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Thalya Silveira. ODONTOLOGIA (UFAM) Critérios para remoção de dentina cariada Contexto: Antigamente chamavam "Infectada" e "Afetada", esses termos não são usados mais hoje em dia pois sabemos que não se trata de uma doença infecto-contagiosa então pega mal chamar "infectada" Dentina externa: Amolecida Dentina interna: Firme ou consistência de couro Chamamos pela consistência Por que não apoiar material restaurador em cavidade onde não tiramos nada de tecido cariado(amolecido)? Porque essa região amolecida e sem suporte irá cedendo e colocará no material restaurador toda a tensão, aumentando assim o risco de fracasso da restauração. Razões tradicionais para remoção do tecido amolecido: Hoje pode manter esmalte sem suporte desde que apoiado em material adesivo resiliente Colocar restauração sobre remanescente cariado irá fazer a lesão continuar progredindo? NÃO! Pois não haverá substrato para a sobrevivência das bactérias e elas morrerão. Dentina pode sofrer manchamento assemelhando-se a cárie secundária (QUANDO EM ÁREA ESTÉTICA) Dificuldade de assentamento de restaurações com tecido amolecido abaixo (única dificuldade que permanece sem solução) Lesões cavitadas ativas Dor provocada Cor marrom claro Consistência amolecida e friável;ou firme, semelhante a couro Lesões cavitadas inativas Ausência de dor (túbulos dentinários obliterados, dentina esclerosada) Cor marrom escuro ou preta *NÃO É O PRINCIPAL PARÂMETRO* Consistência: Dura DICA CLÍNICA: EM GERAL CAVIDADE NA OCLUSAL VAI ESTAR ATIVA!! SÓ ESTARÁ INATIVA QUANDO CAVIDADE MUITO AMPLA POIS A ESCOVA CONSEGUE TIRAR O BIOFILME RETIDO ALI, saliva também penetra. Thalya Silveira. ODONTOLOGIA (UFAM) Critérios clínicos -Coloração da dentina (Retirar até chegar numa dentina amarelada) -Umidade da dentina (Tecido cariado é úmido, remove todo tecido umido e deixa só a dentina seca) -Dureza da dentina (Padrão-ouro) -Uso de evidenciador de cárie (deveriam estar em desuso) Coloração da dentina Não determina atividade da dentina!!! Posso ter uma dentina preta porém dura e brilhante, sendo assim lesão inativa. Remoção de tecido pigmentado da JAD = A cavidade terminava em dentina e isso é ruim para adesão. Retiramos hoje esse tecido quando em área estética. A dentina pode se pigmentar por N fatores. Cárie primária paralisada pode se pigmentar incorporando colorações externas e tornando-se escuras. Evidenciador de cárie Fusayama desenvolveu primeiro o corante Fuccina básica 0,5% (potencial carcinogênico); vermelho ácido 1% em propilenoglicol. Objetivo: Corar dentina externa que deveria ser removida Único critério objetivo Cora em zonas de menor mineralização (JAD e dentina circumpulpar) = Falta de especificidade Aumenta o risco de exposição pulpar quando usado em cavidades profundas Dureza da dentina Mais relevante Subjetivo Correlação negativa com contaminação bact. Uso de sonda exploradora ou colher de dentina Amolecida: Sonda penetra sob pressão firme Endurecida: Sonda não penetra Melhor método para diferenciar tecido cariado de sadio: USANDO COLHER DE DENTINA Amolecida: Removida SEM PRESSÃO Firme ou consistência de couro: Removida em lascas sob pressão Lesões crônicas: Lascas finas Lesões agudas: Lascas espessas (Cuidado com força pois pode levar a exposição pulpar) Endurecida Não removida por instrumentos manuais Raspas: pó Umidade: Avaliação sempre sob isolamento do campo operatório Úmida: aspecto de necrose, indicativo de cárie ativa Seca: Aspecto seco; minimamente infectada, paralisada. REMOÇÃO DE DENTINA CARIADA SEMPRE SOB ISOLAMENTO RELATIVO NA CLINICA 2: ISOLAMENTO ABSOLUTO Capeamento pulpar direto no caso de exposição pulpar: Lavar a cavidade com solução água de cal Hidróxido de cálcio PA sob a área exposta Cimento de hidróxido de cálcio Material restaurador temporário Brilho da dentina Não é parâmetro Depende da técnica que usamos para retirar; se tira com broca, dentina fica brilhante por causa da dentina que extravaza dos túbulos; se tira com escavadores, jato de ar abrasivo, laser, cansolv a dentina fica opaca pq os túbulos estão obliterados(por isso é mais confortável). Paredes laterais e JAD: Thalya Silveira. ODONTOLOGIA (UFAM) Até alcançar dentina endurecida (garantir boa adesão); Parede pulpar: Remoção cuidadosa até dentina firme/consistência de couro; com aspecto seco. Tecido amolecido não é bom substrato para adesão ATENÇÃO PARA CAVIDADES PROFUNDAS: DEIXA DENTINA AMOLECIDA BITE-WING = MELHOR PARA AVALIAR EXTENSÃO DA CÁRIE, SE JÁ CHEGOU EM POLPA. Observar periápice. (Espessamento do ligamento periodontal -reversível-) Sinais e sintomas Periapical pela técnica do paralelismo: distorce menos PERIFERIA DO PREPARO: SEMPRE CHEGAR EM DENTINA DURA (SADIA) = Promover melhor selamento. Remoção de cárie com instrumentos manuais cortantes -Colher de dentina (padrão-ouro) - Remove especificamente o tecido cariado; confortável Uso de broca somente para acesso a lesão cariosa (Menor chance de fraturar esmalte, menos trauma, não gera desconforto e ansiedade) Broca- Remove também tecido sadio Bibliografia: Dentística Ultraconservativa. Cohen-Carneiro & Nadanovsky, 2003. Decisões clínicas sobre remoção do tecido cariado, Cohen-Carneiro F. Tratamento restaurador Atraumático - Abordagem clínica em saúde pública. MONNERAT e Col. 2015. Cárie dentária - A doença e seu tratamento clínico. FEJERSKOV & KIDD 2005. Anotações de aula
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