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Visão e globo ocular

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S6P2 – VISÃO
• Compreender a anatomia, fisiologia e
histologia do olho.
• Entender a formação e captação da imagem
na visão.
• Conhecer os nervos cranianos envolvidos na
visão e a via óptica.
• Apontar os principais problemas visuais e
relacionar com seus respectivos os
tratamentos.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO OLHO
O olho é o órgão da visão, formado pelo bulbo
do olho e pelo nervo óptico. A órbita contém o
bulbo do olho e as estruturas acessórias da
visão. A região orbital é a área da face sobre a
órbita e o bulbo do olho que inclui as pálpebras
superior e inferior, além do aparelho lacrimal.
Anatomia externa:
Assim como os elementos sensoriais da orelha,
o olho é protegido por uma cavidade óssea, a
órbita, formada pelos ossos cranianos da face.
As estruturas acessórias associadas ao olho
incluem seis músculos extrínsecos, que são
músculos esqueléticos que se fixam à superfície
externa do bulbo do olho (globo ocular) e
controlam os movimentos oculares. Os nervos
cranianos III, IV e VI inervam esses músculos.
As pálpebras superiores e inferiores se
encontram na superfície anterior do olho, e o
aparelho lacrimal, um sistema de glândulas e
ductos, mantém um fluxo contínuo de lágrimas
que lavam a superfície exposta, de modo que ela
permaneça úmida e livre de partículas. A
secreção lacrimal é estimulada por neurônios
parassimpáticos do nervo craniano VII.
A pupila é uma abertura através da qual a luz
pode entrar para o interior do olho. O tamanho
da pupila varia com a contração e o relaxamento
de músculos lisos da pupila. A pupila aparece
como o ponto negro do interior do círculo de
pigmento colorido, denominado íris. Os
pigmentos e outros componentes da íris
determinam a cor do olho.
O olho é uma esfera oca dividida em dois
compartimentos (câmaras) separados por uma
lente. A lente (cristalino), suspensa por
ligamentos, denominados zônulas ciliares, é um
disco transparente que focaliza a luz. A câmara
anterior na frente da lente é preenchida com o
humor aquoso, um líquido
com baixa concentração de proteínas, similar ao
plasma, que é secretado pelo epitélio ciliar que
sustenta a lente. Atrás da lente, está uma
câmara muito maior, a câmara postrema
(câmara vítrea), preenchida principalmente pelo
humor vítreo, uma matriz clara gelatinosa que
ajuda a manter a forma do bulbo do olho. A
parede externa do bulbo do olho, a esclera, é
constituída de tecido conectivo.
A luz entra na superfície anterior do olho através
da córnea, um disco de tecido transparente que
é a continuação da esclera. Após a luz passar
pela abertura da pupila, ela chega à lente, que
possui duas superfícies curvadas (convexas).
Juntas, a córnea e a lente desviam a direção dos
raios de luz que entram, para que eles sejam
focalizados na retina, o revestimento do olho
sensível à luz que possui os fotorreceptores.
Quando olhamos através da pupila com um
oftalmoscópio, vemos a retina com pequenas
artérias e veias entrecruzadas, que se irradiam a
partir de um ponto, o disco óptico.
O disco óptico é o local onde os neurônios da via
visual formam o nervo óptico (nervo craniano II)
e, então, saem do olho. Lateral ao disco óptico
está um pequeno ponto mais escurecido, a
fóvea. A fóvea e o tecido a sua volta, a mácula
lútea, são as regiões da retina com a visão mais
acurada.
.
Os nervos ópticos vão dos olhos para o quiasma
óptico, no encéfalo, onde algumas fibras cruzam
para o lado oposto. Após fazer sinapse no corpo
geniculado lateral (núcleo geniculado lateral) do
tálamo, os neurônios da visão finalizam seu
trajeto no córtex visual do lobo occipital. As vias
colaterais vão do tálamo para o mesencéfalo,
onde fazem sinapse com neurônios eferentes do
nervo craniano III, os quais controlam o diâmetro
pupilar.
HISTOLOGIA DO OLHO
PROCESSO DA VISÃO:
O olho é um órgão sensorial que funciona como
uma câmera.
Ele foca a luz sobre uma superfície sensível à
luz (retina) utilizando uma lente e uma abertura
(pupila), cujo tamanho pode ser ajustado para
modificar a quantidade de luz que entra. A visão
é o processo pelo qual a luz refletida pelos
objetos em nosso meio externo é traduzida em
uma imagem mental. Esse processo pode ser
dividido em três etapas:
1. A luz entra no olho e a lente (cristalino) a
focaliza na retina.
2. Os fotorreceptores da retina transduzem a
energia luminosa em um sinal elétrico.
3. As vias neurais da retina para o cérebro
processam os sinais elétricos em imagens
visuais.
NERVOS CRANIANOS ENVOLVIDOS NA
VISÃO
Nervo óptico (II):
É totalmente sensitivo: ele contém axônios que
conduzem os impulsos nervosos relacionados
com a visão. Na retina, os bastonetes e os cones
iniciam os sinais visuais, transmitindo-os para as
células bipolares, que enviam estes sinais para
células ganglionares. Os axônios de todas as
células ganglionares da retina de cada olho se
unem para formar o nervo óptico, que passa pelo
forame óptico. Cerca de 10 mm atrás do bulbo
do olho, os dois nervos ópticos se cruzam e
formam o quiasma óptico. No quiasma, os
axônios da metade medial de cada olho cruzam
para o lado oposto; os axônios da metade lateral
permanecem no mesmo lado. Posteriormente ao
quiasma, estes axônios reagrupados formam os
tratos ópticos. A maioria dos axônios dos tratos
ópticos termina no núcleo geniculado lateral do
tálamo. Lá eles fazem sinapse com neurônios
cujos axônios se estendem até a área visual
primária no lobo occipital. Uns poucos axônios
passam pelo núcleo geniculado lateral e se
projetam para os colículos superiores do
mesencéfalo e para núcleos motores do tronco
encefálico, onde fazem sinapse com neurônios
motores que controlam os músculos extrínsecos
e intrínsecos do bulbo do olho.
Nervo oculomotor (II), troclear (IV) e abducente
(VI):
Os nervos oculomotor, troclear e abducente são
nervos cranianos que controlam os músculos
responsáveis pelo movimento dos bulbos dos
olhos. Todos são nervos motores e, quando
saem do encéfalo, contêm apenas axônios. Os
axônios sensitivos dos músculos extrínsecos do
bulbo do olho começam seu curso em direção ao
encéfalo em cada um destes nervos, mas eles
acabam se unindo ao ramo oftálmico do nervo
trigêmeo. Os axônios sensitivos não chegam ao
encéfalo pelos nervos oculomotor, troclear ou
abducente. Os corpos celulares dos neurônios
sensitivos unipolares se situam no núcleo
mesencefálico e entram no encéfalo pelo nervo
trigêmeo. Estes axônios transmitem impulsos
nervosos dos músculos extrínsecos do bulbo do
olho relacionados com a propriocepção – a
percepção dos movimentos e da posição do
corpo independente da visão.
Nervo oculomotor (III): tem seu núcleo motor
localizado na parte anterior do mesencéfalo.
Este nervo se projeta anteriormente e se divide
em ramos superior e inferior, ambos os quais
passam pela fissura orbital superior em direção à
órbita. Os axônios do ramo superior inervam os
músculos reto superior (músculo extrínseco do
bulbo do olho) e o levantador da pálpebra
superior. Os axônios do ramo inferior suprem os
músculos reto medial, reto inferior e oblíquo
inferior – todos músculos extrínsecos do bulbo
do olho. Estes neurônios motores somáticos
controlam os movimentos do bulbo do olho e da
pálpebra superior.
O ramo inferior do nervo oculomotor também
supre axônios motores parassimpáticos dos
músculos intrínsecos do bulbo do olho, formados
por músculos lisos. Dentre eles estão os
músculos ciliares do bulbo do olho os músculos
circulares (músculo esfíncter da pupila) da íris.
Os impulsos parassimpáticos se propagam de
um núcleo mesencefálico (núcleo oculomotor
acessório) para o gânglio ciliar, um centro de
transmissão sináptica para os dois neurônios
motores da
parte parassimpática da divisão autônoma do
sistema nervoso. A partir do gânglio ciliar, alguns
axônios motores parassimpáticos se projetam
para o músculo ciliar, responsável pelo ajuste da
lente para a visão de objetos próximos do
observador (acomodação). Outros axônios
motores parassimpáticos estimulam os músculos
circulares da íris a se contrair quando uma luz
intensa estimula o olho, causando diminuição do
tamanhoda pupila (constrição).
Nervo troclear (IV) é o menor dos doze nervos
cranianos e o único que emerge da face
posterior do tronco encefálico. Os neurônios
motores somáticos se originam de um núcleo
mesencefálico (núcleo troclear), e os axônios
deste núcleo cruzam para o lado oposto quando
deixam o encéfalo por sua face posterior. A
seguir, o nervo circunda a ponte e sai pela
fissura orbital superior em direção à órbita. Estes
axônios motores somáticos inervam o músculo
oblíquo superior, outro músculo extrínseco do
bulbo do olho que controla sua movimentação.
Nervo abducente (VI) seus neurônios se
originam em um núcleo pontino (núcleo
abducente). Os axônios motores somáticos se
projetam deste núcleo em direção ao músculo
reto lateral, um músculo extrínseco do bulbo do
olho, pela fissura orbital superior. O nervo
abducente tem esse nome porque é responsável
pela abdução (rotação lateral) do bulbo do olho.
Nervo facial (VII) é um nervo craniano misto.
Esse nervo inerva mais músculos do que
qualquer outro nervo do corpo.
Axônios de neurônios motores percorrem ramos
do nervo facial e se terminam em dois gânglios:
o gânglio pterigopalatino e o gânglio
submandibular. Por meio de transmissões
sinápticas nos dois gânglios, os axônios motores
parassimpáticos se projetam para as glândulas
lacrimais (que secretam as lágrimas), as
glândulas nasais, as glândulas palatinas, as
glândulas sublinguais e as glândulas
submandibulares (estas duas últimas produtoras
de saliva).
Associações clínicas:
Lesões do nervo oculomotor (III) causam
estrabismo (condição na qual os olhos não
conseguem se fixar no mesmo objeto, pois um
dos olhos pode estar voltado medial ou
lateralmente), ptose (queda) da pálpebra
superior, dilatação da pupila, movimentação do
bulbo do olho para baixo e para longe do lado
afetado, perda da acomodação para a visão em
curta distância, e diplopia (visão dupla).
Lesões do nervo troclear (IV) também podem
gerar estrabismo e diplopia.
Em lesões do nervo abducente (VI), o bulbo do
olho afetado não consegue se mover
lateralmente além da linha média e se mantém
deslocado medialmente. Isto também causa
estrabismo e diplopia.
Entre as causas de lesões dos nervos
oculomotor, troclear e abducente estão traumas
cranioencefálicos, compressão por aneurismas e
lesões da fissura orbital superior. Indivíduos com
lesões nestes nervos são obrigados a inclinar a
cabeça em várias direções para manter o bulbo
do olho afetado no plano frontal adequado.
Lesões do nervo facial (VII) por doenças como
infecções virais (herpes-zoster) ou bacterianas
(doença de Lyme) causam a paralisia de Bell
(paralisia dos músculos faciais), bem como
perda de gustação, diminuição da salivação e
perda da capacidade de fechar os olhos, mesmo
durante o sono. Este nervo também pode ser
lesado por traumatismo, tumores e AVE.

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