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BMF III – Bioquímica Módulo 6 - Aula 9 Cecilia Antonieta 82 A 1 MELATONINA E CICLO CIRCADIANO MELATONINA PRODUÇÃO Glândula pineal (melatonina plasmática) e retina (ação local). Depende da disponibilidade de triptofano. Regu- lada pela liberação de norepinefrina (que atua em re- ceptores adrenérgicos sepentínicos conectados com adenilil ciclase, o aumento do AMPc ativa a enzima limitante) dos terminais nervosos simpáticos. ETAPAS TRIPTOFANO-5-HIDROXILASE triptofano → 5-hidroxi-triptofano. *5-HTF DESCARBOXILASE 5-hidroxitriptofano → serotonina. Atinge concentrações 100x maiores no escuro, etapa limitante, AMPc potencializa sua atividade, ICER inibi sua transcrição. SEROTONINA-N-ACETILTRANSFERASE serotina → N-acetil-serotonina. *HIDROXI-INDOLOL-O-METILTRANSFERASE N- acetil-serotonina → melatonina. *Enzimas principais. CÁLCIO atua nos níveis de AMPc (potenciador da atividade da NAT. Fosforila a proteína CREB, a partir da ativação de quinases dependentes de cálcio. Atua em eventos pós-transicionais: ativa quinases dependentes de cálcio que fosforilam enzimas citosólicas que atuam na síntese, atividade ou estabilidade da NAT. *KCL e ouabaína aumentam a quantidade de cálcio intracelular. FUNÇÕES Regula o ciclo circadiano, atua na regulação da tempera- tura, PA e sistema imunológico, relacionada à oncogê- nese e crescimento tumoral, atua na fisiologia da retina. RETINA Estimula a atividade dos bastonetes (diminui seu segmento externo e aumenta o dos cones). Dopamina estimula a atividades dos cones. Melatonina inibe a produção de dopamina. Via retino-talâmica fotorreceptores na camada ganglionar com melanopsina -> núcleo supraquiasmático no hipotálamo -> zona intermediária lateral da medula espinal -> gânglio cervical superior (nervos simpáticos) -> glândula pineal. SECREÇÃO Molécula anfipática, não é armazenada nos pinealócitos – atravessa a membrana e 70% dela circula no plasma ligada à albumina. CATABOLISMO E EXCREÇÃO Metabolismo hepático: mais de 90% da melatonina circulante. É hidroxilada e excretada na urina como sulfatos e glicuronídeos conjugados. Metabólitos da urina são marcadores fiéis da atividade biossintética da glândula pineal. RECEPTORES Por ser anfipática liga-se tanto a receptores da membra- na quanto a receptores intracelulares. MT1 larga distribuição, induz diferenciação celular, acoplado à proteína G (PKC). MT2 cerebelo, núcleo supraquiasmático, retina e SNC. MT3 distribuição generalizada – intracelular, pode estar relacionada à regulação da pressão (glaucoma) e à respostas inflamatórias na vasculatura. TOXINA PERTUSSIS liga-se aos receptores de maltonina que inibem a adenilato ciclase, diminuindo os níveis de AMPc e, assim, a produção de melatonina. CICLO CIRCADIANO Regulado pelo núcleo supraquiasmático. Suas células expressam proteínas (clock proteins) que fazem parte de um ciclo bioquímico. Etapa inicial da fotossincronização começa nas células da camada ganglionar da retina – receptores MT1 e 2 fotopigmentos (melanopsina e criptocromo) – responsáveis pela fotorrecepção e pela transdução do estímulo luminoso, que é enviado para o NSP pela via retino-hipotalâmica via glutamato. Principais neurotransmissores envolvidos na estimulação do NSW: glutamato, GABA, neuropeptídios e serotonina. BMF III – Bioquímica Módulo 6 - Aula 9 Cecilia Antonieta 82 A 2 SONO E NEUROTRANSMISSORES GABA inibe tálamo e córtex – sono. Núcleo pré-óptico ventro lateral – inibe os núcleos da rafe, tuberomamilar do hipotálamo e locus ceruleus. SEROTONINA interrompe o sono REM. ACh mantem a vigília. NORADRENALINA produzida a noite, estimula a produção de maltonina – sono. OREXINA liberada no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo – induz a liberação de ACh por outras áreas e, as- sim, induz a vigília. Cérebro. As orexinas se ligam a dois tipos de receptores acoplados à proteína G: OX1 e OX2. DIMINUIÇÃO DO ESTADO DE VIGÍLIA Diminuição da temperatura corporal e da estimulação. Acumulação de adenosina no cérebro para inibir as células do cérebro frontal basal, que estão envolvidas no estado de vigília. Acumulação de prostaglandinas ao longo do dia induz o sono.
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