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Farmácia Hospitalar no processo de Acreditação: comparação entre as principais acreditadoras que atuam no Brasil Lyvia Gabriella Pacheco Andrade1 Yone de Almeida Nascimento2 RESUMO O processo de acreditação hospitalar tem se tornado cada vez mais relevante para a gestão e administração dos serviços de saúde. O presente trabalho trata-se de um estudo comparativo entre as três das principais acreditadoras que atuam no Brasil. Esse artigo contribui para ampliar a visão dos gestores acerca dos métodos de avaliações de cada entidade responsável pelo selo de qualidade em serviços de saúde e sua importância para o Terceiro Desafio da Organização Mundial de Saúde, com o tema “Medicação Segura.” Diante a comparação das acreditadoras, percebe- se que a definição dos padrões varia entre si, mas que estão em consonância com os parâmetros para garantir a segurança do paciente e o uso racional de medicamentos. Observa-se que as acreditadoras possuem seus padrões baseados em seus princípios, podendo estar mais direcionada para a segurança do paciente ou para a logística dos processos. Se submeter ao processo de acreditação faz com que as organizações de saúde busquem um padrão de excelência na qualidade dos serviços prestados. Além disso, a busca pelas acreditações contribui para que as instituições cumpram com os parâmetros legais. A acreditação também contribuirá para o alcance do terceiro objetivo do milênio da Organização Mundial de Saúde, uma vez que os processos são reorganizados para aumentar a segurança para os pacientes. Palavras-chave: Qualidade da assistência à saúde; Serviço de Farmácia Hospitalar; Acreditação hospitalar; Desafios para saúde mundial.1 1 Graduanda do curso de Farmácia no Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte, MG. 2 Orientadora e professora do Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte, MG. 1 INTRODUÇÃO O propósito de buscar programas de garantia de qualidade nas organizações é propiciar a melhoria contínua de todos os processos, a fim de aumentar a produtividade e, sobretudo, garantir a inclusão contínua de requisitos para satisfação de todas as partes interessadas (ROSA; TOLEDO, 2015). Segundo Cardoso (2016), a palavra qualidade, para alguns, representa a busca pela satisfação do cliente, enquanto que, para outros, além da satisfação do cliente, engloba a busca pela excelência em todas as atividades de um determinado processo. A Avaliação da Qualidade em Saúde começou no início do século XX. Já em 1924 o Colégio Americano de Cirurgiões (CAC) decidiu criar o Programa de Padronização Hospitalar (PPH), no qual foi definido uma série de padrões apropriados com o objetivo de garantir a qualidade da assistência em saúde oferecida aos pacientes (FELDMAN; GATTO; CUNHA, 2004). O processo pela busca da qualidade nos serviços de saúde se alinha com os principais objetivos da Acreditação Hospitalar, que segundo o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (2020), consiste na busca pelo estímulo de uma melhoria contínua e sustentada dos processos nas instituições de saúde, através do emprego de padrões e de metas nacionais e internacionais de segurança do paciente. Existem várias entidades nacionais e internacionais ligadas a validação dos serviços de saúde que atuam no país, dentre elas a Organização Nacional de Acreditação (ONA), a National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (NIAHO) e a Joint Commission International (JCI). Apesar do propósito comum do movimento internacional de Acreditação, cada programa foi localmente adaptado às realidades nacionais. Assim, esse processo pode variar conforme a cultura e as políticas hospitalares nacionais (COUTO; PEDROSA, 2007). No Brasil, a trajetória de acreditação surge em 1980, quando a Organização Pan- Americana de Saúde (OPAS) definiu uma série de padrões para os serviços hospitalares da América Latina, que se alcançados, permitiriam aos serviços obter o título de “Acreditado” (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2004). De acordo com a Federação Brasileira de Hospitais (2019), no território brasileiro existem 6.702 hospitais, sendo 4.267 instituições privadas e 2.435 hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo informações divulgadas no site da ONA atualmente no país apenas 326 possuem acreditação ONA, correspondente a 4,9% do total dos hospitais. Segundo Malik; Schiesari (2016, p. ), “no Brasil não há incentivos por parte dos governos ou das operadoras de saúde para que mais hospitais busquem a acreditação não há nenhuma vantagem em ser acreditado no Brasil, nem penalidade por não o ser. “Trata-se, na opinião do autor, de uma decisão dos gestores das instituições e da disponibilidade de recursos. Por outro lado, de acordo com uma análise do COREN (Conselho Regional de Enfermagem), os processos de Acreditação Hospitalar vêm aumentando no Brasil. Isso ocorre por duas razões: a primeira, pela disseminação do Manual da Organização de Acreditação – ONA (Organização Nacional de Acreditação), que serve como base para obtenção do título e detalha os processos administrativos e seus atributos mínimos – liderança, administração, garantia de qualidade, organização da assistência, atenção ao paciente/cliente e diagnósticos – para o bom funcionamento de em um estabelecimento assistencial de saúde; a segunda, pelo impacto positivo que a Acreditação causa no corpo funcional e nos clientes das instituições de saúde. (BONATO, 2011). Cabe ressaltar, as principais vantagens da Acreditação, que de acordo com a Organização Nacional de Acreditação (ONA) (2020), se relacionam a melhoria dos processos assistenciais, aumentando a segurança para os pacientes e profissionais e a qualidade da assistência; mas também se relacionam a melhoria dos processos de gestão, com o uso de instrumentos de gerenciamento, a educação da direção e demais profissionais e a busca pela melhoria contínua. A instituição hospitalar abriga a farmácia hospitalar, que segundo Dantas (2011, p. 3) “constitui-se como um sistema complexo e relevante no âmbito da gestão de sistemas e serviços de saúde.” Seu objetivo é garantir o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos pelo profissional médico, além de responder à demanda das necessidades de medicamentos dos pacientes hospitalizados (CAVALLINI; BISSON, 2002). As práticas inseguras de medicação e erros de medicação são umas das principais causas de lesões e danos evitáveis nos sistemas de saúde no mundo todo. Estima- se que o custo anual associado aos erros de medicação é da ordem de US$ 42 bilhões, quase 1% do total de despesas em saúde no mundo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017). Em decorrência dos inúmeros erros de medicação aos quais estão sujeitos os pacientes hospitalizados, as exigências em relação à qualidade dos processos que envolvem medicamentos está continuamente aumentando durante o processo de acreditação hospitalar. Assim, além dos processos tradicionais de gestão de distribuição e dispensação de medicamentos e materiais médicos hospitalares, outras atividades como a farmácia clínica, vêm ganhando espaço no processo de acreditação, pois está intimamente relacionada com a segurança do paciente e a otimização do tratamento medicamentoso, gerando benefícios para o paciente e para instituição (CARDOSO, 2016). E esse movimento das acreditadoras vem ao encontro do terceiro Desafio Global de Segurança do Paciente, com o tema “Medicação Segura”, criada em 2017 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo objetivo é reduzir em 50% os erros graves e evitáveis relacionados a medicamentos até 2022 (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017). Portanto, o objetivo desse trabalho é comparar as principais acreditadoras que atuam no país, sendo elas a Organização Nacional deAcreditação (ONA), a National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (NIAHO) e a Joint Commission International (JCI), em relação aos seus respectivos critérios e métodos de avaliação no âmbito da Farmácia Hospitalar, em confronto com as legislações pertinentes alinhados ao Terceiro Desafio da OMS. 2 METODOLOGIA Para a elaboração do trabalho as bases de dados utilizadas datam de um período entre 2002 a 2020 e foram utilizados nesta pesquisa sites oficiais dos órgãos responsáveis pela qualificação hospitalar e seus respectivos manuais de padronização, como também endereços eletrônicos de organizações oficiais reconhecidas mundialmente e todas legislações pertinentes. As palavras-chave empregadas foram: gestão em saúde, acreditação, farmácia hospitalar, qualidade hospitalar e desafio global da OMS. Os resultados deste trabalho foram elaborados de maneira comparativa expressa por meio de quadros, contendo os critérios e métodos de avaliação em farmácia hospitalar. Foram usados os seguintes manuais: ● Manual Brasileiro de Acreditação: Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde, volume 1, publicado em 2018 pela Organização Nacional de Acreditação; ● Padrões de Acreditação para Hospitais da JCI, 6° edição, publicado em 2018 pela Joint Commission International; Normas, ● Diretrizes Interpretativas e Orientações para o Auditor Requisitos para acreditação internacional de hospitais, volume 5, publicado em 2018 pela DNV- GL. Os requisitos descritos nos manuais acima foram confrontados com as recomendações expressas nas seguintes legislações: ● Lei nº 5.991/1973 – Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências; ● Lei n°8.080/1990 – Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências; ● Portaria MS/GM n° 529/2013 – Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); ● Portaria MS/GM nº 1.017/2002 – Estabelece que as farmácias hospitalares e/ou dispensários de medicamentos existentes nos hospitais integrantes do SUS deverão funcionar obrigatoriamente, sob a responsabilidade técnica de profissional farmacêutico devidamente inscrito no respectivo Conselho Regional de Farmácia; ● Portaria MS/GM n° 1.377/2013 – Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente; ● Portaria MS/GM n° 2.095/2013 – Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. ● Portaria MS/GM n° 3.916/1998 - Contempla diretrizes e define prioridades relacionadas à legislação - incluindo a regulamentação inspeção, controle e garantia da qualidade, seleção, aquisição e distribuição, uso racional de medicamentos, desenvolvimento de recursos humanos e desenvolvimento científico e tecnológico. ● Portaria MS/GM n° 4.283/2010 – Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais; ● RDC Anvisa n° 20/2011 – Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação; ● RDC Anvisa n° 44/2009 - Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências; ● RDC Anvisa nº 67/2007 – Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias; ● RDC Anvisa n° 220/2004 - Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica; ● RDC Anvisa n° 222/2018 – Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências; ● Resolução CFF nº 568/2012 – Dá nova redação aos artigos 1º ao 6º da Resolução CFF nº 492, de 26 de novembro de 2008, que regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada; ● Resolução CFF n° 585/2013 – Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO O programa da Organização Nacional de Acreditação (ONA), é um processo voluntário, formal e externo em que se avalia a qualidade dos serviços de saúde. A ONA utiliza uma metodologia de avaliação reconhecida pela “International Society Quality in Health Care” (ISQua), uma associação parceira da OMS. As Instituições Acreditadoras Credenciadas (IAC) pela ONA, têm como referência as normas do Sistema Brasileiro de Acreditação e seu respectivo manual. A ONA estabelece 3 níveis de acreditação (Quadro 1) (ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO, 2018). QUADRO 1- Níveis de acreditação estabelecidos pela ONA. Nível de Acreditação Foco Objetivo Descrição Acreditado Segurança Estrutura Atende ao princípio de segurança em todos os processos organizacionais. Validade do certificado de 2 anos. Acreditado Pleno Organização Processo Atende aos princípios de Nível 1 e dispõe de um sistema de planejamento e organização focado na gestão integrada. Validade do certificado de 2 anos. Acreditado por Excelência Práticas de Gestão da Qualidade Resultados Atende aos princípios de níveis 1 e 2 e demonstra uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional. Validade do certificado de 3 anos. Fonte: ONA, 2018 A “Joint Commission International” (JCI), é uma organização não governamental, que trabalha para melhorar a segurança do paciente. Possui o foco em qualidade e segurança, integração da gestão e comunicação. Para atender as exigências, a instituição hospitalar deverá seguir os métodos e critérios estabelecidos pelo manual da acreditadora. O manual é dividido em três seções, a primeira apresenta padrões focados no paciente, enquanto a segunda e a terceira estabelecem padrões administrativos (JOINT COMMISSION INTERNATIONAL, 2018). A “National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations” (NIAHO) é estruturada em critérios que vão impactar positivamente o desenvolvimento e a melhoria contínua da qualidade do cuidado e da segurança dos pacientes, como também está focada na segurança de todas as pessoas envolvidas, como os colaboradores, pacientes, familiares e visitantes. O programa NIAHO, é projetado para hospitais com gestão assistencial madura, requerendo a acreditação ONA nível três (acreditado por excelência) para ser implementado (DNV-GL, 2018). As acreditadoras possuem seus princípios básicos e fundamentos, expresso por meio da missão e da visão de cada credenciadora e seus respectivos representantes no país (Quadro 2). QUADRO 2 – Relação das missões e visões de cada acreditadora. Acreditadoras ONA JCI NIAHO Missão Aprimorar a gestão e segurança da assistência no Setor de Saúde. Melhorar continuamente os cuidados de saúde. Inspirar as instituições a se destacarem por oferecerem cuidados seguros e eficazes da mais alta qualidade e valor. Salvaguardar a vida, a propriedade e o meio ambiente, capacitando as organizações a avançar na segurança e sustentabilidade dos seus negócios. Visão Tornar a Acreditação ONA reconhecida pela sociedade brasileira como sinônimo de qualidade e credibilidade no Setor de Saúde. Todas as pessoas devem ter um atendimento de saúde mais seguro, da mais alta qualidade e do melhor valor em todos os ambientes. Gerar impacto global para um futuro seguro e sustentável Entidades representantes Instituições Acreditadoras Credenciadas (ICA’s) ConsórcioBrasileiro de Acreditação (CBA). DIAS/DNV GL - International Healthcare Accreditation Fonte: DNV-GL, 2018; JCI, 2018; ONA, 2018 Foram analisados critérios de avaliação de cada acreditadora, sendo eles a gestão organizacional e gerenciamento, gestão de pessoas, seleção e aquisição, armazenamento, prescrição/requisição/solicitação, preparo de medicações, dispensação, administração, Farmácia Clínica/ monitoramento/ segurança do paciente e infraestrutura. Nos Quadros 3 a 6 estão dispostos os requisitos avaliados e a padronização de acordo com cada credenciadora. QUADRO 3 - Requisitos avaliados pelas as acreditadoras analisadas quanto à gestão organizacional e gerenciamento da Farmácia Hospitalar. Gestão Organizacional ONA NIAHO JCI – Deve ter um serviço de farmácia que atenda às necessidades dos pacientes. O uso de medicamentos é organizado para atender às necessidades do paciente, dentro das legislações vigentes. Dimensiona recursos humanos, tecnológicos e insumos de acordo com o perfil assistencial identificado. – – Planeja as atividades de acordo com as condições operacionais e de infraestrutura, viabilizando a execução do trabalho de forma segura. – – Estabelece diretrizes voltadas para a interação, preparo, diluição, administração, armazenamento, estabilidade e vigilância dos medicamentos. Disponibiliza para todas as pessoas envolvidas na gestão das medicações informações atualizadas e precisas relacionadas às interações, efeitos colaterais, toxicologia, dosagem, indicações de utilização e vias de administração. – Desenvolve diretrizes para notificação de farmacovigilância e ações de melhoria e cumpre as diretrizes de notificação de hemovigilância, farmacovigilância e tecnovigilância. – Cumpre com os protocolos de prevenção e controle de infecção e biossegurança. – – Cumpre as diretrizes de notificação de incidentes e eventos adversos. – – Cumpre com as determinações do gerenciamento de resíduos. Todas as medicações, embalagens e descartes de medicações devem ser supervisionadas por um médico ou farmacêutico. Mantém o registro e gerenciamento de medicamentos controlados. Mantêm registros precisos e atualizados das recepções e descartes de todas as medicações controladas; os abusos e perdas de medicações controladas devem ser relatados aos responsáveis. – Estabelece relações entre profissionais e serviços, internos e externos, a fim de promover a integralidade do cuidado. – – Gerencia atividades da assistência farmacêutica: planejamento, aquisição, recebimento, armazenamento, distribuição – – Fonte: DNV-GL, 2018; JCI, 2018; ONA, 2018 No que se refere ao âmbito legislativo, a Portaria GM/MS 4.283/2010, preconiza que a Farmácia Hospitalar deve possuir estrutura e infraestrutura que viabilizem as atividades com qualidade, operando com sistema de gestão integrado, baseados na moderna administração, influenciando na qualidade, resolutividade, e custo da assistência. Recomenda ainda que a educação permanente de todos os farmacêuticos e auxiliares; a existência de planos para gerenciamento de risco; a participação efetiva do farmacêutico em todas as Comissões existentes no estabelecimento; a adoção de indicadores de gestão, logísticos, de assistência ao paciente e de educação (BRASIL, 2010). Percebe-se que a ONA possui mais detalhes enquanto aos processos de gerenciamento e organização, em contrapartida a NIAHO e a JCI estão mais direcionadas para os processos relacionados ao uso adequado dos medicamentos, de acordo com a Política Nacional de Medicamentos (BRASIL, 1998). Ainda, a ONA e NIAHO deixam explícitos os requisitos preconizados na RDC n° 222 de 2018 (BRASIL, 2018), que regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. QUADRO 4- Critérios avaliados pelas as acreditadoras quanto aos recursos físicos e humanos das organizações. Recursos Humanos ONA NIAHO JCI Dispõe de profissionais com competências e capacitação compatíveis com o serviço prestado. O serviço deve ser dirigido por um farmacêutico em tempo integral ou parcial e conter um quadro adequado de colaboradores. Todas as atividades da farmácia devem estar dentro das legislações vigentes e sob supervisão do farmacêutico. Identifica necessidade de treinamentos e capacitação frente às demandas assistenciais e administrativas; – – Gerencia a eficácia dos treinamentos, promovendo ações de melhorias; – – Infraestrutura ONA NIAHO JCI Monitora a manutenção preventiva e corretiva das instalações e dos equipamentos, incluindo a calibração. – – Cumpre critérios e procedimentos de segurança para a utilização de equipamentos. – – Áreas para armazenamento de antineoplásicos devem contemplar uma estrutura e procedimento de contenção de derramamento. – – Dispõe de estrutura física para preparo de antineoplásicos. – – A infraestrutura e ambiente seguros exigem controles adequados de ventilação, iluminação, temperatura e umidade nas farmácias Fonte: DNV-GL, 2018; JCI, 2018; ONA, 2018 Em relação aos recursos humanos (Quadro 4), é interessante destacar que a ONA foca em treinamentos e capacitação de seus colaboradores, bem como avalia a eficácia dos mesmos promovendo ações de melhoria. Esse tópico é contemplado pelo documento “Padrões Mínimos para a Farmácia Hospitalar”, publicados pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, que definem educação contínua em quantidade e qualidade para o correto desenvolvimento da assistência farmacêutica (SBRAFH,2017). Ainda, a Lei n° 8.080/90 (BRASIL, 1990), que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, em seu artigo 14 e parágrafo único, que defendem a educação contínua e a Portaria GM/MS 4.283/2010. As três credenciadoras exigem presença do profissional responsável, a ONA deixa implícito qual profissional que deve estar presente, mas segundo a Lei n° 5.991/1973 (BRASIL, 1973), todas as farmácias (inclusive a farmácia hospitalar) devem ter um farmacêutico técnico responsável. A portaria n° 1.017, publicada pelo Ministério da Saúde em 2002, torna explícita a obrigatoriedade da presença de farmacêutico responsável técnico inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF) para o funcionamento das farmácias hospitalares e/ou dispensário de medicamentos integrantes do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2002). Em relação a estrutura física as credenciadoras abordam poucos critérios. A ONA atende aos Padrões Mínimos para a Farmácia Hospitalar, publicados pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH,2017), no que se refere aos equipamentos. Já as questões relacionadas ao manejo de antineoplásicos, abordada pela ONA, é regulamentada pela RDC n° 200, de 2004, que dispõe do regulamento técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica (BRASIL, 2004) e a RDC n° 67, de 2007, que dispõe sobre Boa Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias (BRASIL, 2007). O quadro 5 descreve os critérios relacionados à assistência farmacêutica. Segundo a Resolução n° 568, de 2012, que dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar, é de competência do farmacêutico assumir coordenação técnica nas ações relacionadas à padronização, programação, seleção e aquisição de medicamentos,insumos e produtos para saúde. Bem como a participação dos processos de qualificação e avalição de serviços e fornecedores de medicamentos, garantindo o cumprimento das legislações relativas ao armazenamento dos medicamentos e produtos para saúde (BRASIL, 2012). QUADRO 5- Requisitos avaliados pelas acreditadoras analisadas quanto aos processos ligados à logística da assistência farmacêutica – seleção, aquisição e armazenamento. Seleção/Aquisição ONA NIAHO JCI -- Seleciona uma lista das medicações a serem disponibilizadas no hospital. Supervisão da lista de medicamentos e o uso do mesmo. -- A lista deve estar disponível para todos os funcionários em período integral. Relação de todos os medicamentos padronizados e não padronizados e ação de planejamento para aquisição dos mesmos. Monitora a compra e o recebimento de suprimentos. Monitora o desempenho de fornecedores, alinhado à política institucional. – – Dispõe de processo para controle de recebimento, validação e gerenciamento de produtos manipulados por serviços externos. – – Estabelece práticas de avalição econômica, como análise de custos, desperdício, custo- efetividade, eficácia e resultados. – – Formaliza a interação entre os processos, clientes e fornecedores, de acordo com a cadeias de valor estabelecida. – – Armazenamento ONA NIAHO JCI Monitora o armazenamento e a distribuição de suprimentos. – Os medicamentos são armazenados de forma apropriada e segura, de acordo com suas condições de estocagem. Dispõe de local exclusivo para armazenamento de medicamentos antineoplásicos. –. Existe processo exclusivo para medicamentos e produtos nutricionais que requerem manuseio especial de rotulagem, armazenamento e controle de uso. – – Medicamentos de emergência estão disponíveis de maneiras padronizadas, com armazenamento monitorado quando localizados fora da farmácia – Somente as pessoas da farmácia devem ter acesso às áreas de armazenagem. – Fonte: DNV-GL, 2018; JCI, 2018; ONA, 2018 No que se refere aos processos logísticos do ciclo da assistência farmacêutica, fica claro que as três entidades atendem a diferentes critérios exigidos pela Portaria GM/MS 4.283, de 2010 que aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais (BRASIL, 2010) e a Resolução n° 568, de 2012, mencionada anteriormente (BRASIL, 2012). Em relação a seleção e aquisição, a JCI e NIAHO estão mais direcionadas para a padronização dos medicamentos dos hospitais e a elaboração e disponibilização de uma lista dos medicamentos para todos os profissionais envolvidos no processo de cuidado, atendendo ao Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de medicamentos, coordenado pelo Ministério da Saúde e a Anvisa, aprovados pela Portaria GM/MS n° 1.377 de 2013 (BRASIL, 2013a) e a Portaria n° 2.095 de 2013 (BRASIL, 2013b). Enquanto a ONA foca mais nos processos relacionados a cadeia de compra, fornecedores e aquisição dos insumos. Em relação ao armazenamento cabe destacar que as três acreditadoras vão de encontro aos Padrões Mínimos para a Farmácia Hospitalar, publicados pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH, 2017). A ONA e JCI estabelecem que os medicamentos devem ser armazenados de acordo as suas especificidades como, por exemplo, medicamentos antineoplásicos e produtos nutricionais, atendendo a Resolução n° 67, de 2007 (BRASIL, 2007), que dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Os requisitos em relação a prescrição e administração de medicamentos estão descritos no quadro 6. Em relação a esse tópico, o Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos, coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA, aborda critérios como os elementos mínimos para composição de uma requisição, registros atualizados em prontuário do paciente, o uso em caráter emergencial da prescrição não verbal e avalição técnica da prescrição, administração correta do medicamento e estabelece procedimentos específicos para medicamentos de alto risco. QUADRO 6 - Requisitos avaliados pelas acreditadoras analisadas quanto aos processos ligados à logística da assistência farmacêutica – prescrição e administração de medicamentos. Prescrição/Requisição/Solicitação ONA NIAHO JCI Avalia tecnicamente as prescrições, de acordo com os critérios validados pela prática clínica, considerando o risco medicamentoso – A prescrição, a requisição, e a transcrição são orientados por política e procedimentos. – Garante que as prescrições contenham todas as informações necessárias (nome do paciente, medicação, dosagem e frequência e via de administração) e devem ser escritas e assinadas, pelo profissional responsável, incluindo data e horário. O hospital define os elementos de uma prescrição ou de uma requisição completa. – Os profissionais são devidamente autorizados pelo hospital para realizar prescrições. O hospital identifica e qualifica os profissionais aptos para prescrever ou solicitar medicamentos. Dispõe de prontuário com os registros atualizados sobre o paciente – Medicamentos prescritos são registrados em prontuário do paciente. – Prescrições verbais devem ser desencorajadas e, se utilizadas, devem ser aceitas somente por um funcionário qualificado e autorizado, e dentro de um prazo de 48 horas. Elas devem ser assinadas pelo profissional responsável. – – As medicações prescritas sem duração ou número de doses devem ser interrompidas após um prazo razoável determinado pelo hospital. – Preparo e Administração de medicamentos ONA NIAHO JCI Estabelece critérios farmacotécnicos para manipulação de medicamentos. Medicamentos são preparados em um ambiente limpo e seguro. Estabelece mecanismos e procedimentos parar administração considerando: o paciente, medicamento, dose, hora, via, registro, indicação e apresentação farmacêutica corretas e resposta terapêutica esperada. Todas as prescrições devem ser revisadas antes da administração. A administração de medicamentos inclui um processo para verificar se o medicamento está correto, com base na requisição ou prescrição. Estabelece critérios e procedimentos específicos para medicamentos de alto risco/potencialmente perigosos. – – QUADRO 6 - Requisitos avaliados pelas acreditadoras analisadas quanto aos processos ligados à logística da assistência farmacêutica – prescrição e administração de medicamentos. Preparo e Administração de medicamentos ONA NIAHO JCI – Todas as medicações e compostos biológicos devem ser administrados por ou sob supervisão de profissionais qualificados mediante a prescrição do responsável pelo cuidado, de acordo com as políticas e procedimentos aprovados pelo hospital e por lei. O hospital identifica aqueles indivíduos qualificados, que são autorizados a administrar medicamentos. – – Medicamentos administrados são registrados em prontuário do paciente. Dispõe de sistemática para controle de recebimento, validação, dispensação e rastreabilidade de amostras grátis e medicamentos próprios do paciente. A auto administração está permitida quando o profissional responsável emiti um documento permitindo a auto administração. Define políticas e procedimentos orientam a utilização dos medicamentos trazidos ao hospital para auto administração pelo paciente, ou como amostras grátis – Todos os colaboradores que administrem medicações intravenosas devem receber treinamento adequado. –Fonte: DNV-GL, 2018; JCI, 2018; ONA, 2018 A Portaria GM/MS 4.283 de 2010 (BRASIL, 2010), dispõe da análise farmacêutica das prescrições, bem como a RDC n° 44 de 2009 (BRASIL, 2009), que dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas, para o controle funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias. As diretrizes citadas anteriormente abordam critérios que vão de encontro aos padrões definidos pelas acreditadoras, como podem ser vistos no Quadro 06. No que se refere a segurança do paciente, são muitos os aspectos que podem ser discutidos. Atendendo a Portaria GM/MS 4.283, de 2010 (BRASIL, 2010), as três credenciadoras possuem como eixos estruturantes, a segurança e a promoção do uso racional de medicamentos. QUADRO 7 – Requisitos avaliados pelas acreditadoras analisadas quanto aos processos diretamente ligados ao cuidado dos pacientes. Farmácia Clinica/Monitoramento/Segurança do Paciente ONA NIAHO JCI Estabelece protocolo multidisciplinar para a segurança da cadeia medicamentosa e planos de contingências. O hospital deve ter um método para medir a eficácia do seu sistema de relato e identificar se o seu sistema está identificando todos os erros de medicação e reações adversas às medicações O hospital estabelece e implementa um processo para comunicar e atuar sobre os erros de medicação ou quase falhas, identificando os erros que devem ser registrados ou notificados – – Programa prudente para o uso de antibióticos. – – As prescrições ou requisições de medicamentos são revisadas com a relação à sua pertinência. Estabelece o plano terapêutico individualizado e considera as características pessoais para o planejamento de cuidado. – – Cumpre com as diretrizes dos protocolos de segurança do paciente e com as diretrizes de transição de cuidado. Devem ser acordados e definidos sistemas para as transferências de todos os pacientes dentro do hospital. Independentemente se a transferência for interna ou externa. – Estabelece o plano interdisciplinar da assistência com base no plano terapêutico. – – Estabelece critérios e procedimentos específicos para medicamentos de alto risco/potencialmente perigosos. – – Compartilha com os pacientes e/ou acompanhantes informações relacionas aos medicamentos prescritos. Responsabilidade em orientar o paciente quanto a auto administração, registrando em prontuário a experiência do mesmo focando na segurança das medicações. – Monitora a indicação, eficácia terapêutica, reações adversas com base na evolução do paciente. – Os efeitos dos medicamentos sobre os pacientes são monitorados, através da observação e documentação de todos os efeitos adversos. Dispõe de ações interdisciplinares para as práticas de conciliação e reconciliação medicamentosa. – – Registro atualizado em prontuário sobre a terapêutica medicamentosa juntamente com a identificação dos riscos do paciente estabelecendo ações de prevenção para redução de incidentes. – Possui um processo para registrar no prontuário do paciente os efeitos adversos relacionado ao uso de medicamentos e relata-los ao hospital. QUADRO 7 – Requisitos avaliados pelas acreditadoras analisadas quanto aos processos diretamente ligados ao cuidado dos pacientes. Farmácia Clinica/Monitoramento/Segurança do Paciente ONA NIAHO JCI Dispõe de ações interdisciplinares para controle de interação entre fármaco- nutriente, interação medicamentosa e uso de medicamentos. – – Estabelece planos de ação caso o paciente recuse o uso do medicamento. – – Fonte: DNV-GL, 2018; JCI, 2018; ONA, 2018 É importante destacar que a ONA, NIAHO e JCI estabelecem a adoção de medidas para erros de medicação e notificação dos mesmos, como definido no Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos, aprovado pela Portaria GM/MS n° 1.377, de 2013 (BRASIL, 2013a). Esse mesmo documento define processos específicos para medicamentos de alto risco, compartilhamento da farmacoterapia com paciente e/ou acompanhante, transição de cuidados do paciente, registro de todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos. As três credenciadoras possuem critérios que vão de encontro com o protocolo citado acima, cabe destacar que a ONA e NIAHO possuem mais processos em consonância com o mesmo. A Portaria GM/MS 529, de 2013, institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que tem como objetivo promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente (BRASIL, 2013c). Vale destacar que neste quesito a ONA está mais focada na criação de diretrizes e protocolos, atendendo ao exigido pelo PNSP, como por exemplo na transição de cuidado e nos planos de ação caso o paciente recuse o medicamento. Encontra partida, a JCI e NIAHO estão direcionados para os erros de medicação e notificação dos mesmos. Segundo a Resolução n° 20, de 2011, que dispõe sobre o controle de medicamentos classificados como antimicrobianos (BRASIL, 2011). Dentre as três credenciadoras a JCI é única acreditadora que deixa explícito a adoção de um programa para uso dos antimicrobianos. A implementação da Farmacovigilância, seguindo os Padrões Mínimos para a FH, publicados pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde e o Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente, vão de encontro aos critérios estabelecidos pelas acreditadoras. Entretanto, as certificadoras estabelecem padrões diferentes para os mais variados processos que envolvem a segurança do paciente e o uso racional de medicamentos, mas que possuem consonância entre si. Todas os padrões definidos pela NIAHO e JCI, no que se refere a segurança do paciente estão contidas nos critérios exigidos pela ONA. De acordo o terceiro Desafio Global para a Segurança do Paciente com o tema “Medicação sem Danos” (2017), define que a segurança do paciente se concentra em melhorar a segurança de medicamentos, fortalecendo os sistemas para reduzir erros de medicação e danos evitáveis relacionados aos mesmos. O desafio visa fazer melhorias em cada etapa da medicação incluindo prescrição, dispensação, administração, monitoramento e uso. Para alcançar essa meta, o Desafio adota cinco objetivos específicos como a avaliação dos danos evitáveis e fortalecimento de sistemas de monitoramento; criação de uma estrutura multidisciplinar para facilitar a comunicação entre todos os profissionais envolvidos nos processos relacionados aos medicamentos; desenvolvimento de sistemas, tecnologias e ferramentas para apoiar o estabelecimento de uso de medicamentos mais seguros afim de reduzir os erros; envolvimento de todas as partes interessadas, parceiros e indústria para aumentar a conscientização sobre o problema e buscar efetivamente esforços para melhorar a segurança; capacitar os pacientes, familiares e seus cuidadores para envolvam ativamente em decisões de tratamento e cuidado. É imprescindível destacar que o processo de acreditação na FH impacta diretamente sobre o terceiro Desafio proposto pela OMS, uma vez que os objetivos definidos para alcance da meta, vai de encontro a todos os critérios propostos pelas acreditadoras, bem como as diretrizes estabelecidas pelas legislações vigentes. Por fim, de acordo a Resolução n° 585 de 2013, que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, o mesmo é responsável por executar os diversos serviços e atividades que vão influenciar diretamente na segurança do paciente bem com o cumprimento das diretrizes pertinentes (BRASIL, 2013d). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de existir uma certa coerência nos modelos de acreditaçãoabordados neste estudo, é importante ressaltar que os programas possuem os mesmos fundamentos e objetivos semelhantes, porém suas normas foram desenvolvidas em conformidade com a realidade que levou em consideração a legislação nacional, econômica, cultural e a demanda. Para o presente trabalho foram consultadas diversas leis e regulamentações que refém o funcionamento da Farmácia Hospitalar e pode-se notar que o processo de acreditação está diretamente relacionado com o cumprimento dos parâmetros legislativos para a farmácia hospitalar. Isto é, para uma instituição hospitalar ser aprovada em algum dos modelos de acreditação, significa que a mesma está de acordo com as legislações vigentes para a área. Entretanto a ONA descreve os processos de forma mais detalhada, por ser nacional e ter suas bases alocadas com a realidade do país. No que se refere a Farmácia Hospitalar é claro e evidente que a ONA possui a maioria dos seus padrões voltados para os processos gerenciais e na logística do ciclo da assistência farmacêutica, enquanto a JCI e NIAHO foca mais nas necessidades dos pacientes. Vale ressaltar que a padronização dos serviços de saúde pelas acreditadoras, está intimamente relacionada com o terceiro desafio do milênio proposto pela Organização Mundial de Saúde, com o tema “Medicação Segura”. Os erros de medicação são evitáveis e o cumprimento dos critérios propostos pelas acreditadoras impacta positivamente sobre o desafio global. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de saúde. Revista Saúde Pública, São Paulo, v.38, n.2, p. 335-336, 2004. Disponível em: Acesso em: https://www.scielosp.org/pdf/rsp/2004.v38n2/335-336/pt 05 dez. 2020. BONATO, V.L. Gestão de qualidade em saúde: melhorando assistência ao cliente. O mundo da Saúde, São Paulo, v.35, n.5, p. 319-331, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/gestao_qualidade_saude_melhorando_a ssistencia_cliente.pdf. Acesso em: 06 out. 2020. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 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Contato: yone.almeida@newtonpaiva.br http://www2.ebserh.gov.br/web/hc-ufmg/acreditacao-hospitalar#:~:text=A%20acredita%C3%A7%C3%A3o%20hospitalar%20%C3% https://www.researchgate.net/publication/279775735_SCHIESARI_L_M_C_MALIK_A_M_Qualidade_e_Acreditacao_Gestao_em_Saude_Rio_de_Janeiro_Guanabara_Koogan_2011_v_1_p_325-328 https://www.researchgate.net/publication/279775735_SCHIESARI_L_M_C_MALIK_A_M_Qualidade_e_Acreditacao_Gestao_em_Saude_Rio_de_Janeiro_Guanabara_Koogan_2011_v_1_p_325-328 https://www.researchgate.net/publication/279775735_SCHIESARI_L_M_C_MALIK_A_M_Qualidade_e_Acreditacao_Gestao_em_Saude_Rio_de_Janeiro_Guanabara_Koogan_2011_v_1_p_325-328 http://www.sbrafh.org.br/site/public/docs/padroes.pdf mailto:lyviapacheco@hotmail.com
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