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Dermatites Fúngicas cães e gatos

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DERMATÓFITOS -> não fazem parte
da flora normal na pele de cães e
gatos.
Micose superficial, altamente
contagiosa.
Os fungos invadem e crescem no
tecido queratinizado.
Queratina de pelos e unhas:
substrato para o fungo.
ZOONOSE.
Os dermatófitos habitam:
Muito comum em cães.
Importância em felinos (98%).
Felinos podem ser portadores
assintomáticos, e disseminar a
doença.
TRANSMISSÃO: contato com pelos
ou escamas infectadas, ou de fungos
nos animais, ambiente (caminhas, pet
shop), escovas, pentes, entre outros
objetos compartilhados. 
3ª maior causa de
Acomete pouco os 
Roedores e coelhos de estimação:
dermatofitose em 
cães.
gatos.
RESERVATÓRIOS de infecção. 
2ª maior causa de
Isolado de animais
Lesões em patas e focinhos (áreas
dermatofitose em 
cães (EUA).
que vivem muito tempo em ambiente 
 externo.
de contato com o solo).
Animais jovens (65,8% até 1
ano) -> FILHOTES!
Idosos imunocomprometidos.
Superpopulação.
Felinos portadores
assintomáticos.
Gatos: Persas.
Cães: Yorkshire e raças de
trabalho (contato com solo).
Dermatofitose
Solo rico em matéria orgânica ->
GEOFÍLICOS;
Animais -> ZOOFÍLICOS;
Seres humanos -> ANTROPOFÍLICOS.
Agentes etiológicos
Microsporum canis (zoofílico)
Microsporum gypseum (geofílico)
Tricophyton mentagrophytes (zoofílico)
Microsporum canis
Microsporum gypseum
(3 espécies)
Complexo Tricophyton
mentagrophytes
Predisposição
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021
Área circular de alopecia e
descamação com cicatriz
central (em humanos também) -
difere da infecção bacteriana
pela ausência de pústulas.
Crostas, lesões circunscritas,
focais ou multifocais.
Perda de pelos (quebradiços).
Pápulas, eritemas. 
Hiperpigmentação.
Prurido moderado (50% cães;
11% gatos).
Crescimento centrífugo do
fungo: cresce em direção às
margens da lesão. 
Regiões cefálica, tronco e
membros. 
Lesões em forma anular (anel) e
numular (moeda).
Raças predispostas:
geralmente lesões
generalizadas.
Lesões inflamatórias por
dermatófitos associada a infecção
bacteriana (S. pseudointermedius).
Sinais clínicos aparecem 1-3
semanas após exposição.
Resposta imune humoral.
Resposta imune celular
(protetiva).
Também acomete os humanos.
Lesão papulonodular.
Membros, face e cauda de cães.
Menos comum em gatos.
Resposta imune
Sinais clínicos
Fonte: Tratado de Medicina Externa - Larsson.
Fonte: Tratado de Medicina Externa - Larsson.
Quérion
Sinais clínicos
Alopecia circular com eritema,
escamação e crostas.
Pelos quebrados ou
desgastados.
Fonte: www.viciodegato.com/2015/09/tinha.html.
Fonte: Ferreira et al. (2006).
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021
"granuloma de Majocchi"
Micetoma/Pseudomicetoma
Dermatofitose subcutânea, de
origem folicular.
Causada pelo M. canis.
Acomete gatos persas na
maioria das vezes.
Nódulo firme.
Pode ulcerar/fistular.
Região de tronco/base da
cauda.
Infecção subclínica
Ocorre geralmente em animais
adultos, principalmente felinos.
Discreta descamação, alguns
pelos quebradiços, ou nenhuma
lesão.
Animal como importante
reservatório na disseminação.
A doença pode ser autolimitante, caso o
sistema imune seja capaz de combatê-
la. A cura clínica e proteção contra
reinfecção depende de forte resposta
imune mediada por células (efetoras,
como macrófagos e neutrófilos, e
citocinas, como interferon gama).
Diagnósticos diferenciais
Cães: foliculite estafilocócica;
demodicose localizada.
Quérion e pseudomicetoma:
causas de dermatite nodular;
neoplasia cutânea; furunculose
estafilocócica; dermatite acral.
Diagnóstico
HISTÓRICO:
Medicações anteriores?
Contato com animais ou
ambiente fechado
(gatis/canis)?
Locais de alimentação, higiene?
Mudança de ambiente
(geofílicos)?
Animal idoso? (indicativo de
doença sistêmica primária,
imunossupressão).
Animal jovem/filhote?
LÂMPADA DE WOOD:
Fluorescência cor de maçã-
verde na haste de pelos - M.
canis.
Interessante coletar material
para tricograma na região.
EXAME MICROSCÓPICO
DIRETO DE PELOS OU
ESCAMAS:
Observação em lâmina de
esporos circundando o pelo e
hifas na haste do pelo.
Lâminas com óleo mineral ou
KOH 10-20% - aquecimento 15".
Análise dos pelos.
CULTURA FÚNGICA EM MEIO
DTM:
Dermatophyte Test Medium
(ágar glicosado de Saboraud).
Presença do fungo altera pH do
meio (amarelo -> avermelhado).
2-14 dias.
Fonte: Pereira et al. (2006) / http://www.amoedodistribuidora.com.
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021
CULTURA FÚNGICA:
Detecta espécie do fungo.
Coletar material das bordas da
lesão.
Para assintomáticos: uso de
escova/carpete estéril, passar por
todo o corpo do animal 2-3 min
(20x).
Arrancamento de pelos/crostas.
Fita adesiva (4 cm).
10 dias para iniciar.
21-30 dias. 
Tratamento
Tópico: Sempre, sozinho ou associado àterapia sistêmica.
Eliminação dos esporos:
Água sanitária concentrada;
Formalina 1% (100% efetivas).
Descarte/limpeza de camas,
coleiras, escovas e brinquedos do
animal.
Limpar todo o material de cama e
tapetes.
Aspirar piso, mobília (remover pelos
infectados) 3-4x na semana.
Limpar ar condicionado e conduto
de ar (domicílios com vários gatos).
Lavar as mãos.
Médicos veterinários (grupo de
risco): uso de luvas ao manusear os
animais.
BIÓPSIA:
PAS/gomori/grocott.
Cultivo do tecido.
CITOLOGIA ASPIRATIVA:
Geralmente para quérion ou
pseudomicetoma.
Autolimitante - 4 meses.
Medicar animais com quadro
generalizado sempre.
Descontaminar o ambiente e fômites
(jogar fora se preferir).
Melhorar a imunidade do animal.
Sistêmico: Gatos; cães com onicomicose,lesões múltiplas ou generalizadas. 
Antifúngicos sistêmicos: 
30-45 dias 
Opção: PULSOTERAPIA - 2x na semana,
durante 3 semanas (com itraconazol). 
Fim do tratamento: 2 culturas negativas
em intervalos de 2 a 4 semanas! (1 cultura
negativa, para casos mais brandos).
ITRACONAZOL: de eleição para
gatos e FIV+: 5-10 mg/kg, SID.
TERBINAFINA: 10-20 mg/kg, SID.
GRISEOFULVINA: contraindicada a
gatos FIV+: 25-50 mg/kg, SID
(micropartícula); 5-10 mg/kg
(ultramicropartícula).
CETOCONAZOL: 5-10 mg/kg, SID
(hepatotoxicidade).
Tratamento tópico
Corte do pelo ao redor das lesões; 
Tosa (animais de pelo longo);
Eliminação de esporos infectantes.
Cremes e loções: margem de 6 cm da
lesão - 2x/dia.
CETOCONAZOL 2%, CLORTRIMAZOL
1%, MICONAZOL 2%.
Banhos: 1-2x na semana.
SHAMPOO DE MICONAZOL 2% +
CLOREXIDINE 2-3%
CETOCONAZOL 2%
Desinfecção do ambiente
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021
Possui 12 espécies, sendo que 5
podem afetar cães e gatos.
É uma levedura comensal (vive na
pele normal do animal), e um
patógeno oportunista (quando há
algum desequilíbrio/alteração no
microclima ou na barreira cutânea
normal do animal, ocorre
proliferação do fungo).
Fatores que facilitam a proliferação
do fungo:
aumento na produção de sebo ou
cerume;
acúmulo de umidade;
rompimento da barreira epidérmica;
doenças primárias (alérgicas ou
bacterianas). Prurido (leve, moderado ou intenso)
- animal atópico por exemplo pode
desenvolver alergia à malassezia e
ter mais prurido.
Eritema; alopecia - regional ou
generalizada; escoriações (por
prurido).
Escamas querato-sebácea.
Oleosidade aumentada - odor
rançoso.
Hiperpigmentação e liquenificação
(casos crônicos).
Otite externa - eritema/cerume
acastanhado.
Paroníquia - unha com coloração
amarronzada (inflamação do leito
ungueal).
Atopia (mais comum).
Alergia alimentar.
Disqueratose.
Endocrinopatias.
Dobras cutâneas.
Tratamento prolongado com
corticosteroides e antibióticos
(podem desequilibrar o microclima).
Infecções parasitárias (otite por
exemplo) - alteração do microclima
da orelha.
Malasseziose
Malassezia pachydermatis
Citologia de Malassezia (objetiva de 100X). Fonte: Hnilica (2011).
Predisposiçaõ
Raças predispostas
Cães:
West Highland white terrier; Basset
hound; Cocker spaniel americano;
Setter inglês; Shih tzu; Boxer;
Dachshunds; Poodle; Australian silky
terrier. 
No Brasil: Cocker spaniel American,
Poodle, Teckel. 
Gatos: Devon rex; Sphynx. 
Sinais clínicos
Regiões acometidas
cervical ventral; axilar; inguinal;perilabial;
face flexural ou medial dos membros;
espaços interdigitais; pavilhões auriculares
-> geralmente regiões mais úmidas.
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021
Coloração marrom manchada nas unhas. Sintoma único de dermatite por
levedura. Fontes: Hnilica (2011) / Bazzi et al. (2016).
Diagnósticos diferenciais
Causas de prurido e seborreia.
Sarna otodécica;
Piodermite superficial;
Dermatofitose;
Ectoparasitos;
Alergopatias*.
Diagnóstico
CITOLOGIA - coleta:
Raspado de pele seca;
Tira de fita adesiva;
Cotonete;
Esfregaço por impressão em lâminas
de vidro/aquecimento. 
Observa-se: leveduras com
brotamentos redondos a ovais
(formato de "sapato").
CULTIVO - 24-48 horas. 
Tratamento
Identificar e tratar doença primária!
Priorizar o tratamento tópico, sempre
que possível. 
Alopecia, eritema, hiperpigmentação e liquenificação. Fonte: Hnilica (2011).
Fonte: Tratado de Medicina Externa - Larsson
Fonte: Tratado de Medicina Externa - Larsson
Fonte: https://blogdodinoadestrador.wordpress.com
Tratamento tópico
Para infecções localizadas, ou adjuvante à
terapia oral. Também usada para profilaxia
da doença crônica ou recidivante.
Opções shampoos: MICONAZOL 2%;
CLOREXIDINE 2% OU 3%; PERÓXIDO DE
BENZOÍLA 2-3,5%; SULFETO DE SELÊNIO
2,5% (contraindicado para gatos!).
BANHOS 1 A 2X NA SEMANA, 10' (deixar o
produto agir).
Para lesões "pontuais": cremes, sprays, loção
de Miconazol, Clotrimazol ou Cetoconazol.
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021
Tratamento sistêmico
Quadros mais graves, ou não resposta
à terapia tópica.
2 a 4 semanas 
Opções:
ITRACONAZOL (de eleição - cães e gatos).
5 mg/kg, SID, 21 a 28 dias; ou pulsoterapia (2x na semana, por
3 semanas).
gatos: 1 semana tratada/1 semana não tratada.
CETOCONAZOL -> hepatotoxicidade!
5-10 mg/kg, SID, 21 a 28 dias.
absorção máxima junto com alimentos;
FLUCONAZOL (maior custo, excretado pelos rins).
1,25-2,25-5 mg/kg, BID, 21 a 28 dias.
Opção para gatos hepatopatas.
TERBINAFINA (maior margem de segurança em mamíferos).
30 mg/kg, SID, 21-28 dias. 
Denise Ramos Pacheco
Profª Carolina Franchi João - UFU, 2021

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