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Parasitoses sanguíneas | Parasitologia e Micologia | Medicina | UFCSPA

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Curso de Medicina
Disciplina de Parasitologia e Micologia
Alunos: Alicia Tuon, Andressa da Silva Ribeiro, Andressa Schardosim Godinho, Eliézer
da Cunha Rodrigues e Thomas Pagot Comissoli
1. MALÁRIA
Distribuída amplamente por mais de 80 países - atingindo principalmente as
nações africanas, centro-americanas, do sudeste asiático e o Brasil, onde é endêmica
nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima (WHO, 2018;
Brasil, 2019a) - a malária é a mais relevante parasitose humana em termos de clínica e
de saúde pública. É, também, uma doença bastante antiga - sendo referenciada em
alguns dos primeiros registros escritos encontrados. O nome malária vem da expressão
"mau ar”, por se acreditar que a doença era adquirida em regiões pantanosas. No
mundo, estima-se que haja cerca de 500 milhões de casos de malária por ano -
havendo cerca de 1,5 milhões de óbitos em decorrência da doença no mesmo período.
Causada por cinco espécies parasitas do homem: Plasmodium falciparum (que é
a mais importante, por ser o agente etiológico das formas mais graves da doença e a
causadora de cerca de 20% dos casos no Brasil), Plasmodium vivax (que causa mais
de 80% dos casos no Brasil), Plasmodium ovale, Plasmodium malariae (raramente
encontrada no país) e Plasmodium knowlesi (presente principalmente na Malásia e no
sudeste asiático).
Como supracitado, no Brasil, a ocorrência da doença é endêmica nos estados
da Amazônia legal. Todavia, o trânsito de pessoas dessa região para outras localidades
do país pode explicar, em certo grau, a ocorrência da doença em outras localidades do
país. Por isso, na investigação clínica de um paciente que apresente sintomatologia
compatível com a malária, é fundamental perguntar se esse viajou recentemente para
alguma área considerada endêmica para a doença.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Curso de Medicina
Disciplina de Parasitologia e Micologia
1.1. Contaminação
A contaminação pelo parasita se dá a partir da relação entre o protozoário
(Plasmodium spp.), o hospedeiro (ser humano) e o vetor (mosquito fêmea do gênero
Anopheles), formando dois ciclos biológicos - um que ocorre no humano e outro que se
dá no mosquito.
Em linhas gerais, o mosquito fêmea do gênero Anopheles passa a ser vetor da
doença quando picha um humano infectado e, com o repasto sanguíneo, ingere
microgametócitos e macrogametócitos do parasita, que são as formas sexuadas
masculinas e femininas, respectivamente. No intestino delgado do mosquito, esses
gametócitos se transformam em gametas e, depois disso, ocorre a fecundação.
Formam-se, assim, os esporozoítos - a forma assexuada do parasita - que migram para
as glândulas salivares do mosquito. Esse ciclo dura de 7 a 21 dias.
Desse modo, quando esse vetor pica um outro ser humano saudável, ele injeta,
juntamente com a sua saliva, esporozoítos. Estes são a forma assexuada do parasita,
que se direciona ao fígado em menos de uma hora. Esses invasores se alojam nos
hepatócitos, onde amadurecem por algumas semanas e, então,provocam o
rompimento dessas células. Atingindo a circulação sanguínea, iniciam o estágio
eritrocítico do ciclo do hospedeiro. Os sinais clínicos da malária se devem ao
rompimento dos eritrócitos.
Em síntese:
● Ciclo do Vetor - Mosquitos do gênero Anopheles: o parasita se encontra
em sua forma sexuada, reproduzindo-se por esporogonia
● Ciclo do Hospedeiro (ser humano) → O parasita se encontra em sua
forma assexuada, reproduzindo-se por esquizogonia; o ciclo se divide em
dois estágios:
○ Exoeritrocítico (fígado)
○ Eritrocítico (sangue)
1.2. Sintomas
Em uma fase sintomática inicial, o paciente apresenta uma tríade
característica de febre, calafrios e sudorese. Além disso, pode manifestar
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Disciplina de Parasitologia e Micologia
dor nas articulações/musculatura, vômitos e intensa dor de cabeça. A
anemia está presente no quadro inicial, mas progride é com o aumento
dos ciclos eritrocíticos.
Depois dessa sintomatologia inicial, surge a febre intermitente -
cuja frequência padrão (atingida após alguns ciclos eritrocíticos) varia de
espécie para espécie.
● Plasmodium malariae → de 72 em 72 horas
● Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum → de 48 em 48 horas
É possível, também, que o paciente apresente convulsões e, em último
caso, que progrida até o coma.
Cabe detalhar que a gravidade da malária causada pelo Plasmodium falciparum
se deve ao fato de que essa espécie do protozoário, além de amadurecer no interior
dos eritrócitos (causando, eventualmente, o rompimento dessas células), envia
proteínas para a superfície das células sanguíneas. As chamadas knobs estimulam a
citoaderência, ou seja, faz com que essas células se “grudem” às paredes dos vasos
sanguíneos. À medida em que essa aderência progride e que mais eritrócitos se
dispõem colados ao endotélio, configuram-se obstruções circulatórias dos capilares
sanguíneos em múltiplos órgãos: rins, pulmões, cérebro, etc. Além disso, essas células
infectadas podem se aderir a células saudáveis, formando grandes aglomerados de
hemácias que também contribuem para a obstrução da vasculatura. Desse modo, em
pacientes com essa forma mais grave da malária é comum que se identifique hipóxia
(baixa concentração de oxigênio nos tecidos do corpo), acidose lática e hipoglicemia.
1.3. Tratamento e possíveis complicações se não adotado
Os medicamentos utilizados para o tratamento da malária - esquizonticidas,
como a quinina e a cloroquina; antibióticos, como a doxiciclina e a clindamicina;
hipnozoiticidas, como a primaquina e gametocitocidas - agem nas diferentes fases do
ciclo do parasita no hospedeiro. Atualmente, o Ministério da Saúde preconiza a
administração de cloroquina, primaquina, quinina, doxiciclina, clindamicina, arteméter e
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arte-sunato. Todavia, devido ao desenvolvimento de resistência dos Plasmodium contra
os medicamentos, essa conduta terapêutica está em constante revisão.
Se não tratada corretamente, a malária tende a evoluir para quadros graves,
manifestando sintomatologia de sepse (Plewes et al., 2019; Wilson et al., 2020).
1.4. Prevenção
Medidas de proteção individual
Prevenção de contato com o vetor:
● Uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas - afeta principalmente
os mosquitos que picam humanos dentro de suas habitações,
preferencialmente à noite; no Brasil, estima-se que somente 3% da
população da Amazônia legal os utilize regularmente;
● Uso de repelentes
● Uso de telas nas janelas e nas portas dos domicílios
Combate ao mosquito adulto:
● Uso de inseticidas domésticos
Combate às formas aquáticas dos vetores
● Saneamento do peridomicílio
Medidas contra o parasito:
● Diagnóstico e tratamento precoces; quimioprofilaxia, quando indicada
Educação sanitária
Medidas de proteção coletiva
Prevenção do contato com o vetor:
● Escolha de locais adequados para a construção das casas;
● Proteção dos domicílios contra a entrada dos mosquitos (telas) e uso de
mosquiteiros;
Combate aos insetos adultos:
● Uso de inseticidas de efeito residual nos domicílios e de nebulização
espacial;
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Combate às formas aquáticas dos vetores:
● Saneamento de criadouros, uso de larvicidas, controle biológico das
larvas
Medidas contra o parasito:
● Diagnóstico e tratamento precoces; quimioprofilaxia seletiva;
Educação sanitária:
● Treinamento de agentes comunitários de saúde no diagnóstico e
tratamento da malária.
2. DOENÇA DE CHAGAS
Para essa enfermidade, foi elaborada uma narrativa ilustrativa entre um paciente
e uma médica de uma US.
~US Raio de Sol. Sala 1. 13h45min~
Paciente: Doutora, estou apavorada. Fiquei sabendo que a dona Neide está
com uma tal doença de chagas, mas não entendi muito bem o que é isso. Fiquei
preocupada, eu encontreiela mês passado no mercado e falaram que é
contagioso e que eu posso pegar. E se eu estiver com isso? Pode me explicar
um pouco mais?
Médica: Não se preocupe, já estamos cuidando dela e ela vai ficar bem. Com
essas dicas e informações que eu vou lhe dar, você vai saber tudo sobre chagas
e também como se cuidar. Primeiro, a doença de chagas é uma doença que
acontece em regiões quentes, como aqui na região, por exemplo, e ela é mais
comum do que muitos acreditam. Tem até um termo mais técnico e bonito que
as pessoas usam que é “endêmico”. A gente pode pegar Chagas de diferentes
formas, mas a principal é por um inseto vetor, que muitos chamam de “barbeiro”.
Esse inseto vive em rachaduras das paredes de tijolos de barro e aí quando ele
encontra uma oportunidade ele pica a gente e defeca ao lado da picada.
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Paciente: Então a gente pega a doença por meio do coco do bichinho? Que
nojo!
Médica: Sim, mas não é só isso. A pessoa vai sentir coceira e vai acabar
coçando a região e é no coçar que as fezes do inseto infectadas com
protozoários vão entrar em contato com a ferida da picada e com a nossa
corrente sanguínea. Outra coisa importante é higienizar muito bem os alimentos,
pois a infecção também pode acontecer se comermos algo que está
contaminado com os parasitas, por isso sempre lavar bem o que come viu?
Ainda mais agora com um quadro de Doença de Chagas na vizinhança.
Paciente: Eu já lavo os alimentos, mas vou começar a lavar melhor ainda então.
Eu só não entendi uma coisa, o que que a doença vai causar na gente? Dá para
morrer disso?
Médica: Bom, a maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma. Quando
tiver sintomas, nos primeiros dois a quatro meses o paciente vai poder ter febre,
dor de cabeça, mal-estar, ânsia de vômito, diarreia, dificuldade para respirar e
erupções de pele também. Essa fase a gente chama de fase aguda da doença.
Depois disso, as pessoas entram em uma fase crônica indeterminada, que pode
durar anos ou décadas. O mais perigoso é quando a doença evolui para um
estágio final dessa fase crônica e aí pode haver danos cardíacos
frequentemente resultando em morte súbita ou insuficiência cardíaca
progressiva; além de problemas digestivos e constipação crônica. Então sim,
não dá para subestimar essa doença não, ela pode diminuir muito a nossa
qualidade de vida e até mesmo matar.
Paciente: Meu deus, isso quer dizer que a dona Neide tá morrendo?
Médica: Não, no caso da dona Neide nós já estamos realizando o tratamento.
Como foi identificado cedo ainda, não vai chegar a evoluir para esses quadros
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mais graves. O problema é que muitas poucas pessoas chegam a ser
diagnosticadas de fato e são menos ainda os que são diagnosticadas e têm
acesso ao tratamento antiparasitário que é o que a dona Neide está recebendo
já. A demora de diagnosticar a doença de chagas faz com que os medicamentos
de tratamento já não sejam mais tão eficazes também. Por isso, o importante é
se prevenir para não chegar a ter essa doença. Quero que você se cuide, viu?
Lave os alimentos muito bem sempre, use o repelente para evitar que o inseto
pique você e, se puder, coloque mosquiteiros ou telas na sua casa e tente andar
com roupas compridas quando o tempo permitir. E, importante, se achar que viu
o inseto na sua casa não vá e esmague ou bata nele, proteja primeiro as suas
mãos com luvas ou um saco plástico.
~Após esclarecer as suas dúvidas sobre a doença de chagas e renovar a
sua receita, a paciente foi para casa. Pegou o caminho mais longo que não
passava pela rua de Dona Neide e pensou que pediria para o marido
comprar um mosquiteiro quando este chegasse em casa. ~
3. LEISHMANIOSE CUTÂNEO MUCOSA
A Leishmaniose é o nome dado às doenças causadas por um protozoário, ou seja, por
um “bichinho” que entra no nosso corpo, conhecido como Leishmania. Essas doenças
podem ser classificadas em diferentes tipos e hoje vamos conversar sobre a
Leishmaniose cutâneo mucosa.
3.1. Contaminação
A contaminação ocorre da seguinte maneira:
Esses parasitas vivem em animais silvestres, como em morcegos e raposas, mas que
não possuem a capacidade de transmitir a infecção, pois, para isso, esse parasita
precisa entrar na corrente sanguínea. Desse modo, quando um mosquito pica o
morcego, por exemplo, ele pega o parasita do animal e carrega junto dele, passando a
atuar como vetor desse microrganismo. Por fim, quando o mosquito vem nos picar, ele
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acaba soltando o parasita na nossa corrente sanguínea e, consequentemente, somos
infectados. Frente a isso, é importante lembrar que não ocorre a transmissão de
pessoa a pessoa, nem de pessoa a animal.
3.2. Sintomas
O sintoma mais característico dessa doença é a presença de uma úlcera, isto é, uma
lesão avermelhada bem delimitada e com bordas elevadas na região picada pelo
mosquito, podendo atingir pele, nariz, boca, faringe ou laringe. Além disso, o
machucado pode aumentar em extensão e em profundidade. Nesse sentido, outro
sintoma bastante característico é a linfadenopatia em locais próximos da lesão, o que
significa dizer que pequenos “carocinhos” podem ser palpáveis na pele.
3.3. Tratamento e possíveis complicações se não adotado
A Leishmaniose, tem cura e tratamento. O tratamento possui muitas opções, tais como
Glucantime, Anfotericina B desoxicolato, Anfotericina B lipossomal e Petidina. Por isso,
a avaliação do paciente é fundamental, uma vez que o tratamento é realizado de
acordo com o tipo de sintoma, com a idade do paciente e com a presença de doenças
associadas. Caso o tratamento não seja adotado, a doença pode resultar em sérias
complicações, como o surgimento de tumores nas mucosas do nariz e faringe, que
podem vir a destruir a cartilagem nasal.
3.4. Prevenção
Para nos prevenirmos contra essa doença, é importante lembrarmos de sempre usar
repelentes de inseto em lugares que propiciam a propagação dos mesmos, além de
evitar horários em que os mosquitos se encontram mais ativos, como no amanhecer ou
nos finais de tarde. Além disso, coloque mosquiteiros ao redor das camas, telas de
porta e janelas. Pense que a floresta é a "casa'' dos mosquitos, portanto, com o
processo de desmatação, eles não têm para onde ir e, por isso, acabam se localizando
em residências localizadas perto das matas.
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4. TRICOMONÍASE
A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível da vagina ou da
uretra (o canal por onde sai a urina) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis.
Ela causa irritação e secreção vaginais e, por vezes, sintomas urinários. Esse
protozoário causa uma infecção sexualmente transmissível (IST) na vagina e na uretra
de mulheres e nos homens, apenas na uretra. As mulheres são mais propensas a
apresentar sintomas.
4.1. Contaminação
Como eu disse antes, a tricomoníase é uma IST, então, a contaminação
acontece por meio do contato sexual desprotegido (seja ele vaginal, anal ou oral) com
um parceiro ou parceira que esteja contaminado com o protozoário.
4.2. Sintomas
Sobre os sintomas, pode surgir um incômodo na região do pênis ou da vagina,
como uma irritação.No caso das mulheres, é muito comum sair um líquido espumoso
amarelo-esverdeado com cheiro forte (como de peixe) da vagina. Pode também haver
dor ao urinar e ao ter relações sexuais. E essa dor incomoda bastante, porque a
vontade de ir ao banheiro para urinar aumenta também. No caso dos homens, a
maioria das vezes não vão ter sintomas (mas não deixam de transmitirem para suas
parceiras ou seus parceiros). Quando têm sintomas, alguns homens apresentam
secreção espumosa saindo do pênis, dor durante a micção e urgência de urinar com
frequência.4.3. Tratamento e possíveis complicações se não adotado
Então, como iremos tratar essa doença. Primeiro, a partir de agora, todas as
relações sexuais devem ser protegidas com preservativo. Para proteger seu/sua
parceiro/parceira. Entretanto, durante o período de tratamento, é melhor se abster das
relações sexuais por precaução. Segundo, para curar essa doença, vai ser necessário
uma dose única de metronidazol ou tinidazol (que são antibióticos), tomados por via
oral. Esses remédios curam até 95% das mulheres infectadas. Mas, seus parceiros
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sexuais devem ser tratados também ou tu podes se infectar novamente. Se seu/sua
parceiro/parceira não puder vir, faço uma prescrição para entregar a ele ou ela.
4.4. Prevenção
Como evitar de nos infectar? Assim como outras infecções transmitidas pelo ato
sexual, por meio do uso correto do preservativo. Caso tenhas alguma dúvida sobre a
maneira correta de utilizar, podes perguntar sem problema nenhum. Além disso, caso
tu ache que estás infectado/infectada, vem consultar aqui novamente que eu
encaminho o teste pra ti. Assim tu podes proteger a quem tu te relacionas também.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Marcelo Urbano. Introdução a parasitologia. In: Parasitologia
contemporânea[S.l: s.n.], 2012.
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 13 ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
Sites:
- https://www.drakeillafreitas.com.br/leishmaniose-cutanea-tegumentar/
- https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-tegume
ntar-cutanea/
- https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5dab3cf5132ed4001119f369/
5dab3cf54340d20011fb3248/documento/5ddf59e2863df50028752b5f
- https://www.dndial.org/doencas/doenca-chagas/
https://www.drakeillafreitas.com.br/leishmaniose-cutanea-tegumentar/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-tegumentar-cutanea/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-tegumentar-cutanea/