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Política Nacional de Humanização
A Política Nacional de Humanização (PNH), ou mais conhecidamente como HumanizaSUS surge da necessidade de enfrentar os desafios decorrentes da implantação do Sistema Único de Saúde – SUS: acesso universal e equânime aos serviços de saúde e à atenção integral.
Além dessas prerrogativas, possibilita a alteração do quadro de formação dos trabalhadores, das relações precárias de trabalho e amplia o diálogo entre os sujeitos implicados no processo de produção da saúde, promovendo gestão participativa, estimulando práticas resolutivas, reforçando o conceito de clínica ampliada.
A PNH busca, fundamentalmente, fomentar autonomia e protagonismo de trabalhadores, usuários e gestores, aumentar o grau de corresponsabilidade na produção de saúde e sujeitos, estabelecer vínculos solidários e participação coletiva na gestão.
Como política, a Humanização deve operar no conjunto das relações entre profissionais e usuários, entre os diferentes profissionais, entre as diversas unidades e serviços de saúde e entre as instâncias que constituem o SUS. Deve confluir para a construção de trocas solidárias e comprometidas com a produção de saúde e a da produção de sujeitos.
Os princípios ou diretrizes que norteiam a política de humanização estão definidos pelo Ministério da Saúde, como uma política de valorização da “dimensão subjetiva” e social em todas as práticas de atenção e gestão”, ou seja, promover e fortalecer práticas que integrem os sujeitos: trabalhadores e usuários. Essa integração perpassa pela construção dos sujeitos e também dos saberes, para produzir uma saúde pública de qualidade e não apenas como uma prática médica, mas, principalmente como uma proposta pedagógica, ou seja, para alcançar o conhecimento sobre saúde os profissionais devem saber e praticar a medicina preventiva, saúde pública e medicina social.
Outros princípios importantes são: o fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a transdisciplinaridade e a grupalidade; e a utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos.
Como um sistema, o SUS dever estar interconectado em Rede que implica trocas, solidariedade, responsabilidade conjunta, especificidade e complexidade, saberes, coletividade, compromisso, dentre outros. “Nessa rede estão todos os sujeitos: gestores, trabalhadores de saúde, usuários, todos os cidadãos”.
De acordo com a Política Nacional de Humanização cada esfera governamental de gestão do SUS deve trabalhar para que este sistema dê certo, para tanto é preciso criar uma agenda de compromissos na elaboração de Planos estaduais e municipais de saúde   e que estes contemplem os componentes da PNH.
Deve também consolidar e expandir os Grupos ou Comitês de Humanização nas secretarias estaduais de saúde (SES), nas secretarias municipais de saúde (SMS) e nos serviços de saúde, entendidos como dispositivos de articulação, estímulo, valorização e formulação de políticas de humanização nas diferentes práticas e instâncias gestoras da saúde.
A figura abaixo é um dendograma da classificação hierárquica Descendente com base em vários outros documentos que classificou por onde se deveria começar a  PNH.
 Figura 1: Dendograma de classificação (FREITAS, F. D. da S. de, et al, 2013).
Para saber mais sobre o assunto acesse: Processo de implantação da política nacional de humanização em hospital público e Ambiente e humanização: retomada do discurso de nightingale na política nacional de humanização.
RESUMO
A Política Nacional de Humanização (PNH), ou mais conhecidamente como HumanizaSUS surge da necessidade de enfrentar os desafios decorrentes da implantação do Sistema Único de Saúde – SUS: acesso universal e equânime aos serviços de saúde e à atenção integral. Além dessas prerrogativas, possibilita a alteração do quadro de formação dos trabalhadores, das relações precárias de trabalho e amplia o diálogo entre os sujeitos implicados no processo de produção da saúde, promovendo gestão participativa, estimulando práticas resolutivas, reforçando o conceito de clínica ampliada. A PNH busca, fundamentalmente, fomentar autonomia e protagonismo de trabalhadores, usuários e gestores, aumentar o grau de corresponsabilidade na produção de saúde e sujeitos, estabelecer vínculos solidários e participação coletiva na gestão (MARTINS, 2015).
Sendo assim a mesma deve operar no conjunto das relações entre profissionais e usuários, entre os diferentes profissionais, entre as diversas unidades e serviços de saúde e entre as instâncias que constituem o SUS. Deve confluir para a construção de trocas solidárias e comprometidas com a produção de saúde e a da produção de sujeitos (FREITAS, 2013).
O Ministério da Saúde define os princípios ou diretrizes que norteiam a política de humanização, tem então a visão de uma política de valorização da “dimensão subjetiva” e social em todas as práticas de atenção e gestão”, ou seja, promover e fortalecer práticas que integrem os sujeitos: trabalhadores e usuários. Essa integração perpassa pela construção dos sujeitos e também dos saberes, para produzir uma saúde pública de qualidade e não apenas como uma prática médica, mas, principalmente como uma proposta pedagógica, ou seja, para alcançar o conhecimento sobre saúde os profissionais devem saber e praticar a medicina preventiva, saúde pública e medicina social (RANZI, 2012).
Ainda complementando outros princípios que devem se destacados é o fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a transdisciplinaridade e a grupalidade; e a utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos (SILVA et al, 2010).
o SUS funciona como um sistema e sendo assim dever estar interconectado em Rede que implica trocas, solidariedade, responsabilidade conjunta, especificidade e complexidade, saberes, coletividade, compromisso, dentre outros. “Nessa rede estão todos os sujeitos: gestores, trabalhadores de saúde, usuários, todos os cidadãos” (BRASIL, 2004).
A Política Nacional de Humanização traz então um conceito de que cada esfera governamental de gestão do SUS deve trabalhar para que este sistema dê certo, para tanto é preciso criar uma agenda de compromissos na elaboração de Planos estaduais e municipais de saúde   e que estes contemplem os componentes da PNH. A consolidação tem então a função de expandir a Humanização nas secretarias estaduais de saúde (SES), nas secretarias municipais de saúde (SMS) e nos serviços de saúde, entendidos como dispositivos de articulação, estímulo, valorização e formulação de políticas de humanização nas diferentes práticas e instâncias gestoras da saúde. 
 
REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Relatório Técnico: Programa de Humanização do Hospital Universitário de Dourados-MS. Fiocruz, 2004.
MARTINS, C. P. A política nacional de humanização na produção de inflexões no modelo hegemônico de cuidar e gerir no SUS: habitar um paradoxo. 2015. 192 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2015. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/132141>.
FREITAS, F. D. da S. de, et al. Ambiente e humanização: retomada do discurso de nightingale na política nacional de humanização. Escola Anna Nery,  Rio de Janeiro ,  v. 17, n. 4, p. 654-660, 2013.
RANZI, D. V. M. O desenvolvimento da política Nacional de Humanização, em Nova Alvorada do Sul-MS. Campo Grande, 2012.
SILVA. G. V; VIANA. F. M. A; MUNIZ. R. B; MATOS. T. C, et al. Programa de Humanização da Secretária Municipal de Saúde de Nova Alvorada do Sul/MS. Nova Alvorada do Sul. 2010.
Programa de Humanização Intermediário
O Programa de Humanização e Acolhimento tem como característica principal o desejo de intervir, construtivamente, no processo de trabalho promovendo mudanças de hábitos como, desmistificar a forma tradicional de atendimentos transformando emuma forma humanizada e acolhedora, proporcionando assim ambientes agradáveis, visando à satisfação mútua dos atores envolvidos, bem como o bem estar coletivo.
A humanização, portanto, exige o exercício constante de reflexão sobre valores e princípios que organizam a prática profissional, além de um colhimento cuidado e uma relação de solidariedade por parte dos profissionais da saúde. O principal foco do trabalho do profissional de saúde é o usuário, acometido de sintomas e/ou doenças. Na humanização esse profissional deve ter uma nova postura ética que permeie todas suas atividades profissionais e processos de trabalho institucionais. Em qualquer atividade, o processo de humanização requer esforço individual e coletivo, pois sua prática está inteiramente ligada, ou condicionada ao “cuidado com o outro”.
Em 2003, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde cria a Política Nacional de Humanização. O processo de criação, estruturação e implantação dessa Política tem suas origens nos movimentos sociais pela saúde, principalmente do Movimento Sanitarista.
A perspectiva de criação da Política Nacional de Humanização era que englobasse ações já existentes, a exemplo, o Programa de Atenção  ao Parto e Pré-Natal e o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), e tornasse esses programas mais próximos e mais articulados, entre si. Era preciso ampliar as discussões sobre o conceito de humanização utilizando como princípio básico, a interação entre a atenção e a gestão.
Para tanto, os valores éticos, estéticos e políticos, permeiam o HumanizaSUS. Essa política deve -  segundo o Ministério da Saúde – ser ética quando se trata de reconhecer o direito do outro, acolhe-lo em suas diferenças, mas, sobretudo permiti-lo sentir-se vivo.  O conceito de “estética”, na política de humanização permite estabelecer que, nas relações do dia a dia – entre usuários e trabalhadores, e estes entre si -  sejam criadas estratégias que modifiquem as relações humanas, bem como forjar ações que deem significado a dignidade humana. Por fim, o valor político porque indica o comprometimento coletivo de envolvimento de uns com os outros sendo todos protagonistas da produção de vidas.
De acordo com o texto: Processo de implantação da política nacional de humanização em hospital público. A PNH trabalha com três princípios básicos associados, quais são eles?
A humanização do SUS indica mudanças nas práticas de atenção e gestão, onde se aposta nos usuários e trabalhadores como agentes de transformação social.
Não basta apenas idealizar um sistema de saúde. É preciso que esse sistema esteja atrelado a vontade de quem opera o sistema com ações concretas, em conjunto, onde todos se sintam parte do processo em construção.
Este é um processo longo e que deve ser sempre reconstruído, com novas estratégias, novos saberes, novas pessoas, novas relações, mas principalmente, desconstruir a ideia de doença.
Assista o vídeo do Seminário de 10 anos do PNH: "Ágora dos 10 anos: a gestão da PNH e seu projeto ético-estético-político na máquina de Estado -- Regina Benevides e Gustavo Nunes de Oliveira".
Vamos ver um pouco mais sobre o assunto em Burocracia e políticas públicas: a implementação da Política Nacional de Humanização dos Serviços de Saúde em Porto Alegre/RS e HumanizaSUS.
RESUMO
Em 2003, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde cria a Política Nacional de Humanização. O processo de criação, estruturação e implantação dessa Política tem suas origens nos movimentos sociais pela saúde, principalmente do Movimento Sanistarista (ARCHANJO, 2010).
A perspectiva de criação da Política Nacional de Humanização era que englobasse ações já existentes, a exemplo, o Programa de Atenção  ao Parto e Pré-Natal e o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), e tornasse esses programas mais próximos e mais articulados, entre si. Era preciso ampliar as discussões sobre o conceito de humanização utilizando como princípio básico, a interação entre a atenção e a gestão (BENEVIDES; PASSOS, 2005).
Para a Política Nacional de Humanização é importante a troca de “saberes”, mas, principalmente organizar princípios e ações que possam operar no conjunto das relações entre trabalhadores e usuários do Sistema, garantindo a transversalidade e multidisciplinaridade entre os organismos que compõe o SUS (BRASIL, 2004).
A Humanização, “como um conjunto de estratégias para alcançar a qualificação da atenção e da gestão em saúde no SUS” (BRASIL, 2004), consolida-se como um instrumento fundamental nas relações interpessoais e de trabalho, bem como, prepara o profissional e o cidadão - que usufrui dos serviços -  para lidar com as dimensões subjetivas, dos sujeitos das ações, fortalecendo e estimulando vínculos solidários e processos de integração e promoção para produzir saúde, como um bem da vida humana,  além da produção de sujeitos capazes de transformar realidades transformando-se a si próprios nesse mesmo processo.
Segundo a cartilha do Ministério da Saúde, o Acolhimento pressupõe uma das “tecnologias” de humanização e com elas a autonomia e a participação coletiva dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, os vínculos de solidariedade no processo de gestão e a atenção  no campo da saúde pública (BRASIL, 2004).
Acolhimento então é definido como uma “ação tecno-assistencial” que permite restabelecer o princípio da universalidade, da equidade, ou seja, todos têm direito ao acesso aos serviços de saúde, e de qualidade,  juntamente com a alteração da prática dos serviços, onde todos são responsáveis – usuários e trabalhadores – na construção de ações que promovam  mudanças que reflitam os princípios éticos, a defesa e a afirmação de uma vida digna a todos os cidadãos e cidadãs (BRASIL, 2006).
Para tanto, os valores éticos, estéticos e políticos, permeiam o HumanizaSUS. Essa política deve -  segundo o Ministério da Saúde – ser ética quando se trata de reconhecer o direito do outro, acolhe-lo em suas diferenças, mas, sobretudo permiti-lo sentir-se vivo.  O conceito de “estética”, na política de humanização permite estabelecer que, nas relações do dia a dia – entre usuários e trabalhadores, e estes entre si -  sejam criadas estratégias que modifiquem as relações humanas, bem como forjar ações que deem significado a dignidade humana. Por fim, o valor político porque indica o comprometimento coletivo de envolvimento de uns com os outros sendo todos protagonistas da produção de vidas (BRASIL, 2006).
A humanização do SUS indica mudanças nas práticas de atenção e gestão, onde se aposta nos usuários e trabalhadores como agentes de transformação social. Humanização na atenção à saúde é entender cada pessoa em sua particularidade, com necessidades específicas, e, assim, criar condições para que tenha maiores possibilidades para exercer sua vontade de forma autônoma.
A PNH é uma política pública de saúde e se insere em um conjunto maior, que são as políticas públicas sociais. O Ministério da Saúde enfatiza que a PNH como política difere de um programa, por apostar em ampla inserção transversal no sistema de saúde e não se restringir a ações pontuais. Com isso, pretende fomentar mudanças nas práticas em saúde e nas relações que se produzem nesse campo.
A PNH trabalha com três princípios básicos associados: a inseparabilidade entre modos de gestão e de atenção; a transversalização de saberes, poderes e afetos na ação cotidiana dos serviços e das práticas de saúde; e a aposta na autonomia e protagonismo dos sujeitos. Tais ênfases coadunam com as expectativas da gestão do hospital, o que gerou o convite para a realização da parceria.
 
REFERÊNCIAS
ARCHANJO, Juliana Valadão Leite. Política Nacional de Humanização: reafirmando os princípios do SUS. Vitória. 2010.
BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 561-571, 2005a.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.  Sistema Único de Saúde / Conselho Nacional de Secretários deSaúde. – Brasília : CONASS, 2007.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. SUS 20 anos./ Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2009. 282 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. A construção do SUS: histórias da Reforma Sanitária e do Processo Participativo / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
Avançado
A Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão – HumanizaSUS (PNH) tem como uma de suas marcas o reconhecimento das experiências inovadoras na Rede SUS. Com o prêmio “David Capistrano: O SUS que dá certo”, em 2004, a Política reconheceu as experiências positivas construídas por sujeitos comuns implicados com o seu fazer cotidiano.
Vamos dar uma olhada no Caderno do HumanizaSUS (PNH), e através dessa leitura teremos uma melhor noção sobre a formação e intervenção dentro do programa.
Assim, a PNH consagrou o que de melhor tem no SUS e o que de melhor produziu seus atores; aproveitando as inovações do cotidiano de trabalho dos equipamentos de saúde, e alinhou tais experiências numa composição que está em consonância com os movimentos reformistas em saúde e com o campo da Saúde Coletiva. Pelo direito a saúde de qualquer um/uma, a PNH tem acumulado experimentações, parceiros e produções ao longo dos anos.
A Política tem produzido um movimento que não se limita ao Ministério da Saúde, tampouco ao seu grupo de consultores contratados para tal tarefa. A potência de contágio da PNH, ou o movimento no qual a PNH se inclui, pode ser sintetizada por meio da capacidade de mobilizar sujeitos com afinidades éticas, de produzir conexão e agenciamento em prol das necessárias mudanças no SUS. Tal força pode ser percebida na apropriação das demais esferas de governo pelo método, diretrizes e dispositivos da Política3,4 com os sujeitos que se apoderam da proposta após passarem pelas atividades de formação e rodas da PNH; e, ainda, na experiência coletiva e solidária por meio da Rede HumanizaSUS.
A PNH segue três princípios: a transversalidade, entendida como ampliação e aumento da capacidade de comunicação entre as políticas, programas e projetos e entre sujeitos e coletivos; a indissociabilidade entre atenção e gestão a saúde, pois estas devem ser entendidas como elementos imanentes, presentes nas práticas de saúde; protagonismo dos sujeitos e dos coletivos apostando na transformação. Esses princípios são elementos centrais que conformam o modo como a PNH compreende o poder da política pública de saúde.
Acesse o link do artigo: A rede como estratégia metodológica da Política Nacional de Humanização: a experiência de um hospital universitário que trata de um relato de experiência, instituído no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que buscou identificar as ações de humanização suscitadas pela formação da Rede de Contatos no âmbito da instituição. O Grupo de Trabalho de Humanização do HCPA procurou estruturar uma Rede que abrangesse o maior número possível de áreas no hospital, iniciando um trabalho de sensibilização dentro dos setores e buscando promover ações convergentes com as propostas pela PNH.
Em uma perspectiva de construção dialógica e coletiva entre os profissionais de saúde, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a PNH faz uso de algumas diretrizes para orientar/guiar a ação transformadora, a saber: a clínica ampliada, o acolhimento, a cogestão, a valorização do trabalho e do trabalhador e a defesa dos direitos dos usuários.
Outro texto bem interessante para nossa leitura é: HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO À CRIANÇA NA ATENÇÃO BÁSICA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS, que por sua vez relata  a humanização do atendimento à criança na Atenção Básica na visão dos profissionais sendo este por meio de um estudo qualitativo, realizado em uma Unidade de Saúde da Família de Natal-RN, Brasil.
Vamos assistir dois vídeos que falam um pouco mais sobre a Política Nacional de Humanização com o Consultor da PNH Carlos Garcia Junior:
Se você quiser saber mais visite o site da Rede Humaniza SUS.
RESUMO
O Programa de Humanização e Acolhimento tem como característica principal o desejo de intervir, construtivamente, no processo de trabalho promovendo mudanças de hábitos como, desmistificar a forma tradicional de atendimentos transformando em uma forma humanizada e acolhedora, proporcionando assim ambientes agradáveis, visando à satisfação mútua dos atores envolvidos, bem como o bem estar coletivo (RANZI, 2004).
A humanização na política de saúde pressupõe o compromisso ético dos gestores e trabalhadores da saúde para com os usuários. Considera na mesma medida o trabalhador da saúde, que também é usuário, suas condições de trabalho e a realidade dos serviços de saúde (RANZI, 2004).
A humanização, portanto, exige o exercício constante de reflexão sobre valores e princípios que organizam a prática profissional, além de um colhimento cuidado e uma relação de solidariedade por parte dos profissionais da saúde. O principal foco do trabalho do profissional de saúde é o usuário, acometido de sintomas e/ou doenças. Na humanização esse profissional deve ter uma nova postura ética que permeie todas suas atividades profissionais e processos de trabalho institucionais. Em qualquer atividade, o processo de humanização requer esforço individual e coletivo, pois sua prática está inteiramente ligada, ou condicionada ao “cuidado com o outro”.
Essa construção dialógica e coletiva entre os profissionais de saúde, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), faz com que a PNH use de varias diretrizes para orientar/guiar a ação transformadora, a saber: a clínica ampliada, o acolhimento, a cogestão, a valorização do trabalho e do trabalhador e a defesa dos direitos dos usuários.
Humanizar o atendimento e os serviços de atenção a saúde, também demanda o respeito à condição humana dos profissionais de saúde, ou seja, trabalhar em condições adequadas para um bom desempenho profissional, ser valorizado enquanto trabalhador, com remuneração digna e reconhecimento do perfeito desempenho das funções exercidas.
Humanização, como espaço ético, requer, então, o fomento de relações profissionais saudáveis, de respeito pelo diferente, de investimento na formação humana dos sujeitos que integram as instituições, além do reconhecimento dos limites profissionais (SELLI, 2003).
 
REFERÊNCIAS
SELLI, Lucilda. Reflexão sobre o atendimento profissional humanizado. O Mundo da Saúde. 27 (2): 248-53, 2003.
SANTOS FILHO, S. B.; BARROS, M. E. B.; GOMES, R.S. The National Humanization Policy as a policy produced within the healthcare labor process. Interface - Comunic., Saude, Educ., v.13, supl.1, p.603-13, 2009.
RANZI, D. V. M. O desenvolvimento da política Nacional de Humanização, em Nova Alvorada do Sul-MS. Campo Grande, 2012.

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