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Juliana Geller - 103 Via Óptica Livro Referência: Machado Introdução A fóvea central é o local de maior acuidade visual. Os receptores, bem como os neurônios 1, 2 e 3 se localizam na RETINA, um neuroepitélio que reveste o globo ocular internamente. Obs: sinais de morte O médico legista necessita averiguar realmente o óbito, e um dos critérios é a opacificação da córnea. Músculo dilatador da pupila → estímulo simpático Músculo constritor da pupila → estímulo parassimpático Miose → contração da pupila → estímulo simpático Midríase → dilatação → estímulo parassimpático Retina Os dois fotorreceptores são os cones e bastonetes. Vale lembrar da regrinha BASBA (Bastonetes, alta sensibilidade e baixa acuidade), o inverso se aplica aos cones → Bastonetes: estão em maior número na periferia da retina, absorvendo a luz de todos os comprimentos de onda. Assim, dão a percepção de claro-escuro → Cones: aumento progressivo da quantidade em direção à fóvea central. Absorvem apenas determinados comprimentos de onda, sendo destinados à visão de cores. Em questão de camadas, a anatomia considera apenas as camadas neuronais, não as 9 camadas tratadas na histologia, sendo as camadas neuronais: 1. Camada de fotorreceptores → cones e bastonetes (neurônio I) 2. Camada de neurônios bipolares (neurônio II) 3. Camada de células ganglionares (neurônio III, sendo que seus axônios constituem o nervo óptico) As fibras da retina podem se projetar para 4 lugares, sendo eles: - Corpo geniculado lateral: 90% das fibras vão para lá. Lembrar de LSV (corpo geniculado Lateral, colículo Superior, Visão) - Área pré-tetal: responsável pela miose e acomodação visual → parassimpático - Núcleo supra-quiasmático (hipotálamo): midríase e sincronização dos ritmos circadianos com o ciclo claro-escuro → simpático - Colículo superior: reflexos visuais Visão CAMPO VISUAL: porção do espaço que pode ser visto pelo olho fixo - Campo temporal: metade lateral do campo - Campo nasal: metade medial do campo - Campo superior: metade superior do campo - Campo inferior: metade inferior do campo RETINA: túnica interna do bulbo do olho que contém os receptores sensíveis à luz - Retina temporal: metade lateral da retina - Retina nasal: metade medial da retina - Retina superior: metade superior da retina - Retina inferior: metade inferior da retina Sobreposição dos Campos Visuais O campo visual pode ser decomposto em quatro quadrantes. A projeção dos raios luminosos acontece “ao contrário”, ou seja, o que é superior no campo visual, vai se projetar na retina inferior e o que é temporal no campo visual vai se projetar na retina nasal, e vice versa. Receptor Cones e bastonetes Trajeto Periférico Cones e bastonetes (células fotorreceptoras) → neurônios bipolares → neurônios ganglionares (formam o nervo óptico) Trajeto Central Nervo óptico → quiasma óptico → trato óptico → corpo geniculado lateral (sinapse) → radiação óptica → lábios do sulco calcarino Área de Projeção Cortical (Primária) Lábios do sulco calcarino Juliana Geller - 103 No quiasma óptico, as fibras da retina nasal cruzam para o lado oposto, enquanto as fibras da retina temporal vão permanecer do mesmo lado. Assim, o campo visual esquerdo (projetado sobre a retina nasal do OE e sobre a retina temporal do OD) vai seguir pelo trato óptico direito, se projetando sobre o córtex direito. Assim, o campo visual é projetado no córtex contralateral Por causa da radiação óptica, ocorre essa “inversão” com os campos superior e inferior. Campo superior → retina inferior → parte inferior da radiação óptica → lábio inferior do sulco calcarino Campo inferior → retina superior → parte superior da radiação óptica → lábio superior do sulco calcarino Lesões relacionadas ao Campo deVisão LEGENDA: amarelo: vendo / preto: não 1. Cegueira ipsilateral: lesão do nervo óptico do lado acometido 2. Hemianopsia bitemporal: lesão do quiasma óptico 3. Hemianopsia homônima E: lesão do trato óptico contralateral ao campo acometido (dali para trás) 4. Anopsia homônima quandrântica superior E: lesão da radiação óptica inferior contralateral ao campo acometido (alça de Meyer) Reflexos Pupilares Simpático → vermelho Parassimpático → verde 1. Reflexo Fotomotor: estímulo por luz de um olho e ele contrai (miose) Estímulo → nervo óptico → quiasma óptico → trato óptico → corpo geniculado lateral (SEM sinapse) → braço do colículo superior → área pré-tetal → núcleo Músculo esfincer do pupilo Nervos ciliares curtos Núcleo de Edinger-Westphol .............. .... Nervo óptico ',Músculo dilatador da pupila Nervo oculomotor ...._ Múscul; ciliar Plexo corotídeo interno Nervo carotídeo interno Artéria carótida interno ---- Neurônio pósi:Janglionor ""' ,,,..,,... Gânglio cervical superior ""' ,,,.. ,,,..,,,.. Neurônio pré-ganglionar 1 Romo comunicante cinzento ---, Ramo comunicante branco - --- NervoespinhalT1 ---- - --- Raiz ventral - - - Tronco simpótico __ _ -- FIGURA 13.3 Esquema de inervação simpática {vermelho) e porossimpólico (verde) do pupilo. As setas indicam o trajeto do impulso nervoso no reflexo fotomotor. e) por intermédio de uma artéria (Figura 13.3) - as fibras pós-ganglionares acolam-se à artéria e a acompanham em seu território de vasculari- zação. Assim, as fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios pré-vertebrais inervam as vísceras do abdome, seguindo na parede dos vasos que irrigam estas vísceras. Do mesmo modo, fibras pós-ganglionares originadas no gânglio cervical superior fonnam o nervo e o plexo carotídeo interno e acompanham a artéria • CAPÍTULO 13 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: ANATOMIA DO SIMPÁTICO, PARASSIMPÁTICO E DOS PLEXOS... 135 Juliana Geller - 103 visceral do oculomotor → nervo oculomotor → gânglio ciliar → nervos ciliares curtos → estímulo parassimpático para o músculo esfíncter da pupila → contração/miose obs: a área pré-tetal se encontra exatamente acima do colículo superior 2. Reflexo Consensual: luz estimula em um olho e a pupila contralateral também contrai (miose). Nesse caso, o impulso nervoso cruza o plano mediano duas vezes, uma no quiasma e outra na comissura posterior (fibras da área pré-tetal de um lado vão para o núcleo visceral do oculomotor do outro lado). Obs: Mesmo com uma lesão no quiasma, que não permite o cruzamento das fibras da retina nasal, o reflexo consensual ainda acontece, pois, há dois cruzamentos dessas fibras, o primeiro no quiasma e o segundo na comissura posterior, mesmo com o quiasma lesado, ainda vai cruzar na comissura posterior, chegando nos dois núcleos viscerais do oculomotor. Obs: MIDRÍASE É um evento simpático, responsável por dilatar a pupila. Algumas fibras da retina vão direto para o núcleo supraquiasmático, responsável por detectar a ausência de luz. De lá, ele estabelece conexão com outros núcleos do hipotálamo. Retina → núcleo supraquiasmático → outros núcleos hipotalâmicos → eferência dos neurônios dos segmentos medulares toracolombares → gânglio cervical superior (sinapse) → plexo carotídeo → gânglio ciliar (passa reto) ou nervos ciliares longos → dilatação da pupila Sem luz, ambas as pupilas dilatam. Ou lesão dos ciliares curtos Reflexo de Acomodação Visual A lente é passível de acomodação visual, por meio das fibras zonulares ou ligamento suspensor da lente. Quem comanda esse reflexo de acomodação visual são as fibras parassimpáticas. - Objetos distantes: músculo ciliar relaxado, fibras zonulares tensionadas, lente distendida - Objetos próximos: músculo ciliar contraído (estímulo parassimpático), f ibras relaxadas, lente mais arredondada Síndrome de Horner Pode ser central (lesão no hipotálamo) ou periférica (lesão no tronco simpático). Sintomas: - Miose: predomínio do tônus muscular do esfíncter da pupila porque o dilatador não está inervado - Ptose parcial da pálpebra superior:sem inervação para o músculo tarsal superior - Anidrose (ausência de sudorese): inervação simpática para as glândulas sudoríparas está ausente - Rubor facial: se não há o estímulo simpático, tem vasodilatação, caracterizando o rubor. - Obs: a vasoconstrição é regulada apenas por simpático. O parassimpático não faz vasodilat. Juliana Geller - 103 Obs: relação da melatonina e do núcleo supra- quiasmático com o ciclo claro-escuro Trato Tetoespinal Responsável pelos reflexos do pescoço e cabeça em reação a estímulos visuais, assim como o posicionamento rápido da cabeça e olhos para acompanhamento de objetos. Manda estímulos para C1-C5 (plexo cervical)