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Tabela de Medicamentos Mariana Meireles e Barbara Lamana XL MEDICAMENTO EFEITO FARMACOLÓGICO E MECANISMO DE AÇÃO OBSERVAÇÕES CAPTOPRIL, INALAPRIL Anti-hipertensivos, inibidores de ECA Quando usado com AINE há uma interação antagônica, pois AINE diminui a síntese de prostaglandinas que são vasodilatadoras, causando vasoconstrição e aumento da PA. Tem indivíduos que geneticamente tem mais ECA, logo precisa de maiores doses. PARACETAMOL Analgésico periférico. Inibe COX3, antitérmico e analgésico Hepatotóxico > 4g/dia. A dose da hepatotoxicidade é menor em etilistas, pois o álcool induz a CYP2E1. Produz o metabólito oxidante NAPBQI, que oxida biomoléculas hepáticas, porém é inativado pela glutationa. Pode ser associado à codeína (analgésico central opioide- paco tylex), aumentando a ação analgésica. Em pacientes hospitalizados com febre persistente, em vez de ir aumentado a dose de paracetamol que é hepatotoxico, intercala com dipirona. Em caso de intoxicação o antidoto é N-acetilcisteina (fluimicil). LEVOTIROXINA, PURAN T4, LEVOIDE, SYNTHROID, EHYROX Tratamento de hipotireoidismo Deve ser tomado em jejum. Interação com o sulfato ferroso e com antiácidos. PENICILINA (AMOXICILINA, BEZETACIL) Antibiótico Interação benéfica com a Probenecida, pois essa última ganha a competição pela secreção tubular e mantém a Penicilina mais tempo no sangue. Sinergismo potenciador quando associada ao clavulanato, pois esse degrada a enzima de algumas bactérias que alteram a estrutura química da penicilina. Usado para tratar meningite, mesmo que não seja um medicamento que passa a barreira hematoencefalica naturalmente, pois nesse caso as meninges estão lesadas, dando acesso. MORFINA Analgésico opioide Pode causar depressão respiratória por depressão do SNC. Receita amarela. Tarja preta. Antidoto: naloxona, que se liga ao receptor de morfina. Retirada da planta papoula. FENTANIL ALFENTANIL, Analgésicos Maior potência analgésica do que a morfina. Receita amarela, tarja preta. SULFENTANIL, REMIFENTANIL) NALOXONA Antagonista da morfina Bloqueia a ligação entre a morfina e seu receptor PREDNISONA Glicocorticoide Pró-fármaco (prednisolona é o fármaco ativo) - feito por latenciação. Pró fármaco aumenta tempo de duração do efeito farmacológico. PREDNISOLONA Glicocorticoide Recomendado para pacientes com problemas hepáticos TALIDOMIDA Antiemético Seu isômero é teratogênico, causando focomelia RITALINA (METILFENIDATO) Anfetamina Receita amarela. Tarja preta. DESMOPRESSINA ADH sintético Usado para pessoas com micção noturna SORINE, NEOSORO Descongestionantes nasais Possuem nafasolina, que se liga ao receptor alfa 1, causa vasoconstrição, aumentando o espaço para o ar passar. Gera dependência por mecanismo de feedback negativo que leva à vasodilatação BUNOSID (BUNESONIDA) Descongestionante nasal Anti-inflamatório sem nafasolina ROACUTAN (ISOTRETINOÍNA) Retinoide antisseborreico Risco para mulheres gravidas. Serão dispensados mediante Notificação de Receita Especial (branca) e deverá estar acompanhada de “Termo de Consentimento Pós-Informação”. AAS, ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, ASPIRINA AINE não seletivo, salicilato (outros: benorilato, diflunisal), analgésico, anti- piretico, anti-agregante plaquetario. Único que inibe a COX de maneira irreversível. Preferência pela COX1, então inibe tromboxano, por isso pode ser utilizada como antiagregante plaquetário, podendo ser em pequenas doses. Muito efeito colateral, pois é não seletivo. Salicismo: intoxicação (lavagem gástrica, alcalinizar a urina ou hemodialise) FENOBARBITAL, GARDENAL Anticonvulsivante Induz a CYP3A4, que também metaboliza anticoncepcionais, diminuindo seu efeito farmacológico. Em caso de intoxicação, como ele é um medicamento ácido, o tratamento é alcalinizar a urina, para que o medicamento ao chegar nos rins se ionize e não seja reabsorvido e sim excretado. Melhor absorvido no estomago. TETRACICLINA Antibiótico Não deve ser tomada com leite, pois o cálcio complexa-se com a tetraciclina, ionizando-a. Também é incompatível com ringer lactato e bicarbonato de sódio (interação físico química). Fica armazenado no osso ou no dente (se liga ao cálcio), sedo que pode formar placas amareladas e carie. OMEPRAZOL Anti-acido, Inibidor de bomba de prótons Deve ser tomado em jejum, pois é melhor absorvido em ambiente ácido. Inibe a CYP2C19, que biotransforma o Clopidogrel em um fármaco ativo (propicia agregação plaquetária) PROPANOLOL Betabloqueador anti- hipertensivo Não deve ser a primeira escolha em pacientes negros, pois estes possuem maior quantidade de CYP2D6, enzima que metaboliza o medicamento. Pode ser utilizado com um diurético, que vai diminuir a volemia e evita um feedback negativo do rim de reter mais sódio na tentativa de aumentar a volemia e a PA. FLUOXETINA Antidepressivo tricíclico, inibe receptação de serotonina Receita de controle especial, tarja vermelha. Meia vida de 5 dias, CSS (concentração máxima plasmática media constante- c steady state) 25 dias depois. Inibidor enzimático. VARFARINA Anticoagulante oral Deslocada por AINE, pois competem pela albumina (aumenta sua concentração, podendo ocasionar hemorragias). Quando utilizado é recomendado evitar alimentos ricos em vitamina K ou complexos vitamínicos, pois ela ajuda na síntese de fatores de coagulação, diminuindo efeito anticoagulante da varfarina. Tem 97% da fração ligada à proteína. TIOPENTAL Anestésico geral endovenoso Molécula vai da corrente sanguínea para tecido adiposo, depois é novamente liberado na corrente e vai para SNC, sendo redistribuído. DIGOXINA Glicosídeo cardíaco Utilizado para tratamento de insuficiência cardíaca congestiva, tem alto volume de distribuição, pois age no tecido cardíaco e não no sangue. HEPARINA Anticoagulante injetável Em alguns pacientes, com hipoproteinemia, problema hepático, por exemplo, a heparina pode gerar hemorragias (efeito toxico/maléfico). Para tratar usa sulfato de protamina, que é um antagonista que se complexa com a heparina e impede sua ação farmacológica, diminuindo sua toxicidade. Baixo volume de distribuição, pois age no sangue. DIAZEPAM Benzodiazepínico Receita azul, tarja preta. Se liga a receptores ionotrópicos de cloreto (os mesmo que o álcool). Antidoto em caso de intoxicação: flumazenil (se liga aos mesmos receptores, diminuindo toxicidade). Alto volume de distribuição. Não deve ser usado durante amamentação. Se liga a receptores ionotropicos (canais iônicos de cloreto). RIFAMPICINA Antibiótico Induz a CYP3A4, que metaboliza anticoncepcionais CIMETIDINA Antiácido, Bloqueador de receptor de histamina Diminui a produção de HCl, combatendo a hiperacidez gástrica. Inibe a CYP2C19, que também metaboliza o Diazepam, a Varfarina e o Clordiazepóxido CLOPIDOGREL Antiagregante plaquetário Pró-farmaco biotransformado pela CYP2C19. Não deve ser usado junto com Omeoprazol, pois este inibe a enzima. Não deve ser usado junto com AINE, pois AINE inibe síntese de tromboxano A2, que é um agregante plaquetario, logo pode causar hemorragia. HIDROCLOROTIAZIDA Diurético de TCD Compete pela secreção tubular com o ácido úrico, podendo causar gota. Usado para tratar hipertensão. FUROSEMIDA Diurético Compete pela secreção tubular com o ácido úrico, podendo causar gota. Usado para tratar insuficiência cardíaca congestiva, edema. ATROPINA Anticolinérgico Bloqueia apenas aos receptores muscarínicos de acetilcolina, logo tem alta especificidade. Contudo tem baixa seletividadepois se liga a vários tipos de receptores muscarinicos nos diferentes órgãos do corpo. Usos: antidoto organofosforado, facilita processo de intubação, pois diminui secreções; antiespasmódico, tratamento de ulcera, pois inibe glândulas gástricas, uso oftálmico (midriatico). CLORPROMAZINA Antipsicótico Usado para esquizofrenia, por exemplo, faz bloqueio de receptores dopaminérgicos do SNC, muscarínicos, alfa adrenérgicos e histaminérgicos , não sendo especifico, nem seletivo. BELOMETASONA Corticoesteroide Usado em bombinhas para asma , se esse medicamento permanecer na cavidade orofaríngea, vai diminuir a imunidade local e a cândida vai poder se proliferar. EPINEFRINA Vasoconstritor Aumenta a FC e a PA. Os receptores beta adrenérgicos se ligam aos receptores metabotrópicos beta1 no coração. Adrenalina sintética INSULINA Hormônio hipoglicemiante Se liga a receptores enzimáticos ou de tirosinaquinase. Deve reajustar a dose se for utilizado com glicocorticoide (em doença autoimune, por exemplo), pois esse última é hiperglicemiante. NITROPRUSSIATO DE SÓDIO Vasodilatador endovenoso- Reduz rapidamente a PA Fotossensível (perde atividade e produz cianeto toxico) e também não pode ser injetado em bolos (injeta de uma vez só) para não haver queda brusca de PA. Então tem que ser por gotejamento (infusão venosa continua) e em embalagens não transparentes. SULFONAMIDA Antibiótico Desloca a tolbutamina, aumentando sua concentração e causando hipoglicemia TOLBUTAMIDA Antidiabético oral Interação medicamentosa com sulfonamida. CLOFIBRATO Antidislipidêmico Desloca a hidroxicumarina (anti-coagulante), aumentando o risco de hemorragias. Também desloca a tiroxina da ptn plasmática, podendo apresentar hipertireoidismo HIDROXICUMARINA Anticoagulante Interação medicamentosa com sulfonamida. LIDOCAÍNA Anestésico local Impede a despolarização neuronal pelo bloqueio dos canais de sódio. Desloca a succinilcolina (bloqueador neuromuscular), causando apneia, pois tem dificuldade de contrair músculos respiratórios SUCCINILCOLINA Bloqueador neuromuscular Interação com lidocaína. METRONIDAZOL Antibiótico Efeito Dissulfiram (medicamento para tratar etilismo, pois aumenta os sintomas de ressaca pelo acúmulo de acetaldeído, já que inibe aldeído desidrogenase) DICLOFENACO AINE derivado acético, anti- inflamatório Inibidor não seletivo de COX. Hiperacidez gástrica, em pacientes internatos usa misoprostol e antes citotec. MISOPROSTOL, CITOTEC Citoprotetor gástrico endovenoso, é uma prostaglandina do tipo E, usado em casos de ulceras graves Abortivo pois aumenta a prostaglandina possui receptor do útero, aumentando contração do músculo liso e expulsão do feto. Misoprostol é usado para indução de parto. Logo, antes de aplicar, deve verificar se paciente não está gravida. INDOMETACINA AINE derivado acético, anti- inflamatório potente Inibidor não seletivo de COX. Ela compete pela secreção tubular com a probenicida perde, aumentando sua concentração plasmática. Usado na ortopedia, reumatologia, para gota, espondilite ancilosante. Gera redução do debito urinário. IBUPROFENO, ADVIL AINE- analgésico/ ácido propionico Inibidor não seletivo de COX. Diminui menos o débito urinário que indometacina e menos efeitos gastrintestinais que aspirina. CETOPROFENO AINE- anti-inflamatório/ ácido propionico Inibidor não seletivo de COX- probenicida eleva concentração plasmática NAPROXENO, FLANAX AINE- anti-inflamatório/ ácido propionico Inibidor não seletivo de COX-Maior sangramento gastrintestinal que ibuprofeno (dose). AINE, fenamatos Inibidor não seletivo de COX. Muito utilizado contra cólicas pois diminui prostaglandina nos receptores do útero e diminui sensibilização de nocirreceptores também. Potencializa a ÁCIDO MEFENÂMICO, PONSTAN ação de anticoagulante oral (varfarina) por competição pela ligação com proteínas plasmáticas (a nível de distribuição), causando hemorragias. PIROXICAM, TENOXICAM AINE, oxicans Inibidor não seletivo de COX/ ulceras pépticas e sangramentos quando doses altas (piroxicam). Já o tenoxicam possui meia vida alta (72h) MELOXICAM AINE, oxicam Inibidor seletivo preferencialmente de COX2- diminui efeito colateral da inibição de cox 1 NIMESULINA AINE- anti-inflamatório Inibidor seletivo preferencialmente de COX2, diminui efeito colateral causado pela inibição de COX1. Comparado com o diclofenaco possui vantagens na posologia (nimesulida 12/12- diclofenaco 8/8) e menos efeito colateral, além do preço acessível. COXIBES (CELECOXIB, ETORICOXIB, ROFECOBXIB) AINE Inibidores seletivos de COX2. Indicados para pacientes com problemas gástricos. Não devem ser indicados para pacientes com histórico de problemas cardiovasculares devido a agregação plaquetaria pelo tromboxano não inibido, somado à vasoconstrição pela prostaglandina inibida. Muito usado pela ortopedia. CORTISONA Glicocorticoide Pró-farmaco, precisa ser biotransformada em hidroxicortisona TRIANCINOLONA, OMCILON-A ORABASE glicocorticoide tópico Utilizados para combater processos inflamatórios na boca (orabase- específicos para mucosa oral, fixação boa, ficando mais tempo agindo). DIPIRONA (NOVALGINA, ANADOR) Analgésico periférico, antitérmico e analgésico Inibe COX3 (menos PG no hipotálamo e nos nocirreceptores). Pode causar agranulocitose (leucopenia, neutropenia e trombocitopenia). Se associado a um outro analgésico, como ácido acetilsalicílico pode ter um sinergismo de efeito aditivo, potencializando a ação analgésica. N-ACETILCISTEÍNA, FLUIMICIL Antioxidante Utilizado em quadros de doenças respiratórias e também em intoxicações por paracetamol (realiza a função da glutationa) BUPIVACAÍNA Anestésico local Pode-se associar um vasoconstritor (adrenalina) para impedir a distribuição sanguínea). Cardiotóxico em grávidas devido aos hormonios, deve ser substituído pela Levobupivacaína (levogiro). Ação de duração longa. HALOTANO Anestésico geral São hepatotoxicos, então se tiver utilizando um anestésico local amida junto, ele vai ser menos biotransformado PRILOCAÍNA Anestésico local amida Acumula orto-toluidina, que oxida ferro da hemoglobina, causando metahemoglobinemia. Trata com câmara hiperbárica, azul de metileno MOCLOBEMIDA, TRANILCIPROMINA, SELEGINA Antidepressivo, inibidor de MAO e da degradação de serotonina Não deve ser associado a alimentos ricos em tiramina (aumenta liberação de NA das vesículas pré-sinapticas), pois pode levar a picos de hipertensão. ANFOTERICINA B Antifúngico endovenoso para infecções graves É incompatível se associado com soro fisiológico (interação físico-química, farmacêutica), precipitando. ANTICONCEPCIONAL HORMONAL Contém estrógeno O estrógeno precisa de uma enzima produzida por bactérias da flora bacteriana para ativar e ser absorvido, há alguns antibióticos que destroem essas enzimas, diminuindo efeito do anticoncepcional. (interação terapêutica, farmacocinética a nível de absorção).Além disso, se associado a fenobarbital, fenitoina, ramfipicina, carbazepina, pode ter efeito farmacológico diminuído, pois esses medicamentos são indutores da CYP3A4 que metaboliza os contraceptivos, gerando metabolito inativo. GLIBENCLAMIDA Hipoglicemiante oral que aumenta a liberação de insulina pelas células beta- pancreáticas Quando associado a AINES são deslocados da ptn plasmática, ficando na fração livre e aumentando chance de crises de hipoglicemia. Ao interagir com AINE fenilbutazona, competem pela secreção renal, gerando efeitos hipoglicemicos SALICILATOS AINE Gera aumentoda metotrexato no sangue, por interação a nível de excreção ESPIRONOLACTONA Diurético poupador de potássio Se paciente fizer suplementação e potássio, vai ter hipercalemia pois esse diurético já poupa potássio. ANTI-DEPRESSIVO TRICICLICO Inibe a recapitulação de neurotransmissores para neurônio pré-sináptico Se paciente for usuário de cocaína, que aumenta o SNA simpático, vai ter muita liberação de NA e pouca receptação, logo pode ter aumento súbito de PA, arritmias, taquicardia, parada cardíaca LIDOCAINA Anestésico local, amida Se interagir com succinilcolina, desloca esse bloqueador neuromuscular das proteínas plasmáticas ligadas e gera apneia prolongada. Se liga a receptores ionotropicos. Sua ação tem duração intermediária. CODEÍNA Analgésico opioide Se a dose for menor que 100 mg é receita de controle especial (C1), se for mais é receita amarela Antibióticos Podem levar ao desenvolvimento de colite pseudomembranosa, pois elimina além do foco AMPICILINA, CLANDAMICINA infeccioso, bactérias do intestino, sobrando apenas a clostridium difficile que é resistente (diminui competição), causando inflamação do colón. ROPIVACAINA, ETIDOCAÍNA Anestésicos local São amidas e possuem ação de longa duração BETAMECOL Agonista colinérgico, ação direta Afinidade maior para receptores muscarínico da bexiga, sendo usado para. Resistentes à acetilcolinesterase, podendo causar PCR. METACOLINA Agonista colinérgico, ação direta Usado no diagnóstico de asma brônquica, para avaliar broncoconstrição. Também utilizado no diagnóstico de intoxicação com anticolinérgico, como atropina. Só se liga a receptores muscarínicos. PILOCARPINA Agonista colinérgico, ação direta Uso na oftalmologia: colírio, pois causa miose e também no tratamento de glaucoma, diminuindo a pressão intraocular a partir do aumento do extravasamento dos líquidos das trabéculas oculares. Outro uso é para boca seca, aumentando secreção de saliva. MUSCARINA Agonista colinérgico. Substancia alcaloide alucinógena com grande afinidade por receptores muscarinicos e presente no cogumelo Amanita muscaria. Causa síndrome colinérgica. EDROFÔNIO Anticolinesterásico, ação indireta/ amina Bloqueia o sitio aniônico da acetilcolinesterase, aumentando quantidade de acetilcolina. Usado no diagnóstico de miastenia gravis. FISOSTIGMINA, RIVASTIGMINA Anticolinesterásico, ação indireta/ carbamato Bloqueiam o sitio esterasico da acetilcolinesterase, aumentando quantidade de acetilcolina Eles inibem a acetilcolinesterase periférica e central, podendo ser usado no tratamento de Alzheimer. NEOSTIGMINA Anticolinesterásico, ação indireta/ carbamato Bloqueia o sitio esterasico da acetilcolinesterase. Inibe apenas acetilcolinesterase periférica. Usado no tratamento de miastenia gravis. ORGANOFOSFORADO Agrotóxico inibidor de acetilcolinesterase Inibe o sitio esterásico da acetilcolinesterase. Comum ocorrer intoxicação, levando a uma síndrome colinérgica. Tratamento: atropina e pralidoxima em caso de intoxicação recente. BIPERIDENO, TRIEXFENIDIL Anticolinérgico direto Bloqueiam receptor de acetilcolina a nível de SNC. ESCOPOLAMINA (BUSCOPAN) Anticolinérgico direto Usos clínicos: tratamento de dor abdominal e cinetose (diminui contração musculo liso), para levar à amnesia após alguns procedimentos cirúrgicos (bloqueia receptor muscarínico no SNC). IPRATROPIO (atrovent) / TIOPROPIO Anticolinérgico direto Utilizado no tratamento de asma brônquica e DPOC, pois inibe os receptores muscarinicos nos brônquios, bloqueando a broncoconstrição. TOXINA BOTULÍNICA Anticolinérgico indireto Inibe a proteína SNPA 25 relacionada ao esvaziamento (exocitose) das vesículas com acetilcolina do neurônio pré-sináptico, diminuindo a liberação desse neurotransmissor. ADRENALINA Catecolamina de ação direta (adrenérgico) Se liga a receptor beta 1, aumenta FC. Uso clinico: reanimação na parada cardíaca; alívio de broncoespasmo em choque anafilático; descongestionantes nasais; anti-hemorrágico; midriático; adjuvante de anestésicos locais. Efeito colateral: aumenta arritmias cardíacas, tremores, cefaleia, palpitação, ansiedade. Não existe por via oral, devido à presença da MAO (monoaminaoxidase) no TGI, que degrada catecolamina. NORADRENALINA Catecolamina de ação direta (adrenérgico) Se liga fortemente aos receptores alfa 1 e beta 1 e fracamente ao beta 2, aumentando significativamente a PA, mais que a adrenalina. Uso clínico: tratamento de choque hipovolêmico e cardiogênico. Efeito colateral: via endovenosa se tiver extravasamento para tecidos adjacentes pode causar necrose, pois diminui muito a chegada de sangue. ISOPROTERENOL Catecolamina de ação direta (adrenérgico) Se liga apenas a receptores beta adrenérgicos, não liga em alfa. Não é bom para hipotensão, pois diminui a pressão diastólica. Uso clinico: tratamento de asma brônquica (gera broncodilatação). Efeito colateral: palpitação, ansiedade, como alternativa há salbutanol, fenoterol, terbutalina e metaprotenol com maior afinidade por beta 2. DOPAMINA Catecolamina de ação mista (adrenérgico) Além de ter efeito inotrópico positivo (altas doses), também é um potente vasoconstritor (baixas doses). Uso clinico: PA muito baixa, e também em conjunto com diurético para diminuir edema em pacientes com insuficiência cardíaca, pois aumenta chegada de sangue e do diurético nos rins. DOBUTAMINA Catecolamina de ação indireta (adrenérgico) Forte agente inotrópico positivo, aumentando muito a força de contração, podendo ser utilizado em caso de PCR. Possui discreta ação vascular. Uso clinico: PA pouco baixa. FENILPROPANOLAMINA Não catecolamina de ação indireta (adrenérgico) Era encontrado em medicamentos antigripais atuando como descongestionantes, porém há risco de AVC devido à ação vasoconstritora no SNC (ultrapassa BHE). EFEDRINA (MARAX, REVENIL, FRANOL) Não catecolamina de ação mista (adrenérgico) Utilizada como termogênico, pois aumenta lipólise. Efeito colaterais: aumento PA, FC, broncodilatação, midríase (por isso deve ter cuidado). ANFETAMINA Não catecolamina de ação indireta (adrenérgico) Já foi utilizado no tratamento da obesidade, por ter ação termogênica e redução do apetite, porém pode causar IAM, AVC, então o medicamento foi retirado do mercado. PRAZOSINA, TERAZOSINA, DOXAZOSINA Bloqueadores alfa adrenérgicos Não são tão utilizados pois pode ter queda brusca da PA por vasodilatação intensa, então começa com doses baixas a noite antes de dormir para caso gere uma hipotensão ortostática, não seja tão grave. METOPROLOL, ATENOLOL, ESMOLOL Beta 1 bloqueadores, cardiosseletivos, de segunda geração Utilizados como anti-hipertensivos, pois ao bloquear beta 1 reduz debito cardíaco, reduz pressão arterial. Além disso, diminuem a liberação de renina, diminuindo angiotensina e a PA. Só bloqueiam beta 1, então são cardiosseletivos. PROPANOLOL, NADOLOL, TIMOLOL Beta bloqueador de primeira geração, não seletivo Além de agir bloqueando receptor beta 1, bloqueia beta 2, assim age no pulmão também, causando broncoconstrição, logo paciente asmático não pode utilizar. CARVEDILOL Antagonista de beta e alfa 1, terceira geração Além de bloquear receptor beta, é vasodilatador NEBIVOLOL Beta bloqueador de terceira geração Bloqueia beta e aumenta liberação de NO, por isso é vasodilatador. METILDOPA Agonista do receptor alfa2 adrenérgico Inibe a liberação de NA para a fenda, menos NA se liga no receptor do vaso, tem menos vasoconstrição e a PA cai. É o anti-hipertensivo de primeira escolha para gestantes BICARBONATO DE SÓDIO Antiácido Reage muito rapidamente com HCl e como produto da reação libera CO2, podendocausar flatulências, distensão gástrica, eructações (barulhos). CARBONATO DE CÁLCIO Antiácido Reage mais lentamente com HCl, mas também há formação de CO2. HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO Antiácido Não há produção de gases, mas pode causar diarreia, pois esses íons aumentam a osmolaridade no TGI. HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO Antiácido Não há produção de gases, mas pode causar constipação. Solução: mistura de hidróxido de magnésio e alumínio. RANITIDINA, FAMOTIDINA, NIZATIDINA Bloqueador de receptores de histamina Ao bloquear esses receptores diminui a secreção de HCl, principalmente a noite. Utilizados na prevenção de sintomas. CIMETIDINA Bloqueador de receptores de histamina Diminui HCl, também utilizado na prevenção de sintomas. Inibidor enzimático de fármacos como anticoagulantes orais, fenitoina, carbamazepina, quinidina, teofilina e antidepressivos tricíclicos OMEPRAZOL, LANSOPRAZOL, PANTOPRAZOL, RABEPRAZOL Inibidores de bomba de prótons Utilizados de estômago vazio, pois há interação medicamentosa com alimento.São pró-fármacos. No caso do omeoprazol o fármaco é a sulfonamida, que bloqueia a bomba. SUCRALFATOS (SUCRALFILM) Droga que protege a mucosa gástrica Possuem sulfato de sacarose que reveste a lesão da mucosa com uma pasta viscosa, impedindo o contato do HCl com a ferida e facilitando a cicatrização. Além disso, aumenta a síntese de prostaglandina e bicarbonato, intensificando reparo SUBSALICILATO DE BISMUTO, SALICILATO DE BISMUTO Composto de bismuto que protegem a mucosa gástrica. Utilizado no tratamento de úlcera, pois tem ação antibacteriana contra H.pylori; recobre a lesão com camada protetora; aumenta produção de prostaglandina e muco. Efeito colateral: escurecimento de fezes, da língua e em doses altas pode levar a efeitos adversos no SNC. MISOPROSTOL Análogo da prostaglandina, diminuindo a síntese de HCl Uso clínico: em paciente internado com ulcera causada por AINES não seletivo. Citotec é a versão em comprimido, utilizado em abortos clandestinos. BETANECOL Agonista colinérgico, estimulam receptores muscarinicos do tipo 3 Ação pró-cinética, estimulando motilidade gastrintestinal. Pouco utilizado, pois tem muita reação adversa. METOCLOPRAMIDA (PLASIL) Antiemético, antagonista dopaminérgico Estimula atividade da acetilcolina e bloqueia receptores dopaminérgicos no centro do vomito, acelerando esvaziamento gástrico. Ultrapassa barreira hematoencefalica do SNC, causando efeitos extrapiramidais (relacionados à movimentação), inquietação, sonolência, ansiedade, ginecomastia e distúrbios menstruais. DOMPERIDONA (MOTILIUM) Antiemético, antagonista dopaminérgico Estimula atividade da acetilcolina e bloqueia receptores dopaminérgicos no centro do vomito. Não ultrapassa barreia hematoencefálica, causando menos efeitos adversos. PROMETAZINA (FENERGAN), MECLIZINA (MECLIN), DIMENIDRINATO (DRAMIN), Antieméticos, anti- histamínicos Bloqueiam receptor H1 de histamina no centro do vomito. Efeito colateral: sonolência. DIFENIDRAMINA (NOTUSS) E CLORFENIRAMINA (POLARAMINE) ONDANSETRON (ZOFRAN, VONAU), GRANISETRON, DOLASETRON, PALONESETRON, RAMOSETRON E TROPISETRON Antiemético, antagonista serotoninérgicos Bloqueiam receptor 5-HT3 de serotonina no centro do vomito, diminuindo êmese e náusea. Também agem na zona de gatilho quimiorreceptora do vomito, que é periférica. Usado pós quimioterapia, em grávidas.
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