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Resumo de Psiquiatria Bruna Bonzi EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS COMPORTAMENTO SUICIDA • Identificação do paciente potencialmente suicida esta entre as tarefas mais cruciais da psiquiatria Conceitos • Comportamento suicida: 1-Suicídio: -Intenção de morrer -Consciente quandoa pessoa tem a consciência do que quer e do que está fazendo, ela está ciente da intenção dela...ex se ea pensa em pular de um prédio e pensa que vai ter sucesso, então não é um suicido. (É o que acontece com os esportes radicais – então não é questão de suicídio) -Meio que acredita ser efetivo quando a pessoa pensa que tomar 5 cp de rivotril vai levar ao suicídio 2-Tentativa: -Dano auto infligido com intenção de morrer –Ação 3-Planejamento: -Elaboração de estratégia quando a pessoa pensa em uma data para cometer o suicídio -Seleção de método, local e momento. 4-Ideação: -Pensamento de cunho suicida -Desejo de morrercom o objetivo de acabar com a dor, acabar com o sofrimento que a pessoa ta sentindo Muito usada quando se fala em suicídio .... De cada 100 hab, 17 tem pensamento suicida, 5 planejam, 3 tentam e 1 “consegue” que é notificada 5-Método: -Violento: Arma de Fogo, enforcamento, altura -Não violento: medicação/veneno, inalar gases, cortes superficiais *Não indica gravidade Fatores de escolha: Disponibilidade ex o pai é policial, e a pessoa sabe onde fica a arma Conhecimento/familiaridade Fatores culturais Passível de modificação/ evitar risco Mostrando a tentativa de suicídio por meios utilizados Epidemiologia • No mundo: – Mais de 800.000/ano – 1 morte a cada 40 segundos – 1 tentativa a cada 3 segundos – Aumento global: especialmente em jovens – 2ª maio causa de morte na faixa dos 15-29 anos • No Brasil: – Entre 1980-2000: • Aumento de 21% • Idosos>65 anos tem maior taxa • 15-24 anos crescimento de 1900% (Melo-Santos, Bertolote e Wang) Sazonalidade • Diminuição de taxa em férias e feriados • Aumento no período posteriorao trabalho, as aulas Fatores Associados • Gênero: – Homem suicida 3-4 x mais pq o homem utiliza o método mais letal, não mostra o q está sentindo, o contrário da mulher, eles acham que é frescura... – Mulher tenta 3-4 x mais Por quê? -Método mais letal -Expressa menos sentimento -Menos aceitação cultural de transtorno mentais -Naturalmente mais agressivo. • Idade: – Quanto maior a idade, maior o risco – Idoso tenta menos – Crescimento maior nos jovens – Jovens são maior grupo de risco em 1/3 dos países • Estado civil: – Casamento – fator protetorpessoas casadas tem um menor indício de suicídio – Solteiros 2 x mais – Divorciados, separados e viúvos 4 a 5 x mais • Profissão: – Acesso ao método – Desemprego: • Reduz autoestima • Pessimismo/ ansiedade • Limita acesso ao tratamento • Tensão conjugal Fatores de Risco • Ideação suicida – Tentativa prévia – mais importante preditoraté uma hora q a pessoa vai realmente conseguir o suicídio – Ideação →(34%) Plano→(72%)Tentativa – Ideação →(26%) Tentativa impulsiva a pessoa fica perplexa... não sabe o q aconteceu... faz na impulsividade. Consegue geralmente tratar a pessoa. Seria uma tentativa mais “tranquila” • História familiar – Fator genéticose tem alguém na família – Fator ambiental Fatores de Risco • Estressores de vida recente – Estresse agudo – Perdas – Desmoralização/Humilhação – Rejeição social adolescência, juventude • Desespero/ desesperança sensação q ta passando por uma tensão, uma triste intensa, uma angustia... em relação ao futuro por ex – Estreitamento de visãofaz com q a pessoa só enxerga a morte como um ponto final de tudo... Fatores de Risco • Padrões cognitivos – Atenção voltada para sinais de derrota – Idéia de incapacidade – Impulsividade – Agressividade – Baixo limiar de frustração • Eventos adversos precoces – Abuso físico – Abuso sexual • Aumenta de 10 a 40% o risco • Frequência e identidade do abusador Fatores de Proteção • Autoestima elevada • Laços sociais bem estabelecidos • Crenças religiosas e razões para viver que tem planos, que planeja além do q ela está vivendo agora • Acesso a serviços de saúde mental Universitários • 15 a 25% desenvolvem transtornos mentais, muita cobrança... as vezes foi pressão familiar, não era aquilo que a pessoa esperava. • 2ª maior causa de morte • Reavaliação de atividades • Aumento de responsabilidadesas vezes por morar longe da família, morar sozinho Prevenção • Desmistificar o tema • Redução de acesso a métodos (arma, veneno, remédios) • Tratar os transtornos mentais • Tratar comportamento suicida • CVV 188 Tratamento • Avaliação: – Identificar risco • Ideação e planejamento a pessoa apresenta aquela ideia de início, rápida • Acesso a método ex chumbinho, acesso mais fácil para comprar • Suporte familiar • Tentativa prévia • Razões para viver • Transtorno mental • Melhora súbita Tratamento nunca chegar para o paciente assim, mas você ta “tentanto morrer” tentou o “suicídio” sempre tentar chegar tranquilo no paciente, estabelecendo um diálogo mais sereno. – Perguntar sobre comportamento suicida • Gradual, após estabelecer diálogo/vínculo – Você esta infeliz/sem esperança? – Se sente incapaz de enfrentar os dias? – Avalia sua vida como um fardo? – Tem desejo de morrer? – Tem vontade de se matar? – Fez algum plano? Qual? – Tem o meio? – Pensou numa data? – Frequência/intensidade da ideação – Coma lida com pensamento se traz paz, medo – Esta deixando as coisas em ordem se ta deixando as coisas pagas, a herança dividida – Rede de suporte – Tentativa • Impulsiva(menos grave)ou planejada • Oportunidade de descoberta • Reação ao ser salvo • Farmacoterapia – Tratar transtorno mental ver qual o tratamento mais adequado – Lítio Manejo • Baixo risco – Oferecer apoio – Trabalhar sobre sentimentos suicidas – Focalizar aspectos positivos/ resolução de problemas prévios • Médio risco – Focalizar na ambivalência/ fortalecer desejo de viver – Pedir tempo para ajudardar apoio para fortalecer a pessoa e q ela logo vai sair dessa – Contato com famíliaprecisa dar todo apoio • Alto risco – Não deixar a pessoa sozinha – Explicar que é uma situação de emergência – Informar a família – Internação voluntária/ involuntária VIOLÊNCIA • Definição – Ato intencional de causar dono corporal a outra pessoa – Inclui agressão, estupro, roubo e homicídio – Abuso físico ou sexual de crianças, adultos e idosos • Epidemiologia – Cerca de 8 milhões de atos violentos por ano nos EUA – Risco de ser vítima de homicídio é de 1 para 85 em homens e 1 para 280 em mulheres – Homens são vítimas de violência com maior frequência. Transtornos associados à violência – Transtornos psicóticos – Maniairritabilidade, pode torna se violento – Intoxicação com álcool e/ou drogas – Abstinência de álcool ou sedativo-hipnóticos – Excitação catatônica – Depressão agitada – Transtornos da personalidade • Borderline e antissocial – Transtornos cognitivos • Previsão de comportamento violento – Os melhores indicadores são atos de violência prévios • Avaliação e manejo – Proteção – a violência é sempre uma possibilidade, estar sempre alerta para possíveis atos de violência repentinos – Nunca entrevistar um paciente armado – Nunca entrevistar um paciente potencialmente violento sozinho ou em um consultório a portas fechadas. VIOLÊNCIA – Deixar pessoal treinado realizar contenção física – Manter uma distância mínima de um braço de paciente paranoide – Não desafiar nem confrontar pacientes psicóticos – Ter sempre em mente rotas de fuga – Nunca dar as costas ao paciente • Sinais de violência iminente – Atos violentos recentes – Dentes e punhos cerrados – Ameaças verbais – Agitação psicomotora – Intoxicação por álcool ou drogas – Delírios paranoides – Alucinações de comando • Contenção física • Uso de antipsicóticos (Haloperidol 5mg/ml – 5 a 10 mg/dose a cada meia hora ou uma hora até estabilização do paciente – máximo 50 mg/dia) de ou benzodiazepínicos conforme suspeita inicial • Para pacientes cronicamenteviolentos – β-bloqueador • Avaliação diagnóstica definitiva • Internação pode ser necessária
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