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PERGUNTA 1 O Estado possui poderes limitados, já que ele existe para servir o povo, e não o povo para servir o Estado. O governo há de ser, portanto, um governo de leis, e não a expressão da soberania nacional, simplesmente. Assim, o Estado é dotado de soberania, perante seu próprio povo e perante a comunidade internacional. No entanto, essa soberania não é absoluta. Assinale a alternativa que apresenta o motivo que justifica a soberania não ser absoluta. A. Deve-se, sempre, observar a lei. B. Deve-se, sempre, observar as jurisprudências. C. Deve-se, sempre, observar a vontade do povo. D. Deve-se, sempre, observar as determinações da ONU. E. Deve-se, sempre, observar a vontade dos governantes. PERGUNTA 2 Antes de Maquiavel, as obras políticas operavam num mundo cristão, seja no pensamento medieval, seja no pensamento renascentista. A política e a religião estavam completamente interligadas, sendo que aquela não existia por si própria: havia algo antes dela e fora dela, que a fundamentava. Assinale a alternativa que apresenta a corretamente esses fundamentos. A. A vontade dos Vikings, a ordem do monarca ou a razão dos comerciantes. B. A vontade divina, a ordem do monarca ou a razão humana. C. A vontade divina, a ordem natural ou a razão humana. D. A vontade da sociedade, a ordem da Igreja ou a razão natural. E. A vontade dos navegantes, a ordem dos governadores ou a razão filosófica. PERGUNTA 3 Leia o excerto a seguir. "Desde sempre, OS agrupamentos políticos mais diversos começando pela família recorreram à violência física, tendo-a como instrumento normal de poder. Entretanto, nos dias de hoje devemos conceber Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território a noção de território corresponde a um dos elementos essenciais do Estado reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Sem dúvida, é próprio de nossa época o não reconhecer, com referência a qualquer outro grupo ou aos indivíduos. o direito de fazer uso da violência, a não ser nos casos em que o Estado o tolere. Nesse caso, o Estado se transforma na única fonte do direito à violência. Por conseguinte, entenderemos por política o conjunto de esforços feitos visando a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado". WEBER, M. Ciência e política: duas vocações. 3. ed. São Paulo: Martin Claret, 2013, p. 60. Considerando a leitura do excerto e os conhecimentos adquiridos no texto-base sobre poder político e legitimidade, analise os itens numerados a seguir e os correlacione corretamente aos respectivos conceitos. 1. Poder de fato. 2. Legalidade. 3. Legitimidade. ( 2 ) Consentimento presente, a competência para a tomada de decisões em nome da coletividade é conferida por regras jurídicas, formal e previamente impostas. ( 1 ) Consentimento faltante, a tomada de decisões depende, exclusiva ou precipuamente, do emprego da força contra o agrupamento social. ( 3 ) Consentimento que confere capacidade àquele que detém o poder de decidir, sempre com base em alguma crença por parte dos destinatários das decisões. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: A. 1, 2, 3. B. 3, 1, 2. C. 2, 3, 1. D. 1, 3, 2. E. 2, 1, 3. PERGUNTA 4 Leia o excerto a seguir. "[...] A quarta gaveta é um limbo, um 'achados e perdidos' onde se misturam o manual de instruções da geladeira, uma caixa de palitos Gina, três jogos americanos (diferentes), um toco de vela, araminhos de fechar pão e uns hashis de japonês delivery ainda com telefones de sete dígitos. É como se, saindo da organização platônica da primeira gaveta, fôssemos descendo rumo à desordem, até chegar à indeterminação total, onde tudo perde o sentido". PRATA, A. Crônica de quatro faces. Folha de S. Paulo, 28 dez. 2014, [s. p.]. Disponível em: <http:// www1.folha.uol.co m.br/colunas/antonioprata/2014/12/1567 938-cronica-de-quatro-faces.shtml>. Acesso em: 13/03/2018. O cronista considera que a primeira gaveta, a de cima, é a mais organizada, em uma lógica perfeccionista, contrapondo-se à segunda, à terceira e à quarta gavetas, esta última a mais bagunçada, definida como a "indeterminação total". Considerando o conteúdo estudado no texto-base, a que aspecto da filosofia platônica faz referência o cronista? A. A ideia de justica como virtude.contributo para a realização do ideal de vida boa para aqueles que são justos. B. À teoria das formas de governo, com formas boas e deturpadas, definidas com base no interesse que perseguem e no número dos que detêm o poder político. C. À teoria das ideias e à separação entre mundo sensível e mundo inteligível, somente sendo possível conhecer a verdade no segundo. D. A ideia de que a política está subordinada à filosofia, de forma que ou os filósofos devem governar ou os governantes devem ser ensinados a filosofar. E. À dialética, como método de raciocínio operacionalizado por meio de perguntas e respostas. PERGUNTA 5 Leia o excerto a seguir: "Atualmente não pensamos na polítical como algo que tenha uma finalidade particular e independente, mas como algo aberto às diversas finalidades que os cidadãos venham a adotar. Não é por esse motivo que realizamos eleições - para que as pessoas possam escolher, em um determinado momento, os propósitos e as finalidades que queiram atingir coletivamente? Atribuir por antecipação qualquer propósito ou finalidade à comunidade política seria privar o cidadão do direito de decidir por si mesmo. Haveria também o risco de impor valores que nem todos compartilham. Nossa relutância em atribuir à política um determinado télos ou finalidade mostra uma preocupação com liberdade a individual. Vemos a política como um procedimento que permite às pessoas escolher suas finalidades própria" por conta própria. SANDEL, M. J. Justiça: o que é fazer a coisa certa. 6. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 239-240. Considerando o que estudou no texto base, o diagnóstico exposto no excerto lido sobre o modo como. atualmente. a política é pensada nas sociedades ocidentais dialoga, em perspectiva contraposta, com: A. a teoria platônica de que a política se encontra no mundo inteligível e, com base em sua finalidade superior, subordina a filosofia, que é incapaz de promover o conhecimento da verdade. B. a teoria aristotélica, de acordo com a qual a natureza de todas as coisas é teleológica, e cada coisa deve cumprir um desenvolvimento que lhe é próprio. C. O ideal de governo misto descrito por Políbio. uma vez que a noção de equilíbrio com controles recíprocos entre os partícipes do poder é incompatível com qualquer natureza finalística da política. D. a dominação de tipo racional legal apresentada por Weber, devidamente legitimada por normas jurídicas abstratas, formalmente estabelecidas. E. a monarquia absoluta, tal qual concebidas por Bodin, como melhor forma de cumprir os objetivos do Estado de promover a paz e a prosperidade, uma vez que sem limitações. PERGUNTA 6 1 A palavra Estado possui diferentes acepções, dependendo do campo do conhecimento em que é estudado. Essas acepções são: acepção sociológica, acepção filosófica, acepção jurídica e acepção política. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, definição de acepção política. A. É considerada nação uma politicamente organizada. B. É uma entidade sem fins lucrativos. C. É um fenômeno cultural e político. D. É onde existe uma integração de forças e estratos sociais. E. É uma entidade geradora de direito positivo. PERGUNTA 7 Segundo determinado pensador, era responsabilidade da Igreja Católica a não unificação da Itália, nem como república, nem como monarquia. A unificação do país só viria a acontecer 300 anos depois, em 1861. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, quem foi esse pensador que culpava a Igreja Católica. A. Rousseau. B. Aristóteles. C. Marx. D. Maquiavel. E. Montesquieu PERGUNTA 8 Jellinek (1954) explica que a Teoria do Estado se divide em Teoria Geral do Estado e Teoria Particular do Estado. Teoria Geral"se propõe a conhecer o princípio fundamental do Estado e submeter à investigação científica os fenômenos gerais do mesmo e suas determinações básicas" (JELLINEK, 1954, p. 162-164). JELLINEK, G. Teoria General del Estado. Buenos Aires: Albatroz, 1954. Assinale a alternativa que indica característica de Teoria Particular do Estado. A. Influências suprapartidárias no contexto organizacional da máquina pública, período de tempo e época. B. Jurisprudências utilizadas no embasamento de decisões atuais, período de tempo e época. C. Capacidade de impor aos outros a aceitação ou adoção de determinado comportamento ou atitude. D. Tem como finalidade principal comparar as instituições particulares do Estado, em uma determinada época. E. Normas ditadas pela comunidade distinguindo o bem do mal em um determinado período de tempo e época. PERGUNTA 9 Leia o excerto a seguir. "Se a coruja de Minerva sempre levanta voo ao entardecer, possibilitando-nos ver, com mais calma, os fenômenos post facto, na América Latina, este momento parece já ter chegado. Atualmente, a onda populista de esquerda, apesar de ainda hegemônica, parece adentrar em uma segunda fase. Na Venezuela, com a morte de Chávez, ela tem continuidade na figura de Nicolás Maduro; na Argentina, com a morte de Nestor Kirchner, pela liderança de Cristina Kirchner; no Brasil, a liderança de Lula foi substituída, com seu patrocínio direto, pela burocrática gestão de Dilma Rousseff. Tal tendência sugere, por sinal, que agora é o tema da sucessão do carisma que está em jogo". SELL, C. E. A Liderança Carismática: sobre o caráter político do populismo. Revista TOMO, n. 23, p. 13-44, 2013, p. 41. Disponível em: <https://seer.ufs.br/ind ex.php/tomo/article/view/2103>. Acesso em: 13/03/2018. Considerando a leitura do excerto e os conhecimentos adquiridos no texto-base a respeito da política latino-americana e a teoria weberiana sobre a dominação, analise as afirmativas a seguir, atribuindo os valores V para as verdadeiras e F para as falsas. I. ( F ) O populismo, tal qual cunhado por Weber, está intrinsecamente ligado à ominação de caráter tradicional, uma vez que favorece o fortalecimento das tradições. II. ( V ) Na realidade política, os tipos ideais de dominação legítima descritos por Weber podem conviver em uma mesma relação de dominação e em graus variados. III. ( V ) As características da dominação legítima de tipo carismático apresentada por Weber podem ser uma explicação para a dificuldade de os governos populistas da América Latina transferirem sua lideranca aos sucessores. IV. ( F ) Embora seja presente o tipo de dominação racional-legal no Brasil, a predominância é a do tipo tradicional. Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta. A. F. V, F, F. B. F, V, V, V. C. F. V, V, F. D. V, V, V, F. E. F, F, V, F. PERGUNTA 10 Leia o excerto a seguir. "Curiosamente, entretanto,o posicionamento do Judiciário na Constituição de 1988 muito se aproxima da versão da separação dos poderes presente no Espírito das Leis. Neste, ela tem caráter político e não jurídico. Traduz o ideal do governo misto, procurando equilibraras relações de poder, por meio de uma divisão em que a atuação política, ou governamental, dependa de três Poderes que encarnam três forças sociais. O Legislativo pelo qual se exprime o povo (ou seus representantes), o Executivo (o rei), o Judiciário (a magistratura, elite profissional)". FERREIRA FILHO, M.G. Poder Judiciário na Constituição de 1988: Judicialização da política e politização da justiça. Revista de Direito Administrativo, n. 198, out./dez. 1994, p. 17. Considerando a leitura do excerto OS estudos no texto-base sobre o governo misto, analise o texto a seguir: A separação de poderes foi sistematizada por Montesquieu, no século XVIII, mas encontra raízes na ideia de governo misto, apresentada por______polibio_________ ainda na Antiguidade. De acordo coma teoria, o governo misto seria o mais capaz de propiciar ____estabilidade________porque, ao garantira participação de todas as camadas sociais no governo, promoveria____controles__________ recíprocos. Agora, assinale alternativa que a contempla a sequência de palavras que preenchem corretamente as lacunas: A. Aristóteles; viabilidade; controles. B. Sócrates; prosperidade; interesses. C. Políbio; estabilidade; controles. D. Santo Agostinho; viabilidade; interesses. E. Platão, prosperidade; interesses.
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