode-se dizer, enfim, que os livros da coleção Tecendo Linguagens apresentam questões atuais quanto à reflexão do uso da língua, trazendo exercícios que levam os discente a refletirem sobre as variações linguísticas.
Todos os exemplares estão organizados em função dos quatro eixos de ensino: leitura, produção textual, oralidade e conhecimentos linguísticos. 
As atividades são conduzidas de forma que os alunos reflitam sobre as características dos gêneros textuais, bem como suas funções comunicativas, possibilitando ao educando a escolha da linguagem adequada ao contexto. Apesar da predominância do ensino da norma padrão, conscientizando os alunos sobre seu contexto de uso, os livros buscam contemplar, compreender, reconhecer e usar as demais variantes quando necessário.
A partir do exposto é possível perceber que as atividades pedagógicas dos Livros Didáticos de Língua Portuguesa evidenciam a imprescindibilidade de proporcionar ao aluno o domínio da norma padrão, de modo que ele possa utilizá-la como meio de acesso pleno ao contexto social, porém de forma razoável, trata das variações linguísticas visando não desvalorizar ou negar a linguagem espontânea da comunidade escolar.
Por isso, o estudo da variação nos livros didáticos cumpre um papel fundamental na formação da consciência linguística e competência discursiva dos alunos.
REFERÊNCIAS
	BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz?. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999. 
BRASIL/MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CASTILHO, Ataliba. Como as línguas nascem e morrem? Disponível em: http.//museudalinguaportuguesa.org.br/biblioteca. Acesso em 22 de novembro de 2020.
MOLLICA, Maria Cecília & Braga, Maria Luiza. Introdução à sociolinguística – o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2010.
OLIVEIRA, Tania Amaral et.al. Tecendo Linguagens: Língua Portuguesa: 7° ano. 5.ed. São Paulo: IBEP, 2018. 
_______. Tecendo Linguagens: 8°ano. São Paulo: IBEP, 2018.
_______. Tecendo Linguagem: 9° ano. São Paulo: IBEP, 2018.
SILVA, Rita do Carmo Polli da. A socioliguística e a língua materna. Curitiba: InterSaberes, 2013.
1 Vanessa Przylepa
2 Josiane Amaral Goes Reis
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura Letras-Português (FLX5068) – Prática do Módulo IV - 05/12/2020.

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