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BMF III – Bioquímica Módulo 5 - Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 1 POTENCIAL TRANSMEMBRANA NEURÔNIOS MEMBRANA Forma barreira para muitas proteínas e íons do fluido intra e extracelular. Permeável seletivamente a alguns íons (Na+, K+ e Cl-), contudo ela é variável. Permeabilidade alta de K+ e baixa de Na+ e não permea- bilidade a outros íons intracelulares. Presença de trocador Na+/K+ ATPase que faz antiporte de 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro da célula. Maior concentração de Na+ do lado de fora e maior concentração de K+ dentro da célula. POTENCIAL DE REPOUSO -70 mV, criado pelo gradiente elétrico mantido, resulta do equilíbrio entre as forças de tendência de saída, e atração, do K+ pelos íons intra- celulares. IMPULSO ELÉTRICO Evento inicia despolarização da membrana, canais de Na+ se abrem e ele entra, K+ vai para fora da célula e o potencial atinge de +20 a +30 mV. É gerado por despolarização que abre canais em região particular da membrana, induzindo mudança conformacional na vizinhança. A polarização e despolarização progressiva permitem que o impulso seja propagado sem diminuir a amplitude. ATP produzido no metabolismo degradativo é utilizado para manter o equilíbrio do potencial elétrico através da membrana do neurônio. SINAPSE Formada no espaço entre o neurônio pré e pós- sináptico. TIPOS ELÉTRICA Gap junctions. QUÍMICA DIRETA neurotransmissor liga-se a um canal de íons e causa sua abertura ou fechamento. INDIRETA neurotransmissor liga-se a um receptor que libera ou gera segundo mensageiro que poderá reagir com um canal de íons, levando este a se fechar ou abrir. NEUROTRASMISSORES Encontram-se no terminal axonal pré-sináptico estocados em vesículas, as enzimas necessárias a sua síntese estão presentes no neurônio pré-sináptico, estimulação sob condições fisiológicas resulta em liberação, há mecanismo para o término de sua ação na fenda sináptica. CATEGORIAS Aminas biogênicas, aminoácidos e peptídeos. AÇÃO EXCITATÓRIA Ach, aspartato, dopamina, histamina, norepinefrina, epinefrina, glutamato, serotonina. INIBITÓRIA GABA e glicina. CLASSES DE MOLÉCULAS PEQUENAS Ach, aminas biogênicas, dopamina, norepinefrina, epinefrina, serotonina e histamina. AMINOÁCIDOS GABA, glutamato, glicina. PEPTÍDEOS NÃO CONVENCIONAIS NO, CO, fatores de crescimento. SÍNTESE PEQUENAS MOLÉCULAS qualquer parte do neurônio, citoplasma perto ao núcleo ou axônio próximo ao terminal sináptico. Ach sintetizada a partir de colina e acetato (colina acetiltransferase), encontrada em vários pontos do SNC e SNP e em todas as junções neuromusculares. SEROTONINA a partir de triptofano, sofre hidroxilação e descarboxilação, sintetizada no SNC e nas células cromafins. BMF III – Bioquímica Módulo 5 - Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 2 CATECOLAMINAS DOPAMINA sintetizada a partir da tirosina, sofre hidroxilação (DOPA), descarboxilação. NOREPINEFRINA hidroxilação da dopamina. EPINEFRINA metilação da norepinefrina. PEPTÍDEOS ocorre no corpo da célula e exige transcrição gênica e translação. O neuropeptídeo é processado no RE, enovelado no aparelho de Golgi e estocado em vesículas no terminal axonal para ser liberado na fenda sináptica. Vários são derivados da pre- opiomelanocortina, responsáveis por mediar respostas sensoriais e emocionais. ENCEFÁLICAS analgésicos naturais, clivagem seletiva e splicing de três precursores resulta na produção de vários opioides (endorfinas, nociceptina e endomorfinas. ESTOCAGEM VESÍCULAS PEQUENAS livres ou ligadas a proteínas do citoesqueleto (actina). GRANDES contém pequenas moléculas neurotrans- missoras, peptídeos e enzimas (síntese de norepinefrina). BIOGÊNESE DAS VESÍCULAS proteínas constituintes da membrana são sintetizadas no REG e carreadas em vesículas do complexo de Golgi para o terminal pré- sináptico, mediante proteínas motoras (cinesina e dineína citoplasmática) ao longo de microtúbulos ou miosinas ao longo de filamentos de actina. LIBERAÇÃO ENTRADA DE CÁLCIO potencial de ação do nervo pré- sináptico abre o canal de voltagem de Ca2+. MOBILIZAÇÃO DAS VESÍCULAS SINÁPTICAS Ca2+ ativa Ca2+ CAMquinases I e II. Ca2+ -CAMquinase II fosforila a proteína regulatória sinapsina, prevenindo que as vesículas se liguem a proteínas do citoesqueleto e aumentando a quantidade de vesículas livres. Vesículas entram na zona ativa no terminal pré-sináptico. CALMODULINA pode se ligar à sinapsina e impedir competitivamente sua interação com a actina. LIGAÇÃO DAS VESÍCULAS À MEMBRANA proteínas especializadas localizadas na membrana das vesículas, outra membrana pré-sináptica e algumas no citoplasma entre membranas. SINAPSINA regulação da atividade das vesículas. SINAPTOFISINA membrana da vesícula, contribui para a formação de um canal da vesicula para a membrana pré-sináptica, permitindo a liberação de NT. SINAPTOTAGMINA membrana da vesícula, interage via Ca2+, envolvida na fixação da vesícula à membrana. SINTAXINA membrana plasmática pré-sináptica, liga- se à sinaptotagmina e medeia sua interação com os canais de Ca2+. SINAPTOBREVINA/VAMP membrana associada a vesícula, envolvida no transporte e exocitose. 1 vertebrados e invertebrados, principal componente da membrana das vesículas sinápticas. 2 isoforma mais abundante no cérebro de camundongo, amplamente distribuída. FUSÃO E EXOCITOSE RECICLAGEM DAS VESÍCULAS após a fusão das vesículas com membrana celular, se afasta e forma uma película de proteína clatrina que a separa da membrana pré- sináptica. A seguir a película de clatrina é removida e ocorre reconstituição da vesícula. ATIVAÇÃO DOS RECEPTORES IONOTRÓPICOS comunicação direta e rápida, geralmente são constituídos por proteínas com 5 subunidades embebidas na membrana celular. Síndrome miastenica de Lambert-Eaton autoimu- ne, anticorpos atacam CaV em terminais pré-sináp- ticos. Não ocorre entrada de Ca2+ e, consequente- mente, não há mobilização de vesículas de Ach. Toxina botulínica atua localmente, bloqueando a liberação de neurotransmissores das vesículas. Liga-se a SV2 e sinaptobrevina e é internalizada por endocitose em vesículas cobertas com clatrina. Cliva SNAP-25 (A) e rompe a cadeia da sinaptobrevina (B), interferindo na formação do complexo SNARE necessário para ancoragem e fusão das vesículas na zona ativa. Toxina tetânica transportada ao longo dos axônios até a medula espinal (cliva VAMP2, vesículas não conseguem se fundir à membrana neuronal), onde inibe terminais interneurônios glicinérgicos, como resultado não ocorre regulação da inibição por feedback, resultando na superexcitação do neurônio e contração muscular. BMF III – Bioquímica Módulo 5 - Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 3 METABOTRÓPICOS canal direto com ação lenta, composto por proteína transmembrânica conectada a uma proteína G, variedade de sinais intracelulares. INATIVAÇÃO PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS presentes na membrana pré-sináptica, transportam neurotransmis- sores de volta para a célula pré-sináptica onde será novamente estocada ou sofrerá reação enzimática. DIFUSÃO neuropeptídios se difundem rapidamente no meio circulante, se afastando dos receptores. INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA
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